- Mensagens
- 37.150
- Reações
- 58.230
- Pontos
- 2.009
Dei uma leve garimpada no maravilhindo sistema de busca da OS e não encontrei nada, então resolvi fazer esse tópico.
On topic:
A "não crença" em um deus tem algumas vertentes, sendo as clássicas o ateísmo, agnosticismo e ignosticismo.
Quanto ao ignosticismo, sei que parte da doutrina o considera uma subdivisão do agnosticismo, mas eu particularmente sou partidário ao conceito de serem coisas distintas.
Alguns ateus materialistas buscam, inclusive, o fim da religião e fazem campanha contra a existência de templos, igrejas e do ensino religioso.
Filosófico: O ateísmo filosófico seria quase uma redundância, pois a questão da existência de um Ser Superior ocupa o estudo de vários filósofos. Afinal, a prova empírica da existência de Deus é, em si mesma, um debate que se serve de figuras de linguagem e filosóficas.
Espiritualista: Os ateus espiritualistas são caracterizados mais pelo ceticismo do que pela negação. Alguns podem se identificar com religiões “ateístas” como o budismo, hinduísmo, taoismo, etc.
Agnosticismo Teísta - Vertente voltada especificamente para a questão sobre a existência de divindades, engloba tanto o teísmo, quanto o agnosticismo. Um agnóstico teísta acredita na existência de pelo menos uma divindade, mas diz respeito à base desta proposição como "algo desconhecido ou inerentemente incognoscível".
Agnosticismo Ateísta - Também voltada para a questão da existência de divindades, engloba o ateísmo e o agnosticismo. Ateus agnósticos entendem que o conhecimento sobre a existência de uma divindade ou é incognoscível, ou ainda é desconhecida, porém manifestam opinião pessoal quanto ao assunto, afirmando categoricamente a inexistência de divindades.
Agnosticismo forte - É o estilo de agnosticismo adequado às dúvidas que não podem ser respondidas, independentemente de quantas provas coletemos, uma vez que a própria ideia de “prova” não pode ser aplicada. A dúvida existe em uma dimensão além da que as provas podem alcançar. Agnósticos fortes quanto à existência de divindades defendem, portanto, a ideia de que a compreensão ou conhecimento sobre deuses ou o sobrenatural se encontra - e sempre se encontrará - completamente fora das possibilidades humanas. Agnósticos permanentes por princípio não manifestam uma opinião pessoal quanto à existência ou não do sobrenatural
Agnosticismo empírico - A ideia de que a compreensão e conhecimento do divino ou sobrenatural não é, até ao momento, possível. Admite a possibilidade do aparecimento de novas evidências e provas sobre o assunto. Um agnóstico empírico diria: "Eu não sei. Você sabe?".
Agnosticismo apático - a ideia de que, apesar da impossibilidade de provar a existência ou inexistência de deuses ou sobrenatural, a existência destes não teria qualquer influência negativa ou positiva na vida das pessoas, na Terra ou no Universo em geral. Um agnóstico Apático diria "Eu não sei, e essa pergunta não é interessante".
Agnosticismo modelar — Ideia de que questões metafísicas e/ou filosóficas não podem ser verificadas nem validadas, mas que um modelo maleável pode ser criado com base no pensamento racional. Esta vertente agnóstica não se dedica à questão da existência ou não de divindades. Um agnóstico modelar diria "Eu não sei, mas podemos pensar a respeito disso".
Temos, ainda, o cientificismo, que está basicamente "acima de tudo", mas não vejo sentido considera-lo para discussão.
Então tetas que não possuem crenças, como ficaram assim?
Qual sua corrente de pensamento?
Sofrem "preconceito" no dia a dia?
Fui criado na religião católica, segui todo o passo a passo: fui batizado, fiz catequese e fui em missa a infância / adolescência toda. Eu sempre me perguntei pq eu era obrigado a acreditar naquilo, sempre via que as pessoas religiosas (dentre as quais minha mãe) pediam algo ou rezavam por medo de serem punidas.
