O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


Central de análises do RETROGAME DA QUINZENA [versão beta]

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.150
Reações
58.228
Pontos
2.009
Pra quem não sabe, na pasta Retrospace temos o RETROGAME DA QUINZENA, onde a cada 15 dias a analisa o game da quinzena dando uma nota de 0 a 10.
Quem analisa o game pode sugerir o game da próxima quinzena, que passará por votação e assim segue o ciclo tetal.
Temos análises em nível profissional (as minhas são as melhores, claro), então resolvi consolidar tudo por aqui e abrilhantar a pasta Análises e dicas com minha maestria forulesca de décadas.

[Análises em ordem de postagem]
[Clicar no nome do game para levar às analises]

#1 GREEN DOG [Mega Drive] [ir para o post]
Nota: 6,4

#2 DINOSSAURS FOR HIRE [Mega Drive]
Nota: 6,4

#3 DECAP ATTACK [Mega Drive]
Nota: 7,5

#4 WACKY RACES [NES]
Nota: 8,5
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.150
Reações
58.228
Pontos
2.009
#1 GREEN DOG [Mega Drive]

[clicar na setinha para ser direcionado até o post original]

Tem tempo que joguei. Mas não muito, recentemente coloquei ele no meu Mega mini.

Dou um 6/10

Pros: muito estilo e diferentão dos outros plataformas da época.
Desafio elevado, com boa variedade de Gameplay pra não ficar chato.
Ótimos gráficos (se usado TV de tudo ou shaders anti dithering)
Boa trilha sonora.

Contras: o personagem é grandão e as vezes isso atrapalha. Não tem o refinamento de outros jogos da Sega. Na fase do skate, ainda no começo, muitos jogadores podem desistir. Uma pena pois o jogo ainda tem coisas legais para mostrar. Como a fase debaixo dagua é a do helicóptero.

Jogo primo distante : Cool spot. Alex kidd.

Legado: por problemas de direitos autorais, o jogo ficou enterrado no tempo e os youtubers de sucesso não recebem para falar dele, já que não há relançamento nem remakes.
Greendog (Mega Drive) - Análise

Eu nunca fui de alugar jogos desconhecidos, este eu conheci após um amigo meu, que gostava de testar todos os jogos, me indicar.

Típico jogo de plataforma. Há uma quantidade considerável de inimigos na tela, os quais você vence atirando um disco. Outro detalhe é que um pulo em falso pode te dar muito dano, pois os obstáculos, como espinhos, causam mais dano do que um inimigo comum. O jogo intercala entre fases andando e fases no skate/patins. No início parece legal usar o skate, mas nas últimas fases a dificuldade desses mapas aumenta bastante, já que é preciso bem mais controle. Há itens bônus coletáveis ao longo da fases (botão A) que na verdade não ajudam muito, até porque só dá para usar uma vez. Na maioria das vezes eu até esquecia de utilizá-los.

No geral, o jogo é bom, mas um pouco difícil, requer atenção e calma nos momentos certos, caso contrário, você vai sair levando um dano atrás do outro e não chegará até o final. Recomendo para quem gosta de um bom jogo de plataforma que tenha uma jogabilidade legal e busca desafios.

Nota: 7/10

Até o final da semana eu faço a minha indicação.

Visualizar anexo 184375
ANÁLISE
Greendog: The Beached Surfer Dude! (MEGA DRIVE)

Meu primeiro contato com o game na vida que eu me lembre, então possui zero de fator nostalgia. Típico jogo de plataforma 2D com um botão para lançar um ataque com um disco, outro para pulo e o terceiro botão para ativar um item especial. Jogo bonito graficamente e trilha sonora bem bacana. Jogo curto que possui um aumento de dificuldade gradativo a cada fase, tornando assim mais fácil a adaptação, porém achei o controle de pulo bem confuso, o que faz algumas partes da fase bem frustrante, principalmente a ultima fase. Andar de patins ou skate parece interessante mas o controle de salto torna bem chatos as vezes. No geral é um jogo bacana, curtir conhecer ele.

