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Brasileiros na Legião Estrangeira [- user San Andreas]

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Mercenários brasileiros na Legião Estrangeira

Atraídos por salários, a chance de apagar o passado e aventuras, dezenas de brazucas alistam-se, todos os anos, no legendário exército de aluguel francês. Nossa repórter conseguiu deles revelações sobre a condição de soldados de um pátria alheia, em missões cujo sentido desconhecem

Brasileiros jovens estão pondo a mochila nas costas e deixando o país para se alistar na Legião Estrangeira — unidade de elite do exército francês, composta por cerca de 7 mil estrangeiros de mais de 130 nacionalidades diferentes. Estima-se que pelo menos cem brasileiros são contratados a cada ano pelo legendário exército que defende os interesses da França mundo afora, sobretudo em áreas conflituosas.

O número exato de brasileiros não é divulgado pela Legião Estrangeira. Porém, de uns cinco anos para cá, a procura tem aumentado, mesmo sabendo que ao vender seus serviços para a França estão se expondo a riscos de morte.

Medo parece não ser problema para os brasileiros e, muito menos, para outros estrangeiros. Todos os anos, mais de 5 mil candidatos do mundo inteiro batem à porta desta composição militar. Mas somente cerca de 800 deles conseguem dar conta de passar pela bateria intensiva de testes físicos e psicotécnicos.

Essas informações são dos próprios legionários, entre os quais o brasileiro Marcos dos Santos, 32 anos. Natural de Itapira (SP), ele serve, há três anos, no 2º Regimento Estrangeiro de Pára-quedistas (REP) — tropa considerada crème de la crème da Legião — em Calvi, cidade na ilha da Córsega. Segundo ele, não são os polpudos salários (que vão de 1,5 mil euros até mais de 5 mil para quem prossegue na carreira), e sim o espírito de aventura, que move a maioria dos soldados. Muitos deles parecem, também, ser guiados por um velho slogan da Legião ainda em voga: "chance de mudar de vida, qualquer que seja a origem, nacionalidade, religião, diplomas, nível escolar, situação familiar ou profissional".

Nenhum candidato é obrigado a fornecer a verdadeira identidade. Incorporado, o legionário passa a ser uma "pessoa não-civil", alguém que não existe juridicamente para o mundo

Mesmo nos dias atuais, o engajamento na Legião ainda é envolto em lendas e controvérsias. Ao se alistar, o candidato não é obrigado a fornecer a verdadeira identidade e nem relatar nada do que já viveu. Ele tem o anonimato assegurado e é protegido de qualquer ingerência relativa ao seu passado, graças a um decreto-lei francês de 1911. O legionário é juridicamente uma "pessoa não-civil", ou seja, por ser portador de uma identidade fictícia, não existe de fato. Por conseguinte, não pode se casar, nem tirar carteira de motorista, nem comprar imóveis ou veículos. Em suma, o soldado só existe para a Legião Estrangeira. Independente do estado civil, ele é considerado solteiro e sem vínculos familiares. Salvo em raríssimas exceções, ele pode obter a real identidade antes do término do contrato.

Engajados por um período compulsório de cinco anos, sem nenhum direito a desistência antes do prazo, os legionários estão sujeitos a uma disciplina severa dentro e fora da caserna. Prisão por deserção, tolerância zero para toda e qualquer falta, tratamento rude — "na porrada" mesmo, segundo Santos. Essas são só algumas das condições aceitas sem pestanejar por estrangeiros que salvaguardam os interesses de uma das sete potências mundiais e que cumprem sem titubear as letras miúdas do contrato. Esse, diga-se de passagem, é assinado logo de cara, na primeira semana, mesmo por aqueles que não falam uma só palavra da língua francesa. "Assinamos um papel atrás do outro, sem tradutor nem nada. A gente entrega a vida para eles no ato", afirmou Santos.

Uma investigação minuciosa impede o recrutamento de condenados por crimes comuns, apesar de que "delitos leves" são relevados. Não existe, no entanto, definição do que a Legião Estrangeira entende por delitos de pouca importância. Pelo código da unidade, terroristas e demais criminosos procurados pela Interpol não são aceitos em nenhuma hipótese.

Asiáticos, europeus do leste e latino-americanos (com destaque para os brasileiros) somam 70% da Legião Estrangeira. Franceses mesmo, só 19%

A maior parte dos legionários, cerca de 70%, vem de países que não falam francês. Em 2005, dos 900 novos engajados, 32% eram de eslavos provenientes do Leste europeu, sobretudo da Romênia, Rússia e ex-repúblicas soviéticas. Em seguida, vieram os latino-americanos, 24,5%, com destaque disparado para o Brasil. Soldados de nacionalidade francesa ou originários de ex-colônias somaram 19%. Os asiáticos, especialmente os chineses, são numerosos.

Além dos benefícios trabalhistas, sociais (férias, seguro-saúde e conta em banco, por exemplo) e toda a documentação concedida por um país conhecido por respeitar os direitos do homem, eles ainda podem requerer a cidadania francesa ao cabo dos cinco anos de serviço. O direito é assegurado por lei, bastando para isso apresentar um atestado de boa conduta expedido por um comandante da Legião Estrangeira às autoridades competentes.