Depois de adulto, em um momento que minha vida caiu miseravelmente então passei a questionar a existência de deus, chegando ao ponto de eu me tornar ateu materialista, quase militante, por isso eu diria que o ateísmo dessa época surgiu de uma "briga" com deus.
Outro insight que tive foi quando minha ex, que era fisioterapeuta de CTI pediátrica, me contou a história de uma paciente de 9 anos que teve câncer ósseo e sofreu demais, a começar por ter todos os membros amputados e nem morfina mais adiantava, ela praticamente implorou pra morrer na frente da minha ex. Enquanto isso políticos ladrões sobrevivendo ao câncer, vide o caso do Lula (SEM DESVIRTUAMENTO POLÍTICO AQUI). Então meu pensamento virou algo como "porra, se deus existe, então pq ele é tão injusto?" Aí vinham as defesas, que sinceramente, não passavam de lorotas.
A partir disso passei a estudar o tema e hoje me considero um agnóstico empírico com pitadas de cientificista, de modo que pra mim a ciência / método científico sempre nortearão o pensamento humano.
Hoje tenho um nojo absurdo da hipocrisia que gira em torno da maioria das religiões, são trocentos casos que mostram o quão nossa cabeça - ainda mais no Brasil - foi modelada naquilo de "se não rezar pro papai do céu vai receber castigo", algo penetrado nas nossas mentes enquanto criança e que fica praticamente impossível pra maioria tirar o pensamento religioso.
É como eu digo: não acredito na existência de deus mas sou uma pessoa MUITO MELHOR do que muitos que pagam de bom samaritano e se dizem religiosos. Ser religioso não é voto de índole.
Mas a verdade é que sofro com meu ceticismo e invejo pessoas que aceitam muito melhor suas perdas e dores naquilo de "botar na mão de deus". Vejo sim benefícios na religião, meu tio, por exemplo, só se livrou do alcoolismo quando passou a frequentar a Igreja Universal. Se ele acredita naquilo e não faz mal pra ninguém, ótimo pra ele.
Outro ponto que acontece comigo é uma espécie de preconceito. Quando me perguntam sobre religião e esponho meu pensamento, me olham com cara torta e a pergunta mais comum é: "então no que tu acredita? Temos que acreditar em algo!". Minha resposta é: eu acredito na ciência, mas nunca vou questionar a tua crença. Cada um na sua.
Hoje cuido muito mais onde e como exponho minha posição, não sinto mais a necessidade de ter a confirmação do que penso e de alguma forma tentar mudar a crença alheia.
Tipo, f**a-se. Eu na minha e eles na deles.[/quote]
!!! AVISOS !!!
Quanto aos MEMES: minha sugestão é de lançar memes que não denigram a crença alheia, até mesmo para evitar desvirtuamento e outros tipos de punições. Infelizmente vivemos em um sociedade onde a patrulha de pensamento e o políticamente correto tomam conta. Isso também se aplica ao fórum, então não restam alternativas a não ser pegar leve.
A ideia do tópico NÃO É DISCUTIR A EXISTÊNCIA DE DEUS X NÃO EXISTÊNCIA, mas sim juntar usuários ateus e agnósticos, como enfrentam o "preconceito" do dia a dia, seus conflitos internos, como virou ateu ou agnóstico e a porra toda.
Pregações, sermões e semelhantes NÃO SERÃO BEM VINDOS. Aceitem a exitência de pessoas que não possuem as mesmas crenças que as suas. A recíproca procede.
Quanto aos MEMES: minha sugestão é de lançar memes que não denigram a crença alheia, até mesmo para evitar desvirtuamento e outros tipos de punições. Infelizmente vivemos em um sociedade onde a patrulha de pensamento e o políticamente correto tomam conta. Isso também se aplica ao fórum, então não restam alternativas a não ser pegar leve.
