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Qual o teu nível de conhecimento sobre astronomia?


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Krion

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Uma curiosidade, uma interessante entrevista feita por Yuri Gagarin na BBC em 1961 (em 11 de julho), com a imagem "melhorada" via neural networks.
(colorizada, com upscale para 4K e a 60 fps)





 

Krion

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Um excelente vídeo
(infelizmente sem legendas em pt-br no momento)


Neil deGrasse Tyson explica por que a ciência é "difícil"
Neil deGrasse Tyson passou toda a sua carreira tentando convencer as pessoas de que vale a pena buscar e compreender a ciência. Então, por que, neste vídeo, ele está dizendo que a ciência é difícil? Bem, de acordo com Neil, a ciência é difícil de uma forma que você talvez não aprecie totalmente.
Neste explicador do StarTalk, Neil deGrasse Tyson e o co-apresentador de quadrinhos Chuck Nice estão explorando por que a ciência pode ser difícil. Neil pinta uma tapeçaria histórica que explora a descoberta de Urano, Netuno e Plutão, para demonstrar as dificuldades que podem surgir durante o estudo científico.
Primeiro, você ouvirá sobre William Herschel e sua descoberta do planeta Urano. Descubra por que William teve que lutar contra suas noções pré-concebidas de cometas para aceitar sua descoberta.
Você aprenderá por que o planeta foi originalmente chamado de George. Em seguida, investigamos a descoberta de Netuno, Plutão, e as quase descobertas do Planeta Vulcano e do Planeta X. Por último, Neil e Chuck exploram por que a ciência é uma jornada, não um destino.

 

Vim do Futuro

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Descubra por que William teve que lutar contra suas noções pré-concebidas de cometas para aceitar sua descoberta.
Curioso notar que muitos cientistas vivem agarrados com suas noções pré-concebidas, e usam a palavra "ciência" como um escudo eterno. O Neil mesmo é um.
Enfim, a hipocrisia.
 

Krion

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SONDAS ESPACIAIS: DISTÂNCIA DO SOL E DESTINO
Veja a que distância nossas 5 sondas interestelares estão do Sol versus o tempo, e para onde estão indo.
1AU = 1AstronomicalUnit = Distância média da Terra-Sol.
A Voyager 1 está agora a +- 20 horas-luz de distância.

space.jpg


 

Krion

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Sorria, acene: alguns exoplanetas também podem nos ver
por Blaine Friedlander, Cornell University
exoplaneta

Crédito CC0: domínio público

Três décadas depois que o astrônomo Cornell Carl Sagan sugeriu que a Voyager 1 tirasse a imagem da Terra a bilhões de quilômetros de distância - resultando na icônica fotografia de Ponto Azul Pálido - dois astrônomos agora oferecem outra perspectiva cósmica única:

Alguns exoplanetas - planetas de além do nosso sistema solar - têm uma linha de visão direta para observar as qualidades biológicas da Terra de muito, muito longe.
Lisa Kaltenegger, professora associada de astronomia na Faculdade de Artes e Ciências e diretora do Instituto Carl Sagan de Cornell; e Joshua Pepper, professor associado de física da Universidade de Lehigh, identificaram 1.004 estrelas da sequência principal (semelhantes ao nosso sol) que podem conter planetas semelhantes à Terra em suas próprias zonas habitáveis - todos dentro de cerca de 300 anos-luz da Terra - e que deve ser capaz de detectar vestígios químicos de vida na Terra.

O artigo, "Quais estrelas podem ver a Terra como um exoplaneta em trânsito?" foi publicado em 21 de outubro no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society .
"Vamos reverter o ponto de vista para o de outras estrelas e perguntar de que ponto de vista outros observadores poderiam encontrar a Terra como um planeta em trânsito", disse Kaltenegger. Um planeta em trânsito é aquele que passa pela linha de visão do observador para outra estrela, como o sol, revelando pistas sobre a composição da atmosfera do planeta.
"Se os observadores estivessem procurando, eles seriam capazes de ver sinais de uma biosfera na atmosfera de nosso Ponto Azul Pálido", disse ela, "E podemos até ver algumas das estrelas mais brilhantes em nosso céu noturno sem binóculos ou telescópios ".




A astrônoma Cornell Lisa Kaltenegger e Joshua Pepper da Lehigh University identificaram 1.004 estrelas da sequência principal - semelhantes ao nosso Sol - que podem conter planetas semelhantes à Terra em suas próprias zonas habitáveis dentro de cerca de 300 anos-luz daqui, que devem ser capazes de detectar a da Terra vestígios químicos de vida. Crédito: John Munson / Cornell University



As observações de trânsito são uma ferramenta crucial para os astrônomos da Terra caracterizarem planetas extrasolares habitados , disse Kaltenegger, que os astrônomos começarão a usar com o lançamento do telescópio espacial James Webb da NASA no próximo ano.

Mas quais sistemas estelares podem nos encontrar? A chave desta ciência é a eclíptica da Terra - o plano da órbita da Terra em torno do Sol. A eclíptica é onde os exoplanetas com vista para a Terra estariam localizados, já que eles serão os lugares capazes de ver a Terra cruzando seu próprio sol - fornecendo efetivamente aos observadores uma maneira de descobrir a vibrante biosfera do nosso planeta.

Pepper e Kaltenegger criaram a lista das mil estrelas mais próximas usando o catálogo de estrelas do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA.

"Apenas uma fração muito pequena dos exoplanetas estará alinhada aleatoriamente com nossa linha de visão para que possamos vê-los em trânsito." Pepper disse. "Mas todas as mil estrelas que identificamos em nosso artigo na vizinhança solar puderam ver nossa Terra transitar pelo sol, chamando sua atenção."
"Se encontrarmos um planeta com uma biosfera vibrante, ficaríamos curiosos para saber se alguém está ou não olhando para nós também", disse Kaltenegger.
"Se estamos procurando por vida inteligente no universo, que pode nos encontrar e pode querer entrar em contato", disse ela, "acabamos de criar o mapa estelar de onde devemos olhar primeiro."
 


Krion

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Incrível mapa do universo observável feito em escala logarítmica* :kwow

*Uma escala logarítmica é uma escala que usa o logaritmo de uma grandeza em vez da grandeza propriamente dita. A apresentação de dados em uma escala logarítmica pode ser útil quando os dados cobrem uma grande gama de valores – o logaritmo reduz a representação a uma escala mais fácil de ser visualizada e manejada.

(só clicar na imagem para versão em ultra resolução e com mais info)
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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Trump convida Brasil a assinar os Acordos de Artemis


O Programa Artemis por um lado é a já atrasada iniciativa dos Estados Unidos para criar e manter uma presença humana na Lua, dando prosseguimento ao Projeto Apollo. Por outro lado, ele mistura prazos irreais e se baseia em um monte de projetos cancelados.


