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Concessionária que administra Viracopos pede recuperação judicial
Aeroportos Brasil informa que dívida total de Viracopos hoje é de quase R$ 3 bilhões, mais da metade com o BNDES, que financiou a obra.
A concessionária que administra o aeroporto de Viracopos, um dos maiores do país, entrou nesta segunda-feira (7) com um pedido de recuperação judicial. A empresa tem dívidas de quase R$ 3 bilhões.
O pedido de recuperação judicial foi enviado à Justiça de Campinas. Em nota, a concessionária Aeroportos Brasil, que administra Viracopos, informou que recorreu a esse mecanismo para solucionar “desequilíbrios econômico-financeiros no contrato de concessão”. E culpou a crise que, segundo o consórcio, contribuiu para frustrar a demanda de passageiros e movimento de cargas.
Quando o aeroporto foi a leilão, em 2012, um estudo do governo previa um movimento de quase 18 milhões de passageiros por ano em Viracopos. Mas o fluxo em 2017 foi a metade disso. A movimentação de cargas foi 50% menor que o previsto.
A concessionária também diz que a recuperação reclama da redução na tarifa para transporte de carga de R$ 0,50 para R$ 0,08 o quilo, que reduziu a margem de lucro.
A concessionária também diz que a recuperação judicial é consequência da falta de resposta do governo para o pedido, feito há dez meses pela empresa, de devolução amigável do aeroporto e que já foi à Justiça para cobrar que o governo se manifeste sobre a devolução.
A concessionária que administra Viracopos é uma empresa da qual a estatal Infraero tem 49% de participação. As outras sócias são a Triunfo (24,5%), a operadora francesa Egis (1,9%) e a UTC, construtora investigada na Operação Lava Jato e que está em recuperação judicial (24,5%).
A Aeroportos Brasil reconhece que a dívida total de Viracopos hoje é de quase R$ 3 bilhões, mais da metade com o BNDES, que financiou a obra de ampliação. Com o pedido de devolução amigável, a concessionária ainda deve administrar o aeroporto por até dois anos, até que uma nova licitação seja realizada. A empresa afirma que a recuperação judicial não vai afetar os serviços aos passageiros.
No ano passado, a empresa não pagou a outorga, parcela anual para funcionamento. Ela afirma que, se o governo já tivesse aceitado a devolução do aeroporto, essa cobrança não deveria ser mais feita.
O aeroporto de Campinas já foi eleito por sete vezes o melhor do país na satisfação dos passageiros. É o segundo maior aeroporto de cargas do Brasil. Mas tem problemas. O novo terminal foi inaugurado em 2014 sem estar concluído. A operação só foi transferida por completo em 2016. Ele ainda não tem o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, documento necessário para emissão do alvará de funcionamento.
O Ministério Público do Trabalho entrou no caso e obteve uma liminar da Justiça, obrigando o aeroporto a regularizar a situação até segunda-feira que vem, dia 14, sob pena de multa.
“Somente com a aprovação dos Bombeiros é que hoje podemos dizer se o ambiente é seguro ou não", diz a procuradora Catarina Von Zuben.
A concessionária informou em nota que segue todas as normas internacionais de segurança contra incêndio. Também disse que protocolou o pedido do AVCB, mas que o projeto é complexo e está em fase final de aprovação pelos Bombeiros. E que tem um batalhão próprio com 69 bombeiros e caminhões de combate a incêndio.
O que dizem os citados:
A Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, declarou que não vai se pronunciar sobre Viracopos até receber o teor da decisão judicial. Mas que a concessionária continua responsável pela qualidade dos serviços prestados.
O Ministério dos Transportes e a Casa Civil afirmaram que o pedido da empresa, para devolver o aeroporto, depende da edição de um decreto que regulamentaria a devolução de concessão e que esse decreto está sendo analisado na Casa Civil. O Ministério dos Transportes também declarou que as operações e o atendimento aos passageiros não vão ser afetados.
http://g1.globo.com/jornal-nacional...stra-viracopos-pede-recuperacao-judicial.html
Aeroportos Brasil informa que dívida total de Viracopos hoje é de quase R$ 3 bilhões, mais da metade com o BNDES, que financiou a obra.