A ideia do tópico NÃO É DISCUTIR A EXISTÊNCIA DE DEUS X NÃO EXISTÊNCIA, mas sim juntar usuários ateus e agnósticos, como enfrentam o "preconceito" do dia a dia, seus conflitos internos, como virou ateu ou agnóstico e a porra toda.
Pregações, sermões e semelhantes NÃO SERÃO BEM VINDOS. Aceitem a exitência de pessoas que não possuem as mesmas crenças que as suas. A recíproca procede.
On topic:
A "não crença" em um deus tem algumas vertentes, sendo as clássicas o ateísmo, agnosticismo e ignosticismo.
Quanto ao ignosticismo, sei que parte da doutrina o considera uma subdivisão do agnosticismo, mas eu particularmente sou partidário ao conceito de serem coisas distintas.
TIPOS DE ATEÍSMO:
Materialista: Existe uma corrente do ateísmo que se alinha às concepções mais materialistas, nas quais se afirma a inexistência de qualquer divindade ou ser paranormal.
Alguns ateus materialistas buscam, inclusive, o fim da religião e fazem campanha contra a existência de templos, igrejas e do ensino religioso.
Filosófico: O ateísmo filosófico seria quase uma redundância, pois a questão da existência de um Ser Superior ocupa o estudo de vários filósofos. Afinal, a prova empírica da existência de Deus é, em si mesma, um debate que se serve de figuras de linguagem e filosóficas.
Espiritualista: Os ateus espiritualistas são caracterizados mais pelo ceticismo do que pela negação. Alguns podem se identificar com religiões “ateístas” como o budismo, hinduísmo, taoismo, etc.
TIPOS DE AGNOSTICISMO:
Agnosticismo Teísta - Vertente voltada especificamente para a questão sobre a existência de divindades, engloba tanto o teísmo, quanto o agnosticismo. Um agnóstico teísta acredita na existência de pelo menos uma divindade, mas diz respeito à base desta proposição como "algo desconhecido ou inerentemente incognoscível".
Agnosticismo Ateísta - Também voltada para a questão da existência de divindades, engloba o ateísmo e o agnosticismo. Ateus agnósticos entendem que o conhecimento sobre a existência de uma divindade ou é incognoscível, ou ainda é desconhecida, porém manifestam opinião pessoal quanto ao assunto, afirmando categoricamente a inexistência de divindades.
Agnosticismo forte - É o estilo de agnosticismo adequado às dúvidas que não podem ser respondidas, independentemente de quantas provas coletemos, uma vez que a própria ideia de “prova” não pode ser aplicada. A dúvida existe em uma dimensão além da que as provas podem alcançar. Agnósticos fortes quanto à existência de divindades defendem, portanto, a ideia de que a compreensão ou conhecimento sobre deuses ou o sobrenatural se encontra - e sempre se encontrará - completamente fora das possibilidades humanas. Agnósticos permanentes por princípio não manifestam uma opinião pessoal quanto à existência ou não do sobrenatural
Agnosticismo empírico - A ideia de que a compreensão e conhecimento do divino ou sobrenatural não é, até ao momento, possível. Admite a possibilidade do aparecimento de novas evidências e provas sobre o assunto. Um agnóstico empírico diria: "Eu não sei. Você sabe?".
Agnosticismo apático - a ideia de que, apesar da impossibilidade de provar a existência ou inexistência de deuses ou sobrenatural, a existência destes não teria qualquer influência negativa ou positiva na vida das pessoas, na Terra ou no Universo em geral. Um agnóstico Apático diria "Eu não sei, e essa pergunta não é interessante".
Agnosticismo modelar — Ideia de que questões metafísicas e/ou filosóficas não podem ser verificadas nem validadas, mas que um modelo maleável pode ser criado com base no pensamento racional. Esta vertente agnóstica não se dedica à questão da existência ou não de divindades. Um agnóstico modelar diria "Eu não sei, mas podemos pensar a respeito disso".
