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Saoro Master

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Eu desenvolvi alguns parágrafos sobre o mercado de trabalho privado no tópico do desemprego, penso de forma similar a você: não é setor público que está distorcendo o mercado, mas o setor privado que está completamente deturbado. Colei abaixo para quem quiser ler, adicionarei alguns apontamentos extras após a citação.



Muitas vezes na discussão que temos entre os dois setores faz parecer que todos os funcionários públicos estão nadando no dinheiro, enquanto no setor privado são todos trabalhadores esforçados que lutam contra o terrível vilão que é o Estado. Assim como pagar um salário de R$1.5k para alguém que tem mestrado e doutorado, experiência na área e é dedicado é uma completa falta de noção da realidade, da mesma forma acreditar que funcionário público que ganha R$3k-4k em uma grande cidade está super bem de vida. Não, no máximo sobrevive, mas um pouco melhor. Essa noção da patronado de que funcionário tem que ganhar pouco acaba destruindo a economia como um todo, a própria empresa depende da existência de consumidores, como coloquei acima, foi este tipo de "mindset" que levou uma maiores e mais importantes livrarias do Brasil pro buraco. Uma economia pujante só é possível quando as pessoas podem gastar o seu dinheiro em algo a mais do que simplesmente sobreviver. Salários excessivamente baixos são uma consequência em cadeia, que acabam com todos os setores e destroem economias de cidades.

Eu tenha severas críticas ao bolsa família, mas é notório notar como um valor irrisório pago a algumas famílias pobres transformou cidades do interior. Junto com o dinheiro vem o comércio, com o comércio vem fornecedores etc. Não é possível que os empresários não enxerguem isso, muitos acham que pagar o mínimo é o máximo necessário. Por trás da defesa que alguns fazem no discurso liberal não está a vontade de livre mercado, mas sim de pagar ainda menos. Antes eu achava bobagem isso, até ver alguns figuras que eu respeitava afirmarem isso na cara dura: que pagam "muito" pro funcionário. Quanto é isso? O minimo.

As pessoas se esforçam para se tornarem funcionários púbicos porque todo mundo quer ter o mínimo de dignidade. Qual estímulo que alguém tem em estudar e se esforçar sabendo que o mercado, além de ser extremamente tóxico na contratação, colocando QI e métricas de recrutamento absurdas em primeiro lugar, paga muito mal? Não é a toa que temos uma legião de pessoas inteligentes, dedicadas e esforçadas preferindo estudar as leis absurdas do Brasil o dia inteiro por anos até passar em um concurso do que se especializar e ganhar experiência para atuar no mercado privado. O esforço do primeiro poderá resultar em um salário e vida confortável, o segundo resultará em desemprego (se você for muito qualificado a empresa também não te quer), um ambiente de trabalho tóxico e remuneração vergonhosamente baixa. Muitos empresários preferem reclamar do que oferecer uma remuneração maior. "Falta engenheiro qualificado no mercado!", "falta administrador competente no mercado!", "falta vendedor bom no mercado!". Não, amigo, não falta, pelo contrário, SOBRA! A diferença é que eles preferem estudar pro concurso do que ganhar salário de fome na tua empresa e ainda por cima serem tratados como se fossem lixo. Bons funcionários são o bem mais valioso de uma empresa, seu verdadeiro "capital" ao qual devem investir e preservar, mas invés disso acham que uma mudança de nome, trocando-os por "colaboradores", fará a diferença e atraíra bons profissionais. Chega a ser infantil.

O pior de tudo é quanto mais o mercado privado é precarizado, mais e mais os discurso da esquerda se expande, mais e mais leis que regulam o mercado e infiltram o Estado no setor privado são aprovadas. Resumo da ópera: o empresário brasileiro merece tudo isso.

