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[arrependidOS] Qual foi a coisa que você mais se arrepende de ter feito?

doraemondigimon

Lenda da internet
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No meu caso, começo com a venda da minha primeira coleção de videogames. 32 videogames e coisa de 3000 jogos originais, pra tentar ir pros EUA. Ser preso e deportado é uma coisa que eu nunca falei pra minha avó, mas que me doeu na mente por muito tempo.

Justamente, por causa desse ato acima citado, ter mentido pra minha avó que eu ia pra Caldas passar o final de semana com uma (fictícia) namorada, ter ido pra Brasilia pra pegar um avião e ir pra SP pra tentar entrar nos EUA ilegalemente.

Outra coisa também é ter sido molecão e ter recusado ao convite de uma amiga de minha mãe pra ir morar em um porão da casa dela, na Suíça. Ela iria pagar TUDO: Desde a viagem, estadia, cursos de idiomas e iria me dar emprego numa loja que ela tinha com o esposo.

Outra foi ter conseguido sofrer, calado, por TUDO que eu passei com a família adotiva. Sofrimentos de ver uma família inteira falando que eu era um inútil, safado, moleque... Que me atrapalhou no meu desenvolvimento como pessoa, no conhecimento de mulheres.... No caso, por ter demorado TANTO de me 'rebelar' e ver que foi graças a isso que eu comecei a crescer na minha maturidade.

E, finalmente, por não ter conhecido minha esposa a mais tempo. Não vou negar que namorei pouco, mas graças a isso, achei a mulher certa pra mim, e graças a isso, sou feliz hoje!
 

doraemondigimon

Lenda da internet
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Não, eles gostaram. Principalmente a minha mãe, ela sempre quis ter um filho.
Minha vida que é uma m**** mesmo, tava tudo melhor pra mim antes deu ter nascido.

Você TEM CERTEZA disso que está dizendo? Todo mundo passa por dificuldades, e não existe ninguém que pode falar o contrário. Você pode ter passado por algumas coisas estranhas e difíceis, mas eu acredito que você está aqui e, se chegou, deixe o passado pra trás e se enfoque no caminho futuro!:kjoinha Nossos erros passados são corrigidos com acertos a partir de um ponto em diante.
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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- Ter "chutado / desistido rápido" uma mina que eu amava / gostava muito por medo, acho que foi o que me mudou mais pra não cometer esse tipo de coisa denovo. Nunca fui lá apegado em pessoas.
 
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EgonRunner

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Não ter ido embora quando devia ter ido.

Em muitas situações.

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Coffinator

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Vou postar aqui só pra marcar, amanhã vou fazer um texto maior que o do Furlan.

Enviado do meu iPhone 6 Plus 128GB dado por voinha.
 


Spacehead

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Tenho tantas coisas...
Raiva de pensar no passado , mas o aprendizado fica e a esperança do erro não se repetir no futuro fica na cabeça
todos os tipos de situações eu tenho algo a se arrepender mas já fiquei parando de se crucificar

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rafaelfrequiao

Ser evoluído
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Não ter ido embora quando devia ter ido.

Em muitas situações.

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Pois é.

Não me arrependo de muita coisa. Aprendi a ser otimista e que "as piores decisões dão boas histórias".
Ainda penso no que me arrependo... não consigo lembrar de nada agora.

Isso é bom, galera? :kpensa
 

Pockett

Nostálgico
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Pois é.

Não me arrependo de muita coisa. Aprendi a ser otimista e que "as piores decisões dão boas histórias".
Ainda penso no que me arrependo... não consigo lembrar de nada agora.

Isso é bom, galera? :kpensa
Isso é otimo, gostaria de não ter feito nenhuma besteira para não viver com arrependimento
 

Pockett

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Lembrei de mais algumas coisas me arrependo
editei o primeiro post com elas, tá lá pra quem quiser ler
 

Bloodberry

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mas também teve época que você só criava tópico de comida :kkk

Ô fio, com um marido que cozinha, como o Prophetta, eu acabei começando a gostar de comida.
Antes dele, só me alimentava de miojo e fastfood, odiava "comida caseira"... deu nisso...

Gordinhas são fodas.

Enviado de meu LG-V480 usando Tapatalk

Hahahahahaha, mas eu tenho problema de saúde e não posso nem ser uma gordinha feliz que se aceita... vivo me exercitando e fazendo dieta, agora estou em sobrepeso

:kvergonha
 

Kaze Senoue

Ei mãe, 500 pontos!
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Ô fio, com um marido que cozinha, como o Prophetta, eu acabei começando a gostar de comida.
Antes dele, só me alimentava de miojo e fastfood, odiava "comida caseira"... deu nisso...



Hahahahahaha, mas eu tenho problema de saúde e não posso nem ser uma gordinha feliz que se aceita... vivo me exercitando e fazendo dieta, agora estou em sobrepeso

:kvergonha
Ah, entendi. Se for pra prejudicar a saúde não pode mesmo.

Enviado de meu LG-V480 usando Tapatalk
 

_kana_

Bam-bam-bam
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Vários.

- Começado a colecionar joguetes.
Fui burro. Se fosse esperto, teria abraçado o PC e pirataria/steam.
- Ter trocado de emprego (o ambiente era um ninho de cobras).
Fui negligente. Deveria ter tido mais paciência e medido melhor o risco.
- Ter dispensado uma mina super gente fina só porque era gordinha.
Fui seletivo demais. Deveria ter ficado com ela e chamado-a pra malhar.
- Ter demorado pra tirar carteira.
Fui acomodado. Estava mais preocupado com vestibular.
- Ter sido muito santo e pouco adulto na minha época de universidade.
Fui beta demais. Deveria ter arriscado: teria namorado, pelo menos, umas 5 minas que conhecia.

