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Bolsonaro quer subsidiar conta de luz de igrejas

Figulo

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A lógica é a seguinte, eu sou a favor que se possa cobrar os impostos em que o Estado tem autoridade para agir. No caso do IPVA que eu concordei, o Estado pode apreender o carro da igreja caso não seja feito o pagamento, isso não interfere na liberdade religiosa.

Porém, o Estado não tem autoridade para agir no caso do IPTU ou do IR.

Não acontece o mesmo. Não tem como.

Quem não paga o IPTU, em ultima análise, tem o seu imóvel leiloado. Isso não pode ser feito com uma igreja por justamente atentar contra a liberdade religiosa. A ideia da liberdade religiosa é que ninguém é obrigado a pagar para exercer a sua crença religiosa, e não tem como você garantir isso se cobrar esses impostos.

O erro no seu raciocínio é fazer essa equivalência entre empresa e igreja. Embora algumas igrejas desvirtuem-se de seu propósito, em geral elas não funcionam como uma empresa, não exercem uma atividade econômica capitalista. A igualdade existe no sentido de que todos tem o direito de ter o templo religioso com imunidade tributária, seja qual religião for. O empresário pode ter a sua igreja para cultuar quando não está trabalhando, sem pagar esse impostos, e o pastor, por exemplo, que não ganha dinheiro através da igreja, terá que pagar aqueles impostos se quiser ser um empresário.

Essa situação de desigualdade ou injustiça que você coloca, é falsa por causa dessa premissa de que igreja é igual a empresa.


Leiloar o imóvel impede que seja exercida a crença? É a mesma coisa que dizer que leiloar a padaria vai impedir as pessoas de comer. É como dizer que cobrar imposto de creche é impedir as pessoas de ter filhos.

Leiloa o imóvel, ué. A crença vai embora junto do imóvel por acaso? Exerce a crença em outro lugar ou paga o imposto como todo mundo tem que pagar.

Fora que não estamos nem de longe falando só do IPTU. Igrejas deixam de pagar muito mais que apenas o IPTU. Antes fosse só o IPTU (e mesmo assim não faria sentido).

E igreja não é diferente de empresa nem deveria ser tratada como algo diferente de uma empresa. Temos igrejas bilionárias, que deixam seus donos bilionários, empregam um monte de gente, vendem um monte de coisa e movimentam uma montanha de dinheiro. É um negócio como outro qualquer. Gostar dele ou achar que ele deve ser sagrado não é motivo pra querer que seja privilegiado.

A verdade é que igreja no Brasil (e no mundo...) é um negócio bilionário que gera muitos bilionários poderosos na política. Basta ver o nosso presidente que se ajoelha na frente de um desses bilionários, ou ver que essas igrejas formam bancadas no Congresso. Tanto que essa idéia da conta de luz apareceu junto.

Privilégios tributários pra igrejas continuam existindo por isso, e isso é um absurdo.

Se trocasse igrejas por empreiteiras nessa história todos achariam um absurdo. Mas é que ninguém é fanático por construção civil...
 

Sgt. Kowalski

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Estou apanhando e não decidi, diz Bolsonaro sobre subsídio à conta de luz de igrejas



O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta terça-feira (14) que tem sido criticado pela proposta de mudança na cobrança da conta de luz para templos religiosos e disse que ainda não tomou uma decisão sobre o assunto.

Desde a semana passada, o Ministério de Minas e Energia tem avaliado, a pedido da bancada evangélica, a concessão de um subsídio para os locais de culto. O argumento é que as cerimônias são realizadas à noite, em horário de pico no consumo de energia.

"Eu estou apanhando e não decidi nada ainda. Eu não sei por que essa gana de dar pancada em mim o tempo todo. Eu assinei o decreto? Então por que essa pancada?", questionou.

O presidente ressaltou que só tomará uma decisão sobre o tema "na hora certa", mas não especificou qual seria esse momento. Ele não disse se é favorável ou contra não incluir os templos religiosos na tarifa vermelha.

"Eu decido aos 48 do segundo tempo. Lembram que o Palmeiras ganhou um jogo aos 54 do segundo tempo? Eu decido na hora certa", disse. "Não tenho opinião para te dar", acrescentou.

O lobby das igrejas tem garantido decisões no governo federal que desafiam as políticas de ajuste fiscal do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em meio à tentativa de reequilibrar as contas públicas, a equipe econômica se vê obrigada a analisar diferentes demandas de líderes religiosos que vão na direção contrária do planejado.