Alcântara, 2025 (crédito: Paramount /Cardoso Graph)
O foguete SLS, a cápsula Orion, todos vieram de projetos antigos, desde a Administração Obama, e o próprio SLS já chegou em uma fase de descaso financeiro que se tornou caro demais pra ser cancelado, depois de todo o dinheiro jogado nele, além do orçamento inicial.
A proposta aprovada era de US$10 bilhões para o projeto. Já está em US$18.5 bilhões, com cada lançamento custando mais de US$2 bilhões. Em comparação a Starship da SpaceX tem um custo projetado por lançamento de US$2 milhões.

SpaceX em breve em uma lua perto de você. (Crédito: SpaceX)
Artemis prevê diversas missões até 2024, incluindo uma missão não-tripulada da Orion em Novembro de 2021, e uma missão tripulada com duração de 10 dias para orbitar a Lua (sem pouso) em Agosto de 2023.
A maioria dos projetos associados está sendo contratada de empresas privadas; SpaceX, Blue Origin e Dynetics estão competindo para construir o módulo de pouso. Há concorrências também para transporte de suprimentos e para a Gateway, uma estação espacial em órbita lunar que ninguém decidiu ainda se vai ou não ser construída.
Outras empresas foram contratadas para construir landers que exploração a superfície lunar atrás de áreas com maior probabilidade de conterem água, objetivo primário das missões Artemis.
O custo estimado do Programa Artemis para o período 2020-2024 é de US$35 bilhões. Os EUA estão arcando com a maior parte, mas o programa tem também participantes estrangeiros. Fazem parte do núcleo do Artemis:
  • Agência Espacial Europeia (ESA)
  • Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA)
  • Agência Espacial Canadense (CSA)
  • Agência Espacial Italiana (ASI)
  • Agência Espacial Australiana (ASA)
  • Agência Espacial do Reino Unido (UKSA)
  • Agência Espacial dos Emirados Árabes (UAESA)
É uma bela cooperação internacional, mas não é o futuro Star Trek que a gente imagina, nem mesmo o futuro Valerian. (Céus, eu amo essa abertura)
hqdefault.jpg

Voltando pra realidade, a China não gostou nada do projeto, e toca seu programa lunar sozinha. Já os russos acusaram Artemis de ser uma forma de fazer outros países mandarem dinheiro para empresas americanas, e recusaram o convite para a parceria.
Agora, visando ampliar o Programa e conseguir mais grana pro projeto -claro- a NASA anunciou, dia 15 de Maio de 2020, os Acordos Artemis, aonde mais países seriam convidados a participar da iniciativa.
Em 20 de Outubro do mesmo ano, o Conselho de Segurança Nacional dos EUA tuitou um convite direto ao Brasil, feito em nome do Presidente dos Estados Unidos. Mais tarde o perfil da Embaixada dos EUA repetiu o convite, em bom português.

Crédito: Twitter
Teremos um brasileiro na Lua? Deverá o Pocotopus aceitar o convite do Potus?
A realidade é que nossa capivara é péssima. Todo mundo deveria ler o excelente artigo de Pedro Burgos narrando a Saga do Brasil na Estação Espacial Internacional, um vexame cheio de promessas não-cumpridas, a NASA cada vez diminuindo as obrigações do Brasil -que não conseguiu construir uma simples estante de metal- e calotes em cima de calotes.

Em laranja a parte brasileira da ISS, que atrasamos, enrolamos e acabamos não entregando. Não está vendo? Clique para engrandalhecer. (Créditos: NASA)
Marcos Pontes pode ser altamente questionado em termos de sua atuação como ministro, ele é uma nulidade e só não virou terraplanista porque o Olavão não insistiu, mas como astronauta ele tem toda a qualificação técnica, e foi enrolado pelo governo, a ponto de se esconder quando via colegas passando pelos corredores da NASA. Sua viagem na Soyuz foi um calaboca de um governo em contenção de danos depois de nossa expulsão do projeto da ISS.
Depois disso todo projeto que o Brasil se metia, dava errado, vide exemplos:
Nós fomos expulsos do programa do supertelescópio do ESO, depois de repetidas tentativas de encaixar o país, com facilidades de pagamento. Tanto enrolamos que o projeto vai atrasar por nossa conta.
Há quem tenha a ilusão de que algo vai sair de Alcântara. Não vai. O “centro”, se dá pra chamar aquele terreirão de Centro (se fosse Espírita dava) segundo algumas fontes não tem nem Internet. Isso mesmo, a justificativa para não fazerem streaming de lançamento de Alcântara é que... não tem internet. Por “segurança”.

O VAB (Vehicle Assembly Barraco) de Alcäntara, comparado com foguetes de verdade na mesma escala. (Crédito: Cardoso Graph)
Não temos infraestrutura para lançar nada maior que um Electron (a partícula ou o foguete? Fica a dúvida). Não há rigorosamente nada que o Brasil tenha para contribuir para um programa de exploração lunar, além de dinheiro, e dinheiro já é fato notório que a gente promete, mas não paga.
Ainda não há uma resposta oficial, mas a menos que o Governo queira que o Brasil mais uma vez vire alvo de críticas e risadas, expondo ao mundo nossa incompetência estatal, a resposta deve ser não.
OK sendo realista passar vergonha virou nossa atividade principal, é claro que vamos responder “You son of a b*tch, I’m in!” ao mesmo tempo em que já estaremos planejando o calote.
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

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Incrível mapa do universo observável feito em escala logarítmica* :kwow

*Uma escala logarítmica é uma escala que usa o logaritmo de uma grandeza em vez da grandeza propriamente dita. A apresentação de dados em uma escala logarítmica pode ser útil quando os dados cobrem uma grande gama de valores – o logaritmo reduz a representação a uma escala mais fácil de ser visualizada e manejada.

(só clicar na imagem para versão em ultra resolução e com mais info)
Foda demais pqp
 

Krion

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Incrível mapa do universo observável feito em escala logarítmica* :kwow

*Uma escala logarítmica é uma escala que usa o logaritmo de uma grandeza em vez da grandeza propriamente dita. A apresentação de dados em uma escala logarítmica pode ser útil quando os dados cobrem uma grande gama de valores – o logaritmo reduz a representação a uma escala mais fácil de ser visualizada e manejada.

(só clicar na imagem para versão em ultra resolução e com mais info)


Um outro modelo de mapa de do universo observável feito em escala logarítmica


(só clicar na imagem para versão de maior resolução)

 

Ero_Seenin

Spaaaaaace Geek
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Gravidade não é força? Pra ficar em repouso precisa de aceleração? Inércia com curva? Geodesics? Estou acelerando pra cima? Luz faz curva? Porque me ensinaram Newton? :kzonzo


o que ele disse em resumo, foi que aquilo que chamamos de "força" da gravidade é uma consequencia da curvatura do espaço tempo.
Funciona como uma força sim, nada da física clássica muda.