NOTA: 6,5/10

Visualizar anexo 185298
As últimas duas semanas foram bem corridas, então só hoje acabei jogando o Greendog.

Tô vendo que sou o único que não curtiu o jogo. Vou fazer o papel do cara chatão na primeira edição do Retrogame da Quinzena, haha.

SOBRE O JOGO:

Tem momentos em que o design das fases parece ter sido feito pra ser chato em vez de divertido ou desafiador. No geral não gostei muito do design delas.

Parte dos inimigos também são chatinhos de enfrentar. Não difíceis, só chatos mesmo. Aliás, alguns ficam em locais onde fica difícil acertar eles sem tomar hit.

Mesmo assim, não achei o jogo difícil na maior parte do tempo. Dá pra tomar bastante hit sem morrer e vez ou outra você recupera vida. Só em duas partes eu tive dificuldade: aquela fase onde tem uns nativos que tacam bumerangues (inimigo aleatório demais, haha) e a última fase, que é do patins. Essa me frustrou bastante. Aliás, essas fases de skate / patins e a aquática eu achei bem chatas.

Os controles são mais ou menos. Não tive muito problema com eles na maior parte do tempo, mas poderiam ser melhores. Só as partes de skate e patins que eu realmente achei bem ruins.

Uma coisa que senti falta foram chefes. Umas três vezes tem aquelas pedras lá que ficam uma em cima da outra (tipo um totem) e tentam te atingir com algo, mas só isso, e repetiram a mesma coisa até o fim do jogo.

Os gráficos são bons até. Algumas fases são bonitas, com bastante detalhes, tipo a aquática. Só achei o design do personagem meio confuso. Fiquei em dúvida se na cabeça dele era um chapéu ou cabelo, haha.

A trilha sonora é legalzinha. Nada grande coisa, mas longe de ser ruim.

Não achei o jogo bom, mas também não cheguei a achar horrível. Ele tem seus momentos divertidos, mas boa parte dele eu não curti. Se eu tivesse jogado na infância, provavelmente teria gostado bem mais.

De qualquer forma, foi legal ter jogado ele. Não fazia ideia da existência do jogo, então valeu a pena conhecer.

EDIT: Esqueci que precisava dar uma nota. Não sou bom em dar notas, mas já que precisa, dou um 6 / 10.

Visualizar anexo 185377

Tô bem em dúvida sobre qual jogo vou indicar. Até amanhã eu decido.
Greendog, nem sempre o cão é o melhor amigo do homem.

Como disse antes nunca tinha ouvido falar do jogo, q me surpreendeu positivamente.

Onde Joguei
Procurando ter uma experiência próxima do original, joguei no meu game cube pelo emulador genplus, para ficar os três botões alinhados.
Mas como bom nintendista, mudei a ordem para Ataque - Pulo - Especial

Impressão Inicial
Parecia ser um jogo 8 bits com recursos de 16, bem basiquinho. Boa época em q o tutorial era ler o manual, ou descobrir com funcionam as coisas na raça!

Gráficos
Não é nenhum primor, mas aceitável. Jogo de transição de geração (ou ao menos aparenta ser).

Música
Impressionante! Inicialmente vc pensa: q música repetitiva de m3rd4! Mas é daquelas q não sai da cabeça, simples mas ótima. Já os efeitos sonoros são bem mais ou menos.

Estória
Bem básica. Para se livrar de uma maldição, q te impede se surfar e faz com q os animais te ataquem do nada (apesar de não revelado: exceto os cães e uma única ave), vc precisa juntar peças para formar um artefato. De certo modo, o que parecia ser um "defeito" do jogo talvez não seja, ...
na fase da caverna aquática pensava: como pode um surfista a água simplesmente chegar no seu queixo e ele morrer? Mas talvez esse tem sido um dos efeitos da maldição, então, na minha opinião está explicado.

