Alan Shore
Ei mãe, 500 pontos!
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Hoje eu estava no consultório médico esperanhdo minha vez, quando me deparei com uma matéria na revista Veja sobre como as séries de TV americanas estão se aproximando da qualidade do cinema, e como o cinema hollywoodiano, por outro lado, está ficando cada vez menos criativo e atraente para o público mais exigente.
Eu já tinha percebido um pouco isso, mas nunca tinha realmente parado pra pensar. Nem nunca discuti isso com ninguém. Vou tentar lembrar alguns pontos da matéria aqui, bem como incluir minha opinião, e ver o que vocês acham.
Bem, eu lembro que a matéria começava falando como os seriados de TV eram estáticos, os personagens não mudavam, e se o faziam, era pouco, e muitas séries falavam sobre a mesma coisa e basicamente, não havia inovação.
Até que uma série chegou. E essa série se chamava Família Soprano.
Acompanhando Tony Soprano, um capitão de uma máfia suburbana em decadência, a Família Soprano foi o marco zero das séries de qualidade atuais. Pela primeira vez (segundo a matéria), um personagem evoluía, se transformava, e ficava mais complexo com o passar do tempo, uma característica antes só vista nos filmes. Esse conceito se tornou base para qualquer série dramática e mudou drasticamente não só o padrão de qualidade das séries, como o espectador que as procurava.
Então, as séries começaram a ousar cada vez mais e entraram em um boom criativo. Histórias e premissas totalmente originais chegaram à TV: Um professor de química que vira traficante e produtor de drogas ao descobrir que tem câncer terminal, um assassino em série que tem um código de ética e só mata outro assassinos, um médico viciado e que não liga pros pacientes, e muitos outros personagens diferentes e inovadores.
A matéria chegou a comparar a fase atual das séries de TV, com a explosão criativa dos filmes entre a década de 60 e 70.
Enquanto isso, Hollywood fica na defensiva e entra em uma espiral de remakes e reboots. É difícil encontrar algo novo.
Os atores devem sempre ser jovens e bonitos. Enquanto no mundo da TV, das três séries melhores conceituadas atualmente (Mad Men, Boardwalk Empire e Breaking Bad), dois dos protagonistas são atores com mais de 40 anos, que não são exatamente modelos de beleza. Isso só contando essas três. O talento e a interpretação está pesando mais.
De um lado, o reconhecimento do talento, da evolução, os personagens densos e tramas complexas. Do outro, a preferência pelo que é belo, pelo que é fácil, pelo que é raso.
É claro que eu estou generalizando e falando estritamente de Hollywood. Ainda há filmes excelentes saindo todos os anos, assim como há séries lamentáveis. Mas parece que cada vez mais aumenta o número de porcarias no cinema , e cada ano vemos uma nova série boa estreando na televisão.
Eu mesmo, ano passado, passei uns 3 ou 4 meses sem assistir quase nenhum filme. No tempo livre que eu tinha, só queria ver alguma série.
Sempre vou gostar de cinema, mas cada vez mais os seriados estão ganhando um pouco do seu espaço.
E vocês?
Eu já tinha percebido um pouco isso, mas nunca tinha realmente parado pra pensar. Nem nunca discuti isso com ninguém. Vou tentar lembrar alguns pontos da matéria aqui, bem como incluir minha opinião, e ver o que vocês acham.
Bem, eu lembro que a matéria começava falando como os seriados de TV eram estáticos, os personagens não mudavam, e se o faziam, era pouco, e muitas séries falavam sobre a mesma coisa e basicamente, não havia inovação.
Até que uma série chegou. E essa série se chamava Família Soprano.
Acompanhando Tony Soprano, um capitão de uma máfia suburbana em decadência, a Família Soprano foi o marco zero das séries de qualidade atuais. Pela primeira vez (segundo a matéria), um personagem evoluía, se transformava, e ficava mais complexo com o passar do tempo, uma característica antes só vista nos filmes. Esse conceito se tornou base para qualquer série dramática e mudou drasticamente não só o padrão de qualidade das séries, como o espectador que as procurava.
Então, as séries começaram a ousar cada vez mais e entraram em um boom criativo. Histórias e premissas totalmente originais chegaram à TV: Um professor de química que vira traficante e produtor de drogas ao descobrir que tem câncer terminal, um assassino em série que tem um código de ética e só mata outro assassinos, um médico viciado e que não liga pros pacientes, e muitos outros personagens diferentes e inovadores.
A matéria chegou a comparar a fase atual das séries de TV, com a explosão criativa dos filmes entre a década de 60 e 70.
Enquanto isso, Hollywood fica na defensiva e entra em uma espiral de remakes e reboots. É difícil encontrar algo novo.
Os atores devem sempre ser jovens e bonitos. Enquanto no mundo da TV, das três séries melhores conceituadas atualmente (Mad Men, Boardwalk Empire e Breaking Bad), dois dos protagonistas são atores com mais de 40 anos, que não são exatamente modelos de beleza. Isso só contando essas três. O talento e a interpretação está pesando mais.
De um lado, o reconhecimento do talento, da evolução, os personagens densos e tramas complexas. Do outro, a preferência pelo que é belo, pelo que é fácil, pelo que é raso.
É claro que eu estou generalizando e falando estritamente de Hollywood. Ainda há filmes excelentes saindo todos os anos, assim como há séries lamentáveis. Mas parece que cada vez mais aumenta o número de porcarias no cinema , e cada ano vemos uma nova série boa estreando na televisão.
Eu mesmo, ano passado, passei uns 3 ou 4 meses sem assistir quase nenhum filme. No tempo livre que eu tinha, só queria ver alguma série.
Sempre vou gostar de cinema, mas cada vez mais os seriados estão ganhando um pouco do seu espaço.
E vocês?