O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


Tópico oficial AstrônomOS / FisicuzinhOS | 1a foto de um buraco negro p.35 | Mãe, no céu tem VY Canis Majoris? E morreu p.62 | Fotos TESUDAS James Webb p.63, 64...

Qual o teu nível de conhecimento sobre astronomia?


  • Total voters
    332

Ares1521

Bam-bam-bam
Mensagens
6.893
Reações
15.791
Pontos
404
Eu acho o seguinte.Até hoje, não conseguiram descobrir o que é a matéria escura.Será que não da para simplesmente considerar a hipótese de que ela não exista?É que nem espirito, alienigena, signo, magia.Algo que não pode ser comprovado, talvez simplesmente não exista e as teorias podem, sim,estar erradas.
Como o cara acima falou, é algo que EXISTE, nós medimos o efeito desse algo, só o nome "matéria escura" que talvez não é muito bom, talvez nem seja matéria como a que imaginamos, mas que existe algo, existe.
 

Insane Metal

Lenda da internet
Mensagens
41.945
Reações
38.488
Pontos
1.839
Mudando de assunto, a Curiosity não conseguiu perfurar as pedras na Vera Rubin Ridge de novo

CR0_585953041PRC_F0720386CCAM01122L1.PNG


Segunda tentativa frustrada. Rochas muito duras e a maneira que a furadeira está sendo usada não dá conta (há um ano e meio os apoios da furadeira deram pane e desde então não podem ser usadas, para estabilizar a ferramenta é utilizado o peso do braço e da própria rover). :(
SUCCESS!!!

Ontem tentaram pela terceira vez, em outro local, e conseguiram penetrar alguns centímetros na rocha. Agora é aguardar os resultados. Se tudo der certo as análises serão feitas hoje a noite, logo teremos as conclusões.
 

danitokaawa

Bam-bam-bam
Mensagens
7.253
Reações
5.618
Pontos
353
Ontem havia 2 conjunções: Lua e Vênus (e Regulus) e acima, Júpiter e Zubegenulbi (Alpha Librae). Essa é uma estrela dupla.
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.153
Reações
58.237
Pontos
2.009
Sobre a sonda Parker que vai investigar o Sol, impressiona a trajetória que ela precisará fazer para não cair direto na estrela. Muitos vai-e-volta em torno de Vênus:


É simplesmente inacreditável.
Imagino o nível de cálculos pra montar uma operação dessas.
 


Tilak

Bam-bam-bam
Mensagens
4.447
Reações
9.411
Pontos
303
Como o cara acima falou, é algo que EXISTE, nós medimos o efeito desse algo, só o nome "matéria escura" que talvez não é muito bom, talvez nem seja matéria como a que imaginamos, mas que existe algo, existe.
A parte engraçada é que a descoberta de uma galáxia SEM matéria escura, provou que ela existe...

Ou seja, provou que não era erro nos equipamentos
 

Seladonia

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
40.849
Reações
70.583
Pontos
849
Morar em marte é muito possível, não hoje obviamente.

A melhor ideia é conseguir alguma forma de implantar organismos que sobrevivam no planeta e que aos poucos transformem a atmosfera local para algo humanamente habitável.
Por exemplo se for possivel espalhar algum tipo de vegetação no lugar que ao longo dos anos vai adaptando o ambiente, por isso a importância de encontrar água lá.

Primeiro tem que encontrar uma forma de aplicar uma ideia, depois esperar uns 400~800 anos pra ver se ela funciona?
É possível, mas não esperem estar vivos para ver isso acontecer.
 

Vim do Futuro

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
15.870
Reações
64.018
Pontos
553
Primeiro tem que encontrar uma forma de aplicar uma ideia, depois esperar uns 400~800 anos pra ver se ela funciona?
Nem tanto. Algumas estimativas dizem que o processo pode levar uns 100 anos. Desde que continuado e com $$$ para tal. Antes disso só daria pra sustentar um pequeno grupo, enfiado em alguma cratera. Na superfície marciana é bem complicado.
 

sega.saturn

Mil pontos, LOL!
Mensagens
8.775
Reações
4.314
Pontos
1.309
Morar em marte é muito possível, não hoje obviamente.
Só sei que não quero ser dos primeiros, acho mais interessante as descobertas feitas por missões do que efetivamente ir nestes locais para viver. não parece ser muito bom isso ainda;
 

Baralho

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
9.177
Reações
32.401
Pontos
503
Tanto tempo e dinheiro pra empreender essa "terraformação"... Não seria, mais em conta, tentar arrumar a Terra mesmo?

