segue o wall só leia quando tiver tempo.
a pirâmide em si está meio desatualizada mas serve de forte referencia, é interessante que o desgaste brasileiro nessa crise, só afeta de modo profundo as bases e o meio da pirâmide o topo sempre arruma um jeito de virar o jogo e de lucrar, classe em si não é só renda, um operário esforçado pode fazer uma renda similar a de um cara com estudo em inicio de carreira mas nem por isso eles nutrem os mesmos valores e vivência, existem diferenças de valorização e prestígio do trabalho na sociedade, plano de carreira, participação dos lucros, previdência privada, bonus etc coisa que grande parte dos operários não tem, com o tempo eles vão se distanciando, o próprio operário vai ficando desgastado fisicamente e reduzindo ritmo de ganho enquanto o outro aumenta o ritmo de ganho com o tempo, a ação é de modo inverso. Classe em se é uma reprodução de privilégios/situações, que pode ser reprodução negativa ou positiva de privilégios/situações e é isso que no fim levar cada um naturalmente a conseguir a devida renda quando adulto. Na classe grupos sociais terão inicio e pensamentos similares e uma reprodução do modo de vida similar ao longo do tempo.
Para dar imagem ao tema 3 crianças nascem no mesmo dia, uma rica, uma pobre e uma de classe média, todas tomam o leite e materno e saem da maternidade:
1- uma vem para cá
apesar de serem 3 casas distintas, as pessoas que nelas moram só se diferenciam por tempo no local e por maior ou menor tempo de desemprego, em geral ao longo da vida um pobre fica 10 anos desempregado (entre idas e vindas) então o pobre do barraco de madeira com o passar todo tempo e estando empregado o transforma em alvenaria ou dar um acabamento de leve.
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2- um vai morar aqui
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apesar do visual distinto das casas, são bairros bons e estruturados, as pessoas que aí vivem possuí um padrão consideravelmente distante de realidade vivida pelo melhor colocado do exemplo 1.
3- o terceiro em algo similar ao abaixo, ou então em mansões com heliporto, apês granitados nos leblons da vida etc uma classe definitivamente rica cuja a variação e proporção de riqueza entre um rico e outro é até maior do que a visto entre os pobres e a classe media alta, a partir da classe A dá-se inicio a uma nova pirâmide A, A+, A++ etc que desagua por fim nos bilionários.
Mas vou abordar só o padrão de entrada dessa classe. Na primeira casa são dois carros, um deles o land rover...compra as pessoas podem comprar basta juntar etc só que manter aí já é algo relacionado a renda, só de acordar de manhã e vê-los (parados) na garagem entre seguro e ipva o dono deve deve desembolsar uns 2 mil mensais de gasto 100% fixo, são 24 mil anuais... se os carros ficarem parados por 5 anos na garagem do cara são 120 mil reais mais a depreciação brutal pelo envelhecimento do veículo... isso parado imagina o cara inventar de andar em sapoha, combustível, peça estragada, blindagem... a capacidade de conseguir renda precisa ser altamente eficaz.
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Como as crianças que nascem iguais se tornam desiguais
cada uma dessas crianças será educada de uma forma absolutamente distinta, terão uma vivência de realidade social, valores e pensamentos profundamente diferentes. Eu deduzo que o filho do rico é estimulado a ter um conhecimento brutal e uma disciplina estritamente rigorosa, forma no IME, ITA com pós graduação numa faculdade top internacional, porque não Harvard, criação e gestão de grandes e volumosos negócios, toda uma rotina com direito a agenda desde criança com hora para tudo, e ao crescer toda uma proximidade com o jogo do poder público, o filho da classe média por sua vez entra em maior ou menor grau com o que é discutido diariamente aqui no forum e o filho do pobre salvo alguma baita exceção (tão exceção capaz de gerar matérias em tele jornais) não conseguirá disputar um bom concurso que gere um salários como o abordado no tópico ou chegue a profissão como medicina, a tendência social é de os mais bem sucedidos entre os pobres se encaixem em titulação superior pelo campo da humanas, na indústria pela titulação técnica tipo técnico mecânico ao invés de engenheiro mecânico, enquanto a grande maioria se manterá nas profissões de ofício braçal, parte por ver o pai trabalhando pesado e o ajudando desde cedo, talvez quando criancinha já brincava com as ferramentas do pai e com o carrinho de mão enquanto nas classes mais abastadas o filho naturalmente verá o pai fazendo trabalhos intelectuais, tendo hábitos de leitura e vai assimilando aquilo, ninguém ao redor fala nada mas sabem institivamente que tem de estudar, entre os pobres não é comum ver exemplos de vitória pelo campo do estudo, então institivamente nasce uma forte rejeição ao estudo sobretudo superior (visto como ''bobagem'' ou ''sem importância'' ) eu via muito isso na minha sala de aula entrava 40 alunos terminava 15, 2 faziam superior, 1 terminava... esse é um dos poucos enigmas sociais entre os meus que eu não consegui entender ainda, o porque do ódio a quiça principal ferramenta ascensão no estratos social, pelo que vejo não há propaganda contra o ensino superior entre os pobres, não há novela ou musica ''os educando'' a não gostar da ideia, é uma situação que entra pela oculta não da para saber de onde vem, eles próprios institivamente o rechaça e não é 1 ou 2 é uma porcentagem alta pela vivência empírica. minha teoria rasa é de que um dos motivo seja a falsa ideia de o estudo acaba um dia, coisas como ''terminei o ensino médio, agora posso trabalhar'' se ouve bastante, como se houvesse uma obrigatoriedade, como uma etapa chata na vida que precisasse ser superada, como se fosse uma prisão, o pessoal médio pensa algo parecido mas empurra/atribui essa etapa ''a ser vencida'' ao ensino superior, há a ideia que após o superior aí sim inicia ''o inicio'' e ''agora sim posso trabalhar''.