A questão da relatividade é como ela explica a origem dessa "força", basicamente dizendo que gravidade é uma curvatura do espaço tempo, e isso produz aceleração em corpos que estão submetidos a esse espaço curvo, que para nós, funciona como se fosse uma força não pontual. (Uma força que não é aplicada em um ponto, mas sim distribuída em todo o espaço que o corpo ocupa).
 

quemsoueu

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Fui dar uma checada no stelarium pra ver se ia ter algo interessante pra observar hj e a partir das 19:20 ia passar uns 20 starlink na mesma linha so que mais afastados, peguei meu bino astronomico e peguei os bixinho, mas teve uma hora ao acompanhar um deles percebi outro satelite bem brilhante vindo no eixo contrario do ceu e ja me deu uma emocao ,pensei ja pensou eu flagrar essas porra batendo que loko ia ser,

e foi que no meu ponto de vista os 2 pontos de luz realmente se cruzaram um sobreposto ao outro, logicamente um dos 2 deveria estar bem mais alto, mas pqp foi emocionante.
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

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Krion

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SOFIA da NASA descobre água na superfície da lua iluminada pelo sol
Imagem da Lua e ilustração retratando água presa no solo lunar e o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA
Esta ilustração destaca a Cratera Clavius da Lua com uma ilustração que descreve a água presa no solo lunar ali, junto com uma imagem do Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha da NASA (SOFIA) que encontrou água lunar iluminada pelo sol.
Créditos: NASA / Daniel Rutter


O Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA (SOFIA) confirmou, pela primeira vez, água na superfície lunar iluminada pelo sol. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar, e não limitada a lugares frios e sombreados.

SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. Observações anteriores da superfície da Lua detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, hidroxila (OH). Dados desse local revelam água em concentrações de 100 a 412 partes por milhão - aproximadamente o equivalente a uma garrafa de 12 onças de água - presa em um metro cúbico de solo espalhado pela superfície lunar. Os resultados foram publicados na última edição da Nature Astronomy.

“Tivemos indicações de que H2O - a água familiar que conhecemos - pode estar presente no lado iluminado da Lua”, disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica do Diretório de Missão Científica na Sede da NASA em Washington. “Agora sabemos que está lá. Esta descoberta desafia nossa compreensão da superfície lunar e levanta questões intrigantes sobre recursos relevantes para a exploração do espaço profundo. ”

Como comparação, o deserto do Saara tem 100 vezes a quantidade de água que o SOFIA detectou no solo lunar. Apesar das pequenas quantidades, a descoberta levanta novas questões sobre como a água é criada e como ela persiste na superfície lunar áspera e sem ar.

A água é um recurso precioso no espaço profundo e um ingrediente-chave da vida como a conhecemos. Se a água SOFIA encontrada é facilmente acessível para uso como um recurso ainda está para ser determinado. Sob o programa Artemis da NASA , a agência está ansiosa para aprender tudo o que puder sobre a presença de água na Lua antes de enviar a primeira mulher e o próximo homem para a superfície lunar em 2024 e estabelecer uma presença humana sustentável lá até o final do década.

Os resultados do SOFIA baseiam-se em anos de pesquisas anteriores examinando a presença de água na lua. Quando os astronautas da Apollo retornaram da Lua em 1969, pensava-se que ela estava completamente seca. As missões orbitais e de impacto nos últimos 20 anos, como o satélite de observação e detecção de crateras lunares da NASA , confirmaram o gelo em crateras permanentemente sombreadas ao redor dos pólos lunares. Enquanto isso, várias espaçonaves - incluindo a missão Cassini e a missão do cometa Deep Impact , bem como a missão Chandrayaan-1 da Organização de Pesquisa Espacial da Índia - e o Infrared Telescope Facility da NASA, olhou amplamente para a superfície lunar e encontrou evidências de hidratação em regiões mais ensolaradas. No entanto, essas missões foram incapazes de distinguir definitivamente a forma em que estava presente - H2O ou OH.

“Antes das observações do SOFIA, sabíamos que havia algum tipo de hidratação”, disse Casey Honniball, a autora principal que publicou os resultados de seu trabalho de tese de graduação na Universidade do Havaí em Mānoa em Honolulu. “Mas não sabíamos quanto, se é que havia, eram moléculas de água - como bebemos todos os dias - ou algo mais parecido com limpador de ralos.”




Cientistas usando o telescópio da NASA em um avião, o Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy, descobriram água em uma superfície iluminada pelo sol da Lua pela primeira vez. SOFIA é uma aeronave Boeing 747SP modificada que permite aos astrônomos estudar o sistema solar e além de maneiras que não são possíveis com telescópios terrestres. Água molecular, H2O, foi encontrada na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra no hemisfério sul da Lua. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar, e não limitada a lugares frios e sombreados.
Créditos: NASA / Ames Research Center


SOFIA ofereceu um novo meio de olhar para a lua. Voando a altitudes de até 45.000 pés, este avião Boeing 747SP modificado com um telescópio de 106 polegadas de diâmetro atinge mais de 99% do vapor de água na atmosfera da Terra para obter uma visão mais clara do universo infravermelho. Usando seu Faint Object infravermelho CAmera para o Telescópio SOFIA (FORCAST), SOFIA foi capaz de pegar o comprimento de onda específico exclusivo para moléculas de água, em 6,1 mícrons, e descobriu uma concentração relativamente surpreendente na ensolarada Cratera Clavius.

“Sem uma atmosfera densa, a água na superfície lunar iluminada pelo sol deveria ser perdida para o espaço”, disse Honniball, que agora é pós-doutorando no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “No entanto, de alguma forma, estamos vendo isso. Algo está gerando a água e algo deve estar prendendo-a lá. ”

Diversas forças podem estar em jogo no fornecimento ou na criação dessa água. Micrometeoritos chovendo na superfície lunar, carregando pequenas quantidades de água, podem depositar a água na superfície lunar com o impacto. Outra possibilidade é que poderia haver um processo de duas etapas pelo qual o vento solar do Sol entrega hidrogênio à superfície lunar e causa uma reação química com minerais contendo oxigênio no solo para criar hidroxila. Enquanto isso, a radiação do bombardeio de micrometeoritos pode estar transformando essa hidroxila em água.

Como a água é armazenada - tornando possível o acúmulo - também levanta algumas questões intrigantes. A água pode ficar presa em pequenas estruturas semelhantes a contas no solo, que se formam a partir do alto calor criado pelos impactos de micrometeoritos. Outra possibilidade é que a água possa estar escondida entre os grãos do solo lunar e protegida da luz solar - tornando-a potencialmente um pouco mais acessível do que a água presa em estruturas semelhantes a contas.

Para uma missão projetada para olhar para objetos distantes e escuros, como buracos negros, aglomerados de estrelas e galáxias, os holofotes do SOFIA no vizinho mais próximo e mais brilhante da Terra foi um afastamento dos negócios de sempre. Os operadores do telescópio normalmente usam uma câmera guia para rastrear estrelas, mantendo o telescópio travado firmemente em seu alvo de observação. Mas a Lua está tão próxima e brilhante que preenche todo o campo de visão da câmera guia. Sem estrelas visíveis, não estava claro se o telescópio poderia rastrear a lua de forma confiável. Para determinar isso, em agosto de 2018, os operadores decidiram tentar um teste de observação.