Anyway, vida que segue. O mais importante é não repetir as cagadas.
 

Tarkonen

Bam-bam-bam
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uma vez q eu tava no onibus com uma deusa 10/10 loira, de olhos azuis, regata branca e saia azul, maravilhosa, se me dissessem que era a deusa da beleza eu acreditaria.
eu tava todo pimpao quando vi ela no metro e disse pra mim mesmo "q mina linda" e segui meu rumo
dai quando eu sai do metro pra pegar o onibus eu olhei pra tras e ela tava lá e eu pensei "caraca mlk, q mina bonita, mas nem cagando que ela pega o mesmo onibus que eu"
dai tinha dois onibus que iam pro mesmo lugar, peguei o de tras pq tava mais vazio
sento em um lugar, do lado de uma janela
A MINA OLHOU PRA MIM, SORRIU E SENTOU DO MEU LADO
CARACA MLK
dai eu pensei "nao, to imaginando coisa, como que um beta como eu pode atrair essa deusa?"
coloquei o fone e voltei a ouvir podcast
chegou na metade do caminho até o meu ponto, e eu nao sabia o que fazia, se eu puxava assunto, se eu deixava quieto pq se nao iria parecer stalker, tava mais nervoso que vc no vestibular
suando da cabeça até os pes eu disse "po, a gente nao se conhece de algum lugar?"
dai a mina disse "ah, talvez sim, que lugar vc costuma frequentar?"
dai eu disse que ia sempre em um shopping, ela disse que ia as vezes, depois a gente falou de colegio pra ver se nao nos conheciamos de la, depois de acampamento...
cara, pior que uma hora ela disse que eu poderia ter me confundido, entao eu pensei "alguém tao bonita quanto voce eu nao iria confundir com ninguem", achei ruim de soltar isso, soava terrivel na minha mente, ate hoje nao sei se soa mal
vei, chegou no meu ponto, eu pedi desculpa pq eu poderia ter me enganado e sai
put* QUE PARIU
ate hj eu lembro que tava na cabeça q ela nao queria, nada, q era narcisismo meu, e nem peguei o whats dela por isso
velho, me matem
 

SonOfJeffer

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Ter desistido do Doutorado em 2008, quando entrei. Depois, só me matriculei em 2011.1. Devo defender a tese agora em fevereiro. Atrasou muito a minha vida.
 

Tarkonen

Bam-bam-bam
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Lá vai uma epopéia. Para facilitar a vida dos que se aventurarem a encarar esse wall, dividirei em capítulos. Força.

Ato I

Quando eu tinha 12 anos, me apaixonei pela primeira vez. Até então eu nunca tinha realmente gostado de uma menina e, claro, não tinha a menor ideia de como agir. Alimentei a paixonite durante algum tempo, e aí me pareceu que seria uma boa ideia mandar uma cartinha. Mesmo naquela época eu já escrevia legal, pra um moleque de 12 anos, né, e a cartinha ficou até bacana, mas não assinei. Pedi pra um amigo colocar no caderno dela na hora do intervalo, ele colocou e eu fiquei só acompanhando o frisson que foi quando ela encontrou a carta e mostrou pras amigas, elas ficaram em polovrosa dizendo que a cartinha era linda e não sei o que mais.

Bom, acabou que meu amigo FDP deu com a língua nos dentes e ela e as amigas souberam que era eu o dono da arte. Só que eu era muito tímido e 100% inexperiente, não tive coragem de ir lá falar com ela. Aí ficou nisso. Nos meses seguintes de vez em quando eu mandava outra cartinha, colocava um bombom junto ou algo assim, no dia seguinte ela vinha agradecer: "brigada pelo bombom =)" e eu ficava gaguejando igual um idiota: "ah ehr ahn ah de de de nada".

Bom, o tempo passou, no ano seguinte eu mudei de escola, mas mantive os contatos. Em fevereiro (eu tinha mandado a primeira cartinha em junho) teve uma festa de aniversário, e eu sabia que ela ia. Mesmo sem ser convidado eu fui na cola de um amigo, só mesmo porque queria vê-la.

Ato II

Logo ela também chegou. Engraçado como são as coisas, eu lembro até hoje da alegria que senti ao vê-la. Desde o fim das aulas eu não tinha mais a visto. Quando ela entrou parece que iluminou a sala. Melhor ainda quando ela me viu, sorriu pra mim e falou "oi Furlan =)" - na época ninguém me chamava de Furlan, mas vocês entenderam.

Mas eu continuava sem saber o que fazer. Logo ela foi lá com as amigas dela e eu continuei com meus camaradas, todo mundo tentando desatar o nó górdio naquele momento: precisamos colocar o Furlan e ela a sós. Mas como? Era um problema complicado demais para aquelas cabecinhas de 12, no máximo 13 anos, todos com zero experiência no ramo das fêmeas.

De qualquer forma, a própria noite se encarregou de criar uma oportunidade.

Em dado momento formou-se uma rodinha para brincar de verdade ou desafio. Ela estava na roda, de maneira que eu também me enfiei lá. Quando foi a minha vez de responder, perguntaram se era verdade que eu gostava dela. Eu falei que era. Algumas rodadas mais tarde ela foi responder, e perguntaram se eu tinha alguma chance com ela.

