Blade Runner 2049 (2017)
Olha, não tava dando muita coisa pra esse filme não, parecia uma tarefa bem complicada seguir o filme original de 1982, mas, rapaz, é um verdadeiro filmaço da porra. Uma grata e deliciosa surpresa, o diretor Denis Villeneuve consegue expandir de forma bem gostosa o universo, trazendo uma trama bastante sólida, séria, sombria e cativante.
A gente já percebe que a porra vai ser séria quando vê o Dave Bautista atuando de verdade logo no comecinho do filme, pois ele só faz personagens canastrões, e aqueles 25 minutos iniciais são bem deprimentes hehe, principalmente pela relação do protagonista com a personagem da atriz Ana de Armas, mas, de certa forma, já dita o tom da história. O primeiro filme é bem lento, diria até excessivamente e o Ridley Scott dá seu melhor numa condução mais noturna de
cyberpunk, mas aqui nesse segundo filme, o dennis villeneuve não tem medo algum de explorar o dia desse universo, ainda com os elementos, muito bem aproveitados, do primeiro filme de
cyberpunk, a trilha sonora e o clima de suspense dão o visual mais puro do neo-noir. Os visuais são lindos, assim como cenários, fotografia e claro a direção do Villeneuve. A trilha sonora segue o mesmo padrão do filme anterior, achei uma excelente escolha, pois ela consegue dar um clima mais retro ao
cyberpunk e com um leve clima de suspense.
A história da trama é o ponto forte, traz vários ideais, conseguem amarrar tudo e é contada de uma forma que traz as raízes do filme anterior mas sem ser excessivamente lento e paradão como o primeiro, não é lento, mas também não é bem acelerado, traz uma medida certa para trama, o que até causou uma duração longa para o filme, mas que sinceramente nem vi passar de tão gostoso que é.
O Ryan Gosling acho que foi um ótimo achado para interpretar o protagonista, sempre foi um ator meio lerdo, esquisito e sem poucas expressões, um pouco morto por dentro hehe, combinou bastante com o que o personagem precisava. A Ana de armas está excelente nesse filme, linda demais, é um sonho de mulher e meio que interpreta esse sonho para nós homens, consegue trazer a sensação indescritível de solidão mesmo ela sendo a parceira do protagonista e não é só um rostinho bonito, sabe atuar bem. O Jared Leto é outro cara que quando quer atuar, bota muita gente no chinelo e aqui ficou implacável como vilão maluco do filme, rapaz, ele falando pausadamente e com calma deve ajudar bastante quem quer aprender inglês, tem uma ótima dicção, eu quase não precisei de legendas nas partes dele.
Enfim, gostaria que tivesse continuações com os mesmos atores e com a volta do Villeneuve. Assisti ontem e já gostaria de assistir de novo lol. Também fiquei ansioso pra ver o Duna (2021). Bom, super recomendo, filmaço, achei muito melhor que o original.