Bolsonaro se elegeu em 2018 com forte apoio de grupos religiosos, em especial a bancada evangélica, à qual tem dedicado boa parte de sua agenda.

São frequentes encontros do presidente no Palácio do Planalto e em compromissos externos com líderes evangélicos, mas eles não são os únicos.

Recentemente, chegou ao Ministério da Economia um pedido sobre a possibilidade de igrejas que usam terrenos da Marinha não pagarem à União uma taxa pelo uso.

A proposta pode retirar receitas dos cofres públicos enquanto o governo ainda tenta voltar a produzir superávit primário —algo previsto para pelo menos 2022. Para 2020, o rombo deve ficar em R$ 124,1 bilhões, segundo a meta fixada.
 

DanielMF

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Leiloar o imóvel impede que seja exercida a crença? É a mesma coisa que dizer que leiloar a padaria vai impedir as pessoas de comer. É como dizer que cobrar imposto de creche é impedir as pessoas de ter filhos.
Aí que está o ponto, não cabe a você dizer se impede ou não. Você não tem autoridade para determinar as condições em que um religioso pode exercer a sua religião ou a sua crença, já que essa é uma questão interna da outra pessoa e não sua.

A pessoa pode considerar o local sagrado e não importa se você tem a convicção de que não é..., para a pessoa pode ser sagrado ou indispensável para exercer a sua fé. Não se trata de privilégio, mas de liberdade.

Leiloa o imóvel, ué. A crença vai embora junto do imóvel por acaso? Exerce a crença em outro lugar ou paga o imposto como todo mundo tem que pagar.

Fora que não estamos nem de longe falando só do IPTU. Igrejas deixam de pagar muito mais que apenas o IPTU. Antes fosse só o IPTU (e mesmo assim não faria sentido).

E igreja não é diferente de empresa nem deveria ser tratada como algo diferente de uma empresa. Temos igrejas bilionárias, que deixam seus donos bilionários, empregam um monte de gente, vendem um monte de coisa e movimentam uma montanha de dinheiro. É um negócio como outro qualquer. Gostar dele ou achar que ele deve ser sagrado não é motivo pra querer que seja privilegiado.

A verdade é que igreja no Brasil (e no mundo...) é um negócio bilionário que gera muitos bilionários poderosos na política. Basta ver o nosso presidente que se ajoelha na frente de um desses bilionários, ou ver que essas igrejas formam bancadas no Congresso. Tanto que essa idéia da conta de luz apareceu junto.

Privilégios tributários pra igrejas continuam existindo por isso, e isso é um absurdo.

Se trocasse igrejas por empreiteiras nessa história todos achariam um absurdo. Mas é que ninguém é fanático por construção civil...
Você está tratando a exceção pela regra.

Para cada "igreja bilionária", existem milhares de pequenas igrejas, com relevância apenas local. Existem pequenas igrejas que utilizam 100% do que arrecadam, apenas para o próprio templo. Existem igrejas que utilizam uma parte do que arrecadam para pagar um salário não tão significante a um pastor que tem dedicação exclusiva e autentica a igreja. Você não pode chamar essas igrejas de empresas, não são.

Mas também existem essas igrejas a que você se refere quando compara a uma empresa, e outras tabmém em que os seus líderes realmente não se comportam em nada de acordo com a religião que pregam. Mas isso não é um problema do Estado, é isso que precisa ser entendido. É um problema interno que pode ser identificado pelas pessoas, e que naturalmente podem abandonar e buscar outra igreja que seja honesta.

Talvez o Estado até poderia entrar no sentido de determinar: "Quando a igreja passa a fazer isso, isso e aquilo, ela será equivalente a uma empresa". Isso pode ser objeto de debate. Mas quando se generaliza..., aí não tem coerência com liberdade religiosa.
 
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Figulo

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Aí que está o ponto, não cabe a você dizer se impede ou não. Você não tem autoridade para determinar as condições em que um religioso pode exercer a sua religião ou a sua crença, já que essa é uma questão interna da outra pessoa e não sua.

A pessoa pode considerar o local sagrado e não importa se você tem a convicção de que não é..., para a pessoa pode ser sagrado ou indispensável para exercer a sua fé. Não se trata de privilégio, mas de liberdade.


Você está tratando a exceção pela regra.

