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Como funciona a eleição de deputados federais e estaduais

Bat Esponja

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As eleições para presidente, governador e senador são muito simples: o mais votado ganha a vaga. Já nas disputas para deputado estadual/distrital e deputado federal, os votos dos eleitores não vão apenas para os candidatos, mas também para seus partidos. A eleição de um deputado depende, então, dos votos obtidos pelas legendas e coligações partidárias.
O sistema eleitoral proporcional, que define os eleitos para a Câmara dos Deputados, as assembleias legislativas (estaduais) e a Câmara Legislativa do Distrito Federal, envolve uma série de cálculos para determinar quem serão os representantes do povo nos parlamentos. Por isso, candidatos bem votados podem ficar fora da lista de eleitos, enquanto outros com menos votos podem se eleger.
Entender esse processo é importante para um voto consciente. A seguir, explicamos o passo a passo do funcionamento do sistema proporcional, desde o lançamento das candidaturas até o resultado da eleição.
Coligações e candidaturas

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Antes do início da campanha, os partidos podem optar por concorrer sozinhos ou podem se juntar para formar coligações. No caso da formação de coligações, todos os votos dirigidos aos partidos integrantes nas votações para deputados federais e estaduais serão considerados votos da coligação. Partidos e coligações lançam seus candidatos e partem para a campanha.
A votação

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Na hora de escolher um deputado estadual ou federal, o eleitor tem duas opções: pode votar em um candidato específico ou dar o chamado voto de legenda.
Para votar no candidato, deve digitar na urna os quatro (para deputado federal) ou cinco (para deputado estadual) números do candidato escolhido, verificar a identificação na tela (nome e foto) e confirmar. Para o voto de legenda, basta digitar os dois primeiros números, que identificam o partido, e a tecla verde. Ambas as modalidades de voto são consideradas válidas e contabilizadas.
Todos os votos válidos são, então, agrupados por partido independente ou por coligação, dependendo do caso.
O quociente eleitoral

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Finalizada a votação, passa-se à apuração. Nesse momento é feito o primeiro cálculo usado para a distribuição das cadeiras do Parlamento: o cálculo do quociente eleitoral. O número total de votos válidos para os cargos de deputado é dividido pelo número de cadeiras a serem preenchidas – que varia de 8 a 70, no caso de bancadas dos estados na Câmara dos Deputados, e de 24 a 94, no caso das Assembleias Legislativas estaduais.
O resultado dessa divisão é o chamado quociente eleitoral – que é independente para cada estado. Esse quociente será a base de cálculo para a distribuição de vagas entre os partidos e coligações. No caso de o quociente eleitoral ser um número quebrado, arredonda-se para cima ou para baixo, conforme o caso.
Os quocientes partidários

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Obtido o quociente eleitoral, o próximo passo é determinar a quantas vagas cada grupo político terá direito, de acordo com seu total de votos. Para isso, a votação de cada partido independente ou coligação é dividida pelo quociente eleitoral, gerando um novo valor: o quociente partidário. Apesar do nome, esse valor só é próprio de um partido se ele tiver concorrido sozinho. No caso de partidos que fazem parte de coligações, o quociente pertence à coligação como um todo, não a cada partido dela.
O quociente partidário é, enfim, o número de cadeiras a que o partido ou a coligação tem direito. Esse resultado raramente é um número inteiro. Então desprezam-se todos os algarismos depois da vírgula e considera-se apenas a parcela inteira como total de cadeiras a que o grupo tem direito. Por exemplo, se o quociente partidário de um partido ou coligação for 20,5, essa legenda tem direito a 20 cadeiras. O mesmo acontecerá se o quociente for de 20,1 ou de 20,9.
Partidos e coligações que obtenham um quociente partidário inferior a 1 não têm direito a nenhuma cadeira.
As médias