Cara, colocação perfeita. Claro que o empresariado sofre com as cargas tributárias e os desafios de empreender, ninguém questiona isso. Mas tem muito a mentalidade de que funcionário é uma despesa e não um ativo da empresa. Não há incentivo, não há desenvolvimento, não tem valor. Aliado a isso é o mercado que está tendo muita disponibilidade de mão de obra isso joga a oferta de empregos e valores no chão. Acompanho um canal de um cara que mora no japão, o cara trabalha em fábrica de carnes (como um desossador) e ganha ao equivalente a R$ 30.000,00 mensais. Um cara desse ia ficar na nóia para ralar em serviço público lá? Nunca! Agora ele mesmo fala, trabalhava como frentista no BR e ganhava R$ 1.000,00. O pessoal esquece, por mais que a iniciativa privada é quem puxe o pib e gere riqueza, esse não é o objetivo do Estado, mas são serviços que tem necessidade de existir, devem sim corrigir distorções e cabides de emprego, mas tudo sobra para servidor que geralmente tem: péssimas condições de trabalho, pressão política, não tem reajuste por anos a fio para acompanhar a inflação, desconto maior na previdência, INCLUSIVE DESCONTO APÓS A APOSENTADORIA, e mesmo assim o pessoal sai no tapa em concurso (independentemente do salário), o que indica que temos uma péssima iniciativa privada.
 

GantZ

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Eu desenvolvi alguns parágrafos sobre o mercado de trabalho privado no tópico do desemprego, penso de forma similar a você: não é setor público que está distorcendo o mercado, mas o setor privado que está completamente deturbado. Colei abaixo para quem quiser ler, adicionarei alguns apontamentos extras após a citação.



Muitas vezes na discussão que temos entre os dois setores faz parecer que todos os funcionários públicos estão nadando no dinheiro, enquanto no setor privado são todos trabalhadores esforçados que lutam contra o terrível vilão que é o Estado. Assim como pagar um salário de R$1.5k para alguém que tem mestrado e doutorado, experiência na área e é dedicado é uma completa falta de noção da realidade, da mesma forma acreditar que funcionário público que ganha R$3k-4k em uma grande cidade está super bem de vida. Não, no máximo sobrevive, mas um pouco melhor. Essa noção da patronado de que funcionário tem que ganhar pouco acaba destruindo a economia como um todo, a própria empresa depende da existência de consumidores, como coloquei acima, foi este tipo de "mindset" que levou uma maiores e mais importantes livrarias do Brasil pro buraco. Uma economia pujante só é possível quando as pessoas podem gastar o seu dinheiro em algo a mais do que simplesmente sobreviver. Salários excessivamente baixos são uma consequência em cadeia, que acabam com todos os setores e destroem economias de cidades.

Eu tenha severas críticas ao bolsa família, mas é notório notar como um valor irrisório pago a algumas famílias pobres transformou cidades do interior. Junto com o dinheiro vem o comércio, com o comércio vem fornecedores etc. Não é possível que os empresários não enxerguem isso, muitos acham que pagar o mínimo é o máximo necessário. Por trás da defesa que alguns fazem no discurso liberal não está a vontade de livre mercado, mas sim de pagar ainda menos. Antes eu achava bobagem isso, até ver alguns figuras que eu respeitava afirmarem isso na cara dura: que pagam "muito" pro funcionário. Quanto é isso? O minimo.

As pessoas se esforçam para se tornarem funcionários púbicos porque todo mundo quer ter o mínimo de dignidade. Qual estímulo que alguém tem em estudar e se esforçar sabendo que o mercado, além de ser extremamente tóxico na contratação, colocando QI e métricas de recrutamento absurdas em primeiro lugar, paga muito mal? Não é a toa que temos uma legião de pessoas inteligentes, dedicadas e esforçadas preferindo estudar as leis absurdas do Brasil o dia inteiro por anos até passar em um concurso do que se especializar e ganhar experiência para atuar no mercado privado. O esforço do primeiro poderá resultar em um salário e vida confortável, o segundo resultará em desemprego (se você for muito qualificado a empresa também não te quer), um ambiente de trabalho tóxico e remuneração vergonhosamente baixa. Muitos empresários preferem reclamar do que oferecer uma remuneração maior. "Falta engenheiro qualificado no mercado!", "falta administrador competente no mercado!", "falta vendedor bom no mercado!". Não, amigo, não falta, pelo contrário, SOBRA! A diferença é que eles preferem estudar pro concurso do que ganhar salário de fome na tua empresa e ainda por cima serem tratados como se fossem lixo. Bons funcionários são o bem mais valioso de uma empresa, seu verdadeiro "capital" ao qual devem investir e preservar, mas invés disso acham que uma mudança de nome, trocando-os por "colaboradores", fará a diferença e atraíra bons profissionais. Chega a ser infantil.