Ela sorriu. Olhou pra mim. E disse que "talvez. Pode ser que tenha sim".

Os acontecimentos se desenrolavam de forma virtuosa, e a tensão crescia. O jogo logo acabou, e a historia de que eu "talvez" tivesse chance com ela era a conversa predominante em todas as rodinhas. Meus amigos estavam eufóricos. Eu sentia, de alguma forma, que precisava fazer alguma coisa, tomar as rédeas daquela noite que, mais por sorte do que por merecimento, vinha, até então, se desdobrando tão satisfatoriamente. Era preciso domar e montar o cavalo da oportunidade, antes que ele fosse embora. Mas, afinal, o que fazer? Ela estava sempre rodeada das amigas, e eu era tímido de dar pena. Era impensável, para mim, ir lá, puxá-la de lado, "hei, vamos conversar ali um pouco". Não dava. Pensei em mandar um recado, mas meus amigos eram igualmente uns cuzões, pouco talhados para tal missão.

Ato III

Eis que aparece uma amiga gordinha e me pergunta:

- Você tá a fim de conversar com a Letícia? - chamava-se Letícia a minha bem querida, estranhamente essa informação não havia aparecido ainda.

Se eu estava? É claro que estava. Meu deus, como eu estava a fim de conversar com a Letícia. Eu estava mais a fim de conversar com ela do que estivera a fim de qualquer outra coisa na minha curta existência até ali. Bom, talvez não mais a fim de conversar com a Letícia do que estivera a fim de um Playstation em 96 ou 97. Mas a diferença era por pouco em favor do console, se é que havia de fato.

A amiga gordinha - que, aliás, hoje deixou de ser gordinha e está até bem apetitosa - me diz:

- Então, ela disse que quer conversar com você ali atrás do ônibus, bora?

O ônibus ficava no final da rua. "Atrás do ônibus" era o cantinho oficial dos amassos nas festinhas de aniversário daquela mina.

Não lembro se eu tremia de expectativa ao dizer que sim, que eu topava ir "atrás do ônibus" com a Letícia, pode ir lá falar pra ela, mas rápido, por todos os deuses, por que demoras tanto? É provável que sim, que eu tremesse. Comuniquei o desenrolar dos fatos aos meus amigos. Eles ficaram tão felizes quanto se o (potencial) triunfo fosse deles, e não meu. Não há amizades mais sinceras do que as que cultivamos na infância, isto vos digo com total convicção.

Observo a amiga gordinha conversar com a Letícia. Ela volta para falar comigo. Diz que é pra eu ir lá no ônibus, que a Letícia também vai. Eu fico pensando se não é algum tipo de pegadinha. Mas a Letícia a essa altura já se dirige ao ônibus. É mesmo verdade.

Ato IV

Eu vou atrás dela. A alcanço, vamos andando até o onibus. Eu quebro o silêncio:

- A Cláudia - pois este era o nome da amiga gordinha, ela também merece ter um nome próprio nessa trama. Meus amigos, coitados, permanecerão anônimos por todos os séculos dos seculos, e um dia, no fim dos tempos, me condenarão por isto - disse que você queria conversar comigo...

Ela riu.

- Pois ela disse que você é que queria conversar comigo.

- Ah que coisa não he he he he - eu tão sem graça que sinto pena de mim mesmo ao recordar estes fatos.

Ao que chegamos ao ônibus. Posicionamo-nos atrás dele.

- É verdade o que você falou na hora do verdade ou desafio? - pergunto.

- Ah, eu não sei. Às vezes eu acho que é... às vezes eu acho que não é. -ela sempre sorrindo ao falar comigo - Mas de qualquer jeito eu acho você muito legal.

- Ah, ehr, eu, bom, ahn, eu também acho você muito legal.

- Que bom =)

Agora chega a parte do arrependimento.

Ato V

O lógico, o certo, o correto, o bom, o adequado, o que se esperava; é que eu me aproximasse dela. Pegasse-a pela mão. Desse um abraço. E que nos beijassemos.

Mas isso não aconteceu. Eu fiquei lá, sem saber o que fazer, a uns dois metros de distância dela, olhando pro chão e esfregando nervosamente as mãos feito um idiota. Isso durou talvez um minuto inteiro, até que ela mudou de assunto. Perguntou porque eu tinha mudado de escola, se a escola nova era legal, não lembro direito. E em seguida falou "bom, acho melhor a gente voltar".

Pela primeira vez desde que eu enviara aquela primeira cartinha, ela falou comigo sem sorrir.

Voltamos para a festa, que fervia em expectativa. Meus amigos me cercaram, as amigas dela também. Não sei o que ela disse para as amigas, ou melhor, tenho uma ideia, mas já chegarei a isto. Sei que aos meus amigos eu disse, com o sorriso amarelo dos derrotados:

- É, não deu...

Coincidência ou não, a festa foi murchando. Alguns começaram a ir embora. Quando a Letícia saiu, se despediu de todo mundo. Menos de mim.

Epílogo

Alguns anos se passaram. Eu nunca mais falei com a Letícia: acabei voltando para minha antiga escola, mas aí ela é quem não estava mais lá. As amigas dela também haviam ido embora, de forma que eu nunca mais tivera contato com nenhuma delas.

Um dia encontrei uma delas na rua, por puro acaso. Ela veio me cumprimentar, perguntou como andava a vida, essas coisas. Logo eu percebi que ela queria me perguntar alguma coisa, mas estava fazendo rodeios. Não deu outra.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Pergunta ué.