“Foi, de fato, a primeira vez que SOFIA olhou para a Lua, e não tínhamos certeza se conseguiríamos dados confiáveis, mas questões sobre a água da Lua nos obrigaram a tentar”, disse Naseem Rangwala, projeto da SOFIA cientista do Ames Research Center da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia. “É incrível que essa descoberta tenha saído do que foi essencialmente um teste e agora que sabemos que podemos fazer isso, estamos planejando mais voos para fazer mais observações.”

Os voos subsequentes do SOFIA procurarão por água em outros locais iluminados pelo sol e durante as diferentes fases lunares para aprender mais sobre como a água é produzida, armazenada e movida pela lua. Os dados contribuirão para o trabalho de futuras missões lunares, como o Volatiles Investigating Polar Exploration Rover (VIPER) da NASA , para criar os primeiros mapas de recursos hídricos da Lua para a futura exploração espacial humana.

Na mesma edição da Nature Astronomy, os cientistas publicaram um artigo usando modelos teóricos e dados do Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA , apontando que a água pode ficar presa em pequenas sombras, onde as temperaturas ficam abaixo de zero, em mais da Lua do que o esperado. Os resultados podem ser encontrados aqui .

“A água é um recurso valioso, tanto para fins científicos quanto para uso de nossos exploradores”, disse Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração do Diretório de Missão de Exploração e Operações Humanas da NASA. “Se pudermos usar os recursos da Lua, poderemos carregar menos água e mais equipamentos para ajudar a possibilitar novas descobertas científicas.”

SOFIA é um projeto conjunto da NASA e do Centro Aeroespacial Alemão. Ames gerencia o programa SOFIA, as operações científicas e de missão em cooperação com a Universities Space Research Association, sediada em Columbia, Maryland, e o German SOFIA Institute na Universidade de Stuttgart. A aeronave é mantida e operada pelo Armstrong Flight Research Center Building 703 da NASA, em Palmdale, Califórnia.

A filmagem B-roll relacionada a esta descoberta está disponível em: https://go.nasa.gov/2TnDWSd

Saiba mais sobre SOFIA em: https://www.nasa.gov/sofia
 

Krion

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SOFIA da NASA descobre água na superfície da lua iluminada pelo sol
Imagem da Lua e ilustração retratando água presa no solo lunar e o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA
Esta ilustração destaca a Cratera Clavius da Lua com uma ilustração que descreve a água presa no solo lunar ali, junto com uma imagem do Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha da NASA (SOFIA) que encontrou água lunar iluminada pelo sol.
Créditos: NASA / Daniel Rutter


O Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA (SOFIA) confirmou, pela primeira vez, água na superfície lunar iluminada pelo sol. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar, e não limitada a lugares frios e sombreados.

SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. Observações anteriores da superfície da Lua detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, hidroxila (OH). Dados desse local revelam água em concentrações de 100 a 412 partes por milhão - aproximadamente o equivalente a uma garrafa de 12 onças de água - presa em um metro cúbico de solo espalhado pela superfície lunar. Os resultados foram publicados na última edição da Nature Astronomy.

“Tivemos indicações de que H2O - a água familiar que conhecemos - pode estar presente no lado iluminado da Lua”, disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica do Diretório de Missão Científica na Sede da NASA em Washington. “Agora sabemos que está lá. Esta descoberta desafia nossa compreensão da superfície lunar e levanta questões intrigantes sobre recursos relevantes para a exploração do espaço profundo. ”

Como comparação, o deserto do Saara tem 100 vezes a quantidade de água que o SOFIA detectou no solo lunar. Apesar das pequenas quantidades, a descoberta levanta novas questões sobre como a água é criada e como ela persiste na superfície lunar áspera e sem ar.

A água é um recurso precioso no espaço profundo e um ingrediente-chave da vida como a conhecemos. Se a água SOFIA encontrada é facilmente acessível para uso como um recurso ainda está para ser determinado. Sob o programa Artemis da NASA , a agência está ansiosa para aprender tudo o que puder sobre a presença de água na Lua antes de enviar a primeira mulher e o próximo homem para a superfície lunar em 2024 e estabelecer uma presença humana sustentável lá até o final do década.

Os resultados do SOFIA baseiam-se em anos de pesquisas anteriores examinando a presença de água na lua. Quando os astronautas da Apollo retornaram da Lua em 1969, pensava-se que ela estava completamente seca. As missões orbitais e de impacto nos últimos 20 anos, como o satélite de observação e detecção de crateras lunares da NASA , confirmaram o gelo em crateras permanentemente sombreadas ao redor dos pólos lunares. Enquanto isso, várias espaçonaves - incluindo a missão Cassini e a missão do cometa Deep Impact , bem como a missão Chandrayaan-1 da Organização de Pesquisa Espacial da Índia - e o Infrared Telescope Facility da NASA, olhou amplamente para a superfície lunar e encontrou evidências de hidratação em regiões mais ensolaradas. No entanto, essas missões foram incapazes de distinguir definitivamente a forma em que estava presente - H2O ou OH.

“Antes das observações do SOFIA, sabíamos que havia algum tipo de hidratação”, disse Casey Honniball, a autora principal que publicou os resultados de seu trabalho de tese de graduação na Universidade do Havaí em Mānoa em Honolulu. “Mas não sabíamos quanto, se é que havia, eram moléculas de água - como bebemos todos os dias - ou algo mais parecido com limpador de ralos.”




Cientistas usando o telescópio da NASA em um avião, o Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy, descobriram água em uma superfície iluminada pelo sol da Lua pela primeira vez. SOFIA é uma aeronave Boeing 747SP modificada que permite aos astrônomos estudar o sistema solar e além de maneiras que não são possíveis com telescópios terrestres. Água molecular, H2O, foi encontrada na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra no hemisfério sul da Lua. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar, e não limitada a lugares frios e sombreados.
Créditos: NASA / Ames Research Center


SOFIA ofereceu um novo meio de olhar para a lua. Voando a altitudes de até 45.000 pés, este avião Boeing 747SP modificado com um telescópio de 106 polegadas de diâmetro atinge mais de 99% do vapor de água na atmosfera da Terra para obter uma visão mais clara do universo infravermelho. Usando seu Faint Object infravermelho CAmera para o Telescópio SOFIA (FORCAST), SOFIA foi capaz de pegar o comprimento de onda específico exclusivo para moléculas de água, em 6,1 mícrons, e descobriu uma concentração relativamente surpreendente na ensolarada Cratera Clavius.