Dificuldade
Outro ponto ótimo, o início é muito fácil e a dificuldade vai avançando com o progresso do jogo.
Para a primeira vez jogando, vc morre, morre, usa save state (q eu chamo d cheat state) e tal. Mas depois q conhece um pouco, dá pra zerar numa boa.
Na segunda vez jogando morri "só" três vezes.

Controle
Não chega a ser péssimo, mas não é bom. Inclusive boa parte da dificuldade do jogo, principalmente nas fases de corrida é explorada a dificuldade de se controlar o personagem.
O q mais estranhou, além da falta de uma corrida, é o fato de o personagem praticamente não ganhar velocidade, então os pulos se resumem a estar na posição certa, e não em se tomar distância.

Avaliação final
Bom jogo, bastante curto. Vale muito a pena se jogar. Mesmo tendo terminado, voltarei a jogar novamente, grata surpresa. Nota 7,0/10.
Não sei nada sobre a comunidade, mas parece ser um prato cheio para speedrunners.

Fotos
Visualizar anexo 185438
(Do próprio emulador)

Visualizar anexo 185439
(Da tela da TV)

Sem sugestão de jogo, por enquanto, vou pensar um pouco mais.
Pai teta, aqui está mais um que zerou essa beleza e cumpriu o seu chamado.

Visualizar anexo 185756

Esse jogo fez com que eu em muito tempo acabasse usando save state, algo que já fiz muito no passado mas hoje em dia tento evitar a todo custo e também porque o prazo estava acabando que no caso é hoje.

O que dizer sobre este jogo? Talvez que ele faz de tudo para te irritar, maldito sistema de pulo, hitbox esquisito e o bizarro glithce em que o personagem ou inimigos desaparecem e ficam invisíveis, em certos momentos causam dano de modo injusto.

Visualmente é bacana para 90 e não 92,pois Sonic 2 já estava por aí por mais que a comparação seja desleal, Greendog tem cara e jeito de jogo beta, as músicas são legais, bem jeitão do Mega, inconfundível.

No mais, jogo medíocre, nota 5, por caridade.
Bom, eu esperava jogar ele nesse fim de semana que passou, pois fiquei em casa Sábado e Domingo; mas visitas inesperadas, com uma criança de 8 anos que queria por demais jogar videogame o dia inteiro, fez eu não ter tempo pra jogar novamente esse jogo tão estranho e legal. Então farei a análise com as lembranças da época que o joguei, e isso faz muito tempo, mas lembro de muitas coisas ainda. Pretendo jogar esse jogo de novo no Domingo, bateu saudades. Vamos lá pra análise:

Greendog é o tipo de jogo que ou você ama ou odeia. Ele é esquisito, o personagem não tem rosto, é desengonçado e bem feio no geral.
Mas o jogo é legal, o problema é exatamente o início e os cenários bem diferentes dos padrões da época.

Gráficos:
Medianos, poderia ser melhor, mas não ficaram ruins, e os cenários são variados, com detalhes que não o deixa vazio, e os inimigos tem uma boa animação. Eu pelo menos gostei...lembra vagamente jogos tipo Pitfall (Mega e Snes).

Som:
Bom, músicas tranquilas, nada irritantes e nem exageradas; na medida certa. Os efeitos sonoros são básicos e com nada exagerado ou irritante.

Controle:
Responde bem, apesar de o personagem dar uma sensação de ser meio lerdo nos movimentos. Com um pouco de prática, você pega o jeito dele rápido.

Diversão:
Joguei ele bastante. Lembro que morri e comecei tudo de novo, o jogo diverte, é agradável e um ótimo título pra relaxar.

Dificuldade:
Nem fácil nem difícil...mas a última fase, é fdp demais! Irrita e exige bastante reflexos e boa memória. Nada impossível.

Veredito:
Eu daria uma nota 7/10 pra ele, pois é um daqueles jogos que passaram desconhecido, muitos torceram a cara por julgá-lo apenas se baseando no começo da primeira fase. Um jogo que vale a pena jogar pra relaxar e fugir da mesmice dos jogos modinhas dos anos 90.