Com o estágio tecnológico de hoje, "terraformar" Marte parece roteiro de ficção.
 

Pimenta_

F1 King
Mensagens
14.762
Reações
14.433
Pontos
1.624
Tanto tempo e dinheiro pra empreender essa "terraformação"... Não seria, mais em conta, tentar arrumar a Terra mesmo?

Com o estágio tecnológico de hoje, "terraformar" Marte parece roteiro de ficção.

Sem dúvidas, além de ser preferível fazer isso.

Mas terraformar não é a única opção, é possível ter uma colônia em Marte ou mesmo na Lua sem fazer isso. Esse vai ser o primeiro passo aliás, depois com mais tecnologia é que poderia se pensar nisso.
 

Vim do Futuro

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
15.870
Reações
64.018
Pontos
553
Sem dúvidas, além de ser preferível fazer isso.

Mas terraformar não é a única opção, é possível ter uma colônia em Marte ou mesmo na Lua sem fazer isso. Esse vai ser o primeiro passo aliás, depois com mais tecnologia é que poderia se pensar nisso.
Sim. Ainda mais que terraformar um planeta pode levar mais de 1 século. Mas uma pequena colônia é o 1º passo.

BTW: já temos vários processos e projetos para reverter a desertificação em vários lugares na Terra: China, sul do Saara, Israel, Emirados Árabes, etc... Dá pra cuidar deste planeta e pensar em outro(s). Uma coisa não anula a outra. E, não custa lembrar, reverter uma deserto (tipo Gobi) pode levar uns bons 100 anos. Ou mais.
 

sega.saturn

Mil pontos, LOL!
Mensagens
8.775
Reações
4.314
Pontos
1.309
Sem dúvidas, além de ser preferível fazer isso.

Mas terraformar não é a única opção, é possível ter uma colônia em Marte ou mesmo na Lua sem fazer isso. Esse vai ser o primeiro passo aliás, depois com mais tecnologia é que poderia se pensar nisso.
Fazer um edificio ermeticamente fechado de certa maneira é uma colonia e uma terraformação de um trecho infimo do planeta, só não sei quantos bilhões custaria para levar materiais, homens e maquinas daqui para lá, talvez mais no futuro quando soubermos a composição do solo e como manipular poderemos contruir em parte com o que há lá mesmo.
 

Vim do Futuro

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
15.870
Reações
64.018
Pontos
553
Fazer um edificio ermeticamente fechado de certa maneira é uma colonia e uma terraformação de um trecho infimo do planeta, só não sei quantos bilhões custaria para levar materiais, homens e maquinas daqui para lá, talvez mais no futuro quando soubermos a composição do solo e como manipular poderemos contruir em parte com o que há lá mesmo.
Levar materiais não dá, só máquinas e pessoal. A ideia é usar impressoras 3D pra produzir coisas, usando materiais locais.
Até pra lua é complicado levar materiais. Acho que só algumas sementes, mudas e remédios.
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.153
Reações
58.237
Pontos
2.009
https://g1.globo.com/ciencia-e-saud...em-ritmo-intenso-de-criacao-de-estrelas.ghtml

strônomos analisam galáxia a 12,4 bilhões de anos-luz que tem ritmo intenso de criação de estrelas
COSMOS-AzTEC-1 é uma pista para entender como funcionam os gases das galáxias que têm uma produção forte estelar. O estudo foi publicado na revista 'Nature'.
http://www.facebook.com/
https://twitter.com/share?url=https... que tem ritmo intenso de criação de estrelas
Por Carolina Dantas*, G1
29/08/2018 14h00 Atualizado há menos de 1 minuto

1535567035680.jpeg
179289.jpg

Concepção artísitca da supergaláxia COSMOS-AzTEC-1 (Foto: Observatório Nacional Astronômico do Japão)

Uma equipe de astrônomos do Japão, México e Estados Unidosestá estudando uma galáxia localizada a 12,4 bilhões de anos-luz da Terra. Eles usaram instrumentos com uma resolução 10 vezes maior do que os já utilizados antes e revelaram detalhes estruturais inéditos. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (29) na revista científica "Nature".
A galáxia se chama COSMOS-AzTEC-1. E o que sabemos sobre ela?

