LHand
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Leiam os trechos em vermelho:
'Precisamos do fim da propriedade privada', defende Vera, candidata à Presidência pelo PSTU
Na disputa ao Planalto prega expropriação de empresas e calote na dívida pública
Vera Lucia, cadidata à presidencia da republica pelo PSTU - Edilson Dantas / Agência O Globo
SÃO PAULO - Candidata ao Planalto pelo PSTU, Vera Lúcia, de 50 anos, defende um governo estatizante e a expropriação do sistema bancário e das cem maiores empresas do país. Ativista sindical de Sergipe e ex-operária, formada em Ciências Sociais, ela afirma ser necessário revogar as reformas implementadas por Michel Temer e critica os partidos de esquerda, que para ela se dedicam à defesa da libertação do ex-presidente Lula.
Como a senhora vê a fragmentação da esquerda nessa eleição?
Os partidos de esquerda estão unidos debaixo da asa do PT. Eles têm candidatos diferentes, mas a principal tarefa da esquerda é a campanha Lula Livre. Não há diferença entre os projetos. O Guilherme Boulos (pré-candidato do PSOL) propõe fazer plebiscito para que os trabalhadores decidam se querem ou não as reformas de Temer. O que isso muda na vida da classe trabalhadora? Não nos encaixamos nessa denominação. O PSTU é socialista revolucionário. Só defende a classe trabalhadora.
O que acha da tese de que o ex-presidente Lula é um perseguido político?
Lula está preso porque é acusado de corrupção e foi condenado. Está colhendo o que plantou. O Lula traiu os trabalhadores descaradamente. A crise e o desemprego são consequência do governo dele, da Dilma e também do PSDB.
O projeto da senhora defende uma revolução socialista. Como implementaria isso?
O primeiro passo é organizar os trabalhadores e anular todas as reformas: teto de gastos, mudanças na lei trabalhista e terceirização. O segundo é o não pagamento da dívida pública e o não envio das remessas de lucro das multinacionais para o exterior. Depois, a implementação da reforma agrária em latifúndios. Os empresários hoje são os donos dos meios de produção. Precisamos do fim da propriedade privada para que possamos socializar isso. Defendo a expropriação das cem maiores empresas do país, do sistema bancário, (a anulação) de concessões de portos e aeroportos e a reestatização das empresas que foram privatizadas, inclusive da Vale, e sem indenização. Portos e aeroportos sob controle da iniciativa privada voltariam ao controle do poder público. Feito isso, poderíamos reduzir a jornada de trabalho e lançar um plano de obras para absorver a massa de desempregados.
Isso não poderia provocar fuga de investidores e levar ao caos econômico?
Os banqueiros e os empresários podem ir embora. Não precisamos deles. Hoje, cem grandes empresários concentram quase 70% da riqueza. Tem que estatizar. O que estamos propondo é uma sociedade socialista de fato. Não existe sociedade socialista sem democracia operária. Os trabalhadores têm que decidir. O estado em que vivemos é democracia para rico. Para o pobre é uma ditadura.
Esse projeto de 'revolução socialista' tem apoio popular?
Os nossos apoiadores acham que é difícil de ser implementado. Mas não acham que é utopia. Como exigir que o PSTU tenha o seu programa conhecido pelas massas num país continental como o Brasil se nunca tivemos mais de um minuto de tempo de televisão numa eleição? E agora vamos ter apenas sete segundos.
O Bolsonaro deve ter oito segundos e lidera as pesquisas, no cenário sem Lula...
Só que ele (Bolsonaro) é deputado federal há sete mandatos. Ele é milionário. Esses senhores não passam a dificuldade que a gente passa.
A senhora acredita que possa ser eleita?
Não digo que é impossível. Mas, mesmo se fosse, não resolveria os problemas da pátria. Os trabalhadores precisariam se organizar.
https://webcache.googleusercontent....lo-pstu-22972764+&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Aqui tem outra entrevista dela:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44177555
***
Essa vai pro pessoal que tem medo da URSAL e do Foro de São Paulo, achando que eles encampam um plano de dominação comunista. Pro PSTU, comunista raiz, até o chavismo venezuelano não passa de um "Nacionalismo Burguês" .
Por um lado, tenho que admitir que o purismo ideológico do PSTU é coerente. O partido se afirma trotskista e suas opiniões sobre Lula, Venezuela, PSOL e outros partidos de esquerda da América Latina atual são condizentes com a de marxistas revolucionários como Trotsky. Não dá pra ser contra a burguesia e defender quem se alia a ela como fazem esses partidos, não é mesmo?
Por outro lado, ainda acho bizarro que em pleno século XXI alguém defenda o modelo soviético de coletivização forçada de propriedades. Quantos gulags seriam necessários para se extinguir a propriedade privada no Brasil atual? Quantos "inimigos de classe" precisariam ser exterminados para se coletivizar as 100 maiores empresas do país? Não que eu negue que, entre essas 100 maiores empresas, existam muitos parasitas que mereçam alguma punição (tipo Odebrechts, JBSs...), mas é impossível realizar o que essa senhora propõe sem um massivo banho de sangue de inocentes.
Para nossa sorte, eles são apenas uns gatos pingados que são vistos como malucos por praticamente todo mundo, inclusive os partidos de esquerda reformista mais "mainstream".