Foto do meu cartucho que Domingo irá funcionar pra eu ver se consigo zerar ele de novo:
Visualizar anexo 185765
 

doraemondigimon

Lenda da internet
Mensagens
16.198
Reações
23.294
Pontos
1.619
Temos análises em nível profissional (as minhas são as melhores, claro), então resolvi consolidar tudo por aqui e abrilhantar a pasta Análises e dicas com minha maestria forulesca de décadas.

...NUNCA! Eu posso ser até que, lerdo pra ficar aparecendo e fazendo as críticas de todos os jogos que já foram escolhidos mas... Meu brio SEMPRE me disse que as minhas análises são sempre as melhores (principalmente porque sempre me utilizo das minhas experiências pessoais pra fazer as melhores críticas (quiçá) deste lado do Brasil)
 

Rodrigo Zé do Cx Jr

Lenda da OS desde 2000
VIP
Mensagens
37.150
Reações
58.228
Pontos
2.009
...NUNCA! Eu posso ser até que, lerdo pra ficar aparecendo e fazendo as críticas de todos os jogos que já foram escolhidos mas... Meu brio SEMPRE me disse que as minhas análises são sempre as melhores (principalmente porque sempre me utilizo das minhas experiências pessoais pra fazer as melhores críticas (quiçá) deste lado do Brasil)
O dia que tu chegar em 10% disso aqui já pode se dar por satisfeito:

ANÁLISE DO GAME DA QUINZENA #3
Decap Attack Mega Drive.

@sux

Finalmente consegui zerar essa pérola, me redimindo de um erro histórico de nunca ter jogado o game nas minhas 33 primaveras nos games.

Introdução

Meu background com a “série” era baseado em Psycho Fox, um dos games da minha infância e no meu gosto um dos melhores platform 2D da época, mesmo com todos os monstros sagrados que tínhamos. Mas sabendo que a Tokai trabalhava suas IP's em sucessão espiritual, procurei esquecer tudo o que eu tinha mecanizado sobre PF e comecei do zero, até por serem games com propostas bem distintas, ainda que a mecânica principal de gameplay seja a mesma: dar soco (ou “socabeçada” no caso de DA) e jogar um objeto a distância pra matar os inimigos.

Gameplay e progressão
De cara o game me surpreendeu demais pela dificuldade. Não, não tô dizendo que é um Souls like ou um Battletoads da Sega, mas eu imaginava um game bem fácil até mesmo pela temática. Aliás, nesse sentido, considerando a dificuldade e a temática “gótica / terror”, me lembrou bastante Ghosts 'n Goblins. Mas fui jogando e notei que essa impressão era muito mais pela minha inexperiência com o game do que pelo próprio jogo, ele possui uma curva de aprendizagem muito bem balanceada e depois que pegamos a manha só vai.

O level design tem seus méritos e deméritos.
Falando da parte boa, o game estimula DEMAIS a exploração, talvez como em nenhum outro jogo da época, por 3 fatores principais: as fases são IMENSAS verticalmente (a maior parte da exploração é para cima e para baixo), não ter limite de tempo pra passa-las e o principal: nos terceiros estágios de cada fase somos obrigados a achar um item secreto pra depois ir para o chefão. Se não achamos esse item, temos que voltar. Demorei um pouco pra entender isso, imagino como era na época pra quem jogava LOL.
Outro ponto positivo é que o level design é muito bem encaixado às mecânicas de jogabilidade, principalmente a flutuação com as pernas, que demorei um pouco pra pegar a manha mas depois me acostumei e não conseguia mais jogar sem usa-la.