- Porque você não ficou com a Letícia aquele dia, na festa da Rafaela? - agora até mesmo a dona da festa, de quem eu nunca gostei e que sempre me tratou feito lixo ganhou nome. E meus amigos seguem anônimos. Não há mais ingrato que o ser humano, mesmo.

- Ué, ela não quis.

- Como não? Ela era doida pra ficar com você. Aquele dia ela ficou muito brava porque você não fez nada.

______________________________________________________________________________________________________________________________________

E é essa a história do meu maior arrependimento. Minha vida, disso eu tenho certeza, teria sido muito diferente se os acontecimentos dessa noite houvessem resultado de outra forma.
c***lho furlan
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Tarkonen

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Lá vai uma epopéia. Para facilitar a vida dos que se aventurarem a encarar esse wall, dividirei em capítulos. Força.

Ato I

Quando eu tinha 12 anos, me apaixonei pela primeira vez. Até então eu nunca tinha realmente gostado de uma menina e, claro, não tinha a menor ideia de como agir. Alimentei a paixonite durante algum tempo, e aí me pareceu que seria uma boa ideia mandar uma cartinha. Mesmo naquela época eu já escrevia legal, pra um moleque de 12 anos, né, e a cartinha ficou até bacana, mas não assinei. Pedi pra um amigo colocar no caderno dela na hora do intervalo, ele colocou e eu fiquei só acompanhando o frisson que foi quando ela encontrou a carta e mostrou pras amigas, elas ficaram em polovrosa dizendo que a cartinha era linda e não sei o que mais.

Bom, acabou que meu amigo FDP deu com a língua nos dentes e ela e as amigas souberam que era eu o dono da arte. Só que eu era muito tímido e 100% inexperiente, não tive coragem de ir lá falar com ela. Aí ficou nisso. Nos meses seguintes de vez em quando eu mandava outra cartinha, colocava um bombom junto ou algo assim, no dia seguinte ela vinha agradecer: "brigada pelo bombom =)" e eu ficava gaguejando igual um idiota: "ah ehr ahn ah de de de nada".

Bom, o tempo passou, no ano seguinte eu mudei de escola, mas mantive os contatos. Em fevereiro (eu tinha mandado a primeira cartinha em junho) teve uma festa de aniversário, e eu sabia que ela ia. Mesmo sem ser convidado eu fui na cola de um amigo, só mesmo porque queria vê-la.

Ato II

Logo ela também chegou. Engraçado como são as coisas, eu lembro até hoje da alegria que senti ao vê-la. Desde o fim das aulas eu não tinha mais a visto. Quando ela entrou parece que iluminou a sala. Melhor ainda quando ela me viu, sorriu pra mim e falou "oi Furlan =)" - na época ninguém me chamava de Furlan, mas vocês entenderam.

Mas eu continuava sem saber o que fazer. Logo ela foi lá com as amigas dela e eu continuei com meus camaradas, todo mundo tentando desatar o nó górdio naquele momento: precisamos colocar o Furlan e ela a sós. Mas como? Era um problema complicado demais para aquelas cabecinhas de 12, no máximo 13 anos, todos com zero experiência no ramo das fêmeas.

De qualquer forma, a própria noite se encarregou de criar uma oportunidade.

Em dado momento formou-se uma rodinha para brincar de verdade ou desafio. Ela estava na roda, de maneira que eu também me enfiei lá. Quando foi a minha vez de responder, perguntaram se era verdade que eu gostava dela. Eu falei que era. Algumas rodadas mais tarde ela foi responder, e perguntaram se eu tinha alguma chance com ela.

Ela sorriu. Olhou pra mim. E disse que "talvez. Pode ser que tenha sim".

Os acontecimentos se desenrolavam de forma virtuosa, e a tensão crescia. O jogo logo acabou, e a historia de que eu "talvez" tivesse chance com ela era a conversa predominante em todas as rodinhas. Meus amigos estavam eufóricos. Eu sentia, de alguma forma, que precisava fazer alguma coisa, tomar as rédeas daquela noite que, mais por sorte do que por merecimento, vinha, até então, se desdobrando tão satisfatoriamente. Era preciso domar e montar o cavalo da oportunidade, antes que ele fosse embora. Mas, afinal, o que fazer? Ela estava sempre rodeada das amigas, e eu era tímido de dar pena. Era impensável, para mim, ir lá, puxá-la de lado, "hei, vamos conversar ali um pouco". Não dava. Pensei em mandar um recado, mas meus amigos eram igualmente uns cuzões, pouco talhados para tal missão.

Ato III

Eis que aparece uma amiga gordinha e me pergunta:

- Você tá a fim de conversar com a Letícia? - chamava-se Letícia a minha bem querida, estranhamente essa informação não havia aparecido ainda.

Se eu estava? É claro que estava. Meu deus, como eu estava a fim de conversar com a Letícia. Eu estava mais a fim de conversar com ela do que estivera a fim de qualquer outra coisa na minha curta existência até ali. Bom, talvez não mais a fim de conversar com a Letícia do que estivera a fim de um Playstation em 96 ou 97. Mas a diferença era por pouco em favor do console, se é que havia de fato.

A amiga gordinha - que, aliás, hoje deixou de ser gordinha e está até bem apetitosa - me diz:

- Então, ela disse que quer conversar com você ali atrás do ônibus, bora?

O ônibus ficava no final da rua. "Atrás do ônibus" era o cantinho oficial dos amassos nas festinhas de aniversário daquela mina.