Os legionários recebem seus vencimentos quase que totalmente livres de despesas. As refeições feitas no quartel são gratuitas de segunda a sexta-feira, e nos finais de semana pagas à parte (cerca de 4 euros – cerca de 10 reais). Aos salários iniciais, em torno de mil euros para quem serve no continente e de 1,5 mil para os alojados na ilha da Córsega, juntam-se os prêmios e bonificações pagos, quando os soldados partem em missões fora do território francês. Conforme o caso, os soldos podem até triplicar.

A reportagem tentou por diversas vezes contato por telefone e email com um dos quartéis da Legião Estrangeira na região de Paris, mas não foi atendida.

Desde que ingressou nas fileiras da Legião Estrangeira, em maio de 2005, o ex-piloto de helicóptero Marcos dos Santos já partiu em missões de prevenção em países como o Djibuti e Costa do Marfim (na África), e Nova Caledônia, possessão francesa na Oceania. Segundo Santos, os legionários recebem as instruções sobre o que vão fazer poucos dias antes do embarque. As missões duram de três a quatro meses.

Viajar sem conhecer o país de destino, os problemas lá vividos ou os interesses da França no local não é problema. "Somos mercenários", afirma legionário brasileiro

Santos disse que o fato de viajar às cegas, sem conhecer com detalhes os problemas políticos e sociais dos países para onde é mandado, sem entender bem porque a França envia tropas para lá, fere sua ética, mas não chega a lhe tirar o sono, e pelo jeito nem o bom humor. "Somos mercenários, esqueceu?", comentou, rindo.

Santos deixou uma vida financeira e profissional estável no Brasil e desembarcou no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, indo direto ao quartel Fort Nogent, em Fontenay sous Bois, cidade na periferia leste da capital francesa. Tinha a frase em francês decorada na ponta da língua: "Eu quero me alistar na Legião Estrangeira". Ele passou por exames médicos e psicotécnicos durante uma semana. "Eles querem ver se o sujeito é muito retardado", satirizou.

Na Legião, Santos, divorciado e pai de um menino de oito anos, teve mantida a nacionalidade brasileira, mas ganhou outra identidade: Roberto da Silva, literalmente seu nome de guerra. Depois da pré-seleção, foi levado para o quartel de Castelnaudary, na cidade de Aubagne, sul da França, onde ficou quatro meses sendo submetido, continuamente, a uma série de rigorosos testes físicos e psicológicos.

O legionário disse que a experiência em Aubagne beirou os limites do suportável. Conforme Santos, quem não tem muita estrutura emocional "bate os pinos cedo". A pressão a que são submetidos é intensa, relatou. "Assim que chega, a gente é obrigado a aprender os hinos e o código de honra da Legião em francês, repetindo as frases como papagaio, sem saber o que está cantando, como numa lavagem cerebral. E debaixo de pontapé". Santos contou também que o candidato que não decora direito as letras do hinário é obrigado a passar a noite fazendo flexões e lavando banheiro.

Nos finais de semana, folga e direito de ir à cidade. Mas nada de discotecas, baladas com mulheres ou bares mal-afamados. "Somos controlados. Temos que ter um comportamento exemplar"

Dono de uma saúde perfeita, Santos pôde se dar ao luxo de escolher onde iria servir na Legião. E ele escolheu justamente o regimento mais difícil — o dos paraquedistas, os mais expostos em situações de combate. "Eu sabia que era ralação, mas quis assim mesmo. Por aventura. Verdade mesmo", garantiu, sério.

A rotina na ilha da Córsega, contou Santos, se resume a fazer faxina, cuidar das fardas, lustrar botas, praticar exercícios físicos e estar sempre "ligado", pronto para ser chamado a qualquer hora do dia ou da noite. Nos finais de semana, impecavelmente uniformizados, os legionários são liberados para ir à cidade, apesar de que nem tudo o que diz respeito à vida mundana é permitido. Nada de discoteca, de baladas com mulheres ou bares mal afamados. "Somos controlados. Temos que ter um comportamento exemplar", acrescentou.

Ainda que convicto do que faz, Santos não recomenda a ninguém o alistamento. "Não me arrependo. Queria conhecer o mundo, me aventurar. Ninguém morre antes da hora. O que não posso fazer é enganar os que querem vir, dizer que isso aqui é fácil. Eu mesmo não sei te falar se vou agüentar até o fim. Tem uns caras que não suportam e caem fora", alertou. O legionário disse que não sabe se vai pedir a cidadania francesa. "Não faço planos", concluiu.

Caso fique até o final do contrato, que termina em dois anos, Santos pode trazer para casa, por baixo, mais de 50 mil euros. Para isso, além de economizar, ele ainda tem que sair ileso de missões em países como o Gabão, Afeganistão, Kosovo ou qualquer outro lugar do mundo onde estoure um conflito que afete a França.

Fonte: http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=2499



Um brasileiro na Legião Estrangeira

Atrás de uma bagagem cultural maior e experiência militar, Christian se comprometeu a deixar sua vida pessoal de lado por 5 anos

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Rigor, tradição e bravura são algumas características associadas à Legião Estrangeira (LE), entidade ligada ao serviço militar francês criada no século 19 e que recruta homens do mundo inteiro, desde que tenham entre 18 e 40 anos e sejam aprovados nas fases de seleção. Desde que sejam aprovados e aceitem um contrato em que aceitem ficar cinco anos longe de sua pátria, família e amigos.

Há quem procure a organização exatamente por isso. Mas, para aqueles que buscam enriquecimento de sua bagagem cultural e experiência militar, a espera e a distância são um preço a pagar por seu objetivo.