'Precisamos do fim da propriedade privada', defende Vera, candidata à Presidência pelo PSTU
Na disputa ao Planalto prega expropriação de empresas e calote na dívida pública
Vera Lucia, cadidata à presidencia da republica pelo PSTU - Edilson Dantas / Agência O Globo
SÃO PAULO - Candidata ao Planalto pelo PSTU, Vera Lúcia, de 50 anos, defende um governo estatizante e a expropriação do sistema bancário e das cem maiores empresas do país. Ativista sindical de Sergipe e ex-operária, formada em Ciências Sociais, ela afirma ser necessário revogar as reformas implementadas por Michel Temer e critica os partidos de esquerda, que para ela se dedicam à defesa da libertação do ex-presidente Lula.
Como a senhora vê a fragmentação da esquerda nessa eleição?
Os partidos de esquerda estão unidos debaixo da asa do PT. Eles têm candidatos diferentes, mas a principal tarefa da esquerda é a campanha Lula Livre. Não há diferença entre os projetos. O Guilherme Boulos (pré-candidato do PSOL) propõe fazer plebiscito para que os trabalhadores decidam se querem ou não as reformas de Temer. O que isso muda na vida da classe trabalhadora? Não nos encaixamos nessa denominação. O PSTU é socialista revolucionário. Só defende a classe trabalhadora.
O que acha da tese de que o ex-presidente Lula é um perseguido político?
Lula está preso porque é acusado de corrupção e foi condenado. Está colhendo o que plantou. O Lula traiu os trabalhadores descaradamente. A crise e o desemprego são consequência do governo dele, da Dilma e também do PSDB.
O projeto da senhora defende uma revolução socialista. Como implementaria isso?
O primeiro passo é organizar os trabalhadores e anular todas as reformas: teto de gastos, mudanças na lei trabalhista e terceirização. O segundo é o não pagamento da dívida pública e o não envio das remessas de lucro das multinacionais para o exterior. Depois, a implementação da reforma agrária em latifúndios. Os empresários hoje são os donos dos meios de produção. Precisamos do fim da propriedade privada para que possamos socializar isso. Defendo a expropriação das cem maiores empresas do país, do sistema bancário, (a anulação) de concessões de portos e aeroportos e a reestatização das empresas que foram privatizadas, inclusive da Vale, e sem indenização. Portos e aeroportos sob controle da iniciativa privada voltariam ao controle do poder público. Feito isso, poderíamos reduzir a jornada de trabalho e lançar um plano de obras para absorver a massa de desempregados.
Isso não poderia provocar fuga de investidores e levar ao caos econômico?
Os banqueiros e os empresários podem ir embora. Não precisamos deles. Hoje, cem grandes empresários concentram quase 70% da riqueza. Tem que estatizar. O que estamos propondo é uma sociedade socialista de fato. Não existe sociedade socialista sem democracia operária. Os trabalhadores têm que decidir. O estado em que vivemos é democracia para rico. Para o pobre é uma ditadura.
Esse projeto de 'revolução socialista' tem apoio popular?
Os nossos apoiadores acham que é difícil de ser implementado. Mas não acham que é utopia. Como exigir que o PSTU tenha o seu programa conhecido pelas massas num país continental como o Brasil se nunca tivemos mais de um minuto de tempo de televisão numa eleição? E agora vamos ter apenas sete segundos.
O Bolsonaro deve ter oito segundos e lidera as pesquisas, no cenário sem Lula...
Só que ele (Bolsonaro) é deputado federal há sete mandatos. Ele é milionário. Esses senhores não passam a dificuldade que a gente passa.
A senhora acredita que possa ser eleita?
Não digo que é impossível. Mas, mesmo se fosse, não resolveria os problemas da pátria. Os trabalhadores precisariam se organizar.
https://webcache.googleusercontent....lo-pstu-22972764+&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Aqui tem outra entrevista dela:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44177555
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Essa vai pro pessoal que tem medo da URSAL e do Foro de São Paulo, achando que eles encampam um plano de dominação comunista. Pro PSTU, comunista raiz, até o chavismo venezuelano não passa de um "Nacionalismo Burguês" .
Por um lado, tenho que admitir que o purismo ideológico do PSTU é coerente. O partido se afirma trotskista e suas opiniões sobre Lula, Venezuela, PSOL e outros partidos de esquerda da América Latina atual são condizentes com a de marxistas revolucionários como Trotsky. Não dá pra ser contra a burguesia e defender quem se alia a ela como fazem esses partidos, não é mesmo?
Por outro lado, ainda acho bizarro que em pleno século XXI alguém defenda o modelo soviético de coletivização forçada de propriedades. Quantos gulags seriam necessários para se extinguir a propriedade privada no Brasil atual? Quantos "inimigos de classe" precisariam ser exterminados para se coletivizar as 100 maiores empresas do país? Não que eu negue que, entre essas 100 maiores empresas, existam muitos parasitas que mereçam alguma punição (tipo Odebrechts, JBSs...), mas é impossível realizar o que essa senhora propõe sem um massivo banho de sangue de inocentes.
Para nossa sorte, eles são apenas uns gatos pingados que são vistos como malucos por praticamente todo mundo, inclusive os partidos de esquerda reformista mais "mainstream".
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