Não lembro se eu tremia de expectativa ao dizer que sim, que eu topava ir "atrás do ônibus" com a Letícia, pode ir lá falar pra ela, mas rápido, por todos os deuses, por que demoras tanto? É provável que sim, que eu tremesse. Comuniquei o desenrolar dos fatos aos meus amigos. Eles ficaram tão felizes quanto se o (potencial) triunfo fosse deles, e não meu. Não há amizades mais sinceras do que as que cultivamos na infância, isto vos digo com total convicção.

Observo a amiga gordinha conversar com a Letícia. Ela volta para falar comigo. Diz que é pra eu ir lá no ônibus, que a Letícia também vai. Eu fico pensando se não é algum tipo de pegadinha. Mas a Letícia a essa altura já se dirige ao ônibus. É mesmo verdade.

Ato IV

Eu vou atrás dela. A alcanço, vamos andando até o onibus. Eu quebro o silêncio:

- A Cláudia - pois este era o nome da amiga gordinha, ela também merece ter um nome próprio nessa trama. Meus amigos, coitados, permanecerão anônimos por todos os séculos dos seculos, e um dia, no fim dos tempos, me condenarão por isto - disse que você queria conversar comigo...

Ela riu.

- Pois ela disse que você é que queria conversar comigo.

- Ah que coisa não he he he he - eu tão sem graça que sinto pena de mim mesmo ao recordar estes fatos.

Ao que chegamos ao ônibus. Posicionamo-nos atrás dele.

- É verdade o que você falou na hora do verdade ou desafio? - pergunto.

- Ah, eu não sei. Às vezes eu acho que é... às vezes eu acho que não é. -ela sempre sorrindo ao falar comigo - Mas de qualquer jeito eu acho você muito legal.

- Ah, ehr, eu, bom, ahn, eu também acho você muito legal.

- Que bom =)

Agora chega a parte do arrependimento.

Ato V

O lógico, o certo, o correto, o bom, o adequado, o que se esperava; é que eu me aproximasse dela. Pegasse-a pela mão. Desse um abraço. E que nos beijassemos.

Mas isso não aconteceu. Eu fiquei lá, sem saber o que fazer, a uns dois metros de distância dela, olhando pro chão e esfregando nervosamente as mãos feito um idiota. Isso durou talvez um minuto inteiro, até que ela mudou de assunto. Perguntou porque eu tinha mudado de escola, se a escola nova era legal, não lembro direito. E em seguida falou "bom, acho melhor a gente voltar".

Pela primeira vez desde que eu enviara aquela primeira cartinha, ela falou comigo sem sorrir.

Voltamos para a festa, que fervia em expectativa. Meus amigos me cercaram, as amigas dela também. Não sei o que ela disse para as amigas, ou melhor, tenho uma ideia, mas já chegarei a isto. Sei que aos meus amigos eu disse, com o sorriso amarelo dos derrotados:

- É, não deu...

Coincidência ou não, a festa foi murchando. Alguns começaram a ir embora. Quando a Letícia saiu, se despediu de todo mundo. Menos de mim.

Epílogo

Alguns anos se passaram. Eu nunca mais falei com a Letícia: acabei voltando para minha antiga escola, mas aí ela é quem não estava mais lá. As amigas dela também haviam ido embora, de forma que eu nunca mais tivera contato com nenhuma delas.

Um dia encontrei uma delas na rua, por puro acaso. Ela veio me cumprimentar, perguntou como andava a vida, essas coisas. Logo eu percebi que ela queria me perguntar alguma coisa, mas estava fazendo rodeios. Não deu outra.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Pergunta ué.

- Porque você não ficou com a Letícia aquele dia, na festa da Rafaela? - agora até mesmo a dona da festa, de quem eu nunca gostei e que sempre me tratou feito lixo ganhou nome. E meus amigos seguem anônimos. Não há mais ingrato que o ser humano, mesmo.

- Ué, ela não quis.

- Como não? Ela era doida pra ficar com você. Aquele dia ela ficou muito brava porque você não fez nada.

______________________________________________________________________________________________________________________________________

E é essa a história do meu maior arrependimento. Minha vida, disso eu tenho certeza, teria sido muito diferente se os acontecimentos dessa noite houvessem resultado de outra forma.
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Ixion

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No ensino médio tive uma namorada que durou umas 3 semanas. Ela tinha uns baita peitões. Me arrependo até hoje de não ter dado ao menos uma apalpada naqueles melões deliciosos.
 

Love Over Gold

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Ter desistido do Doutorado em 2008, quando entrei. Depois, só me matriculei em 2011.1. Devo defender a tese agora em fevereiro. Atrasou muito a minha vida.
Terminei o mestrado em 2013 e desde então tenho postergado um possível doutorado. O pior é que o tempo passa e várias oportunidades são perdidas :kcry
 

Maldito Canalha

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Sei lá, tipo tudo.
As duas únicas bolas dentro foram casar com minha atual velhinha, e ter assumido meu filho, que não é porra da minha porra, mas é meu filho amado, como já disse aí num post.
 