“Sem uma atmosfera densa, a água na superfície lunar iluminada pelo sol deveria ser perdida para o espaço”, disse Honniball, que agora é pós-doutorando no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “No entanto, de alguma forma, estamos vendo isso. Algo está gerando a água e algo deve estar prendendo-a lá. ”

Diversas forças podem estar em jogo no fornecimento ou na criação dessa água. Micrometeoritos chovendo na superfície lunar, carregando pequenas quantidades de água, podem depositar a água na superfície lunar com o impacto. Outra possibilidade é que poderia haver um processo de duas etapas pelo qual o vento solar do Sol entrega hidrogênio à superfície lunar e causa uma reação química com minerais contendo oxigênio no solo para criar hidroxila. Enquanto isso, a radiação do bombardeio de micrometeoritos pode estar transformando essa hidroxila em água.

Como a água é armazenada - tornando possível o acúmulo - também levanta algumas questões intrigantes. A água pode ficar presa em pequenas estruturas semelhantes a contas no solo, que se formam a partir do alto calor criado pelos impactos de micrometeoritos. Outra possibilidade é que a água possa estar escondida entre os grãos do solo lunar e protegida da luz solar - tornando-a potencialmente um pouco mais acessível do que a água presa em estruturas semelhantes a contas.

Para uma missão projetada para olhar para objetos distantes e escuros, como buracos negros, aglomerados de estrelas e galáxias, os holofotes do SOFIA no vizinho mais próximo e mais brilhante da Terra foi um afastamento dos negócios de sempre. Os operadores do telescópio normalmente usam uma câmera guia para rastrear estrelas, mantendo o telescópio travado firmemente em seu alvo de observação. Mas a Lua está tão próxima e brilhante que preenche todo o campo de visão da câmera guia. Sem estrelas visíveis, não estava claro se o telescópio poderia rastrear a lua de forma confiável. Para determinar isso, em agosto de 2018, os operadores decidiram tentar um teste de observação.

“Foi, de fato, a primeira vez que SOFIA olhou para a Lua, e não tínhamos certeza se conseguiríamos dados confiáveis, mas questões sobre a água da Lua nos obrigaram a tentar”, disse Naseem Rangwala, projeto da SOFIA cientista do Ames Research Center da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia. “É incrível que essa descoberta tenha saído do que foi essencialmente um teste e agora que sabemos que podemos fazer isso, estamos planejando mais voos para fazer mais observações.”

Os voos subsequentes do SOFIA procurarão por água em outros locais iluminados pelo sol e durante as diferentes fases lunares para aprender mais sobre como a água é produzida, armazenada e movida pela lua. Os dados contribuirão para o trabalho de futuras missões lunares, como o Volatiles Investigating Polar Exploration Rover (VIPER) da NASA , para criar os primeiros mapas de recursos hídricos da Lua para a futura exploração espacial humana.

Na mesma edição da Nature Astronomy, os cientistas publicaram um artigo usando modelos teóricos e dados do Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA , apontando que a água pode ficar presa em pequenas sombras, onde as temperaturas ficam abaixo de zero, em mais da Lua do que o esperado. Os resultados podem ser encontrados aqui .

“A água é um recurso valioso, tanto para fins científicos quanto para uso de nossos exploradores”, disse Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração do Diretório de Missão de Exploração e Operações Humanas da NASA. “Se pudermos usar os recursos da Lua, poderemos carregar menos água e mais equipamentos para ajudar a possibilitar novas descobertas científicas.”

SOFIA é um projeto conjunto da NASA e do Centro Aeroespacial Alemão. Ames gerencia o programa SOFIA, as operações científicas e de missão em cooperação com a Universities Space Research Association, sediada em Columbia, Maryland, e o German SOFIA Institute na Universidade de Stuttgart. A aeronave é mantida e operada pelo Armstrong Flight Research Center Building 703 da NASA, em Palmdale, Califórnia.

A filmagem B-roll relacionada a esta descoberta está disponível em: https://go.nasa.gov/2TnDWSd

Saiba mais sobre SOFIA em: https://www.nasa.gov/sofia


Quem interessar em detalhes mais completos (e técnicos),

segue o paper completo (em inglês)
AQUI


Micro armadilhas frias na Lua

Resumo
Acredita-se que o gelo de água esteja preso em grandes regiões permanentemente sombreadas nas regiões polares da Lua, devido às suas temperaturas extremamente baixas. Aqui, mostramos que muitas armadilhas frias não mapeadas existem em pequenas escalas espaciais, aumentando substancialmente as áreas onde o gelo pode se acumular. Usando modelos teóricos e dados do Lunar Reconnaissance Orbiter, estimamos a contribuição das sombras em escalas de 1 km a 1 cm, a menor distância sobre a qual achamos que a armadilha de frio é eficaz para gelo de água. Aproximadamente 10–20% da área permanente da armadilha fria para água está contida nessas micro armadilhas frias, que são as mais numerosas armadilhas frias na Lua. A consideração de todas as escalas espaciais, portanto, aumenta substancialmente o número de armadilhas frias em relação às estimativas anteriores, para uma área total de ~ 40.000 km 2, cerca de 60% dos quais estão no sul. A maioria das armadilhas frias para gelo de água é encontrada em latitudes> 80 ° porque as sombras permanentes na direção do equador de 80 ° são geralmente muito quentes para suportar o acúmulo de gelo. Nossos resultados sugerem que a água presa nos pólos lunares pode ser mais amplamente distribuída e acessível como um recurso para missões futuras do que se pensava anteriormente.

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danitokaawa

Bam-bam-bam
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SOFIA da NASA descobre água na superfície da lua iluminada pelo sol
Imagem da Lua e ilustração retratando água presa no solo lunar e o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA
Esta ilustração destaca a Cratera Clavius da Lua com uma ilustração que descreve a água presa no solo lunar ali, junto com uma imagem do Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha da NASA (SOFIA) que encontrou água lunar iluminada pelo sol.
Créditos: NASA / Daniel Rutter


O Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA (SOFIA) confirmou, pela primeira vez, água na superfície lunar iluminada pelo sol. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar, e não limitada a lugares frios e sombreados.

SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. Observações anteriores da superfície da Lua detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, hidroxila (OH). Dados desse local revelam água em concentrações de 100 a 412 partes por milhão - aproximadamente o equivalente a uma garrafa de 12 onças de água - presa em um metro cúbico de solo espalhado pela superfície lunar. Os resultados foram publicados na última edição da Nature Astronomy.

“Tivemos indicações de que H2O - a água familiar que conhecemos - pode estar presente no lado iluminado da Lua”, disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica do Diretório de Missão Científica na Sede da NASA em Washington. “Agora sabemos que está lá. Esta descoberta desafia nossa compreensão da superfície lunar e levanta questões intrigantes sobre recursos relevantes para a exploração do espaço profundo. ”

Como comparação, o deserto do Saara tem 100 vezes a quantidade de água que o SOFIA detectou no solo lunar. Apesar das pequenas quantidades, a descoberta levanta novas questões sobre como a água é criada e como ela persiste na superfície lunar áspera e sem ar.