Já o ponto negativo fica por conta de alguns detalhes que realmente irritam: por terem tentado algo diferente, assumiram alguns riscos e tiveram alguns ônus. Não são poucos os casos que precisamos fazer um salto com precisão e batemos com a cabeça em alguma plataforma ou teto acima da “cabeça” do personagem, caindo diretamente em cima de um inimigo sem aviso prévio, algo herdado de Psycho Fox.
Quem sou eu na fila do pão, não sei nem escrever um código html quanto mais falar de level design, mas no meu ver isso seria resolvido com a tela mais afastada para enxergarmos mais o cenário, assim como Kid Chameleon por exemplo, pra mim o melhor game do MD no estilo. Por outro lado, não sei se não esbarraria em alguma limitação técnica (com certeza teriam que capar algum item visual) ou até mesmo artística, já que era uma época onde os ditos "personagens grandes" geravam alguns pontos nas revistas.
Pra piorar mais um pouco a hit box tanto do cenário quanto dos inimigos é bem estranha, morri várias vezes praquele peixe vermelho fdp que pula e te persegue dentro d’água. Como o "soco" (ou "sacabeçada") sai da barriga do personagem, os golpes precisam ser muito bem calculados, o que vira um inferno aliado ao problema de detecção de colisões.

Mas de maneira geral DA tem ótimos desafios de plataforma, tipo a fase do gelo que tem blocos únicos que escorregam e ficam acima da lava, se cair é um abraço! Fiquei bem tenso nessas partes, mas aquela tensão boa pelo desafio e não de raiva.

Outro ponto importante são as poções. Mesmo Alex Kidd in MW ter sido minha primeira paixão gamística, por eu ser um jogador de Mario a vida toda prefiro um platform 2D mais purista sem muitos rodeios.
Em DA os poderes são interessantes e até importantes em vários momentos (como a amarela que aumenta o poder, usei muito nos chefes), mas de maneira geral foram subestimados, pra não dizer que tratados de maneira irrelevante. Pra mim poderiam ter usado a mecânica de mudança de personagem do Psycho Fox, daria outra dinâmica ao game (ok, eu disse que tentaria me despir de PF pra analisar DA então esquece). Uma coisa chata é ter que apertar o botão pra entrar no menu, aqui vemos o quanto a falta de botões do controle do MD pode quebrar o ritmo de um jogo, se tivesse mais 2 botões bastaria trocar os itens enquanto joga mesmo. Mas o legal é que o Frankestein explica pra que servem os itens, algo raro na época.

Outra observação é que do meio em diante fui rushando o game, queria finalizar logo. Outro problema é não ter checkpoint, se morrer lá no chefão volta pro início da fase, sem arrego.

Quanto ao enredo, sim, surpreendentemente ele tem um. Não esperamos nada hollywoodiano aqui, estamos falando da primeira parte da década de 90, mas o game tentou fazer algo diferente e conseguiu, inclusive no final tem uma “cutscsene” muito bem feita e que explica o fechamento e com um bom plot twist.

NOTA: 8

Gráficos e ambientação
Aqui temos o ponto mais forte do game, sem sombra de dúvidas.

A arte do game dispensa comentários: cenários sem grandes pirotecnias, mas muito bem detalhados. O personagem tem boa quantidade de frames de animação e contornaram muito bem a limitação de cores do MD. Os inimigos também tem boas animações e possuem até mesmo “expressões faciais” quando são golpeados. Os chefões são muito bem feitos também, com destaque pro Gorila e pro chefe final.

Quanto a ambientação, não chega a ser um ponto negativo, mas cabe uma ressalva: o game tem muitos inimigos mais cartunescos que parecem vindos do Sonic ou Mario (inclusive uma fucking tartaruga que perde o casco LOL), como o pato, a toupeira e o peixe vermelho, ficando bem desconexo da proposta “gótica / terror” do game. Mas é só um detalhe sórdido que não tira o brilho do game, deve ter algum motivo pra isso.

NOTA: 9


Som (músicas e efeitos sonoros)
No meu ver é a parte que menos importa, mas conta negativamente pro game. Vários outros games são muito mais inspirados, o próprio Psycho Fox de uma geração anterior tinha mais “inspiração” nas músicas, muito marcantes. Claro que devo considerar o fato de não ter jogado DA na época, estou avaliando 30 anos depois, mas já conheci outros games décadas depois e curti a música, o que não aconteceu aqui.