Para cada "igreja bilionária", existem milhares de pequenas igrejas, com relevância apenas local. Existem pequenas igrejas que utilizam 100% do que arrecadam, apenas para o próprio templo. Existem igrejas que utilizam uma parte do que arrecadam para pagar um salário não tão significante a um pastor que tem dedicação exclusiva e autentica a igreja. Você não pode chamar essas igrejas de empresas, não são.

Mas também existem essas igrejas a que você se refere quando compara a uma empresa, e outras tabmém em que os seus líderes realmente não se comportam em nada de acordo com a religião que pregam. Mas isso não é um problema do Estado, é isso que precisa ser entendido. É um problema interno que pode ser identificado pelas pessoas, e que naturalmente podem abandonar e buscar outra igreja que seja honesta.

Talvez o Estado até poderia entrar no sentido de determinar: "Quando a igreja passa a fazer isso, isso e aquilo, ela será equivalente a uma empresa". Isso pode ser objeto de debate. Mas quando se generaliza..., aí não tem coerência com liberdade religiosa.


Quer dizer que se eu alugo um terreno para uma igreja e ela não paga o aluguel eu não posso retomar o terreno porque “fere a liberdade religiosa”? :klol

Se eu inventar que um lugar é sagrado pra mim ninguém mais pode me tirar de lá? Ou o Estado não pode me tirar de lá?

Se eu declarar que o Palácio da Alvorada é um lugar sagrado pra minha religião, o Estado tentar me tirar de lá seria ferir minha liberdade religiosa?

Não faz sentido. Liberdade de acreditar em qualquer coisa que quiser é uma coisa. Não precisar pagar impostos é outra coisa completamenre diferente. Ninguém está obrigando ninguém a deixar de acreditar, é só cobrar imposto como se cobra de qualquer outra coisa.

E já afunilamos pro IPTU apenas? Já é uma coisa ridícula, mas estamos falando de muito mais que o IPTU.
 

DanielMF

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Quer dizer que se eu alugo um terreno para uma igreja e ela não paga o aluguel eu não posso retomar o terreno porque “fere a liberdade religiosa”? :klol

Se eu inventar que um lugar é sagrado pra mim ninguém mais pode me tirar de lá? Ou o Estado não pode me tirar de lá?

Se eu declarar que o Palácio da Alvorada é um lugar sagrado pra minha religião, o Estado tentar me tirar de lá seria ferir minha liberdade religiosa?

Não faz sentido. Liberdade de acreditar em qualquer coisa que quiser é uma coisa. Não precisar pagar impostos é outra coisa completamenre diferente. Ninguém está obrigando ninguém a deixar de acreditar, é só cobrar imposto como se cobra de qualquer outra coisa.

E já afunilamos pro IPTU apenas? Já é uma coisa ridícula, mas estamos falando de muito mais que o IPTU.
Claro que não.

A final, você também tem as suas liberdades e direitos. Ninguém tem o direito de atentar contra a liberdade ou direito de outra pessoa por causa da crença. E quando as igrejas não pagam IPTU, IR e até o IPVA, elas não estão atentando contra a liberdade e direito de ninguém.

Sobre "IPTU apenas", dá para incluir o IR no debate tranquilamente. Quanto ao IPVA eu discordo da imunidade, já o resto, as igrejas pagam.
 
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Figulo

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Claro que não.

A final, você também tem as suas liberdades e direitos. Ninguém tem o direito de atentar contra a liberdade de outra pessoa por causa da crença. E quando as igrejas não pagam IPTU e IR, elas não estão atentando contra a liberdade e direito de ninguém.

Sobre "IPTU apenas", dá para incluir o IR tranquilamente. Quanto ao IPVA eu discordo da imunidade, mas o resto as igrejas pagam.


Que bom que você me disse que eu poderia retomar o imóvel... mas mudando a pergunta: mesmo eu tendo razão em retomar o imóvel, retomar o imóvel seria atentar contra a liberdade religiosa?
Porque seria essencialmente a mesma coisa que retomar um imóvel por falta de pagamento de imposto. Afetaria a liberdade religiosa da mesma maneira (e o que estou dizendo é que não afetaria em nada).

Cobrar imposto não é atentar contra liberdade religiosa. É cobrar imposto. Simplesmente isso. Quando o governo me cobra IPTU eu não choro dizendo que está atentando contra minha liberdade de ter uma moradia ou sei lá qual desculpa pra não pagar.