  • Ela é uma starburst galaxy. Esses nomes foram escolhidos para mostrar que elas têm uma produção mais intensa de estrelas do que as galáxias típicas espirais, como a Via Láctea;
  • Os cientistas acreditam que as galáxias como a COSMOS-AzTEC-1 são anteriores às galáxias como a nossa;
  • Uma starbust galaxy pode ter um ritmo até mil vezes maior na formação de estrelas do que uma galáxia típica espiral. Elas têm gás para produzir estrelas desenfreadamente, mas, depois que ele acaba, sobram só estrelas frias formando galáxias gigantes;
  • Elas podem ser maiores que as galáxias tradicionais, mas não necessariamente.

O grupo de pesquisadores está estudando a COSMOS-AzTEC-1 para tentar entender os motivos de ela ser tão ativa. Ela foi descoberta pela primeira vez pelo telescópio James Clerk Maxwell, localizado no Havaí. Em sequência, o Grande Telescópio Milimétrico (LMT), do México, achou uma grande quantidade de monóxido de carbono. Foi, então, que descobriram essa supercapacidade de explosão para criação de estrelas.
Só depois que os cientistas japoneses se envolveram no projeto. Eles queriam descobrir mais sobre a natureza do gás. Usaram o modo de alta resolução do instrumento ALMA para obter mais detalhes sobre o movimento e as explosões.
"Descobrimos que existem duas grandes nuvens de gás diferentes a milheres de anos-luz do centro da galáxia" disse o principal autor do estudo, Ken-ichi Tadaki, da Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência e do Observatório Nacional do Japão.

"Nas galáxias com formação de estrelas mais distantes, as estrelas são formadas mais no centro. É surpreendente encontrar nuvens descentralizadas", disse.​


Os astrônomos investigaram a natureza do gás da COSMOS-AzTEC-1 e descobriram que é muito instável, o que é incomum. Geralmente a gravidade da galáxia – uma força para dentro – é equilibrada com a pressão exercida para fora. Quando a gravidade supera a pressão, a nuvem de gás entra em colapso e passa a formar estrelas. As estrelas formadas e as explosões de supernovas aumentam a pressão, criando um estado de equilíbrio novamente. A formação das estrelas fica autorregulada, e continua em ritmo moderado.
O que chama atenção na COSMOS-AzTEC-1 é que a pressão é muito mais fraca que a gravidade, o que faz com que essa autorregulação seja difícil de acontecer. Ela é uma galáxia que fica permanentemente produzindo estrelas.
De acordo com os pesquisadores, o gás será completamente consumido em 100 milhões de anos, tempo 10 vezes mais rápido que em outras galáxias. Isso tem a ver com o ritmo acelerado de produção.

12kkk de anos-luz.

É simplesmente inacreditável, não tem como não se fascinar pela astronomia.
 

krazyx

The Matrix Engineer
VIP
Mensagens
1.480
Reações
3.082
Pontos
293

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.153
Reações
58.237
Pontos
2.009
Tenho uma dúvida de leigo no assunto,

como é possível estudar algo tão distante daqui? Ou seja, pode ser que toda essa galáxia ja não exista mais, certo?

Pelo que eu entendo, algumas partes do universo nao são vistas em "tempo real"...
Não sei se ajuda, mas olha o vídeo a partir do ponto que eu marquei:

 

sega.saturn

Mil pontos, LOL!
Mensagens
8.775
Reações
4.314
Pontos
1.309
Estava eu ouvindo um episodio do podcast fronteiras da ciência quando falaram sobre os efeitos da falta de gravidade no corpo humano, fiquei pensando que embora não possamos simular a gravidade poderia-se ao menos fazer algo parecido através imãs, essa tecnologia já é dominada e creio que nada impede de haver um piso magnetizado nos dispositivos espaciais e os astronautas usarem botas e placas do mesmo material. Minha pergunta tetas é porque não é feito isso?

Quem quiser ouvir segue o link:
http://dstats.net/download/http://m...ciencia/Fronteiras_da_Ciencia-T09E24-2018.mp3
 

BigJ

Mil pontos, LOL!
Mensagens
17.947
Reações
14.489
Pontos
1.389
O lance é que você continuaria flutuando, mesmo que não saísse do chão.