Coffinator

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Tinha esquecido do tópico pela correria, mas não vou postar tudo do que me arrependo, foram tantos anos errando nessa vida que era mais simples colocar o que eu acertei. Como o tópico pede uma estória, lá vai uma (não é um arrependimento hoje, mas já foi muito):

Seja eu, 22 anos, 2° ano de faculdade, nenhum namoro meu tinha durado mais que 3 meses, era tímido AS FUCK de, PELO MENOS, conversar sozinho com outra mulher e, sim, virgem (a lenda do quebrador de bacias ainda não tinha começado nessa época). Estava eu lá, sentado no fundão da classe, aula de marketing, locais quase lotados, quando do nada abre-se a porta da sala (não, não eram as portas da esperança, pelo contrário) e entra ela: 1,75m, morena branca, magra, bonita pra cacete, cabelo longo... Sei lá se foi câmera lenta, mas demorou uma eternidade até ela ir da entrada da sala até se sentar no canto dela. Canto este que, por sinal, era na minha frente. Era a aula rolando e eu lá, prestando atenção na branca e a professora se matando lá na frente (excelente professora, diga-se, aprendi bastante e fechei a matéria com média 9,2). Analisando as curvas da branca, vejo aquilo que mudaria meu destino e me atormentaria por anos:

523209496b56dba95b760100.jpeg


Ao chão, jazia uma Compactor 07 azul. INFELIZMENTE, fui bem educado quando era pequeno, fui ensinado desde cedo a não me apoderar de NADA que fosse de outrem, nem uma singela caneta. Munido da pouca coragem que tinha na época, peguei a caneta, cutuquei a branca (LEL) e perguntei:

- Moça, essa caneta é sua?

Ela sorriu antes de responder sim, pegou a caneta e agradeceu. Caras, pra quem nunca ou dificilmente sorri, aquilo ali foi lindo, tão lindo a ponto de eu pensar em filhos, casamento e o c***lho aquático com aquela mulher (sim, eu avisei que eu era(?) perdedor). A aula seguiu, tocou o recreio (intervalo é meu pau de óculos, recreio nessa porra YAY!) e saí pra conversar asneiras com minha turma de amigos.

Na volta pra classe, vejo ela 'discutindo' com outrem sobre como Ursinhos Carinhosos era uma mensagem do demônio para as crianças. Pensei, c***lho, é crente saporra? Dito e feito, era crente saporra. Não podia continuar ouvindo aquilo por mais tempo, tinha de defender a honra do Malvado (sim, eu gostava mais do 'vilão', me julguem) e fui tentar argumentar. Daí veio um ensinamento: Nunca tente argumentar com crente, ele te rebaixa pro nível dele e te vence por ser experiente. Sei que dessa argumentação, nós conversamos por vários minutos, até falando de outros assuntos. Descobri até que ela tinha uma loja e tinha alguns problemas com computador. Como eu manjava (manjo) das putarias informáticas, me ofereci pra passar lá e consertar. Aí ela pega meu caderno e anota o telefone nele e vai embora. put* m****, como assim uma mulher daquela anotando telefone no meu caderno, c***lho? Comassim? Sei que eu guardo o caderno até hoje, mas enfim... No outro dia fui na loja, era num shopping no centro e, como eu vivia no centro resolvendo coisas da empresa, passei lá e ajeitei o computador. Pra não tornar o post mais longo do que já é, vai uma long story short:

- Começamos uma amizade boa no decorrer do tempo
- Fui me envolvendo cada vez mais e mais com ela e ela comigo, a ponto de ficar um grude só e todos notarem
- Ela me procurava pra desabafar e eu também
- Sempre ajudei ela quando necessitava e ela a mim também
- Todos notavam esse grude e falavam como daríamos um ótimo casal, na faculdade, na família dela, na loja, amigos em comum...

Só que ela tinha um ex e, vira e mexe, esse cara saía com ela e acabava, voltava, acabava, voltava e foram ficando. Ela sofreu demais, próprias irmãs dela falando pra ela largar o cara. Nisso, eu caí num erro que eu jurei não mais cometer: Me apaixonei. Paixão daquelas de dar dor de cabeça, falta de ar, dor no peito, sabem? E ela sabia. Pedi ela em namoro umas 5x, com ela tendo dito uma frase pra mim que doeu mais que um tiro na época:

- Eu também gosto de você, mas como amigo.

Quisera eu ser um tatu e ir cavando até o inferno depois disso, tá loco. Ouvi tanto Bryan Adams e Bon Jovi que até hoje eu choro quando canto Heaven e Always. Sei que eu cortei relação total, depois do fatídico fato, tentei matar esse amor e tudo relacionado a ele. Sem mais contato, sem mais mesmos locais, sem mais amigos em comum. Passou 1 ano e pouco, ela me adiciona no facebook. Adicionei, mas não conversei. Um dia, apaguei, mas no outro ela adicionou de novo e eu aceitei e deixei lá. Prossegui com minha vida. Me formei, namorei, comecei a quebrar bacias, noivei (atualmente) e até comecei a fazer Kung Fu (que eu adorava, na moral). Um dia eu estava lá, fazendo movimentos com o bastão na academia, quando eu vejo quem? O capeta ela, me olhando. Quase acerto uma lâmpada. Fui falar com ela, ela estava lá pra deixar o irmão na academia e pra ter algumas aulas de muai thay. Conversamos numa boa, ela solteira e eu noivo, mas no mês seguinte eu saí da academia e não nos vemos desde então. Faz 1 ano isso, mais ou menos. E, apesar de estar 'resolvido', não consigo deixar de pensar como seria se eu tivesse o conhecimento que eu tenho hoje, mas agora já era.
 