Cobrar imposto de hospital não é atentar contra a saúde, cobrar imposto de escola não é atentar contra a educação, cobrar imposto de restaurante não é atentar contra alimentação, cobrar imposto de creche não é atentar contra procriação. Essa desculpa não cola com mais nada.
 


Cafetão Chinês

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Que bom que você me disse que eu poderia retomar o imóvel... mas mudando a pergunta: mesmo eu tendo razão em retomar o imóvel, retomar o imóvel seria atentar contra a liberdade religiosa?
Porque seria essencialmente a mesma coisa que retomar um imóvel por falta de pagamento de imposto. Afetaria a liberdade religiosa da mesma maneira (e o que estou dizendo é que não afetaria em nada).

Cobrar imposto não é atentar contra liberdade religiosa. É cobrar imposto. Simplesmente isso. Quando o governo me cobra IPTU eu não choro dizendo que está atentando contra minha liberdade de ter uma moradia ou sei lá qual desculpa pra não pagar.

Cobrar imposto de hospital não é atentar contra a saúde, cobrar imposto de escola não é atentar contra a educação, cobrar imposto de restaurante não é atentar contra alimentação, cobrar imposto de creche não é atentar contra procriação. Essa desculpa não cola com mais nada.
Não é a mesma coisa. Éle está fazendo um juízo ético se referindo a liberdade externa (a liberdade que está em conformidade com a liberdade de todos, seguindo o Imperativo Categórico), e não a um conceito grosseiro de liberdade.
Você é livre para professar sua fé, se expressar, pode até mesmo insultar religião alheia com vídeos subversivos como esses grupelhos progressistas adoram fazer, desde que seja em sua própria propriedade honestamente conquistada, e desde que não interfira na propriedade de terceiros (roube, mate, ameace, etc).

As igrejas tem total direito de professar sua fé em sua propriedade e com seus próprios recursos (o que não vale para o exemplo do aluguel, dado que a propriedade é de terceiros). Propriedade privada é suas implicações éticas e morais são um conceito bem fácil de entender (bem, talvez socialistas e vertentes de esquerda ainda tenham bastante dificuldade com isso ainda hoje, pleno séc. XXI, dado que até mesmo crianças costumam entender tal conceito).

Se o estado confiscar o imóvel de uma igreja porque não pagou impostos ou não cumpriu devida regulação - como é feito em países como a China e outras ditaduras - é bastante óbvio que é atentar contra a liberdade religiosa daquelas pessoas. A propriedade é da igreja e dos fiéis, não do estado e de políticos.
 
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RoLukeSky

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Que bom que você me disse que eu poderia retomar o imóvel... mas mudando a pergunta: mesmo eu tendo razão em retomar o imóvel, retomar o imóvel seria atentar contra a liberdade religiosa?
Porque seria essencialmente a mesma coisa que retomar um imóvel por falta de pagamento de imposto. Afetaria a liberdade religiosa da mesma maneira (e o que estou dizendo é que não afetaria em nada).

Cobrar imposto não é atentar contra liberdade religiosa. É cobrar imposto. Simplesmente isso. Quando o governo me cobra IPTU eu não choro dizendo que está atentando contra minha liberdade de ter uma moradia ou sei lá qual desculpa pra não pagar.

Cobrar imposto de hospital não é atentar contra a saúde, cobrar imposto de escola não é atentar contra a educação, cobrar imposto de restaurante não é atentar contra alimentação, cobrar imposto de creche não é atentar contra procriação. Essa desculpa não cola com mais nada.

Outro detalhe que a galera não se atenta: é ter uma visão macro das coisas.

Por exemplo, quem delegou para às religiões a "responsabilidade social" que alguns alegam sobre as mesmas?

Essa responsabilidade é cobrada pelo estado? É medida? É avaliada?

O estado não está se omitindo ao admitir essa ou pelo menos deixar sub-entendido essa responsabilidade social?

Por exemplo, se é necessário fazer uma obra em uma região. De onde vem o valor para fazer aquela obra? Dos impostos...

Bem, se temos um sistema onde o "religioso" paga zero... a conta ficaria... dividindo entre residentes e comércios da região....

102188

Agora, se tivéssemos um sistema onde se tributa a igreja, a conta sairia:

102189

Ou seja, a conta ficaria "menor" e mais justa....

Então, teve um comentário aí de que se aprovado esse subsidio, a conta não iria aumentar para os demais... creio não ser verdade.... Não tem mágica. O dinheiro virá de algum lugar ...