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Feita a distribuição de cadeiras aos partidos e coligações que tenham recebido votos suficientes, é possível que ainda sobrem algumas vagas, devido ao arredondamento forçado da divisão pelo quociente partidário. Caso isso ocorra, essas sobras são divididas, uma por uma, de acordo com um novo cálculo, chamado de cálculo das médias.
O número total de votos de cada partido e coligação que tenha conquistado cadeiras é dividido pelo número de cadeiras já conquistadas acrescido de 1. Feita a divisão, o partido ou coligação cujo resultado seja mais alto vence a primeira média, e fica com uma das cadeiras da sobra. O procedimento é repetido para cada sobra, até que todas tenham sido ocupadas. A cada repetição, a legenda que já tenha conquistado alguma sobra tem seu número de cadeiras devidamente ajustado.
Os eleitos

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Uma vez que todos os partidos e coligações tenham suas cadeiras definidas, a definição dos ocupantes é o passo mais fácil. Aqui, resgatam-se as votações individuais de cada candidato e desprezam-se os votos de legenda. Cada partido e coligação preencherá as cadeiras a que tem direito com seus candidatos mais votados individualmente, na ordem da votação individual. No caso de coligações, não interessa o número de votos com que cada partido contribuiu: todos os votos são considerados da coligação, e todos os candidatos são agrupados na mesma lista.
Essa lógica faz com que candidatos com poucos votos, mas pertencentes a um partido ou coligação com grande votação, possam acabar eleitos. Afinal, as legendas devem preencher as vagas que conquistaram, e, nesse momento, só interessa a votação de cada candidato relativa aos colegas da mesma legenda, e não seus números no universo total de candidatos ao mesmo cargo. Sendo assim, a presença de um único campeão de votos numa legenda – os chamados “puxadores de votos” – garante a eleição de muitos colegas.
Os candidatos que não ficarem suficientemente bem colocados para assumir uma vaga pelo partido ou pela coligação tornam-se suplentes, e assumem os mandatos dos titulares que se retirarem do Parlamento por qualquer motivo, como renúncia, falecimento ou licença. O suplente com mais votos assume no lugar do primeiro eleito que se afastar, e assim por diante. Com a volta do titular, o suplente deixa o cargo.
Já os candidatos de partidos e coligações que não conquistem cadeiras não terão chance de assumir um mandato, por mais bem votados que tenham sido individualmente. Na distribuição de vagas por legenda, o que importa é a votação coletiva do grupo político. Esse estágio deve ser superado antes da distribuição individual das vagas. Se não for, não haverá cadeiras para os candidatos daquela legenda preencherem com seus votos.
Ilustrações: Cássio S. Costa
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: comic sans

Bônus:

Saiba como é calculado o tempo de propaganda política gratuita na TV e no Rádio
 

BlackBRplayer

Bam-bam-bam
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Porra quem nao sabia como funciona as eleições nao merecia poder votar.
Acredito que todo mundo saiba como funciona.
 

Bat Esponja

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Porra quem nao sabia como funciona as eleições nao merecia poder votar.
Acredito que todo mundo saiba como funciona.


Antes fosse assim
Deputado geralmente só votam tipo "aquele cara eu conheço, vou votar nele" e dane-se qual partido, o que no atual sistema não compensa muito.
 

SodomaXXX

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Porra quem nao sabia como funciona as eleições nao merecia poder votar.
Acredito que todo mundo saiba como funciona.

Infelizmente não é bem assim, conheço um monte de gente que não conhece o quociente partidário e vota no vizinho que é do PT (só pra dar um exemplo) e tal vizinho não é eleito mas ajuda um camarada do partido a entrar.
Depois o mesmo eleitor reclama que partido X ou Y faz e acontece e reclama, mas o mesmo eleitor com aquele voto inocente ajudou no processo.

Por isso a primeira coisa ao escolher um candidato é olhar sua legenda, dependendo de qual for, descarto na hora.
 

Bat Esponja

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Infelizmente não é bem assim, conheço um monte de gente que não conhece o quociente partidário e vota no vizinho que é do PT (só pra dar um exemplo) e tal vizinho não é eleito mas ajuda um camarada do partido a entrar.
Depois o mesmo eleitor reclama que partido X ou Y faz e acontece e reclama, mas o mesmo eleitor com aquele voto inocente ajudou no processo.