Esse é o caso de homens como o carioca Christian R. B., que não revela o sobrenome porque diz que o contrato envolve também uma cláusula de anonimato.

Hoje com 26 anos, Christian serviu a pátria francesa entre 2005 e 2009. Inspirado em seu pai, também militar e super-herói de sua infância, Christian, começou sua carreira na Academia da Força Aérea (AFA). Mas o exercício militar de fato aconteceu com o ingresso na Marinha do Brasil. “Entre vários concursos que prestei, a escola de oficiais da Marinha foi a opção que escolhi. E nesta época é que eu soube da existência da Legião Estrangeira”, diz. Com apenas 20 anos, e em outro continente, Christian viveu a história que define como uma das mais intensas de sua vida.

Distância

O início na Legião Estrangeira se dá por contrato, de acordo com o ex-legionário que explica que, teoricamente, o primeiro período é de no mínimo cinco anos. “Lá tudo é regido por cláusulas contratuais”, afirma. Durante o tempo que permaneceu na Europa, Christian não visitou o Brasil. Na época, era solteiro e, por isso, acredita ter sido mais fácil lidar com os vínculos familiares. “Consegui administrar bem esta situação. Existem diversas formas de manter o contato com a família, então isso já ajudava a matar a saudade”, afirma.

A percepção do tempo, distante da família e em uma atividade intensa, que exige dedicação quase integral, desperta reflexões em Christian. “Cada dia no quartel dava a impressão de ser uma eternidade. Um dia parecia uma semana, e uma semana despertava a sensação de um mês”, diz.

Para amenizar isto, ele buscava se ocupar com outras atividades em dias de folga, entre leituras, passeios e a companhia de conterrâneos, que são os latino-americanos que mais procuram a organização. “Geralmente os brasileiros são bastante unidos, em qualquer parte do planeta”, afirma. Ele diz que o mais normal era compensar aproveitando as folgas com a mesma intensidade do treinamento. "Se a sua companhia não está em algum treinamento ou missão, o ritmo segue o do expediente, que é igualzinho ao de um quartel no Brasil. Daí aproveitamos essas folgas para ter uma vida social mais intensa", diz.

Desde o início, o propósito do jovem brasileiro não era permanecer mais do que cinco anos como legionário. A vontade de melhorar sua bagagem cultural ajudou Christian a aceitar mais tranquilamente o tempo que ficou na França. “O primeiro ano é muito decisivo entre os que seguirão como legionário e os que vão desertar. Por isto, para quem pretende se candidatar, é melhor aguardar este tempo passar, para não tomaruma atitude inconsciente”, sugere.

Apesar de não ser incomum, ele diz que nunca pensou em desistir. "Isso normalmente acontece com os candidatos oriundos do meio civil, que não estão acostumados com o dia a dia da caserna e o rigor da vida militar", acredita.

Ganhos

Para Christian, a experência foi mais que válida. "Poderia dizer que o meu retorno foi triunfal, visto que logrei todos os objetivos que havia estabelecido. Entre minhas várias metas, uma era a de retomar os meus estudos no nível superior - graduação em engenharia - e que já cumpri", diz. Maturidade e segurança são benefícios que Christian trouxe deste tempo e, tornar-se um “sujeito melhor”, é outro aspecto positivo que ele menciona depois do seu retorno. “E só isto já seria o suficiente para minimizar qualquer coisa que, porventura, tenha sido ruim”, ressalta.

Seus pais, como quase todos que estivessem em seu lugar, tiveram a preocupação como companhia durante a fase de legionário do filho. Mas isso passou. Hoje ele mora em Pernambuco com a namorada e tem uma vida “regular”, como prefere dizer.

Entretanto, o vínculo com a mais conhecida classe militar do mundo, não cessou com sua saída. Acatando a sugestão de um candidato, Christian passou a elaborar conteúdo preparatório para quem está prestes a passar pelo “famigerado processo seletivo”. E hoje, “chego a receber e responder mais de 50 e-mails por dia, com perguntas e curiosidade de jovens brasileiros que sonham com a Legião Estrangeira”, afirma o ex-legionário que, com isto, acredita colaborar com os brasileiros que esperam ter sucesso no militarismo fora do Brasil.

Fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/um-brasileiro-na-legiao-estrangeira/n1596995049715.html



Brasileiro de MS relata atuação na Legião Estrangeira no Afeganistão

Jefferson Macedo, de 25 anos, integra a tropa francesa há dois anos.
Soldado conta que já fraturou um ombro em emboscada dos talibãs.

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O sul-mato-grossense Jefferson Feltrin Macedo, de 25 anos, está no Afeganistão, a serviço da Legião Estrangeira, integrando o 2ª regimento estrangeiro de paraquedistas. Na última quarta-feira (13), a família, que mora em Campo Grande, ficou atenta às notícias internacionais: naquele dia, um ataque suicida matou cinco soldados estrangeiros e um civil na provícia de Kapisa, a 60 quilômetros de Cabul. A única informação era que os militares pertenciam ao contingente francês. O medo era de que o rapaz estivesse entre as vítimas.

Jefferson estava na base da legião, localizada na região de Kapisa, mas conseguiu entrar em contato no dia seguinte pela Internet e tranquilizou a família, dizendo que estava bem. Por e-mail, em entrevista ao G1, ele explicou que estava com problemas de comunicação e, por isso, não tinha ligado para a mãe. O soldado não fez nenhum comentário sobre o ataque. A exclusão desta informação pode fazer parte da estratégia adotada por ele. “Eu omito o que não é necessário que eles saibam.”

O rapaz nasceu em Dourados e se mudou para Campo Grande com a família. Depois de servir o Exército no Brasil, viajou durante um ano, até que morou no Rio de Janeiro por quatro meses. Em janeiro de 2007, aceitou o convite de um amigo e foi para a Espanha. Morou em Alicante (litoral) por dois anos, trabalhando na construção de piscinas e fazendo bico como segurança, mas não estava contente.

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“A ideia de ir para a França surgiu num estalo; no dia 16 de janeiro de 2009, peguei o trem para Paris e no dia 17 já estava nos portões do Fort de Nogent, um posto de recrutamento da Legião Francesa em Paris”. Macedo recorda. “Eu não sabia falar o idioma”. Assim que se apresentou, o passaporte foi tomado. “Aí confiscaram minha bagagem e me deram um novo nome”. A partir daí, o brasileiro Jefferson Macedo se tornou Paul Floro, voluntário da Legião Estrangeira, sistema comum da companhia. O histórico do militar foi checado pelo Departamento de Inteligência da Legião e pela Interpol.

O brasileiro passou por bateria de testes físicos e psicológicos. Dois oito voluntários, apenas dois foram aceitos, entre eles, o sul-mato-grossense. “Fui enviado para treinamento em um acampamento isolado do mundo, não podíamos nem ter relógio”. Foram quatro meses de treino e de prática de francês. “O exame final é a Marche Rouge, marchamos 90 quilômetros em três dias, e os que chegam ao destino final recebem o kepi blanc, simbolo da Legião Estrangeira. Nove meses depois, conseguiu a patente de soldado de 1ª Classe e integra o 2ª regimento estrangeiro de paraquedistas, o único dentro da legião.

Emboscada

A primeira missão foi no Afeganistão, em janeiro de 2010. “Fiquei seis meses e voltei com o ombro machucado. No quinto mês, durante uma emboscada preparada pelos talibãs, fraturei o ombro direito ao quebrar um muro de barro e pedra pra me proteger dos tiros. Um soldado afegão foi atingido na cabeça, e dois talibãs foram mortos. Toda missão tem um risco, seja por tiros ou por bombas colocadas nas estradas”, relatou Macedo.
O sul-mato-grossense está na segunda missão no Afeganistão. Além dele, há outros quatro brasileiros no grupo: um paulista, dois mineiros e um gaúcho. “Tem um da Guiana Francesa que gosta de ser tratado como brasileiro”, conta.

Macedo faz parte de um grupo encarregado de missões de apoio e de tomada de posição inimiga. “Sempre estamos acompanhados pelos americanos, que nos dão apoio aéreo, e pelo exercito afegão, que legitima nossas ações quando entramos nas casas para revista”.

Os trabalhos de apoio são importantes para garantir a confiança dos afegãos. “Acompanhamos articuladores que oferecem rádios a pilha, geradores elétricos, entre outras coisas, para as pessoas das vilas e os chefes tribais; Isso não quer dizer que somos bem recebidos em todo lugar, já levei muita pedrada no capacete de crianças que nos jogam pedras quando passamos a pé pelas ruas”.

No tempo livre, o contingente tem à disposição um bar e uma pizzaria. A venda de cerveja foi limitada após a morte de um soldado, atingido acidentalmente por rajada de tiros, disparada por um colega francês. “Quando não estou em missão gosto de ler Paulo Coelho e malhar. Ganhei um livro do Sidney Sheldon da minha irmã, mas ainda não li.”

Jefferson Macedo só deve voltar para o Brasil em fevereiro de 2012, de férias, já que o contrato com a Legião acaba em janeiro de 2014. “Por enquanto, não penso em voltar ao Brasil, eu adoro meu trabalho, viajo o mundo e ainda ganho por isso. Sei que minha família sofre um pouco, mas no fundo, eles entenderam que é essa a minha vida”.

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Família

A mãe, a auxiliar administrativa Elizabete Macedo,de 50 anos, disse que o "espírito aventureiro" foi herdado pelo soldado do pai, Adélio Macedo, 50 anos. “Meu marido sempre viajou muito”. Ela lembra o que o filho sempre dizia que “não nasceu para trabalhar em escritório”.

Elizabete tem noção dos riscos que o filho passa, mas entende o fato de ele omitir algumas informações. “Tem coisas que ele não me conta,tem coisas que eu especulo, tem coisas que eu prefiro não saber.” Ela disse que, mesmo após o fim do contrato, Macedo não deve retornar ao Brasil. "A saudade e a angústia são grandes, só posso orar e pedir a Deus para proteger ele”, disse a mãe do soldado.

Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-...cao-na-legiao-estrangeira-no-afeganistao.html



Na Legião Estrangeira, ex-soldados do Brasil combatem rebeldes no Mali

Doze brasileiros, integrantes de tropa da França, lutaram contra jihadistas.
Ex-militar de elite do Exército chegou de paraquedas a área do inimigo.

Estão voltando ao Brasil na primeira quinzena de maio, para passar as férias com a família, soldados brasileiros que integram a Legião Estrangeira e que, a serviço da França, participaram da Operação Serval, como foi denominada a intervenção militar francesa realizada em janeiro com apoio dos Estados Unidos para recuperar regiões dominadas por rebeldes islâmicos no Mali.

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Pelo menos 12 brasileiros, a maioria ex-integrantes do Exército do Brasil, fazem parte da 2ª e da 3ª companhia do 2º Regimento Estrangeiro de Paraquedistas (2ºREP) da Legião Estrangeira, tropa que integra o Exército da França e é especializada em combate em áreas de montanha e combate anfíbio.

Alguns chegaram ao Mali em 28 de janeiro, participando da invasão a Timbuktu (Tombuctu ou Tombouctou, em francês), capital da região norte do país e que estava ocupada há nove meses pelo grupo jihadista Al-Qaeda do Magreb Islâmico.

A França iniciou em janeiro uma intervenção militar no Mali, que é ex-colônia francesa, para tentar impedir que grupos rebeldes islâmicos que controlam o norte do Mali assumam o controle de todo o país. O G1 questionou a Legião Estrangeira sobre a presença dos brasileiros nas operações, mas não recebeu retorno.

Após três meses de combate no Mali, eles retornaram à base da Legião em Calvi, na Córsega (França), em 20 de abril. “Antes, tiramos uma foto em frente a um helicóptero Tigre com a bandeira do Brasil na base militar de Tessalit (área retomada pela França do controle rebelde, no norte do Mali)”, disse o carioca Diego Gonzales, de 26 anos, legionário há 6 anos.

“Consegui com a Legião o que queria: ser paraquedista, ser atirador de precisão e ir para a guerra. A Legião nos dá a oportunidade de viver a vida diferente, ver o mundo de outra forma. Aprendi muito e consegui ganhar dinheiro e economizar, comprar uma casa em Minas Gerais”, explica ele.

Gonzales era soldado do 10° Batalhão de Infantaria do Exército, em Juiz de Fora (MG), quando decidiu largar o emprego e rumar para Aubagne (sul da França), onde o Ministério da Defesa faz o recrutamento e os candidatos selecionados fazem um treinamento preliminar de 15 semanas. “Por que eu fui para a Legião? Porque eu gosto do difícil e não me realizei aqui no Brasil. Queria mais perigo e vivenciar uma guerra real. Sou sem limites. Com certeza, valeu à pena”, diz.

Considerada um corpo de elite do Exército da França, a Legião é composta por homens estrangeiros, com idades entre 17 e 40 anos, que assinam um contrato de 10 meses de duração para combaterem em nome da França. Os salários variam entre R$ 3.145 e mais de R$ 11 mil mensais, dependendo das qualificações que possui e se está participando de uma operação no exterior.

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“Estávamos em treinamento no Gabão quando tivemos que ir apoiar uma intervenção na República Centro Africana. Voltamos para o Gabão assim que a situação se estabilizou e faltavam apenas 22 horas para voltar para a França para um período de descanso, após 3 meses e meio direto em operações, quando nos mandaram para o Mali. Foi tudo muito corrido”, relembra.

O legionário diz que, sob estresse e sendo alvo de tiros, não consegue perceber os riscos que está enfrentando. “Só me dou conta do que passei depois, quando a situação acalma. Quando você está atirando ou sendo alvo de tiros, entra na adrenalina. Na hora, acho até engraçado estar sob fogo”, relembra.

Gonzales, que é sniper (atirador de precisão), usou no Mali um fuzil Famas 5.56 mm e um rifle francês a12,7mm antiaéreo, capaz de abater aviões e destruir carros blindados. A arma pesa 13,8 kg e atinge um alvo a até 2 mil metros.

“Em um dos momentos, quando os jihadistas estavam atirando contra nós, eu continuei andando e rindo, como se nada houvesse. O único momento em que lembro que senti medo e abaixei a cabeça, com preocupação, foi quando escutei dois tiros com um intervalo entre eles. Achei que poderia ser um sniper (atirador). E neste dia eu não estava com meu rifle de precisão por burrice mesmo do meu chefe, que era inexperiente e deu a ordem para não levá-lo naquela missão”, diz o soldado.

Ele visitou a mãe na Bélgica e chega ao Brasil no início do mês para passar uns dias com a namorada, no Rio de Janeiro, rever avós, tios e primos em Minas Gerais.

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Da cozinha do quartel à guerra

Após trabalhar por dois anos na cozinha da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (Espcex), em Campinas (SP), o soldado Pascoal (nome ficíticio), de 23 anos, ingressou na Legião também buscando viver experiências reais de combate.

Natural de uma cidade do interior de São Paulo (o nome não é divulgado para não identificar o soldado), ele trabalhava “lavando pratos” no Exército e ingressou na Legião Estrangeira “pela adrenalina de poder estar em uma guerra e também por dinheiro”.

O jovem chegou ao Mali em fevereiro, por terra, dias após a tomada de Tombuctu para atuar em Tessalit. “A minha primeira missão foi a que mais teve tiroteio. Mas me diz: qual jovem, que é soldado, não gostaria de participar de uma aventura como esta? A maioria dos jovens na minha idade procura isso que vivi. Perto da situação financeira que eu tinha no Brasil, não temos do que reclamar. Além de conhecermos muitos lugares pelo mundo”, disse Pascoal ao G1.

“Não tínhamos o direito de prender rebelde. O governo local é que prendia. A nossa missão era de atirar e recuperar a área, porque havia muitos riscos. Houve baixas, inclusive perdemos alguns dos nossos”, afirma. Pascoal é infante da 3ª companhia do 2º REP - a primeira patente funcional na Legião - e carrega um fuzil francês Famas de calibre 5.56 e uma bazuca de AT-4, arma usada contra tanques e prédios.

Assim como outros legionários que conversaram com a reportagem, ele pediu para não ser identificado para não expor a família e temendo alguma punição, devido às restrições de relatar operações.
“Eu falo para minha família que só faço a guarda do quartel, que não enfrento rebelde de verdade. Daí eles não ficam preocupados”, diz.

“Ração ruim, falta de banho, distância dos amigos e da família são coisas que enfrentamos e que é adaptável quando se está em combate. É o preço que pagamos para se engajar em área de combate. Se não gosta, desertar não dá. O Mali já é um deserto, já estamos no meio de um deserto. Então, se enfrenta”, brinca o infante.

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Caindo de paraquedas no inimigo

Outro que realizou um sonho na guerra no Mali foi o ex-soldado do Exército Irineu (nome fictício), de 31 anos.
Com especialização de Comandos no Brasil, o curso que prepara tropas especializadas para as mais diversas situações, e tendo atuado em Goiânia (GO) na Brigada de Operações Especiais, a tropa de elite do Brasil, Irineu pertence à 2ª Companhia do 2º Regimento Estrangeiro de Paraquedistas e chegou a Tombuctu de paraquedas, realizando um salto em alta altitude, sem que as pessoas em terra consigam ver a aeronave, e chegando ao combate em meio ao território inimigo.

Ele fez parte do grupo que tomou Tombuctu da Al-Qaeda.

“Tomamos a cidade em mais de 15 horas de combate após chegar a terra. E o melhor é que chegamos saltando. Um salto operacional não tem preço, é o sonho de todo combatente. Nos preparamos a vida inteira para isso”, diz Irineu, que está na Legião há 6 anos.

No grupo de Irineu havia também Juliano (nome fictício), que também é Comandos do Exército brasileiro e se juntou à Legião Estrangeira há 5 anos.

“Você vê as noticias da guerra e não sabe o que é a realidade. Fazer a barba numa lata de água, comer ração por semanas, isso já faz parte da nossa rotina. É coisa normal. O difícil é a distância da família, ficar dias sem ter acesso à internet, telefone, não saber o que pode acontecer no dia de amanhã”, diz ele, que também possui familiares e amigos em Goiânia.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2...ados-do-brasil-combatem-rebeldes-no-mali.html
 

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Canal recente de brasileiro oferecendo ótimas dicas sobre a Legião Estrangeira:

 

Pingu77

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Soldado brasileiro e outros de diversas nacionalidades

Todos da 1ª Divisão do "Les Aigles" (As Águias) do 2º Régiment Étranger du Génie na Base Operacional Avançada Tagab-Kutschbach perto de Tagab na província de Kapisa no Afeganistão em 24 de janeiro de 2011

Brasileiro

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Polonês

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Francês

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Irlandês

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Indiano

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Canadense

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Alemão

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Chinês

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Romeno

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Tinha um desenho, não lembro se era do Pica Pau, na legião estrangeira.
No mais, por só 50 mil euros, não acho que vale a pena.
Mas pela chance de ganhar cidadania francesa, talvez seja um dos meios mais rápidos.
 

SuRf Boy

Bam-bam-bam
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Tinha um desenho, não lembro se era do Pica Pau, na legião estrangeira.
No mais, por só 50 mil euros, não acho que vale a pena.
Mas pela chance de ganhar cidadania francesa, talvez seja um dos meios mais rápidos.


Financeiramente não vale a pena mesmo, inclusive esse soldo deles é bem baixo para um trabalhador europeu.
O que pega ai mesmo é a experiência, esses caras são todos meio loucos que precisam dar uma guinada na existência.
 

Dathilot

Lenda da internet
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Se eu não fosse pacifista e não tivesse os problemas de saúde que tenho eu ao menos já teria tentado entrar.
 

JeanJacquesRosseau

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Se alistar pra defender a França ? Pedir pra se foder, rs.


Só faria um negócio desse se NADA desse certo mais.
 

Pingu77

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Tinha um desenho, não lembro se era do Pica Pau, na legião estrangeira.
No mais, por só 50 mil euros, não acho que vale a pena.
Mas pela chance de ganhar cidadania francesa, talvez seja um dos meios mais rápidos.

Tem um filme do Van Damme também, que é mó maneiro.
 

Pingu77

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Se eu não fosse pacifista e não tivesse os problemas de saúde que tenho eu ao menos já teria tentado entrar.

Acho que valeria pelo dinheiro e pela cidadania francesa se eu passasse necessidade, mas analisando moralmente, considero a guerra como moralmente aceitável desde que sejam obedecidos os critérios de guerra justa (bellum justum), que existem vários.

Apesar de ser extremamente foda de se colocar isso 100% na prática, cabe o cumprimento dessa ética pelo Estado e pelos combatentes (são práticas condenáveis: a tortura, o ataque a inimigos rendidos, o tratamento injusto a prisioneiros de guerra, a não-distinção entre combatentes e civis, o uso de armas cujos efeitos não se têm controle [como radioativas], etc.).

O problema é que há guerras que são bem ridículas e absurdas, por razões de Estado muitas vezes torpes, como a do Iraque. Daí, cabe ao combatente, já em guerra por motivos que podem ser totalmente questionáveis, seguir ao máximo essa ética para evitar massacre e danos maiores.
 

Cloud Loirin

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Tinha um desenho, não lembro se era do Pica Pau, na legião estrangeira.
No mais, por só 50 mil euros, não acho que vale a pena.
Mas pela chance de ganhar cidadania francesa, talvez seja um dos meios mais rápidos.