102191

Claro que tem uma desproporção aí, e o exemplo é mais para ilustrar a matemática (sim, tosca mas a ideia é por aí)....
 

Anexos

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DanielMF

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imóvel... mas mudando a pergunta: mesmo eu tendo razão em retomar o imóvel, retomar o imóvel seria atentar contra a liberdade religiosa?
Porque seria essencialmente a mesma coisa que retomar um imóvel por falta de pagamento de imposto. Afetaria a liberdade religiosa da mesma maneira (e o que estou dizendo é que não afetaria em nada).
Acho que esse ponto que você colocou, é um pouco estranho, mas pode-se fazer a seguinte analogia:

Uma pessoa sequestra e aprisiona outra, ou seja, atenta contra a liberdade dela. Depois de presa pelo Estado pelo cometimento de crime, é possível dizer que o Estado atentou contra a liberdade dessa pessoa que cometeu este crime, ao joga-la na prisão?

Não sei se deu para entender. O ponto é, o criminoso não tem mais a sua liberdade, mas isso não foi um "atentado" por parte do Estado. Já no caso dele, sim, ele atentou contra a liberdade de outra pessoa.

Ou seja, fica tranquilo. Pode expulsar essa igreja que paga aluguel para você, rs. Os religiosos não poderão exercer a sua fé nesse local mais, porém isso não é um atentado a liberdade religiosa deles.

Cobrar imposto não é atentar contra liberdade religiosa. É cobrar imposto. Simplesmente isso. Quando o governo me cobra IPTU eu não choro dizendo que está atentando contra minha liberdade de ter uma moradia ou sei lá qual desculpa pra não pagar.
A cobrança do imposto, no caso do IPTU, está vinculada com a possibilidade de leiloar o imóvel caso não seja pago. Ou seja, se não pagar o imposto, o Estado toma o imóvel de você.

O valor do dinheiro que a igreja eventualmente tenha que pagar no imposto, pode não ser um atentado a sua liberdade mesmo. Porém, a consequência do não pagamento, é inevitavelmente um atentado em potencial. Depende exclusivamente dos religiosos ali presentes considerarem que precisam da igreja para exercer sua fé, ou considera-la sagrada em si, ou alguma coisa nesse sentido.

Então não se pode entender o imposto apenas em relação a sua cobrança. É preciso entender quais as punições que o Estado impõe no caso de não pagamento e se isso é aceitável.

Lembrando que a propriedade de uma igreja, ou de uma casa, não pertence ao Estado.

Cobrar imposto de hospital não é atentar contra a saúde, cobrar imposto de escola não é atentar contra a educação, cobrar imposto de restaurante não é atentar contra alimentação, cobrar imposto de creche não é atentar contra procriação. Essa desculpa não cola com mais nada
Aqui você volta a comparar com empresas. Em todos esses casos que você citou, quando é exercido pela iniciativa privada, são simplesmente negócios. Uma atividade econômica.

Mas veja, uma organização sem fins lucrativos que presta algum desses serviços, pode eventualmente receber imunidade tributária, ou isenção. Isso está previsto na legislação.
 
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DanielMF

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Outro detalhe que a galera não se atenta: é ter uma visão macro das coisas.

Por exemplo, quem delegou para às religiões a "responsabilidade social" que alguns alegam sobre as mesmas?

Essa responsabilidade é cobrada pelo estado? É medida? É avaliada?

O estado não está se omitindo ao admitir essa ou pelo menos deixar sub-entendido essa responsabilidade social?

Por exemplo, se é necessário fazer uma obra em uma região. De onde vem o valor para fazer aquela obra? Dos impostos...

Bem, se temos um sistema onde o "religioso" paga zero... a conta ficaria... dividindo entre residentes e comércios da região....

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Agora, se tivéssemos um sistema onde se tributa a igreja, a conta sairia:

Visualizar anexo 102189

Ou seja, a conta ficaria "menor" e mais justa....

Então, teve um comentário aí de que se aprovado esse subsidio, a conta não iria aumentar para os demais... creio não ser verdade.... Não tem mágica. O dinheiro virá de algum lugar ...

Visualizar anexo 102191

Claro que tem uma desproporção aí, e o exemplo é mais para ilustrar a matemática (sim, tosca mas a ideia é por aí)....
O @Cafetão Chinês já respondeu essa ideia falsa de que se as igrejas pagassem impostos, o resto pagaria menos.