Por isso a primeira coisa ao escolher um candidato é olhar sua legenda, dependendo de qual for, descarto na hora.


E nesse caso não seria só o pt, mas qualquer partido da coligação dele(que é imensa) que receber voto já traria uma galera do pt junto
 


SodomaXXX

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E nesse caso não seria só o pt, mas qualquer partido da coligação dele(que é imensa) que receber voto já traria uma galera do pt junto

Sim, por isso a paneira deve ser grande na hora de escolher os deputados federais e estaduais, além dos vereadores daqui a dois anos.
 

firulero

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Eleição proporcional é um dos maiores problemas da política brasileira.
 

BurnsCT

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Dúvida: em outros países o processo eleitoral tem esse tipo de bizarrice tb?
 

PHMN

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O maior problema do Brasil é esse horror de partidos....

E o povo que não sabe votar, vota na pessoa que vai mais com a cara e se esquece dos partidos.

Dae vota no presidente do PT, para senador no psdb, deputado federal no PV....

O presidente eleito não consegue fazer nada sem "ajudar" os demais partidos.

Dae rola mensalão.... Rola pessoa incompetente em cargos só para fazer média...

bla bla bla
 

lagom

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Não sabia que o voto ia pra coligação, não vou votar mais no PV :(
 

Damyen

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Eleição proporcional é um dos maiores problemas da política brasileira.


Eu diria que é uma das maiores fraudes.

Não faz o menor sentido mandar para lá pessoas que obtiveram uma quantidade pifia de votos mas foi porque a legenda teve muitos votos.

Deveria ser tudo igual a presidente, governador e senador. Só entra quem teve mais votos.
 

lagom

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Eu diria que é uma das maiores fraudes.

Não faz o menor sentido mandar para lá pessoas que obtiveram uma quantidade pifia de votos mas foi porque a legenda teve muitos votos.

Deveria ser tudo igual a presidente, governador e senador. Só entra quem teve mais votos.


Na verdade faz, já que normalmente os deputados votam de acordo com o partido, que teoricamente representa um consenso tomado a partir de sua ideologia, logo, ao se distribuir os votos pra legenda, primeiro se elege uma plataforma política, depois se define quem vai representá-la.

O único problema é o divórcio das hipóteses tomadas com relação à realidade.
 

Bat Esponja

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Pt foi o único partido que conseguiu quociente partidário pra dep federal aqui no df e nem precisava, já que ele é de coligação T_T
Vai ter só dep federal de coligação pqp que lixo lol

Pra distrital conseguimos um do PV, professor Israel (já tive aula com ele)

Ah pera, o pv tem uma coligação aqui no df, nem tinha visto lol
ah deu na mesma

O primeiro colocado da coligação era do pmdb xd

A coligação de distrital pegou 2 cadeiras, mas a segunda é do prp

Terminou a apuração aqui:

Federais

Fraga DEM E 10,66% 155.056
Rogério Rosso PSD E 6,44% 93.653
Érika Kokay PT
Ronaldo Fonseca PROS RE 5,82% 84.583
Rôney Nemer PMDB E 5,68% 82.594
Izalci PSDB RE 4,95% 71.937
Augusto Carvalho SD E 2,71% 39.461
Laerte Bessa PR E 2,26% 32.843

Distritais

Julio Cesar PRB E 1,93% 29.384
Robério Negreiros PMDB E 1,68% 25.646
Professor Israel PV E 1,48% 22.500
Dr Michel PP E 1,47% 22.422
Rodrigo Delmasso PTN E 1,37% 20.894
Joe Valle PDT E 1,33% 20.352
Sandra Faraj SD E 1,33% 20.269
Wasny de Roure PT E 1,27% 19.318
Rafael Prudente PMDB
Chico Vigilante PT E
Liliane Roriz PRTB E 1,10% 16.745
Juarezão PRTB E 1,04% 15.923
Chico Leite PT E 1,03% 15.636
Agaciel Maia PTC
Cristiano Araujo PTB E 0,96% 14.657
Ricardo Vale PT E 0,93% 14.223
Bispo Renato PR
 
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