Acabei de ver The Trip, na Netflix (I Onde dager, 2021, Em Dias Ruins, na tradução direta).
A história mostra um casal, ele Lars (Aksel Hennie), diretor de TV sem talento; ela Lisa (Noomi Rapace), atriz decadente, que estão indo viajar para tentar salvar o casamento de um "naufrágio" inevitável. Eles vão passar uns dias no chalé do pai de Lars, Mikkel (Nils Ole Oftebro) que fica nas montanhas, mas ao chegar lá, Lars tem uma ideia bem diferente da reconciliação. E o que já era ruim, piora com a chegada de três "visitantes".
Que filme! Ele está listado como comédia. Concordo que há algumas cenas engraçadas, muitas proporcionadas pelo pai de Lars, mas gente!! Eu já vi filmes de zumbis com muito menos sangue, tripas e violência. O filme é daqueles que contam a história parando num ponto e voltando algum tempo no passado, até que os acontecimentos antigos concatenem com o que está acontecendo no momento da parada. Eu acho isso uma boa sacada quando bem executada e aqui o diretor Tommy Wirkola (Dead Snow 1 e 2) acertou a mão. Destaque para a parte da história do Mikkel, pai de Lars. Ô velhinho rabugento e da boca suja!
Fiquei sabendo que Noomi Rapace é sueca. Eu achava que ela era americana. Mas olhando bem, o formado do rosto lembra mulheres da Grécia, Albânia e até Romênia. Nunca adivinharia que ela era da Suécia se não a visse falando norueguês neste filme e isso ativou minha curiosidade. Já o ator Aksel Hennie, eu já vi em uma série sueca chamada White Wall, falando sueco e inglês. Os noruegueses devem ser poliglotas por natureza.
Se bem que deve haver muitas semelhanças entre os idiomas nórdicos. Numa certa parte do filme eles estão jogando scrabble, aparece uma palavra que Lisa escreve como "gorka" (pepino), mas Lars a corrige, dizendo que o jogo é em norueguês, não em sueco, mudando o "a" para o começo, ficando "agork" (pepino também). Talvez seja como português - espanhol. Fica já o significado, caso alguém queira ver o filme.
O filme oscila entre a comédia e filmes de violência policial, resvalando na comédia de tempos em tempos. Fora essa instabilidade de identificação, eu achei um bom filme. Eu confesso que esperava mais algo no estilo A Guerra dos Roses, com Michael Douglas e Kathleen Turner, dos anos 80. nota
6