Spacehead

Mil pontos, LOL!
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Tinha esquecido do tópico pela correria, mas não vou postar tudo do que me arrependo, foram tantos anos errando nessa vida que era mais simples colocar o que eu acertei. Como o tópico pede uma estória, lá vai uma (não é um arrependimento hoje, mas já foi muito):

Seja eu, 22 anos, 2° ano de faculdade, nenhum namoro meu tinha durado mais que 3 meses, era tímido AS FUCK de, PELO MENOS, conversar sozinho com outra mulher e, sim, virgem (a lenda do quebrador de bacias ainda não tinha começado nessa época). Estava eu lá, sentado no fundão da classe, aula de marketing, locais quase lotados, quando do nada abre-se a porta da sala (não, não eram as portas da esperança, pelo contrário) e entra ela: 1,75m, morena branca, magra, bonita pra cacete, cabelo longo... Sei lá se foi câmera lenta, mas demorou uma eternidade até ela ir da entrada da sala até se sentar no canto dela. Canto este que, por sinal, era na minha frente. Era a aula rolando e eu lá, prestando atenção na branca e a professora se matando lá na frente (excelente professora, diga-se, aprendi bastante e fechei a matéria com média 9,2). Analisando as curvas da branca, vejo aquilo que mudaria meu destino e me atormentaria por anos:

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Ao chão, jazia uma Compactor 07 azul. INFELIZMENTE, fui bem educado quando era pequeno, fui ensinado desde cedo a não me apoderar de NADA que fosse de outrem, nem uma singela caneta. Munido da pouca coragem que tinha na época, peguei a caneta, cutuquei a branca (LEL) e perguntei:

- Moça, essa caneta é sua?

Ela sorriu antes de responder sim, pegou a caneta e agradeceu. Caras, pra quem nunca ou dificilmente sorri, aquilo ali foi lindo, tão lindo a ponto de eu pensar em filhos, casamento e o c***lho aquático com aquela mulher (sim, eu avisei que eu era(?) perdedor). A aula seguiu, tocou o recreio (intervalo é meu pau de óculos, recreio nessa porra YAY!) e saí pra conversar asneiras com minha turma de amigos.

Na volta pra classe, vejo ela 'discutindo' com outrem sobre como Ursinhos Carinhosos era uma mensagem do demônio para as crianças. Pensei, c***lho, é crente saporra? Dito e feito, era crente saporra. Não podia continuar ouvindo aquilo por mais tempo, tinha de defender a honra do Malvado (sim, eu gostava mais do 'vilão', me julguem) e fui tentar argumentar. Daí veio um ensinamento: Nunca tente argumentar com crente, ele te rebaixa pro nível dele e te vence por ser experiente. Sei que dessa argumentação, nós conversamos por vários minutos, até falando de outros assuntos. Descobri até que ela tinha uma loja e tinha alguns problemas com computador. Como eu manjava (manjo) das putarias informáticas, me ofereci pra passar lá e consertar. Aí ela pega meu caderno e anota o telefone nele e vai embora. put* m****, como assim uma mulher daquela anotando telefone no meu caderno, c***lho? Comassim? Sei que eu guardo o caderno até hoje, mas enfim... No outro dia fui na loja, era num shopping no centro e, como eu vivia no centro resolvendo coisas da empresa, passei lá e ajeitei o computador. Pra não tornar o post mais longo do que já é, vai uma long story short:

- Começamos uma amizade boa no decorrer do tempo
- Fui me envolvendo cada vez mais e mais com ela e ela comigo, a ponto de ficar um grude só e todos notarem
- Ela me procurava pra desabafar e eu também
- Sempre ajudei ela quando necessitava e ela a mim também
- Todos notavam esse grude e falavam como daríamos um ótimo casal, na faculdade, na família dela, na loja, amigos em comum...

Só que ela tinha um ex e, vira e mexe, esse cara saía com ela e acabava, voltava, acabava, voltava e foram ficando. Ela sofreu demais, próprias irmãs dela falando pra ela largar o cara. Nisso, eu caí num erro que eu jurei não mais cometer: Me apaixonei. Paixão daquelas de dar dor de cabeça, falta de ar, dor no peito, sabem? E ela sabia. Pedi ela em namoro umas 5x, com ela tendo dito uma frase pra mim que doeu mais que um tiro na época:

- Eu também gosto de você, mas como amigo.

Quisera eu ser um tatu e ir cavando até o inferno depois disso, tá loco. Ouvi tanto Bryan Adams e Bon Jovi que até hoje eu choro quando canto Heaven e Always. Sei que eu cortei relação total, depois do fatídico fato, tentei matar esse amor e tudo relacionado a ele. Sem mais contato, sem mais mesmos locais, sem mais amigos em comum. Passou 1 ano e pouco, ela me adiciona no facebook. Adicionei, mas não conversei. Um dia, apaguei, mas no outro ela adicionou de novo e eu aceitei e deixei lá. Prossegui com minha vida. Me formei, namorei, comecei a quebrar bacias, noivei (atualmente) e até comecei a fazer Kung Fu (que eu adorava, na moral). Um dia eu estava lá, fazendo movimentos com o bastão na academia, quando eu vejo quem? O capeta ela, me olhando. Quase acerto uma lâmpada. Fui falar com ela, ela estava lá pra deixar o irmão na academia e pra ter algumas aulas de muai thay. Conversamos numa boa, ela solteira e eu noivo, mas no mês seguinte eu saí da academia e não nos vemos desde então. Faz 1 ano isso, mais ou menos. E, apesar de estar 'resolvido', não consigo deixar de pensar como seria se eu tivesse o conhecimento que eu tenho hoje, mas agora já era.
Bom relato
 

maedre

Bam-bam-bam
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Tinha esquecido do tópico pela correria, mas não vou postar tudo do que me arrependo, foram tantos anos errando nessa vida que era mais simples colocar o que eu acertei. Como o tópico pede uma estória, lá vai uma (não é um arrependimento hoje, mas já foi muito):