IGNOSTICISMO
O que é: Embora se questione a compatibilidade deste grupo com o agnosticismo ou ateísmo, há quem o considere como um grupo agnóstico. Esse grupo baseia-se no fato de que primeiramente é preciso definir Deus, para apenas posteriormente discutir sua existência. Para cada definição de Deus, pode haver uma discussão diferente e diferentes grupos de ateus, teístas e agnósticos referentes àquela definição particular. Um ignóstico diria "Não sei. O que você considera "Deus"?".
Temos, ainda, o cientificismo, que está basicamente "acima de tudo", mas não vejo sentido considera-lo para discussão.
DISCUSSÃO:
Então tetas que não possuem crenças, como ficaram assim?
Qual sua corrente de pensamento?
Sofrem "preconceito" no dia a dia?
Fui criado na religião católica, segui todo o passo a passo: fui batizado, fiz catequese e fui em missa a infância / adolescência toda. Eu sempre me perguntei pq eu era obrigado a acreditar naquilo, sempre via que as pessoas religiosas (dentre as quais minha mãe) pediam algo ou rezavam por medo de serem punidas.
Depois de adulto, em um momento que minha vida caiu miseravelmente então passei a questionar a existência de deus, chegando ao ponto de eu me tornar ateu materialista, quase militante, por isso eu diria que o ateísmo dessa época surgiu de uma "briga" com deus.
Outro insight que tive foi quando minha ex, que era fisioterapeuta de CTI pediátrica, me contou a história de uma paciente de 9 anos que teve câncer ósseo e sofreu demais, a começar por ter todos os membros amputados e nem morfina mais adiantava, ela praticamente implorou pra morrer na frente da minha ex. Enquanto isso políticos ladrões sobrevivendo ao câncer, vide o caso do Lula (SEM DESVIRTUAMENTO POLÍTICO AQUI). Então meu pensamento virou algo como "porra, se deus existe, então pq ele é tão injusto?" Aí vinham as defesas, que sinceramente, não passavam de lorotas.
A partir disso passei a estudar o tema e hoje me considero um agnóstico empírico com pitadas de cientificista, de modo que pra mim a ciência / método científico sempre nortearão o pensamento humano.
Hoje tenho um nojo absurdo da hipocrisia que gira em torno da maioria das religiões, são trocentos casos que mostram o quão nossa cabeça - ainda mais no Brasil - foi modelada naquilo de "se não rezar pro papai do céu vai receber castigo", algo penetrado nas nossas mentes enquanto criança e que fica praticamente impossível pra maioria tirar o pensamento religioso.
É como eu digo: não acredito na existência de deus mas sou uma pessoa MUITO MELHOR do que muitos que pagam de bom samaritano e se dizem religiosos. Ser religioso não é voto de índole.
Mas a verdade é que sofro com meu ceticismo e invejo pessoas que aceitam muito melhor suas perdas e dores naquilo de "botar na mão de deus". Vejo sim benefícios na religião, meu tio, por exemplo, só se livrou do alcoolismo quando passou a frequentar a Igreja Universal. Se ele acredita naquilo e não faz mal pra ninguém, ótimo pra ele.
Outro ponto que acontece comigo é uma espécie de preconceito. Quando me perguntam sobre religião e esponho meu pensamento, me olham com cara torta e a pergunta mais comum é: "então no que tu acredita? Temos que acreditar em algo!". Minha resposta é: eu acredito na ciência, mas nunca vou questionar a tua crença. Cada um na sua.
Hoje cuido muito mais onde e como exponho minha posição, não sinto mais a necessidade de ter a confirmação do que penso e de alguma forma tentar mudar a crença alheia.
Tipo, f**a-se. Eu na minha e eles na deles.[/quote]
Ultima Edição: