Merovíngio
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Dia desses comprei o box da trilogia "As Crônicas de Artur", e qual foi a minha decepção quando vi as capas.
Já havia visto esses livros sendo vendidos separadamente nas livrarias, e a capa tinha destaques em alto relevo, e pintados numa tinta-verniz, que dava um brilho às letras do título e realçava partes do desenho. Era quase que uma pintura em 3D, que poderia ser sentida até mesmo através do tato. Na ocasião não comprei porque sabia que não poderia lê-los naquela momento.
Eis que finalmente, tendo chegado o momento propício para desfrutar dessa obra-prima, fico na dúvida se compro em e-Book ou se compro a versão de papel mesmo. Não preciso dizer que as capas maravilhosas que eu já havia manuseado foram determinantes para optar pelo versão de papel. Mas quando minhas cópias chegaram, o que vi foram capas sem qualquer desses requintes. Apenas papel com gravuras e letras impressas. O título do livro e o nome do autor mal se consegue ler, porque a capa foi projetada ter detalhes pintados com tinta-verniz e em alto-relevo. As cores em si não destoam muito dor restante da arte. Retirados tais detalhes, o resultado ficou muito ruim.
Sem esses requintes, o livro se transforma apenas em palavras impressas num papel sem graça. Em tempos de livros eletrônicos, acredito que quem opta pela versão em papel está adquirindo algo para ser colecionado. E se esse objeto não tiver nenhum capricho, então não vale a pena sequer o espaço que ocupa. Para concorrer com a praticidade de um ebook, os livros impressos têm que oferecer algo a mais em termos de qualidade.
Como uma capa tão foda se transforma em algo tão sem graça? Por que diabos piorar deliberadamente algo tão bom?
Redução de custos foi a resposta que me veio à mente, e a aceitei resignado, porém inconformado.
Eis que ontem, no supermercado, mais especificamente no setor de cereais matinais tive uma revelação. Todas as caixas de sucrilhos e mesmo cereais de marcas desconhecidas tinham em suas reles caixas descartáveis todos esses requintes absolutamente inexistentes nos livros que comprei.
Título em alto relevo, e pintados com uma tinta que lhe dá um brilho diferente do restante da capa. Mesmo um cego conseguiria ler o que está escrito simplesmente passando suas mãos sobre a caixa.
* neste cereais aqui, o rosto do Davi Luiz está praticamente em 3D, saltando para fora da caixa.
Não consegui entender como uma embalagem descartável de um cereal matinal é mais bem produzida que a capa de um livro. Enquanto o livro é uma obra de arte, fruto da dedicação de inteligências, que o leitor usufruiu por muitas horas e guarda em sua estante com todo carinho por muitos anos, a caixa de cereal é simplesmente jogada do lixo depois de consumidor o seu conteúdo, além de custar muito mais barato.
Um cereal desses custa pouco mais de dez reais. Será que é realmente um custo tão alto assim esse tipo de esmero, cuidado e atenção com o consumidor?
Com essa mesquinhez, as editoras vão matar de vez os livros de papel.
Já havia visto esses livros sendo vendidos separadamente nas livrarias, e a capa tinha destaques em alto relevo, e pintados numa tinta-verniz, que dava um brilho às letras do título e realçava partes do desenho. Era quase que uma pintura em 3D, que poderia ser sentida até mesmo através do tato. Na ocasião não comprei porque sabia que não poderia lê-los naquela momento.
Eis que finalmente, tendo chegado o momento propício para desfrutar dessa obra-prima, fico na dúvida se compro em e-Book ou se compro a versão de papel mesmo. Não preciso dizer que as capas maravilhosas que eu já havia manuseado foram determinantes para optar pelo versão de papel. Mas quando minhas cópias chegaram, o que vi foram capas sem qualquer desses requintes. Apenas papel com gravuras e letras impressas. O título do livro e o nome do autor mal se consegue ler, porque a capa foi projetada ter detalhes pintados com tinta-verniz e em alto-relevo. As cores em si não destoam muito dor restante da arte. Retirados tais detalhes, o resultado ficou muito ruim.
Sem esses requintes, o livro se transforma apenas em palavras impressas num papel sem graça. Em tempos de livros eletrônicos, acredito que quem opta pela versão em papel está adquirindo algo para ser colecionado. E se esse objeto não tiver nenhum capricho, então não vale a pena sequer o espaço que ocupa. Para concorrer com a praticidade de um ebook, os livros impressos têm que oferecer algo a mais em termos de qualidade.
Como uma capa tão foda se transforma em algo tão sem graça? Por que diabos piorar deliberadamente algo tão bom?
Redução de custos foi a resposta que me veio à mente, e a aceitei resignado, porém inconformado.
Eis que ontem, no supermercado, mais especificamente no setor de cereais matinais tive uma revelação. Todas as caixas de sucrilhos e mesmo cereais de marcas desconhecidas tinham em suas reles caixas descartáveis todos esses requintes absolutamente inexistentes nos livros que comprei.
Título em alto relevo, e pintados com uma tinta que lhe dá um brilho diferente do restante da capa. Mesmo um cego conseguiria ler o que está escrito simplesmente passando suas mãos sobre a caixa.
* neste cereais aqui, o rosto do Davi Luiz está praticamente em 3D, saltando para fora da caixa.
Não consegui entender como uma embalagem descartável de um cereal matinal é mais bem produzida que a capa de um livro. Enquanto o livro é uma obra de arte, fruto da dedicação de inteligências, que o leitor usufruiu por muitas horas e guarda em sua estante com todo carinho por muitos anos, a caixa de cereal é simplesmente jogada do lixo depois de consumidor o seu conteúdo, além de custar muito mais barato.
Um cereal desses custa pouco mais de dez reais. Será que é realmente um custo tão alto assim esse tipo de esmero, cuidado e atenção com o consumidor?
Com essa mesquinhez, as editoras vão matar de vez os livros de papel.
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