Isso é válido para subsídios, pois se o Estado deixar de receber de um lado, ele vai cobrar mais do outro.

Mas o inverso não é verdadeiro. Se o Estado cobrar mais de um lado (ou cobrar onde não existia cobrança), não necessariamente ele vai cobrar menos do outro. Esse dinheiro a mais pode ir para qualquer lugar.

Pode utilizar em uma obra num primeiro momento como você exemplificou? Sim, mas eventualmente o Estado utilizará essa receita a mais, para também aumentar os seus próprios gastos. Uma vez que isso aconteça, temos um aumento de carga tributária do país e isso é um problema no Brasil. Já que o que define a carga tributária são os gastos.

Por isso o Brasil está saindo da crise por meio de corte de gastos, e não por aumento de carga tributária. Neste último caso, poderia até ajudar no curto prazo, mas no médio e longo prazo seria um desastre.

E na prática, você pode até arrecadar no começo ao cobrar impostos onde antes havia imunidade. Mas depois, isso vai jogar as igrejas ainda mais para a informalidade. Ou seja, o Estado acabará aumentando seus gastos de cara, porém a sua nova fonte de receita irá diminuir cada vez mais com o tempo, gerando um déficit.

Por isso o Estado tem que tomar muito cuidado aonde vai cobrar imposto, ou aumentar. O efeito pode ser o inverso.
 
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Ivo Maropo

Bam-bam-bam
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Cadê os seus vídeos, amiguinho Ivo, parou?

Pois bem... ontem eu fui ver a dois documentários:

  • Democracia em Vertigem;
  • American Factory.
Resposta: Bolsonaro. Lula ainda consegue articular e conversar com o congresso e senado. Lula pode não ter a escolaridade formal como a formação acadêmica, mas nem de longe ele é burro.

3.. 2.. 1.. para os bolsonetes me chamar de petista.
Darei prosseguimento aos vídeos sim, meu caro, mas gostaria de contar com equipamentos melhores também. :) Sobre Lula, é isso mesmo, "astuto, apesar de tudo". Vale lembrar que Lula bateu de frente com Fernando Collor de Mello em debates ao vivo, um dos políticos mais articulados que eu já vi. O mito sequer teve a coragem de enfrentar "o poste". É patético.
 

Sgt. Kowalski

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Bolsonaro desiste de dar desconto na conta de energia de igrejas



BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 15, que suspendeu qualquer negociação para conceder subsídios a contas de energia de templos religiosos. A decisão ocorre após o Estado revelar, na semana passada, que o governo preparava um decreto para adotar a medida, a pedido do próprio presidente, mas que havia resistência por parte da equipe econômica.
"Falei com o Silas Câmara (presidente da bancada evangélica na Câmara) e com o (missionário) R. R. Soares e está suspensa qualquer negociação nesse sentido", afirmou Bolsonaro nesta quarta-feira ao deixar o Ministério de Minas e Energia. Ontem, ao tratar do assunto, Bolsonaro disse que estava tomando "pancada" por causa da medida, mas ainda não havia decidido.

Como mostrou o Estado, a pedido do presidente, minuta de decreto foi elaborada pelo Ministério de Minas e Energia e enviada à pasta da Economia, mas a articulação provocou atrito no governo, já que a equipe econômica rejeita a medida.
Pela minuta em estudo no governo, os templos passariam a pagar tarifas no horário de ponta, quando há maior consumo, iguais às cobradas durante o dia, que são mais baratas. Cada distribuidora tem seu próprio horário de ponta, que dura três horas consecutivas e se concentra entre o fim da tarde e o início da noite durante dias de semana. Nesses horários, o consumo de energia pode ficar 50% maior, e as taxas de uso, subir até 300%. É justamente nesse período que os templos costumam realizar cultos.

Mais cedo, o presidente havia dito que o Brasil é o "País dos subsídios" e que deseja colocar um "ponto final nisso aí". Ele receberia nesta tarde o presidente da bancada evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), favorável ao benefício às igrejas. "Se for discutido (o subsídio às igrejas), a gente decide, né, depende de um decreto meu. Agora, tudo cai no meu colo, tudo. E só vale depois que eu assinar", afirmou o presidente antes de recuar.

Ao Broadcast Político, antes da suspensão da negociação, Câmara afirmou que um eventual desconto na conta de luz de templos religiosos não seria um gesto grande para o governo, mas importante para a bancada evangélica. Segundo ele, o impacto da medida seria "insignificante" nas contas e não poderia ser considerada uma espécie de subsídio. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o impacto econômico da medida seria de R$ 37 milhões.