A água é um recurso precioso no espaço profundo e um ingrediente-chave da vida como a conhecemos. Se a água SOFIA encontrada é facilmente acessível para uso como um recurso ainda está para ser determinado. Sob o programa Artemis da NASA , a agência está ansiosa para aprender tudo o que puder sobre a presença de água na Lua antes de enviar a primeira mulher e o próximo homem para a superfície lunar em 2024 e estabelecer uma presença humana sustentável lá até o final do década.

Os resultados do SOFIA baseiam-se em anos de pesquisas anteriores examinando a presença de água na lua. Quando os astronautas da Apollo retornaram da Lua em 1969, pensava-se que ela estava completamente seca. As missões orbitais e de impacto nos últimos 20 anos, como o satélite de observação e detecção de crateras lunares da NASA , confirmaram o gelo em crateras permanentemente sombreadas ao redor dos pólos lunares. Enquanto isso, várias espaçonaves - incluindo a missão Cassini e a missão do cometa Deep Impact , bem como a missão Chandrayaan-1 da Organização de Pesquisa Espacial da Índia - e o Infrared Telescope Facility da NASA, olhou amplamente para a superfície lunar e encontrou evidências de hidratação em regiões mais ensolaradas. No entanto, essas missões foram incapazes de distinguir definitivamente a forma em que estava presente - H2O ou OH.

“Antes das observações do SOFIA, sabíamos que havia algum tipo de hidratação”, disse Casey Honniball, a autora principal que publicou os resultados de seu trabalho de tese de graduação na Universidade do Havaí em Mānoa em Honolulu. “Mas não sabíamos quanto, se é que havia, eram moléculas de água - como bebemos todos os dias - ou algo mais parecido com limpador de ralos.”




Cientistas usando o telescópio da NASA em um avião, o Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy, descobriram água em uma superfície iluminada pelo sol da Lua pela primeira vez. SOFIA é uma aeronave Boeing 747SP modificada que permite aos astrônomos estudar o sistema solar e além de maneiras que não são possíveis com telescópios terrestres. Água molecular, H2O, foi encontrada na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra no hemisfério sul da Lua. Esta descoberta indica que a água pode ser distribuída pela superfície lunar, e não limitada a lugares frios e sombreados.
Créditos: NASA / Ames Research Center


SOFIA ofereceu um novo meio de olhar para a lua. Voando a altitudes de até 45.000 pés, este avião Boeing 747SP modificado com um telescópio de 106 polegadas de diâmetro atinge mais de 99% do vapor de água na atmosfera da Terra para obter uma visão mais clara do universo infravermelho. Usando seu Faint Object infravermelho CAmera para o Telescópio SOFIA (FORCAST), SOFIA foi capaz de pegar o comprimento de onda específico exclusivo para moléculas de água, em 6,1 mícrons, e descobriu uma concentração relativamente surpreendente na ensolarada Cratera Clavius.

“Sem uma atmosfera densa, a água na superfície lunar iluminada pelo sol deveria ser perdida para o espaço”, disse Honniball, que agora é pós-doutorando no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “No entanto, de alguma forma, estamos vendo isso. Algo está gerando a água e algo deve estar prendendo-a lá. ”

Diversas forças podem estar em jogo no fornecimento ou na criação dessa água. Micrometeoritos chovendo na superfície lunar, carregando pequenas quantidades de água, podem depositar a água na superfície lunar com o impacto. Outra possibilidade é que poderia haver um processo de duas etapas pelo qual o vento solar do Sol entrega hidrogênio à superfície lunar e causa uma reação química com minerais contendo oxigênio no solo para criar hidroxila. Enquanto isso, a radiação do bombardeio de micrometeoritos pode estar transformando essa hidroxila em água.

Como a água é armazenada - tornando possível o acúmulo - também levanta algumas questões intrigantes. A água pode ficar presa em pequenas estruturas semelhantes a contas no solo, que se formam a partir do alto calor criado pelos impactos de micrometeoritos. Outra possibilidade é que a água possa estar escondida entre os grãos do solo lunar e protegida da luz solar - tornando-a potencialmente um pouco mais acessível do que a água presa em estruturas semelhantes a contas.

Para uma missão projetada para olhar para objetos distantes e escuros, como buracos negros, aglomerados de estrelas e galáxias, os holofotes do SOFIA no vizinho mais próximo e mais brilhante da Terra foi um afastamento dos negócios de sempre. Os operadores do telescópio normalmente usam uma câmera guia para rastrear estrelas, mantendo o telescópio travado firmemente em seu alvo de observação. Mas a Lua está tão próxima e brilhante que preenche todo o campo de visão da câmera guia. Sem estrelas visíveis, não estava claro se o telescópio poderia rastrear a lua de forma confiável. Para determinar isso, em agosto de 2018, os operadores decidiram tentar um teste de observação.

“Foi, de fato, a primeira vez que SOFIA olhou para a Lua, e não tínhamos certeza se conseguiríamos dados confiáveis, mas questões sobre a água da Lua nos obrigaram a tentar”, disse Naseem Rangwala, projeto da SOFIA cientista do Ames Research Center da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia. “É incrível que essa descoberta tenha saído do que foi essencialmente um teste e agora que sabemos que podemos fazer isso, estamos planejando mais voos para fazer mais observações.”

Os voos subsequentes do SOFIA procurarão por água em outros locais iluminados pelo sol e durante as diferentes fases lunares para aprender mais sobre como a água é produzida, armazenada e movida pela lua. Os dados contribuirão para o trabalho de futuras missões lunares, como o Volatiles Investigating Polar Exploration Rover (VIPER) da NASA , para criar os primeiros mapas de recursos hídricos da Lua para a futura exploração espacial humana.

Na mesma edição da Nature Astronomy, os cientistas publicaram um artigo usando modelos teóricos e dados do Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA , apontando que a água pode ficar presa em pequenas sombras, onde as temperaturas ficam abaixo de zero, em mais da Lua do que o esperado. Os resultados podem ser encontrados aqui .

“A água é um recurso valioso, tanto para fins científicos quanto para uso de nossos exploradores”, disse Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração do Diretório de Missão de Exploração e Operações Humanas da NASA. “Se pudermos usar os recursos da Lua, poderemos carregar menos água e mais equipamentos para ajudar a possibilitar novas descobertas científicas.”

SOFIA é um projeto conjunto da NASA e do Centro Aeroespacial Alemão. Ames gerencia o programa SOFIA, as operações científicas e de missão em cooperação com a Universities Space Research Association, sediada em Columbia, Maryland, e o German SOFIA Institute na Universidade de Stuttgart. A aeronave é mantida e operada pelo Armstrong Flight Research Center Building 703 da NASA, em Palmdale, Califórnia.

A filmagem B-roll relacionada a esta descoberta está disponível em: https://go.nasa.gov/2TnDWSd

Saiba mais sobre SOFIA em: https://www.nasa.gov/sofia

Também há água em forma de filme, em Marte.
Dificil de acreditar que lugares como Europa e Encélado, também não tenha.
 

Krion

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Também há água em forma de filme, em Marte.
Dificil de acreditar que lugares como Europa e Encélado, também não tenha.