A melhor maneira de simular gravidade no espaço, mesmo que não fosse equivalente a terrestre, é usando a força centrípeta. Sabe aquela estação em forma de roda do filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço? Ela fica girando justamente pra gerar a tal força e deixar pessoas e objetos no "chão" (que na verdade são as paredes da estação espacial).

Mudando, o Sacani ficou pistola com um papo que andaram espalhando pela net: de que o planeta (repito, PLANETA) Júpiter explodiu!

 

Pimenta_

F1 King
Mensagens
14.762
Reações
14.433
Pontos
1.624
Estava eu ouvindo um episodio do podcast fronteiras da ciência quando falaram sobre os efeitos da falta de gravidade no corpo humano, fiquei pensando que embora não possamos simular a gravidade poderia-se ao menos fazer algo parecido através imãs, essa tecnologia já é dominada e creio que nada impede de haver um piso magnetizado nos dispositivos espaciais e os astronautas usarem botas e placas do mesmo material. Minha pergunta tetas é porque não é feito isso?

Quem quiser ouvir segue o link:
http://dstats.net/download/http://m...ciencia/Fronteiras_da_Ciencia-T09E24-2018.mp3

Interessante você falar isso porque lembro que na revista do Tintim, aquele que ele vai à Lua, é exatamente isso que foi feito, hehe. Mas de qualquer maneira a gravidade não estaria sendo simulada, o astronauta estaria simplesmente "grudado" a uma superfície. O problema da falta de gravidade no corpo à longo prazo continuaria acontecendo.

A melhor alternativa realmente é a força centrífuga. Problema é fazer uma nave numa escala dessas e gastando uma energia preciosa que poderia ser utilizada a mais na nave, para propulsão. É possível mas é algo muito a longo prazo, infelizmente.
 

Amigo Bolha

Mil pontos, LOL!
Mensagens
21.341
Reações
29.515
Pontos
1.424
Amigos, para quem pensa em comprar um telescópio de verdade, conheçam a história do Seu Bernardo aqui de BH


Eu já cheguei a pedir um orçamento pra ele há muitos anos, os preços dele eram muito bons e nos fóruns especializados dizem que a qualidade também. Mas morando em cidade grande sem casa no campo, fica difícil realmente conseguir aproveitar bem um telescópio.
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.153
Reações
58.237
Pontos
2.009
https://g1.globo.com/mundo/noticia/...-maior-estrutura-espacial-ja-descoberta.ghtml

Conheça Hyperion, a maior estrutura espacial já descoberta
Superaglomerado ancestral de galáxias pode dar novas pistas sobre a origem do Universo.

Por BBC
17/10/2018 13h40 Atualizado há 3 horas
http://www.facebook.com/
https://twitter.com/share?url=https...ion, a maior estrutura espacial já descoberta

1539808361375.jpeg
103896523-hyper.jpg

O Hyperion tem uma massa mais de um milhão de bilhões de vezes maior que a do Sol — Foto: Divulgação/ESO/BBC

Uma equipe internacional de astrônomos anunciou nesta quarta-feira a descoberta da maior estrutura já encontrada no espaço, um superaglomerado ancestral de galáxias com massa de mais de um milhão de bilhões de vezes a do Sol. Hyperion, como foi batizada, é a maior estrutura já vista nos primeiros 5 bilhões de anos do Universo.
Para compreender isto, precisamos lembrar que há um consenso no meio astronômico de que o Big Bang, ou seja, a explosão fundamental que deu origem ao Universo, ocorreu entre 13,3 bilhões e 13,9 bilhões de anos atrás.
Quando os cientistas miram telescópios para os confins do espaço, eles estão sempre observando o passado - afinal, a luz viaja a uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo e, ao olhar para o céu, o que se vê é a luz emitida pelos astros, sempre com algum grau de "delay".
Por exemplo: a luz do nosso Sol, que está "perto" - em termos astronômicos -, chega a nós com um atraso de 8 minutos, que é o tempo que a luz demora para percorrer a distância.
No caso de Hyperion, ela está tão distante que a imagem obtida pelos cientistas é um retrato de mais de 11 bilhões de anos atrás - calcula-se que o superaglomerado ancestral de galáxias seja de quando o Universo era um jovem de 2,3 bilhões de anos.
Hyperion recebeu este nome por causa de suas dimensões colossoais em referência a um dos titãs da mitologia grega. Em português, é também chamado de Hiperião, Hipérion ou Hiperíon.