De acordo com o parlamentar, a retirada dos templos deste tipo de cobrança representaria menos do que um arredondamento de diferença de bandeira (tarifária). "Quando o presidente conversar comigo, vou dizer a ele que o impacto disso (do desconto) é de R$ 0,02 (na conta)", disse na manhã desta quarta-feira, 15.

A equipe do ministro Paulo Guedes é contra aumentar subsídios porque isso distorce o sinal de preços e aumenta o custo da energia. Outro argumento utilizado pela pasta é o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) considerar inconstitucional conceder subsídio por decreto nas tarifas.

Para Silas Câmara, no entanto, o desconto para igrejas não poderia ser considerado subsídio. "Quando essas empresas que assumiram distribuição e geração de energia ganharam a consulta, a licitação, a concessão, a Aneel, por força de contrato, deu a essas empresas a liberdade de elas, em horário de ponta, das 18h às 23h, portanto o horário em que funcionam todos os templos religiosos, independentemente de ser evangélicos ou não, poderem cobrar até 4 vezes mais o valor da energia. O que está em estudo é uma possibilidade apenas de retirar as igrejas do horário de ponta, então não é subsídio", afirmou o parlamentar.

'País dos subsídios'

Ao comentar a possibilidade com jornalistas nesta manhã, Bolsonaro lembrou que terá de decidir em breve sobre manter subsídio à produção de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus. "O Brasil é o país dos subsídios. 4% do PIB vai para subsídios. A gente pretende, já sinalizamos. Queremos botar um ponto final nisso aí. Temos a decisão também na semana que vem sobre os concentrados lá da Zona Franca de Manaus, que está sendo discutido também", disse.

O presidente afirmou que o governo defende a "liberdade econômica", diferentemente, segundo ele, de gestões passadas. "Agora, nosso caminho é a liberdade econômica, livre mercado, é uma economia completamente diferente do que vinha sendo adotada nos últimos anos".

A alternativa que estava em estudo para custear esses benefícios era repassar o valor a outros consumidores, tanto residenciais quanto livres, via o encargo chamado Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A soma dos benefícios embutidos na conta de luz e repassados para todos os consumidores atingiu R$ 22 bilhões neste ano e tem sido alvo de preocupação da área econômica do governo. Embora o movimento seja para beneficiar templos religiosos de forma ampla, os evangélicos são o foco da medida.
 

Vim do Futuro

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Porra!

E agora qual será a narrativa?!

Rápido esquerdolas, pensem!

Eu sugiro uma pauta polêmica: briga de galo
Mas nesse caso nem dá pra culpar tanto os canhotos. O governo ficou dando conversa pra alguns deputados da bancada igrejística, dizendo que iria pensar nisso. O certo era ter mandado TNC logo de cara.
 

joaodefenix

Habitué da casa
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Se não me engano o próprio Bolsonaro ja falou que muitas coisas que ele pretende fazer, ele soltará na mídia pra ver a reação da população se vai aceitar ou não, ou seja, não precisa xingar ele, falar que não vai votar mais nele, que arrependeu de votar nele, que muitas das vezes são só testes.
 
D

Deleted member 219486

Se não me engano o próprio Bolsonaro ja falou que muitas coisas que ele pretende fazer, ele soltará na mídia pra ver a reação da população se vai aceitar ou não, ou seja, não precisa xingar ele, falar que não vai votar mais nele, que arrependeu de votar nele, que muitas das vezes são só testes.

Acho que ele só quis ficar bem na fita com os evangélicos, fingiu que estava a favor disso mas usou a repercussão negativa para recuar.
 

Tyrael_

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Bolsonaro desiste de dar desconto na conta de energia de igrejas



BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 15, que suspendeu qualquer negociação para conceder subsídios a contas de energia de templos religiosos. A decisão ocorre após o Estado revelar, na semana passada, que o governo preparava um decreto para adotar a medida, a pedido do próprio presidente, mas que havia resistência por parte da equipe econômica.
"Falei com o Silas Câmara (presidente da bancada evangélica na Câmara) e com o (missionário) R. R. Soares e está suspensa qualquer negociação nesse sentido", afirmou Bolsonaro nesta quarta-feira ao deixar o Ministério de Minas e Energia. Ontem, ao tratar do assunto, Bolsonaro disse que estava tomando "pancada" por causa da medida, mas ainda não havia decidido.