A concessionária que administra o aeroporto de Viracopos, um dos maiores do país, entrou nesta segunda-feira (7) com um pedido de recuperação judicial. A empresa tem dívidas de quase R$ 3 bilhões.
O pedido de recuperação judicial foi enviado à Justiça de Campinas. Em nota, a concessionária Aeroportos Brasil, que administra Viracopos, informou que recorreu a esse mecanismo para solucionar “desequilíbrios econômico-financeiros no contrato de concessão”. E culpou a crise que, segundo o consórcio, contribuiu para frustrar a demanda de passageiros e movimento de cargas.
Quando o aeroporto foi a leilão, em 2012, um estudo do governo previa um movimento de quase 18 milhões de passageiros por ano em Viracopos. Mas o fluxo em 2017 foi a metade disso. A movimentação de cargas foi 50% menor que o previsto.
A concessionária também diz que a recuperação reclama da redução na tarifa para transporte de carga de R$ 0,50 para R$ 0,08 o quilo, que reduziu a margem de lucro.
A concessionária também diz que a recuperação judicial é consequência da falta de resposta do governo para o pedido, feito há dez meses pela empresa, de devolução amigável do aeroporto e que já foi à Justiça para cobrar que o governo se manifeste sobre a devolução.
A concessionária que administra Viracopos é uma empresa da qual a estatal Infraero tem 49% de participação. As outras sócias são a Triunfo (24,5%), a operadora francesa Egis (1,9%) e a UTC, construtora investigada na Operação Lava Jato e que está em recuperação judicial (24,5%).
A Aeroportos Brasil reconhece que a dívida total de Viracopos hoje é de quase R$ 3 bilhões, mais da metade com o BNDES, que financiou a obra de ampliação. Com o pedido de devolução amigável, a concessionária ainda deve administrar o aeroporto por até dois anos, até que uma nova licitação seja realizada. A empresa afirma que a recuperação judicial não vai afetar os serviços aos passageiros.
No ano passado, a empresa não pagou a outorga, parcela anual para funcionamento. Ela afirma que, se o governo já tivesse aceitado a devolução do aeroporto, essa cobrança não deveria ser mais feita.
O aeroporto de Campinas já foi eleito por sete vezes o melhor do país na satisfação dos passageiros. É o segundo maior aeroporto de cargas do Brasil. Mas tem problemas. O novo terminal foi inaugurado em 2014 sem estar concluído. A operação só foi transferida por completo em 2016. Ele ainda não tem o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, documento necessário para emissão do alvará de funcionamento.
O Ministério Público do Trabalho entrou no caso e obteve uma liminar da Justiça, obrigando o aeroporto a regularizar a situação até segunda-feira que vem, dia 14, sob pena de multa.
“Somente com a aprovação dos Bombeiros é que hoje podemos dizer se o ambiente é seguro ou não", diz a procuradora Catarina Von Zuben.
A concessionária informou em nota que segue todas as normas internacionais de segurança contra incêndio. Também disse que protocolou o pedido do AVCB, mas que o projeto é complexo e está em fase final de aprovação pelos Bombeiros. E que tem um batalhão próprio com 69 bombeiros e caminhões de combate a incêndio.
O que dizem os citados:
A Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, declarou que não vai se pronunciar sobre Viracopos até receber o teor da decisão judicial. Mas que a concessionária continua responsável pela qualidade dos serviços prestados.
O Ministério dos Transportes e a Casa Civil afirmaram que o pedido da empresa, para devolver o aeroporto, depende da edição de um decreto que regulamentaria a devolução de concessão e que esse decreto está sendo analisado na Casa Civil. O Ministério dos Transportes também declarou que as operações e o atendimento aos passageiros não vão ser afetados.
http://g1.globo.com/jornal-nacional...stra-viracopos-pede-recuperacao-judicial.html