Tinha um do pato donald ou o pepe le pew, depois da margarida da um pé na bunda dele também que ele vai la legião estrangeira.

Se eu não fizer nada útil na minha vida até meus 25 anos eu tenho coragem de ir pra legião estrangeira.
 

mig29gsxr

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Não trabalharia nem por 1 milhão por mês num negócio desses.
To mais interessado em viver mesmo... só seria soldado se fosse obrigado, pq já é meio embaçado defender a pátria, imagina outra pátria então.
 

Real Lion

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Cidadania Francesa custa 5 anos arriscando a vida e ganhar em 5 anos oque um europeu médio ganha em um ano? Estamos parecendo mexicanos querendo ir para os EUA dentro de báus... Vira-Latas.
 

Godot

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Cidadania Francesa custa 5 anos arriscando a vida e ganhar em 5 anos oque um europeu médio ganha em um ano? Estamos parecendo mexicanos querendo ir para os EUA dentro de báus... Vira-Latas.

Tem gente que se torna PM ganhando menos de mil reais. :kduvida
 

Godot

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PM não ganha menos que 1000 reais em nenhum lugar do Brasil.

Há pouco tempo era assim (1-2 anos?), pois eu lembro que em alguns estados o PM ganhava menos de mil reais. Pode ter aumentado, pois aconteceu várias greves e etc.
 

Blasko

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Nesse caso, eles poderiam ser considerados traidores do Brasil? Por tipo, servir a outra nação e não a nossa 'patria'
 

Veiga_Wesker

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Financeiramente não vale a pena mesmo, inclusive esse soldo deles é bem baixo para um trabalhador europeu.
O que pega ai mesmo é a experiência, esses caras são todos meio loucos que precisam dar uma guinada na existência.

O retorno financeiro ta depois quando vc sair da legião, diz q uma porrada de empresas de seguranças ficam sondando os milicos q saem da legião inclusive a blackwather...

Nesse caso, eles poderiam ser considerados traidores do Brasil? Por tipo, servir a outra nação e não a nossa 'patria'

Não pq eles ganham outra identidade quando engrossam na legião... É como se a pessoa se naturalizasse.
 

Stud1

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Achei bem interessante, só não entendi como a Legião Estrangeira é a elite do exército francês. Achei que fosse a bucha de canhão.

De resto, parece uma aventura interessante, mas não tenho perfil pra isso. No máximo dar uns rolês no Taiti.
 

Rdp157

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Soldado brasileiro e outros de diversas nacionalidades

Todos da 1ª Divisão do "Les Aigles" (As Águias) do 2º Régiment Étranger du Génie na Base Operacional Avançada Tagab-Kutschbach perto de Tagab na província de Kapisa no Afeganistão em 24 de janeiro de 2011

Brasileiro

4hbaYXR.jpg


Polonês

hMy0ymH.jpg


Francês

d1hnNjr.jpg


Irlandês

vqhxod7.jpg


Indiano

yQJ3FMJ.jpg


Canadense

hQNoLPk.jpg


Alemão

zYEf3Vn.jpg


Chinês

J9ZNXvr.jpg


Romeno

QXGzLa2.jpg


Esse Irlandes é o cúmulo do esteriótipo, só faltou a garrafa de whiskey. E po, esse Francês com a FAMAS na mão tbm.
 

fernandy

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estive em nogent para me alistar...fui recebido por um brasileiro no portão de entrada...
 

Resu Anera

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Achei bem interessante, só não entendi como a Legião Estrangeira é a elite do exército francês. Achei que fosse a bucha de canhão.

De resto, parece uma aventura interessante, mas não tenho perfil pra isso. No máximo dar uns rolês no Taiti.

São elite porque se depender de soldados franceses a França tá fudida :klol

--

Galera, esqueçam essa ideia de que a guerra é conduzida por soldados lutando por um exército movido por um ideal. Essa concepção Westfaliana já está em desuso desde a década de 60. Recentemente terminei minha monografia, e ela trata de um tema semelhante: a ascensão dos exércitos privados no pós-Guerra Privada (que tirei nota máxima, diga-se de passagem :kgozo).

A Legião Estrangeira deve ser encarada como uma opção de emprego pra quem tem perfil militar, e só. Não tem essa de dedicar sua vida a outra pátria, etc. Tanto que ao entrar você sabe exatamente quanto ganhará e quanto tempo durará o contrato. É um emprego como qualquer outro, exceto pela peculiaridade de se usar armas e outros equipamentos de matar.
 

fernandy

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conte-nos mais detalhes.

Morei dois anos em Paris e estava desempregado...pensei em voltar ao Brasil...então pensei melhor e achei que seria uma boa idéia tentar... 5 conhecidos foram antes de mim e 1 conseguiu ficar.