Como mostrou o Estado, a pedido do presidente, minuta de decreto foi elaborada pelo Ministério de Minas e Energia e enviada à pasta da Economia, mas a articulação provocou atrito no governo, já que a equipe econômica rejeita a medida.
Pela minuta em estudo no governo, os templos passariam a pagar tarifas no horário de ponta, quando há maior consumo, iguais às cobradas durante o dia, que são mais baratas. Cada distribuidora tem seu próprio horário de ponta, que dura três horas consecutivas e se concentra entre o fim da tarde e o início da noite durante dias de semana. Nesses horários, o consumo de energia pode ficar 50% maior, e as taxas de uso, subir até 300%. É justamente nesse período que os templos costumam realizar cultos.

Mais cedo, o presidente havia dito que o Brasil é o "País dos subsídios" e que deseja colocar um "ponto final nisso aí". Ele receberia nesta tarde o presidente da bancada evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), favorável ao benefício às igrejas. "Se for discutido (o subsídio às igrejas), a gente decide, né, depende de um decreto meu. Agora, tudo cai no meu colo, tudo. E só vale depois que eu assinar", afirmou o presidente antes de recuar.

Ao Broadcast Político, antes da suspensão da negociação, Câmara afirmou que um eventual desconto na conta de luz de templos religiosos não seria um gesto grande para o governo, mas importante para a bancada evangélica. Segundo ele, o impacto da medida seria "insignificante" nas contas e não poderia ser considerada uma espécie de subsídio. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o impacto econômico da medida seria de R$ 37 milhões.

De acordo com o parlamentar, a retirada dos templos deste tipo de cobrança representaria menos do que um arredondamento de diferença de bandeira (tarifária). "Quando o presidente conversar comigo, vou dizer a ele que o impacto disso (do desconto) é de R$ 0,02 (na conta)", disse na manhã desta quarta-feira, 15.

A equipe do ministro Paulo Guedes é contra aumentar subsídios porque isso distorce o sinal de preços e aumenta o custo da energia. Outro argumento utilizado pela pasta é o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) considerar inconstitucional conceder subsídio por decreto nas tarifas.

Para Silas Câmara, no entanto, o desconto para igrejas não poderia ser considerado subsídio. "Quando essas empresas que assumiram distribuição e geração de energia ganharam a consulta, a licitação, a concessão, a Aneel, por força de contrato, deu a essas empresas a liberdade de elas, em horário de ponta, das 18h às 23h, portanto o horário em que funcionam todos os templos religiosos, independentemente de ser evangélicos ou não, poderem cobrar até 4 vezes mais o valor da energia. O que está em estudo é uma possibilidade apenas de retirar as igrejas do horário de ponta, então não é subsídio", afirmou o parlamentar.

'País dos subsídios'

Ao comentar a possibilidade com jornalistas nesta manhã, Bolsonaro lembrou que terá de decidir em breve sobre manter subsídio à produção de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus. "O Brasil é o país dos subsídios. 4% do PIB vai para subsídios. A gente pretende, já sinalizamos. Queremos botar um ponto final nisso aí. Temos a decisão também na semana que vem sobre os concentrados lá da Zona Franca de Manaus, que está sendo discutido também", disse.

O presidente afirmou que o governo defende a "liberdade econômica", diferentemente, segundo ele, de gestões passadas. "Agora, nosso caminho é a liberdade econômica, livre mercado, é uma economia completamente diferente do que vinha sendo adotada nos últimos anos".

A alternativa que estava em estudo para custear esses benefícios era repassar o valor a outros consumidores, tanto residenciais quanto livres, via o encargo chamado Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A soma dos benefícios embutidos na conta de luz e repassados para todos os consumidores atingiu R$ 22 bilhões neste ano e tem sido alvo de preocupação da área econômica do governo. Embora o movimento seja para beneficiar templos religiosos de forma ampla, os evangélicos são o foco da medida.
Acabou a novela sem graça.


Que tal editar o título do tópico só pra não pegar um leitor de calças curtas? Afinal, pra alguém ler 16 páginas sobre uma notícia e chegar na última e ver que a notícia em si não existe mais, é maluquice :klol
 

RoLukeSky

Mil pontos, LOL!
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Então se não gera reclamação, aprova a m**** e segue a vida?!
Resumiu a história desse país....
:kkk
 
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