O pior de tudo é quanto mais o mercado privado é precarizado, mais e mais os discurso da esquerda se expande, mais e mais leis que regulam o mercado e infiltram o Estado no setor privado são aprovadas. Resumo da ópera: o empresário brasileiro merece tudo isso.

Perfeita sua colocação. É exatamente isso que ocorre no mercado de trabalho. O próprio empresário se colocou nessa situação.
Aproveitado e reafirmando o que vc disse: preciso desmitificar a fake news que o governo vem promovendo sobre os servidores públicos. Estou nessa área há 08 anos e afirmo que não sou rico, não nado no dinheiro, e nem vivo com mil regalias. O que ocorre é que a maior parcela do serviço público, que é composta por servidores públicos, vive com um salário acima do pago à iniciativa privada, porém, muito aquém do que seria um salário topzera. O mal do serviço público não está nos servidores públicos, mas sim, nos agentes políticos (tecnicamente falando) que compõem o alto escalão do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, MP, Tribunais de Contas, Defensores Públicos, Procuradores dos Estados e Federais e Advogados da União.

Essa turminha da alta cúpula ganha subsídio que muitas vezes ultrapassa 30 mil mensais. Pra completar, adicionam penduricalhos (em forma de indenização, para burlar o teto da constituição e a vedação do subsidio) que somando com os poucos 30 mil mensais, passam do teto. Digo isso pois meu chefes, que são Promotores de Justiça, ganham em média 30 mil + auxílio alimentação + auxilio saúde + gratificação de 4,5k quando atuando na Promotoria Eleitoral + 1/3 do subsídio quando substituindo o coleguinha que está de férias + 2/3 do subsídio quando tira os dois meses de férias ao ano.

É preciso de uma reforma administrativa sim, mas somente no âmbito da cúpula cancerosa do serviço público: juízes, desembargadores, promotores de justiça, procuradores da república, ministros, deputados e senadores. Vale lembrar ainda que juízes e promotores não tem estabilidade, têm vitaliciedade, o que é um absurdo, pois as duas instituições são corporativistas, sempre passando a mão na cabeça deles e abafando os casos. Aqui onde trabalho, um Promotor estava numa praia, bêbado, e atropelou um idoso. Resultado, o idoso faleceu e o Promotor continua trabalhando! Não houve uma nota sequer da PGJ sobre o caso.

Enquanto isso, minhas 3 chefes me enchem a porra do saco cobrando produtividade em horários além do meu expediente, inclusive de quase meia noite. Eu subitamente ignoro e nem leio as mensagens. Se não tivesse a estabilidade, estaria fodido.

Por fim, outra fake news propagada pelo governo é que eles querem acabar com os 02 meses de férias de servidores. Wtf?! Desconheço isso. Só temos direito à 30 dias de férias e olhe lá, pois já tive até minhas férias suspensas pela minha chefia que não vale a b*sta do gato.

Então é isso meus colegas, não caiam em fake news. Servidor público tb sofre para um c***lho. Ganha mais que a iniciativa privada? Ganha. Mas, mas na maioria das carreiras, não ganha muito bem e nem fica rico. O problema não é o servidor público, mas os agentes políticos. Com relação à iniciativa privada, esta paga mal mesmo e isso não justifica puxar o serviço público para o fundo do poço em que o setor privado se meteu sozinho.

Qualquer dúvida sobre como as coisas são mesmo no setor público, podem perguntar que respondo abertamente.
 

D'Anconia

Bam-bam-bam
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Sem fazer defesa da reforma como está apresentada (da qual tenho profundas discordâncias), mas o foco da reforma não é o merecimento ou não do salário maior na seara pública em comparação com os pares da iniciativa privada, embora esse questionamento seja repetido aqui e ali por pensadores mais ligados ao liberalismo econômico.