cheguei la debaixo de muita neve...muito frio...peguei todas as informações na entrada com um soldado...quando então disse que eu era do Brasil...começamos a falar em português (ele estava servindo há alguns anos). fiquei de voltar uma semana depois para dar tempo de arrumar minhas coisas, pagar aluguel, embalar as roupas... você não pode levar nada...so uma lista de coisas como calção azul, camiseta branca, objetos de higiene... são dois dias de treino e se você passar é enviado para uma unidade mais ao sul da frança e deve permanecer lá por 3 meses sem contato com ninguém, sem usar telefone nem nada. se passar é considerado da legião porém pode ser mandado embora até findar o primeiro ano. e você também pode pedir para sair. a partir do segundo ano você não pode ser mandado embora e você não pode sair...se sair é desertor e se fizer m**** fica em prisão militar. A grande sacada que o brasileiro la me disse é que eles precisam muito de mão de obra qualificada...porque soldado linha de frente eles tem demais, principalmente do leste europeu. Esse meu conhecido que entrou, conseguiu porque era motorista profissional de caminhão. Então se você tem uma formação ou alguma habilidade esta na frente de muitos, mesmo que não vá bem em provas físicas. Eu disse que era especialista em redes de computadores. O cara me garantiu que eu entraria mesmo que eu reprovasse em todos os exercícios (precisam muito de apoio logístico, administrativo). O maior problema lá é vc se alistar com outros brasileiros (porque são muitos que tentam) porque como a legião é estrangeira existe uma obrigatoriedade de selecionar soldados de diferentes nacionalidades e se tiver muitos brasileiros você acaba sendo escolhido somente entre eles...
depois de tudo pronto e quase ir fazer os testes eu comecei a trabalhar e acabei por desistir da legião.

acho que no terceiro ano você recebe um passaporte francês e pode escolher se vai perder sua cidadania original ou manter as duas

a aposentadoria também é diferenciada, caso você continue na legião, a aposentadoria é depois de 15 anos de serviço militar

edit: outra coisa é a época que vc vai escolher para fazer os testes...no inverno o frio é intenso e pode atrapalhar, tipo -10, igual se for no verão, quando a temperatura pode chegar quase aos 35
 

The Overtaker

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Morei dois anos em Paris e estava desempregado...pensei em voltar ao Brasil...então pensei melhor e achei que seria uma boa idéia tentar... 5 conhecidos foram antes de mim e 1 conseguiu ficar.

cheguei la debaixo de muita neve...muito frio...peguei todas as informações na entrada com um soldado...quando então disse que eu era do Brasil...começamos a falar em português (ele estava servindo há alguns anos). fiquei de voltar uma semana depois para dar tempo de arrumar minhas coisas, pagar aluguel, embalar as roupas... você não pode levar nada...so uma lista de coisas como calção azul, camiseta branca, objetos de higiene... são dois dias de treino e se você passar é enviado para uma unidade mais ao sul da frança e deve permanecer lá por 3 meses sem contato com ninguém, sem usar telefone nem nada. se passar é considerado da legião porém pode ser mandado embora até findar o primeiro ano. e você também pode pedir para sair. a partir do segundo ano você não pode ser mandado embora e você não pode sair...se sair é desertor e se fizer m**** fica em prisão militar. A grande sacada que o brasileiro la me disse é que eles precisam muito de mão de obra qualificada...porque soldado linha de frente eles tem demais, principalmente do leste europeu. Esse meu conhecido que entrou, conseguiu porque era motorista profissional de caminhão. Então se você tem uma formação ou alguma habilidade esta na frente de muitos, mesmo que não vá bem em provas físicas. Eu disse que era especialista em redes de computadores. O cara me garantiu que eu entraria mesmo que eu reprovasse em todos os exercícios (precisam muito de apoio logístico, administrativo). O maior problema lá é vc se alistar com outros brasileiros (porque são muitos que tentam) porque como a legião é estrangeira existe uma obrigatoriedade de selecionar soldados de diferentes nacionalidades e se tiver muitos brasileiros você acaba sendo escolhido somente entre eles...
depois de tudo pronto e quase ir fazer os testes eu comecei a trabalhar e acabei por desistir da legião.

acho que no terceiro ano você recebe um passaporte francês e pode escolher se vai perder sua cidadania original ou manter as duas

a aposentadoria também é diferenciada, caso você continue na legião, a aposentadoria é depois de 15 anos de serviço militar

edit: outra coisa é a época que vc vai escolher para fazer os testes...no inverno o frio é intenso e pode atrapalhar, tipo -10, igual se for no verão, quando a temperatura pode chegar quase aos 35


E o salário?
 

Minotauro!=Centauro

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São elite porque se depender de soldados franceses a França tá fudida :klol

--

Galera, esqueçam essa ideia de que a guerra é conduzida por soldados lutando por um exército movido por um ideal. Essa concepção Westfaliana já está em desuso desde a década de 60. Recentemente terminei minha monografia, e ela trata de um tema semelhante: a ascensão dos exércitos privados no pós-Guerra Privada (que tirei nota máxima, diga-se de passagem :kgozo).

A Legião Estrangeira deve ser encarada como uma opção de emprego pra quem tem perfil militar, e só. Não tem essa de dedicar sua vida a outra pátria, etc. Tanto que ao entrar você sabe exatamente quanto ganhará e quanto tempo durará o contrato. É um emprego como qualquer outro, exceto pela peculiaridade de se usar armas e outros equipamentos de matar.


Cara, a tua monografia tá publicada em algum lugar? Tenho interesse em ler sobre esse assunto, ainda mais depois de ter jogado Metal Gear Solid 4 Guns of the Patriots.
 

Gutoos

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Vou marcar para quando eu precisar mudar de identidade e fugir do país.
 

fernandy

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E o salário?

o primeiro ano era o smic, o mínimo francês, que na época era 1200 euros se não me engano...depois o salario subia um x e ainda tinha bonificações dependendo da missão e deslocamento, bem como da função. não deve estar muito diferente disso devido a crise que vem se desenrolando.
 
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