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"Queremos comida", gritam centenas na cidade da Beira após ciclone que atingiu Moçambique
Centenas de pessoas juntaram-se hoje em gritos de protesto, numa manifestação espontânea contra a falta de comida, na cidade da Beira, cinco dias depois de o ciclone Idai ter arrasado o centro de Moçambique.
"Fome" e "queremos comida" foram as palavras entoadas em uníssono por uma multidão que esperava desde manhã pela entrega de sacos de cereais oferecidos pelos donos de um armazém.
"As chapas [telhado] caíram e o dono deu para o povo", explica John Joaquim, um desalojado do ciclone Idai, que viu na oferta uma forma de ajudar a matar a fome à família, mesmo sendo com arroz totalmente ensopado pela chuva.
Tal como ele, centenas juntaram-se à volta do armazém alagado, sem uma entrada fácil, o que acabou por causar confusão e obrigar à intervenção da polícia.
"A PRM [Polícia da República de Moçambique] está aqui para tentar organizar, mas está difícil", acrescenta John Joaquim.
Pelo chão já havia sacos de vários quilogramas de arroz abertos e, do meio da multidão, Joni Manuel queixa-se da atuação da polícia, que terá disparado para manter a ordem, algo corroborado pelos que o rodeiam.
Idai: Número de mortos em Moçambique sobe para 217
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou perto de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”.
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.
A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
O Governo português anunciou que 30 cidadãos nacionais residentes na Beira estavam por localizar na quarta-feira.
O primeiro de dois aviões C-130 da Força Aérea Portuguesa, com uma Força de Reação Imediata constituída por 25 fuzileiros, dez elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica), é esperado hoje na Beira, para apoiar as operações de busca e salvamento.
No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 100 mortos e centenas de desaparecidos, enquanto no Maláui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.
Centenas de pessoas juntaram-se hoje em gritos de protesto, numa manifestação espontânea contra a falta de comida, na cidade da Beira, cinco dias depois de o ciclone Idai ter arrasado o centro de Moçambique.
"Fome" e "queremos comida" foram as palavras entoadas em uníssono por uma multidão que esperava desde manhã pela entrega de sacos de cereais oferecidos pelos donos de um armazém.
"As chapas [telhado] caíram e o dono deu para o povo", explica John Joaquim, um desalojado do ciclone Idai, que viu na oferta uma forma de ajudar a matar a fome à família, mesmo sendo com arroz totalmente ensopado pela chuva.
Tal como ele, centenas juntaram-se à volta do armazém alagado, sem uma entrada fácil, o que acabou por causar confusão e obrigar à intervenção da polícia.
"A PRM [Polícia da República de Moçambique] está aqui para tentar organizar, mas está difícil", acrescenta John Joaquim.
Pelo chão já havia sacos de vários quilogramas de arroz abertos e, do meio da multidão, Joni Manuel queixa-se da atuação da polícia, que terá disparado para manter a ordem, algo corroborado pelos que o rodeiam.
Idai: Número de mortos em Moçambique sobe para 217
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou perto de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”.
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.
A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
O Governo português anunciou que 30 cidadãos nacionais residentes na Beira estavam por localizar na quarta-feira.
O primeiro de dois aviões C-130 da Força Aérea Portuguesa, com uma Força de Reação Imediata constituída por 25 fuzileiros, dez elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica), é esperado hoje na Beira, para apoiar as operações de busca e salvamento.
No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 100 mortos e centenas de desaparecidos, enquanto no Maláui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.