Seja eu, 22 anos, 2° ano de faculdade, nenhum namoro meu tinha durado mais que 3 meses, era tímido AS FUCK de, PELO MENOS, conversar sozinho com outra mulher e, sim, virgem (a lenda do quebrador de bacias ainda não tinha começado nessa época). Estava eu lá, sentado no fundão da classe, aula de marketing, locais quase lotados, quando do nada abre-se a porta da sala (não, não eram as portas da esperança, pelo contrário) e entra ela: 1,75m, morena branca, magra, bonita pra cacete, cabelo longo... Sei lá se foi câmera lenta, mas demorou uma eternidade até ela ir da entrada da sala até se sentar no canto dela. Canto este que, por sinal, era na minha frente. Era a aula rolando e eu lá, prestando atenção na branca e a professora se matando lá na frente (excelente professora, diga-se, aprendi bastante e fechei a matéria com média 9,2). Analisando as curvas da branca, vejo aquilo que mudaria meu destino e me atormentaria por anos:

523209496b56dba95b760100.jpeg


Ao chão, jazia uma Compactor 07 azul. INFELIZMENTE, fui bem educado quando era pequeno, fui ensinado desde cedo a não me apoderar de NADA que fosse de outrem, nem uma singela caneta. Munido da pouca coragem que tinha na época, peguei a caneta, cutuquei a branca (LEL) e perguntei:

- Moça, essa caneta é sua?

Ela sorriu antes de responder sim, pegou a caneta e agradeceu. Caras, pra quem nunca ou dificilmente sorri, aquilo ali foi lindo, tão lindo a ponto de eu pensar em filhos, casamento e o c***lho aquático com aquela mulher (sim, eu avisei que eu era(?) perdedor). A aula seguiu, tocou o recreio (intervalo é meu pau de óculos, recreio nessa porra YAY!) e saí pra conversar asneiras com minha turma de amigos.

Na volta pra classe, vejo ela 'discutindo' com outrem sobre como Ursinhos Carinhosos era uma mensagem do demônio para as crianças. Pensei, c***lho, é crente saporra? Dito e feito, era crente saporra. Não podia continuar ouvindo aquilo por mais tempo, tinha de defender a honra do Malvado (sim, eu gostava mais do 'vilão', me julguem) e fui tentar argumentar. Daí veio um ensinamento: Nunca tente argumentar com crente, ele te rebaixa pro nível dele e te vence por ser experiente. Sei que dessa argumentação, nós conversamos por vários minutos, até falando de outros assuntos. Descobri até que ela tinha uma loja e tinha alguns problemas com computador. Como eu manjava (manjo) das putarias informáticas, me ofereci pra passar lá e consertar. Aí ela pega meu caderno e anota o telefone nele e vai embora. put* m****, como assim uma mulher daquela anotando telefone no meu caderno, c***lho? Comassim? Sei que eu guardo o caderno até hoje, mas enfim... No outro dia fui na loja, era num shopping no centro e, como eu vivia no centro resolvendo coisas da empresa, passei lá e ajeitei o computador. Pra não tornar o post mais longo do que já é, vai uma long story short:

- Começamos uma amizade boa no decorrer do tempo
- Fui me envolvendo cada vez mais e mais com ela e ela comigo, a ponto de ficar um grude só e todos notarem
- Ela me procurava pra desabafar e eu também
- Sempre ajudei ela quando necessitava e ela a mim também
- Todos notavam esse grude e falavam como daríamos um ótimo casal, na faculdade, na família dela, na loja, amigos em comum...

Só que ela tinha um ex e, vira e mexe, esse cara saía com ela e acabava, voltava, acabava, voltava e foram ficando. Ela sofreu demais, próprias irmãs dela falando pra ela largar o cara. Nisso, eu caí num erro que eu jurei não mais cometer: Me apaixonei. Paixão daquelas de dar dor de cabeça, falta de ar, dor no peito, sabem? E ela sabia. Pedi ela em namoro umas 5x, com ela tendo dito uma frase pra mim que doeu mais que um tiro na época:

- Eu também gosto de você, mas como amigo.

Quisera eu ser um tatu e ir cavando até o inferno depois disso, tá loco. Ouvi tanto Bryan Adams e Bon Jovi que até hoje eu choro quando canto Heaven e Always. Sei que eu cortei relação total, depois do fatídico fato, tentei matar esse amor e tudo relacionado a ele. Sem mais contato, sem mais mesmos locais, sem mais amigos em comum. Passou 1 ano e pouco, ela me adiciona no facebook. Adicionei, mas não conversei. Um dia, apaguei, mas no outro ela adicionou de novo e eu aceitei e deixei lá. Prossegui com minha vida. Me formei, namorei, comecei a quebrar bacias, noivei (atualmente) e até comecei a fazer Kung Fu (que eu adorava, na moral). Um dia eu estava lá, fazendo movimentos com o bastão na academia, quando eu vejo quem? O capeta ela, me olhando. Quase acerto uma lâmpada. Fui falar com ela, ela estava lá pra deixar o irmão na academia e pra ter algumas aulas de muai thay. Conversamos numa boa, ela solteira e eu noivo, mas no mês seguinte eu saí da academia e não nos vemos desde então. Faz 1 ano isso, mais ou menos. E, apesar de estar 'resolvido', não consigo deixar de pensar como seria se eu tivesse o conhecimento que eu tenho hoje, mas agora já era.

Ainda sente algo por ela?
 
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