Tem um eps (o terceiro) da terceira temporada da serie Cosmos (Possible Worlds) sobre essas luas


Abaixo outros videos sobre elas



 

Vim do Futuro

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Eu já estava esperando que fosse água desde o aviso na semana passada. Seria o mais provável.
Até que o anúncio se encaixa bem na cronologia para justificar um colônia lunar em breve.

Logo teremos confirmação de água/gelo em Marte.
 

Ryo_Hazuki(

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Podia ter me entusiasmado mais com a divulgação da nasa. Talvez essa água possa explicar aqueles flashes de brilho que acontecem lá e são documentados a séculos.

Espero que levem anzóis e iscas no bagageiro da Orion.
 

Krion

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Cientistas da NASA identificaram uma molécula na atmosfera de Titã que nunca foi detectada em nenhuma outra. Pode ser um precursor de compostos complexos que poderiam formar ou alimentar uma possível vida na lua de Saturno!

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Cientistas da NASA descobrem molécula 'estranha' na atmosfera de Titã
Cientistas da NASA identificaram uma molécula na atmosfera de Titã que nunca foi detectada em qualquer outra atmosfera. Na verdade, muitos químicos provavelmente mal ouviram falar ou sabem como pronunciá-lo: ciclopropenilideno, ou C 3 H 2 . Os cientistas dizem que esta molécula simples baseada em carbono pode ser um precursor de compostos mais complexos que poderiam formar ou alimentar uma possível vida em Titã.
Visão da sonda Huygens da superfície de Titã
Esta imagem foi devolvida em 14 de janeiro de 2005 pela sonda Huygens, da Agência Espacial Européia, durante sua descida bem-sucedida à superfície de Titã. Esta é a visualização colorida que foi processada para adicionar dados de espectros de reflexão para dar uma indicação melhor da cor real da superfície de Titã.
Créditos: NASA / JPL / ESA / Universidade do Arizona
Baixe a imagem aqui

Os pesquisadores encontraram o C 3 H 2 usando um observatório de radiotelescópio no norte do Chile conhecido como Atacama Large Millimeter / submillimeter Array (ALMA). Eles notaram o C 3 H 2 , que é feito de carbono e hidrogênio, enquanto examinava um espectro de assinaturas de luz únicas coletadas pelo telescópio; estes revelaram a composição química da atmosfera de Titã pela energia que suas moléculas emitiram ou absorveram.

“Quando percebi que estava olhando para o ciclopropenilideno, meu primeiro pensamento foi: 'Bem, isso é realmente inesperado'”, disse Conor Nixon , um cientista planetário do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, que liderou a busca do ALMA. As descobertas de sua equipe foram publicadas em 15 de outubro no Astronomical Journal .

Embora os cientistas tenham encontrado o C 3 H 2 em bolsas por toda a galáxia, encontrá-lo em uma atmosfera foi uma surpresa. Isso porque o ciclopropenilideno pode reagir facilmente com outras moléculas com as quais entra em contato e formar espécies diferentes. Os astrônomos encontraram até agora C 3 H 2 apenas em nuvens de gás e poeira que flutuam entre os sistemas estelares - em outras palavras, regiões muito frias e difusas para facilitar muitas reações químicas.

Mas atmosferas densas como a de Titã são colmeias de atividade química. Essa é uma das principais razões pelas quais os cientistas estão interessados nesta lua, que é o destino da próxima missão Dragonfly da NASA . A equipe de Nixon foi capaz de identificar pequenas quantidades de C 3 H 2 em Titã, provavelmente porque eles estavam olhando para as camadas superiores da atmosfera da lua, onde há menos gases para o C 3 H 2 interagir. Os cientistas ainda não sabem por que o ciclopropenilideno apareceria na atmosfera de Titã, mas em nenhuma outra atmosfera. “Titã é único em nosso sistema solar”, disse Nixon. “Provou ser um tesouro de novas moléculas.”

A maior das 62 luas de Saturno, Titã é um mundo intrigante que, de certa forma, é o mais semelhante à Terra que encontramos. Diferente de qualquer outra lua no sistema solar - há mais de 200 - Titã tem uma atmosfera densa que é quatro vezes mais densa que a da Terra, além de nuvens, chuva, lagos e rios, e até mesmo um oceano subterrâneo de água salgada.
A atmosfera de Titã é feita principalmente de nitrogênio, como a da Terra, com uma pitada de metano. Quando as moléculas de metano e nitrogênio se separam sob o brilho do Sol, seus átomos componentes desencadeiam uma complexa teia de química orgânica que cativou os cientistas e colocou esta lua no topo da lista dos alvos mais importantes na busca da NASA pelo presente ou passado vida no sistema solar.

“Estamos tentando descobrir se Titã é habitável”, disse Rosaly Lopes , pesquisadora sênior e especialista em Titã do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA em Pasadena, Califórnia. “Queremos saber quais compostos da atmosfera chegam à superfície e, então, se esse material pode passar da crosta de gelo para o oceano abaixo, porque pensamos que o oceano é onde estão as condições habitáveis.”

Os tipos de moléculas que podem estar na superfície de Titã podem ser os mesmos que formaram os blocos de construção da vida na Terra. No início de sua história, 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás, quando o metano enchia o ar da Terra em vez de oxigênio, as condições aqui poderiam ser semelhantes às de Titã hoje, suspeitam os cientistas.

“Nós pensamos em Titã como um laboratório da vida real, onde podemos ver uma química semelhante à da Terra antiga quando a vida estava acontecendo aqui”, disse Melissa Trainer , astrobióloga Goddard da NASA. O treinador é o investigador principal adjunto da missão Dragonfly e líder de um instrumento no helicóptero Dragonfly que analisará a composição da superfície de Titã.

“Estaremos procurando por moléculas maiores do que C 3 H 2 ”, disse Trainer, “mas precisamos saber o que está acontecendo na atmosfera para entender as reações químicas que levam moléculas orgânicas complexas a se formar e chover para a superfície.


Dragonfly é uma missão da NASA que visa explorar a química e a habitabilidade da maior lua de Saturno, Titã.
Créditos: Goddard Space Flight Center da NASA / Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins



O ciclopropenilideno é a única outra molécula “cíclica” ou de circuito fechado além do benzeno que foi encontrada na atmosfera de Titã até agora. Embora o C 3 H 2 não seja conhecido por ser usado em reações biológicas modernas, moléculas de loop fechado como ele são importantes porque formam os anéis de base para as nucleobases do DNA, a estrutura química complexa que carrega o código genético da vida, e RNA, outro composto crítico para as funções vitais. “A natureza cíclica deles abre esse ramo extra da química que permite construir essas moléculas biologicamente importantes”, disse Alexander Thelen , astrobiólogo de Goddard que trabalhou com Nixon para encontrar C 3 H 2 .