O questionamento verdadeiro é: o Estado, na pessoa de seus contribuintes, consegue manter uma escalada de novas contratações de servidores (ainda que para mera reposição de aposentados) nas mesmas condições de estruturação remuneratória das carreiras que vigoram até então?
 

makeikow

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Perfeita sua colocação. É exatamente isso que ocorre no mercado de trabalho. O próprio empresário se colocou nessa situação.
Aproveitado e reafirmando o que vc disse: preciso desmitificar a fake news que o governo vem promovendo sobre os servidores públicos. Estou nessa área há 08 anos e afirmo que não sou rico, não nado no dinheiro, e nem vivo com mil regalias. O que ocorre é que a maior parcela do serviço público, que é composta por servidores públicos, vive com um salário acima do pago à iniciativa privada, porém, muito aquém do que seria um salário topzera. O mal do serviço público não está nos servidores públicos, mas sim, nos agentes políticos (tecnicamente falando) que compõem o alto escalão do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, MP, Tribunais de Contas, Defensores Públicos, Procuradores dos Estados e Federais e Advogados da União.

Essa turminha da alta cúpula ganha subsídio que muitas vezes ultrapassa 30 mil mensais. Pra completar, adicionam penduricalhos (em forma de indenização, para burlar o teto da constituição e a vedação do subsidio) que somando com os poucos 30 mil mensais, passam do teto. Digo isso pois meu chefes, que são Promotores de Justiça, ganham em média 30 mil + auxílio alimentação + auxilio saúde + gratificação de 4,5k quando atuando na Promotoria Eleitoral + 1/3 do subsídio quando substituindo o coleguinha que está de férias + 2/3 do subsídio quando tira os dois meses de férias ao ano.

É preciso de uma reforma administrativa sim, mas somente no âmbito da cúpula cancerosa do serviço público: juízes, desembargadores, promotores de justiça, procuradores da república, ministros, deputados e senadores. Vale lembrar ainda que juízes e promotores não tem estabilidade, têm vitaliciedade, o que é um absurdo, pois as duas instituições são corporativistas, sempre passando a mão na cabeça deles e abafando os casos. Aqui onde trabalho, um Promotor estava numa praia, bêbado, e atropelou um idoso. Resultado, o idoso faleceu e o Promotor continua trabalhando! Não houve uma nota sequer da PGJ sobre o caso.

Enquanto isso, minhas 3 chefes me enchem a porra do saco cobrando produtividade em horários além do meu expediente, inclusive de quase meia noite. Eu subitamente ignoro e nem leio as mensagens. Se não tivesse a estabilidade, estaria fodido.

Por fim, outra fake news propagada pelo governo é que eles querem acabar com os 02 meses de férias de servidores. Wtf?! Desconheço isso. Só temos direito à 30 dias de férias e olhe lá, pois já tive até minhas férias suspensas pela minha chefia que não vale a b*sta do gato.

Então é isso meus colegas, não caiam em fake news. Servidor público tb sofre para um c***lho. Ganha mais que a iniciativa privada? Ganha. Mas, mas na maioria das carreiras, não ganha muito bem e nem fica rico. O problema não é o servidor público, mas os agentes políticos. Com relação à iniciativa privada, esta paga mal mesmo e isso não justifica puxar o serviço público para o fundo do poço em que o setor privado se meteu sozinho.

Qualquer dúvida sobre como as coisas são mesmo no setor público, podem perguntar que respondo abertamente.
Faço das minhas as suas palavras.
Reforma administrativa deveria alcançar esses cargos políticos, caso contrário não vai mudar muita coisa.
 

Nemesis_Hunter

Ser evoluído
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Sem fazer defesa da reforma como está apresentada (da qual tenho profundas discordâncias), mas o foco da reforma não é o merecimento ou não do salário maior na seara pública em comparação com os pares da iniciativa privada, embora esse questionamento seja repetido aqui e ali por pensadores mais ligados ao liberalismo econômico.

O questionamento verdadeiro é: o Estado, na pessoa de seus contribuintes, consegue manter uma escalada de novas contratações de servidores (ainda que para mera reposição de aposentados) nas mesmas condições de estruturação remuneratória das carreiras que vigoram até então?
Se o governo de fato controlasse a petrobrás e não houvesse corrupção isso seria possível.
 