A descoberta

Catorze instituição científicas europeias, americanas e asiáticas fizeram parte da pesquisa que culminou na descoberta. Os trabalhos foram liderados pela astrônoma Olga Cucciati, do Instituto Nacional de Astrofísica de Bolonha, Itália, e pelo astrofísico Brian Lemaux, da Universidade da Califórnia.
Eles utilizaram um instrumento chamado VIMOS, do Very Large Telescope do Observatório de Paranal, localizado em uma montanha de 2.635 metros de altura em pleno deserto do Atacama, no norte do Chile.

O Very Large Telescope é o maior telescópio em funcionamento do mundo. Seu espelho principal tem 8,2 metros de diâmetro. Ele é operado pelo European Southern Observatory (ESO), de um centro técnico-científico que fica em Munique, na Alemanha.
"Nosso levantamento teve como alvo cerca de 10 mil galáxias do início do Universo, para observações com o VIMOS. Esse instrumento é capaz de observar a luz visível de várias centenas de galáxias simultaneamente e dispersar essa luz em suas diferentes cores como um prisma, de modo que possamos estudar a intensidade da luz em cada cor", explicou à BBC News Brasil o astrofísico Lemaux.
A descoberta empolga os estudiosos do espaço porque permite compreender melhor os primeiros bilhões de anos pós-Big Bang.
"Como estruturas tão grandes e complexas nunca haviam sido verificadas antes a tais distâncias, não estava claro se o Universo era capaz de criar estruturas assim tão cedo em sua história", diz Lemaux.
"Como é uma distância em que a gravidade teve pouco tempo para agir - afinal, estamos falando de apenas 2 bilhões de anos do início do Universo -, ver uma estrutura deste tipo com toda a sua complexidade é algo muito surpreendente."
"Normalmente, estruturas desse tipo são conhecidos a distâncias mais recentes, indicando que o Universo precisou de muito mais tempo para evoluir e construir coisas tão grandes", completa Cucciati. "Foi uma surpresa ver que algo evoluiu assim quando o Universo era relativamente jovem."
Lemaux ressaltou que a quantidade de massa do Hyperion também é algo impressionante. "Ao somar todas as galáxias e inferir a quantidade de matéria escura dentro de Hyperion - sendo esta última a matéria que não podemos ver e que apenas age gravitacionalmente - descobrimos que a sua massa já estava próxima da dos superaglomerados atuais de galáxias", compara.
"Um dos objetivos de nossa pesquisa é agora usar Hyperion e outras estruturas semelhantes para confrontar teorias de como a estrutura da teia cósmica, nome dado à estrutura de grande escala do universo, se forma e evolui", comenta o cientista.


Para entender a 'teia cósmica'

Sendo um conceito relativamente novo, a teia cósmica seria uma rede formada por todas as galáxias existentes, composta por invisíveis filamentos. De acordo com essa ideia, essas conexões formam a maior parte da matéria sideral.
Já os superaglomerados foram descobertos pela primeira vez em 1953. Trata-se de um conjunto gigantesco de galáxias - o que, segundo os cientistas, comprova que a distribuição delas no espaço não ocorre de forma uniforme.
A maior parte da comunidade astronômica hoje concorda que as galáxias estão agrupadas em conjuntos de cerca de 50 e aglomeradas em grupos de milhares.
Os superaglomerados são, portanto, conjuntos impressionantemente maiores.

103896530-eso2.jpg

O Very Large Telescope é o maior telescópio em funcionamento do mundo — Foto: ESO/BBC
Como olhar para eles é olhar para o passado, os cientistas acreditam que Hyperion "é uma estrutura que provavelmente está destinada a se tornar das maiores e mais massivas do universo atualmente", define Lemaux.
"Em outras palavras, sistemas como ele semearam as maiores coleções de galáxias que podemos ver hoje nas proximidades da Terra, como o superaglomerado de Virgem, uma imensa estrutura que contém, entre muitos outros, o Grupo Local, o lar de nossa Via Láctea."

Mapeamento

Graças ao instrumento VIMOS, os cientistas conseguiram fazer uma mapeamento tridimensional de Hyperion. A equipe descobriu, por exemplo, que a estrutura tem pelo menos sete regiões de alta densidade, conectadas por filamentos de galáxias. E ele aparenta ser diferente dos superaglomerados mais próximos da Terra.

