Beren_
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Bom, a questão é que, sendo ateu um cara pode ser mais facilmente enganado com pessoas mal-intencionadas.
Olha Goris. Eu vejo que seja mais o contrário. Nem que seja meio que evidencia anedótica.
Eu vou tentar ilustrar.
Ateus (principalmente)Agnósticos tendem a ser céticos, duvidar mais, por isso são agnósticos. Ou seja, não acreditam em qualquer coisa sem mais evidências. Isso geralmente os torna menos faceis de ser enganados já que vai precisar ser muito mais bem bolado o scam.
Agora, pessoas que acreditam muito em Deus, em alguns casos, digamos, os que realmente são devotos. Eu vejo como pessoas que tentam MELHORAR a si mesmos, seja por medo da danação eterna ou apenas porque acham que é o correto a fazer (existem religiosos que o são por medo, e os que o são por convicção, IMO).
Os que o são por convicção principalmente, tendem a acreditar que, os seus pares (tambem fiéis/crentes/religiosos, palavras aqui não importam) também tem um comportamento semelhante de tentar ser melhor, não mentir, não enganar,ser mais moral segundo a palavra.
Inclusive eu estava discutindo essa questão esses dias com minha mãe. Vou tentar relembrar aqui pois é relevante:
Eu tava com ela num fim de semana, e ela ouviu no radio um caso, onde um rapaz de uns 30 anos, e a namorada, entraram numa igreja evangelica.
E a moça estava reclamando que, após isso, o rapaz não queria mais sexo com ela até casar. Ai os caras da rádio e mais uns ouvintes ligando, falando "ah que otário, não precisa ser tão radical", e minha mãe basicamente repetiu a mesma coisa, que o rapaz deveria sim, fazer sexo com a mulher antes do casamento, não sendo "tão radical".
Bem. Eu particularmente, acho essa postura de celibato antes do casamento cosia do passado. Pois a Biblia não se atualiza. Mas, eu respeito para quem escolhe.
Quanto a postura do rapaz. Eu respondi minha mãe da seguinte forma mais ou menos:
A escolha do rapaz de entrar na religião foi livre e voluntária. E ele SABIA dos termos que estavam envolvidos antes de entrar, inclusive celibato antes de casar.
Não foi forçado a participar e sim se voluntariou.
Ao passar a fazer parte deste "grupo", as pessoas do mesmo grupo tem uma "expectativa" quanto ao comportamento dos outros. Que seriam pessoas que também buscam um melhor comportamento moral. Então, existe uma expetativa, como se fosse um contrato oral, de seguir o que a religião trata como correto.
Ao participar mas não seguir, não manter digamos, seu comprometimento de ser fiel a palavra, você está até certo ponto cometendo fraude. Pois, em frente a diversas testemunhas voce prometeu seguir esse caminho. E estes acreditaram.
Entende, ao participar ativamente (importante ressaltar) de uma igreja/religião, voce se compromete a pelo menos TENTAR.
Bem então o que ocorre. Se seus pares acham que voce será MAIS MORAL do que quem não é. Qualquer um pode fingir ser um fiel, e abusar da confiança de outros.
Indo para evidência anedótica.
Tem um rapaz aqui perto do trabalho. Conhecido meu. Que é amigo de um amigo. Ambos são presbíteros da Assembleia de Deus. De duas diferentes.
Este rapaz, após bom tempo desempregado. Conseguiu um trabalho.
Ele já falou coisas como, "prefiro confiar num irmão do que em alguém de fora".
Bem,, Após algum tempo, ele comprou um carro usado. De um cara que, também eh da AD. Bem, eu vou resumir que deu monte de problemas pq o cara que vendeu, bem, não foi completamente sincero e cabou se desfazendo o negocio depois de muita discussão e dinheiro gasto em reparos.
Ai pegou outro carro, mesma situação ocorreu.
Ele tá agora no terceiro carro usado e finalmente dessa vez acho que vai.
A questão é, essa confiança pre-definida apenas por ser da mesma religião. Permite quem não realmente tem como objetivo ser mais correto. Se aproveitar disso.
Imagina agora a confiança que muitos tem em pastores.
Um agnostico ou ateu não possui isso.