Cafetão Chinês

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Muitas vezes na discussão que temos entre os dois setores faz parecer que todos os funcionários públicos estão nadando no dinheiro, enquanto no setor privado são todos trabalhadores esforçados que lutam contra o terrível vilão que é o Estado. Assim como pagar um salário de R$1.5k para alguém que tem mestrado e doutorado, experiência na área e é dedicado é uma completa falta de noção da realidade, da mesma forma acreditar que funcionário público que ganha R$3k-4k em uma grande cidade está super bem de vida. Não, no máximo sobrevive, mas um pouco melhor. Essa noção da patronado de que funcionário tem que ganhar pouco acaba destruindo a economia como um todo, a própria empresa depende da existência de consumidores, como coloquei acima, foi este tipo de "mindset" que levou uma maiores e mais importantes livrarias do Brasil pro buraco. Uma economia pujante só é possível quando as pessoas podem gastar o seu dinheiro em algo a mais do que simplesmente sobreviver. Salários excessivamente baixos são uma consequência em cadeia, que acabam com todos os setores e destroem economias de cidades.

Eu tenha severas críticas ao bolsa família, mas é notório notar como um valor irrisório pago a algumas famílias pobres transformou cidades do interior. Junto com o dinheiro vem o comércio, com o comércio vem fornecedores etc. Não é possível que os empresários não enxerguem isso, muitos acham que pagar o mínimo é o máximo necessário. Por trás da defesa que alguns fazem no discurso liberal não está a vontade de livre mercado, mas sim de pagar ainda menos. Antes eu achava bobagem isso, até ver alguns figuras que eu respeitava afirmarem isso na cara dura: que pagam "muito" pro funcionário. Quanto é isso? O minimo.

As pessoas se esforçam para se tornarem funcionários púbicos porque todo mundo quer ter o mínimo de dignidade. Qual estímulo que alguém tem em estudar e se esforçar sabendo que o mercado, além de ser extremamente tóxico na contratação, colocando QI e métricas de recrutamento absurdas em primeiro lugar, paga muito mal? Não é a toa que temos uma legião de pessoas inteligentes, dedicadas e esforçadas preferindo estudar as leis absurdas do Brasil o dia inteiro por anos até passar em um concurso do que se especializar e ganhar experiência para atuar no mercado privado. O esforço do primeiro poderá resultar em um salário e vida confortável, o segundo resultará em desemprego (se você for muito qualificado a empresa também não te quer), um ambiente de trabalho tóxico e remuneração vergonhosamente baixa. Muitos empresários preferem reclamar do que oferecer uma remuneração maior. "Falta engenheiro qualificado no mercado!", "falta administrador competente no mercado!", "falta vendedor bom no mercado!". Não, amigo, não falta, pelo contrário, SOBRA! A diferença é que eles preferem estudar pro concurso do que ganhar salário de fome na tua empresa e ainda por cima serem tratados como se fossem lixo. Bons funcionários são o bem mais valioso de uma empresa, seu verdadeiro "capital" ao qual devem investir e preservar, mas invés disso acham que uma mudança de nome, trocando-os por "colaboradores", fará a diferença e atraíra bons profissionais. Chega a ser infantil.

O pior de tudo é quanto mais o mercado privado é precarizado, mais e mais os discurso da esquerda se expande, mais e mais leis que regulam o mercado e infiltram o Estado no setor privado são aprovadas. Resumo da ópera: o empresário brasileiro merece tudo isso.
Mas é claro que os salários no setor privado são baixos. Com uma carga tributária que chega a 40% da renda, o estranho seria justamente se os salários fossem altos...

O empreendedor trabalha até o dia 2 de junho de cada ano apenas para pagar os 93 tributos (impostos, taxas e contribuições) que existem no Brasil. E pagar esses impostos requer 2600 horas apenas para preencher os formulários (mais do que o dobro do segundo colocado, a Bolívia). Quem não pagar é punido com cadeia e confisco de bens.

Ou seja, se alguém contrata um empregado com um salário de mil reais por mês, esse empregado pode chegar a custar, dois mil e oitocentos por mês, ou seja, mais do que o dobro do salário (o corriqueiro é que ele custe, no mínimo: dois mil).