"Enquanto os mais próximos tendem a ter uma distribuição de massa mais concentrada, com características estruturais claras, Hyperion tem a massa distribuída de maneira muito mais uniforme, em uma série de bolhas conectadas, povoadas por associações de galáxias", afirma o astrofísico.
Os pesquisadores apontam que essa diferença se dá justamente porque os superaglomerados mais velhos tiveram bilhões e bilhões de anos para que a gravidade agisse, aproximando a matéria e, assim, criando regiões mais densas. Se este raciocínio estiver certo, Hyperion deve evoluir da mesma forma.
"Compreendê-lo e entender como ele se compara a estruturas semelhantes pode nos fornecer insights sobre como o Universo se desenvolveu no passado e evoluirá para o futuro", diz Cucciati.
"Desenterrar este titã cósmico ajuda a descobrir a história dessas estruturas de larga escala."
Ele conta que os cientistas também identificaram um grande reservatório de gás hidrogênio difuso "e relativamente frio" e uma região que parece conter sinais de um aglomerado de galáxias em formação.
"Essa imensa atividade e diversidade tem sido prevista a partir de alguns modelos de formação de galáxias e estruturas", comenta. "Mas, com Hyperion, é a primeira vez que conseguimos vê-la em um sistema."
"Embora o destino de toda estrutura seja incerto, estamos desenvolvendo modelos para prever a evolução das galáxias", acrescenta. "Nossa esperança é, no futuro, que tais conexões nos permitam entender como as galáxias crescem, amadurecem e, eventualmente, chegam ao fim de suas vidas."
 

Anexos

  • 1539808361480.jpeg
    1539808361480.jpeg
    819 bytes · Visualizações: 11

Pimenta_

F1 King
Mensagens
14.762
Reações
14.433
Pontos
1.624
Li essa notícia no G1. Muito interessante. Realmente o universo começou a criação de estrelas e galáxias bem cedo, incrível já ter uma estrutura desse tamanho.
 

NikTeleJogo

Bam-bam-bam
Mensagens
670
Reações
1.111
Pontos
333
Passando por aqui só pra comemorar a indicação do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, como ministro da Ciencia e Tecnologia. Bola mais que dentro do nosso presidente falastrão. haha

https://oglobo.globo.com/brasil/pel...rcos-pontes-para-ciencia-tecnologia-23201263?

Pelo Twitter, Bolsonaro confirma indicação de Marcos Pontes para Ciência e Tecnologia
Futuro ministro agradece ao presidente eleito pela confiança
Mateus Coutinho e Adriana Mendes
31/10/2018 - 11:23 / 31/10/2018 - 12:53
x79628928_PA30-10-2018Live-do-astronauta-Marcos-Pontes-no-Facebook.-Foto-Reproducao.jpg.pagespeed.ic.Zt-cZP_ifw.jpg
Live do astronauta Marcos Pontes no Facebook Foto: Reprodução
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Play!Ouça este conteúdo0:0001:10AudimaAbrir menu de opções do player Audima.
PUBLICIDADE

BRASÍLIA - O presidente eleitoJair Bolsonaro confirmou pelo Twitter, nesta quarta-feira, a nomeação do astronauta Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia. É o quarto ministro confirmado, destacou Bolsonaro.



Também pelo Twitter o futuro ministro disse que estava "muito emocionado" e agradeceu a Bolsonaro pela confiança.



Em vídeo publicado no Facebook no início da semana , Pontes disse que só faltava o anúncio oficial e comentou que o presidente teria desenvolvido o hábito de chamá-lo pelo mesmo apelido concedido a Paulo Guedes, futuro Ministro da Economia: o de "posto Ipiranga".
- Novo presidente, novos rumos para o país. Eu estou muito feliz de ter participado não só da campanha, mas também da oportunidade de participar deste novo governo em uma área que tem sido a minha vida por 41 anos. Como vocês sabem, ele tem falado sempre no meu nome, mais ou menos como o "posto Ipiranga" da Ciência e Tecnologia. E agora só falta o anúncio oficial da minha indicação para ministro - destacou.

Em 2006, o astronauta se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. Na missão, para a qual decolou do Casaquistão, ele viajou durante dez dias a bordo da nave Soyuz TMA-8. Antes disso, Pontes serviu como piloto da Força Aérea Brasileira.

Bolsonaro também já confirmou a indicação do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil; do economista Paulo Guedes para o Ministério da Economia; e do general Augusto Heleno para o Ministério da Defesa.
 
Topo Fundo