Cientistas como Thelen e Nixon estão usando telescópios grandes e altamente sensíveis baseados na Terra para procurar as moléculas de carbono relacionadas à vida mais simples que podem encontrar na atmosfera de Titã. O benzeno era considerado a menor unidade de moléculas complexas de hidrocarbonetos aneladas encontradas em qualquer atmosfera planetária. Mas agora, C 3 H 2, com metade dos átomos de carbono do benzeno, parece ter tomado seu lugar.

A equipe de Nixon usou o observatório ALMA para examinar Titã em 2016. Eles ficaram surpresos ao encontrar uma estranha impressão digital química, que Nixon identificou como ciclopropenilideno pesquisando em um banco de dados de todas as assinaturas de luz molecular conhecidas.

Ciclopropenilideno em Titã e em uma nuvem molecular
Até agora, o ciclopropenilideno foi detectado apenas em nuvens moleculares de gás e poeira, como a Taurus Molecular Cloud, que é um berçário estelar na constelação de Taurus a mais de 400 anos-luz de distância. Recentemente, o cientista de Goddard da NASA, Conor Nixon, junto com sua equipe, encontraram esta molécula única na atmosfera de Titã; a primeira vez que foi detectado fora de uma nuvem molecular. Ciclopropenilideno é a única outra molécula de ciclo fechado além do benzeno a ser detectada em Titã. As moléculas de loop fechado são importantes porque formam os anéis de base das nucleobases do DNA, a estrutura química complexa que carrega o código genético da vida, e do RNA, outro composto essencial para as funções vitais.
Créditos: Conor Nixon / Goddard Space Flight Center da NASA

Para verificar se os pesquisadores estavam realmente vendo este composto incomum, Nixon se debruçou sobre os trabalhos de pesquisa publicados a partir de análises de dados da espaçonave Cassini da NASA, que fez 127 sobrevôos de Titã entre 2004 e 2017. Ele queria ver se um instrumento na espaçonave que farejou os compostos químicos em torno de Saturno e Titã poderia confirmar seu novo resultado. (O instrumento - chamado de espectrômetro de massa - detectou indícios de muitas moléculas misteriosas em Titã que os cientistas ainda estão tentando identificar.) De fato, a Cassini localizou evidências de uma versão eletricamente carregada da mesma molécula, C 3 H 3 + .

Por ser uma descoberta rara, os cientistas estão tentando aprender mais sobre o ciclopropenilideno e como ele pode interagir com gases na atmosfera de Titã.

“É uma pequena molécula muito estranha, então não vai ser do tipo que você aprende na química do ensino médio ou mesmo na graduação”, disse Michael Malaska , um cientista planetário do JPL que trabalhou na indústria farmacêutica antes de se apaixonar por Titã e mudar carreiras para estudá-lo. “Aqui na Terra, não vai ser algo que você vai encontrar.”

Mas, disse Malaska, encontrar moléculas como C 3 H 2 é realmente importante para ter uma visão geral de Titã: “Cada pequena peça e parte que você pode descobrir pode ajudá-lo a montar o enorme quebra-cabeça de todas as coisas que acontecem lá.”
Legenda da imagem do banner: Essas imagens infravermelhas da lua de Saturno, Titã, representam algumas das vistas globais mais claras da superfície da lua gelada. As visualizações foram criadas usando 13 anos de dados adquiridos pelo instrumento Visual and Infrared Mapping Spectrometer a bordo da nave Cassini da NASA. Créditos: NASA / JPL-Caltech / University of Nantes / University of Arizona. Baixe a imagem aqui .

Por Lonnie Shekhtman
Goddard Space Flight Center da NASA, Greenbelt, Md.
 

Krion

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Planeta do tamanho da Terra é descoberto vagando pela Via Láctea

Possível 'planeta errante' viaja pela Via Láctea sem orbitar estrela alguma; descoberta foi possível graças à técnica da 'microlente gravitacional'
Davi Medeiros, editado por Daniel Junqueira 29/10/2020 17h20


Uma equipe liderada por astrônomos da Universidade de Varsóvia, na Polônia, relatou nesta quinta-feira (29) uma descoberta empolgante: um pequeno corpo celeste vagando solitário pela Via Láctea. Trata-se de um possível 'planeta errante' de proporções parecidas com as da Terra, o menor desse gênero a ser capturado por um telescópio terrestre até hoje.

"Nossa descoberta demonstra que planetas errantes de massa reduzida podem ser detectados e caracterizados utilizando telescópios terrestres", afirma Andrzej Udalski, coautor do artigo que descreve o candidato a exoplaneta, publicado no Astrophysical Journal Letters.



Por que a descoberta empolga?
Quando pensamos em planetas, é certo imaginar que eles estejam orbitando uma estrela central massiva, como a Terra faz com o Sol. Entretanto, isso não se aplica a todos os casos - os planetas errantes recebem este nome justamente por vagarem soltos na Via Láctea, isto é, sem orbitar estrela alguma.

Reprodução


Ilustração conceitual de um planeta errante vagando pelo espaço. Imagem: Wikimedia Commons

O fato é que os cientistas costumam identificar exoplanetas por meio de uma técnica chamada "método de trânsito". De forma bem simples, ela funciona da seguinte maneira: quando um corpo celeste passa em frente à sua estrela central, a fonte de luz oscila e fica mais fraca, já que um objeto escuro bloqueia parte da visão.



Naturalmente, essa técnica não tem nenhuma utilidade quando se trata de planetas errantes. Por isso, por mais que os cientistas estimem que eles sejam comuns no universo, é extremamente raro que se consiga identificá-los.

Microlente gravitacional
A equipe de Udalski, então, utilizou um método fundamentalmente oposto ao de trânsito para capturar o viajante. Em vez de observar a redução do brilho de uma estrela, eles se atentaram à sua amplificação, por meio de uma técnica chamada "microlente gravitacional".

A grosso modo, quando um corpo celeste está suficientemente alinhado entre a perspectiva do observador e uma estrela, seu campo gravitacional pode atuar como uma "lente", intensificando o brilho da estrela em questão.

"As chances de observar esses eventos são extremamente reduzidas porque três objetos [a fonte de luz, a lente e o observador] devem estar quase perfeitamente alinhados", explica o autor principal do estudo, Przemek Mroz.

"Se observássemos apenas uma estrela fonte, teríamos de esperar quase um milhão de anos para ver o planeta agindo como microlente".

Reprodução


Concepção artística do fenômeno de microlente gravitacional. Imagem: Jan Skowron/Observatório Astronômico da Universidade de Varsóvia

Por isso, os pesquisadores acompanhavam o brilho de diversas estrelas ao mesmo tempo por meio de instrumentos do Observatório Las Campanas, no Chile. O candidato a exoplaneta foi batizado como OGLE-2016-BLG-1928, e seu evento de observação durou aproximadamente 42 minutos, um dos mais curtos já registrados com a técnica de microlente.

Os cálculos da equipe sugerem que a massa do corpo celeste está entre a de Marte e a da Terra, e que provavelmente ele vaga mais próximo do planeta vermelho que daqui.
Via: Space
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Quem interessar em mais detalhes, segue o paper completo (em inglês) AQUI
 
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