Não são músicas ruins e são bem encaixas na ambientação do game, só achei MUITO simples e repetitivas, além dos efeitos soros simplórios demais. Destaque negativo pro som de pulo, aquele “POOWNN” que lembra o som horrendo de pulo do PF.

NOTA: 6


Veredito:

É um game que se propôs a não ser mais do mesmo, se arriscou ao quebrar alguns paradigmas do gênero mesmo assumindo alguns ônus, obtendo muito sucesso nessa missão. É como diz o ditado: quem não arrisca não petisca. E quem arrisca faz jogo bom.
DA não é perfeito, mas teve a pretensão de ser e merece muito mais reconhecimento do que tem.

De maneira geral envelheceu MUITO bem e é plenamente jogável até hoje, estamos diante de uma legítima hidden gem que deve ser jogada por quem ainda não jogou.

Finalmente posso adicionar DA no meu currículo gamer gordo


Pros

  • estímulo à exploração
  • temática "gótica" / terror
  • gráficos bem detalhados pra época
  • dificuldade elevada mas muito bem balanceada
  • ítimo desafio de plataforma
Contras

  • músicas repetitivas e efeitos sonoros retrógrados
  • alguns problemas pontuais de level design que frustram
  • mecânica de poções irrelevante e forçada
  • estilo dos inimigos desconexos da ambientação
  • chefões visualmente bem feitos, mas nada marcantes
  • detecção de colisões muito problemática
NOTA GERAL: 7,5

(Considerando hoje... se eu tivesse o jogado a pleno na época seria um 10 com certeza)

Visualizar anexo 190260

ANÁLISE DE HOKUTO NO KEN, indicado pelo @Leira
Introdução
Nunca tinha ouvido falar do game, apenas seu coirmão americano, Black Belt. E nem esse eu joguei na época, fui conhece-lo muito tempo depois e nunca tinha jogado por muito tempo, logo, jogar HnK foi algo completamente inédito pra mim, o que deixa a experimentação ainda melhor pois fui sem nenhuma expectativa.

Gráficos
Que eu me lembre o game não explica nada, no máximo umas legendas em JP que não dá pra entender porra nenhuma. Mas a primeira fase já ilustra bem a ambientação do game, com uma pegada meio apocalíptica: no fundo temos os prédios destruídos MUITO bem feitos e movimentação do personagem principal é bem decente.

Um destaque que merece menção a parte: ao contrário da maioria dos games (talvez todos) o parallax não é no cenário de fundo, mas sim no chão. Encaixou perfeitamente com a primeira fase e deixou o game bem bonito.
Mesmo sendo um jogo de 86, praticamente da primeira leva do MS, achei péssima a repetitividade dos inimigos, todos iguais no visual e ataques. Matei uns fdps e já tava quase dropando, quando do nada chega um cara diferente, acho que com 2 facões. Aqui já fui surpreendido, pois ele não morria com apenas um golpe, tive que dar uma suada pra derrota-lo. Fui mais um pouco e pimba: outro subchefe, salvo engano um cara com um bastão.

Meu hype subiu meteoricamente, até que passo por mais um subchefe e me deparo com uma tela totalmente diferente, com nosso personagem 2X maior e um inimigo específico: o meliante parecia o Pablo Vittar e dava uns pulos, animação muito bem feita. Vi as barras lá em cima e notei que de uma tela pra outra, de um em embrião dos beat’em up estava em um jogo de luta. Eu fico imaginando quem jogou isso na época o susto que foi, algo muito a frente do seu tempo. Tem um chefe que lembra o Blanka só que gigante, com a batalha se passando no estádio e aqui nosso personagem fica do mesmo tamanho da fase normal, foi uma saída criativa e inteligente pra dar noção de grandeza do inimigo que larga bolas de fogo muito bem feitas, um show a parte por tamanho capricho.
Esse looping de inimigos iguais + subchefes variados que enfrentamos no próprio cenário + chefes MUITO bem feitos (idem seus cenários) vai até o final, tudo isso sem nenhuma queda de FPS ou flickering, game espetacularmente bem otimizado.

