Que eu lembre eu não falei "empirismo", e sim empírico. Vamos definir os termos porque aparentemente tem gente que não sabe significado das palavras por aqui.
empírico
adjetivo
1.
relativo ao empirismo.
2.
baseado na experiência e na observação, metódicas ou não.
Ou seja. Dizer que metodo cientifico é EMPIRICO. Significa nada mais do que dizer que ele se baseia na EXPERIENCIA E OBSERVAÇÃO. No uso dos 5 sentidos. Eu também poderia dizer que ele é "a posteriori", mas se nem sabe o que empírico, imagina saber "a posteriori". Nunca né.
empirismo
doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, sendo descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou apriorísticas e inatas do racionalismo.
Ou seja, tambem o empirismo puro, descarta o racional, metafisico, e a priori como preposições lógicas puras.
Método cientifico utiliza e experiencia, teste. Voce não pode dizer ter usado "método" cientifico em algo que não se pode testar, apurar.
Agora, como o método cientifico, em sua base funciona?
Ele adiciona método (por isso o nome "método cientifico" ) a experiencias empíricas. Já que, sendo estas definidas por nossos 5 sentidos, podemos ser enganados por estes, portanto voce tem a
DUVIDA sobre o que está vendo/sentindo/ouvindo, etc (filosofia básica de Descartes, que foi usada por newton para criação do método cientifico, nosso sentidos são falhos e limitados portanto métodos que reduzam o erro são necessários. A duvida sobre o que voce pensa saber como verdade). To tentando deixar bem explicado para até quem não sabe o que significa empírico possa entender.
Então, no método cientifico, de forma simples, voce tem hipóteses: Estas hipóteses podem e vão existir independente de você usar método cientifico ou não.
Por exemplo, alguém pode surgir com a hipótese que todos que defendem ideologias de esquerda são idiotas. Mas isso é apenas hipótese. Não é concreto.
Então, pelo método, deve-se analisar se a hipótese pode ser provada na realidade. Basta
um caso falso para é definir que a hipótese é falsa. Então você precisa refazer sua hipótese, mudando por exemplo de "todos" para "grande numero". Ai testa novamente. Se falhar de novo. Você reformula a hipótese e repete os testes.
Por isso, é empírica. Exige EXPERIMENTAÇÃO. E toda hipótese pode ser mostrada falsa ou verdadeira.
Visualizar anexo 119943
Logico que, diferentes areas de conhecimento tem diferente formas de realizar o método. Mas a base vai ser a mesma. Se não for, não é cientifico.
Aqui tem uma explicação mais a fundo sem ser complicada.
https://www.ufrgs.br/blogdabc/como-funciona-o-metodo-cientifico/
Um medicamento por exemplo. Voce pode ter a hipótese que medicamento X ajuda no tratamento de Covid-19. Essa hipótese é baseada no conhecimento atual que voce possui. Literatura, casos anteriores, doenças semelhantes, etc, etc. Mas voce não realmente SABE.
Qual forma de saber?
Aplicando o método para teste. No caso de testes que envolvem seres-humanos, como caso de medicamentos, geralmente são usado testes duplo cego com acompanhamento de grupo de controle. O metodo deve ser bem empregado, para evitar viés de confirmação (confirmar algo sem realmente testar apenas porque voce já acreditava que era verdade, de forma a guiar o experimento na direção de que a hipótese que você acredita está sempre certa).
Segue, vou negritar coisas importantes:
A metodologia de estudo duplo-cego é provavelmente a mais importante invenção científica desde o método científico. Sem essa ferramenta intelectual seria muito difícil realizarmos com confiabilidade qualquer teste científico envolvendo seres humanos. O objetivo do teste duplo-cego é evitar qualquer interferência consciente ou não nos resultados de um experimento. Para isso é necessário que o experimento inclua um grupo de controle sobre o qual nada é feito (por exemplo, se se trata do teste de uma droga a esse grupo é ministrado um placebo), mas que os componentes do grupo não saibam o que estão recebendo. Isso constitui um teste simples cego. Para tornar o estudo ainda mais livre de tendências sub-conscientes, nem mesmo o experimentador deve saber qual o resultado esperado da medida que está fazendo. Metodologias duplo-cego são empregadas não apenas na área médica, mas sempre que o resultado de um experimento pode depender da vontade do experimentador. Em particular, estudos duplo cego controlados por placebo são fundamentais para sabermos se uma determinada terapia (ou droga) tem realmente efeito terapêutico ou não. Isso ocorre porque nosso corpo oferece uma resposta bioquímica mensurável à sugestão de tratamento, que é chamada de efeito placebo.
O teste duplo-cego ganhou notoriedade graças ao célebre episódio da memória da água. Em 1988 um grupo de pesquisadores liderado pelo francês Jacques Benveniste submeteu à Nature um artigo em que era demonstrado que glóbulos brancos humanos apresentavam uma resposta bioquímica após expostos a água na qual foi diluido um anticorpo até o ponto em que nenhuma molécula do anticorpo restaria em solução. O efeito só ocorreria quando a solução era violentamente agitada. Qualquer semelhança com alguns dos princípios da homeopatia não é mera coincidência. O objetivo do experimento era fornecer uma base científica à homeopatia, ou seja, mostrar que a água pode ter memória de um soluto mesmo quando esse soluto não mais está nela. Benveniste não oferecia nenhuma explicação para o fenômeno, que no entanto não parecia tão absurdo. A água é um líquido especial, que mesmo a temperatura ambiente contém longas cadeias poliméricas. Seria possível, mas não provável, que as cadeias poliméricas guardassem informação estrutural sobre um soluto que não estava mais nela. Como se tivesse memória dos soluto que passou por ela mas não está mais lá.
John Maddox, o editor da Nature na época era um cientista de mente aberta e achou que o estudo devia ser publicado caso não contivesse erros. Por outro lado, ele temia que um resultado tão surpreendente envolvesse alguma falha de procedimento. O artigo foi publicado apesar dos temores, mas em contrapartida o Dr. Benveniste aceitou repetir o experimento perante uma comissão indicada pela Nature. A comissão era eclética. Além de Maddox foram chamados Walter Stewart, físico do National Institutes of Health norte-americano e James Randi, mágico e desmascarador de fenômenos paranormais, com passagens pelo Brasil. O experimento foi primeiramente repetido com sucesso perante a comissão. No entanto, Maddox notou que os experimentadores sabiam quais os tubos de ensaio continham os anti-corpos e quais não os continham. Um novo experimento, dessa vez com protocolo duplo-cego foi realizado. Agora os experimentadores não mais sabiam quais tubos continham o quê. A tabela de códigos de cada tubo foi embrulhada em papel alumínio e lacrada em um envelope que ficou colado no teto do laboratório (como garantia de que os códigos não seriam adulterados por ninguém). Dessa vez o efeito desapareceu completamente. Numa nova tentativa o lacre do envelope foi violado por alguém do laboratório durante a noite.
Espero ter esclarecido sua dúvida. O método cientifico é empírico.