E falando no final, SPOILER ATENÇÃO SPOILER ATENÇÃO SPOILER tem uma animação bem simples, mas muito bem feita com o nosso personagem carregando a donzela.

Por fim destaque pra explosão dos inimigos quando golpeados. É algo estranho mas tem um efeito “bonito” (considerando a época), talvez tenha relação com o anime que originou o game, o que contaria ainda mais pontos pros gráficos.
Só não leva 10 pela pouca variação de ambientação, inclusive tem fases que o cenário se repete mudando apenas a cor, talvez pelo momento do dia. Inteligente, mas entediante.
NOTA 9,5.

Progressão

Como explicado no tópico dos gráficos, a progressão começa PODRE mas de uma hora pra outra somos surpreendidos com os subchefes. Não bastasse essa classe de inimigos, o game muda de um beat’em up pra um game de luta, algo surreal pra um game de 86.
Não esquecendo, ainda, que estamos falando de um dos embriões dos beat’em up, o que por si só já merece uma nota elevada nesse quesito.
Só não leva 10 pois a curva de aprendizagem é estática (começamos e acabamos o game da mesma forma), sendo inteligentemente variada de acordo com os subchefes e chefes. O maior problema aqui é sua linearidade, ainda que seja desafiador entender como matar nos chefes, por isso usei e abusei do save state.

Nota: é NOTÓRIO que se inspiraram nos cenários de luta pra fazer Street Fighter, não tem como não pensar isso.
NOTA 9.

Jogabilidade

Novamente destaque pra variação proporcionada pelo sistema de subchefes e chefes, mas isso por si só não compensa os demais problemas: dando o devido desconto por ser um embrião de um à época novo gênero, além de ser um game da primeira leva do MS, temos problemas graves principalmente pela hitbox nos chefes (momento que temos um game de luta).

Fora isso é um game bem básico, onde temos um botão de soco e outro de chute, com o pulo ficando na seta pra cima. E falando no pulo, demorei um pouco pra entender a dinâmica do pulo grande (baixo cima no dpad), que serve pra pegar os itens que passam voando acima dos personagens.
De resto já pegamos a física do personagem de cara, não precisamos mentalizar os pulos ou algo do tipo, até por não ser um game de plataforma mas sim um beat'em up.

NOTA 8,5

Som

As músicas passam muito bem a ideia de ação, alterando no momento das lutas contra os chefes. Não são músicas memoráveis, mas são muito bem encaixadas na proposta do game.
Além disso os devs não economizaram nos efeitos sonoros: temos som de pulo (nada daquels POOWN dos platforms) bem “real”, sons de golpes e inimigos explodindo.
NOTA 8

VEREDITO
Eu não pesquisei a fundo, mas acho que estamos falando simplesmente de um dos embriões do subgênero beat’em up, ao menos nos consoles de mesa. Isso por si só já valeria o game, mas ele não se contenta em ser bom apenas pelo pioneirismo: ele é bom, ou melhor, ÓTIMO, em todos os outros quesitos possíveis, com o bônus de ser um game da primeira leva de jogos do Master System.
Estamos falando de uma pérola muito a frente do seu tempo, que se arriscou na tentativa de ser diferente do que se tinha no mercado e conseguiu com folgas.
NOTA GERAL DO GAME: 9

  • PRÓS
    • 2 games em um: um beat’em up e luta. Ambos espetaculares.
    • Variação de gameplay por conta do sistema de subchefes e chefes
    • Gráficos SOBERBOS na parte de luta, muito a frente do seu tempo.
    • Gráficos bem enquadrados na proposta do game.
    • Efeitos sonoros pra todos os tipos de ação.

  • CONTRAS
    • Hitbox problemática na parte de luta
    • Pouca variação dos cenários (na parte “normal”).
Visualizar anexo 195594

E isso que rusho a bagaça por total falta de tempo.
 
Topo Fundo