Para completar o pesadelo empreendedorial, ainda falta mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira a capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Tem também a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta.

Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média nacional beira os 20%, e o ISS municipal.
Nem tente fazer a conta, pois você vai se apavorar.

E tudo isso para bancar o setor público. Então como por favor, alguém me diga como seria possível pagar altos salários na iniciativa privada?
 

Josuke Higashikata

Bam-bam-bam
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A reforma deveria tesourar politicos e marajas do setor publico. E excluir a policia "por motivos óbvios, se tirar a estabilidade da policia, alguem policial jamais ousaria tocar nos caras, nos juízes já não ousam"

Do jeito que tá, alem de nao fazer praticamente nda. Só vai elevar políticos ao patamar de deuses. Muito triste isso.
 

Jolteon

Maconheiro que resolve mistérios com cachorro
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Mas é claro que os salários no setor privado são baixos. Com uma carga tributária que chega a 40% da renda, o estranho seria justamente se os salários fossem altos...

O empreendedor trabalha até o dia 2 de junho de cada ano apenas para pagar os 93 tributos (impostos, taxas e contribuições) que existem no Brasil. E pagar esses impostos requer 2600 horas apenas para preencher os formulários (mais do que o dobro do segundo colocado, a Bolívia). Quem não pagar é punido com cadeia e confisco de bens.

Ou seja, se alguém contrata um empregado com um salário de mil reais por mês, esse empregado pode chegar a custar, dois mil e oitocentos por mês, ou seja, mais do que o dobro do salário (o corriqueiro é que ele custe, no mínimo: dois mil).

Para completar o pesadelo empreendedorial, ainda falta mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira a capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Tem também a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta.

Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média nacional beira os 20%, e o ISS municipal.
Nem tente fazer a conta, pois você vai se apavorar.

E tudo isso para bancar o setor público. Então como por favor, alguém me diga como seria possível pagar altos salários na iniciativa privada?

O cidadão abaixo já deu a resposta.
Cara, colocação perfeita. Claro que o empresariado sofre com as cargas tributárias e os desafios de empreender, ninguém questiona isso. Mas tem muito a mentalidade de que funcionário é uma despesa e não um ativo da empresa. Não há incentivo, não há desenvolvimento, não tem valor. Aliado a isso é o mercado que está tendo muita disponibilidade de mão de obra isso joga a oferta de empregos e valores no chão. Acompanho um canal de um cara que mora no japão, o cara trabalha em fábrica de carnes (como um desossador) e ganha ao equivalente a R$ 30.000,00 mensais. Um cara desse ia ficar na nóia para ralar em serviço público lá? Nunca! Agora ele mesmo fala, trabalhava como frentista no BR e ganhava R$ 1.000,00. O pessoal esquece, por mais que a iniciativa privada é quem puxe o pib e gere riqueza, esse não é o objetivo do Estado, mas são serviços que tem necessidade de existir, devem sim corrigir distorções e cabides de emprego, mas tudo sobra para servidor que geralmente tem: péssimas condições de trabalho, pressão política, não tem reajuste por anos a fio para acompanhar a inflação, desconto maior na previdência, INCLUSIVE DESCONTO APÓS A APOSENTADORIA, e mesmo assim o pessoal sai no tapa em concurso (independentemente do salário), o que indica que temos uma péssima iniciativa privada.
 

Cafetão Chinês

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O cidadão abaixo já deu a resposta.
Isso não foi uma resposta. Foi apenas senso comum e apelo a emoção que carece de uma explicação econômica e lógica (aliás, eu acho interessante ver alguém que não trabalha no setor privado, opinando num nível pessoal a respeito).

É uma causa e consequência. Não tem como ter os salários da Suíça se o país segue exemplo econômico do Zimbábue.
O mercado é amoral, nem mau nem bom. Apenas reage a incentivos econômicos em qualquer lugar do mundo. E os incentivos que existem no Brasil são os piores possíveis.

A produtividade do trabalhador brasileiro é uma piada. Nos anos 80 era o equivalente a metade de um americano, hoje é apenas 1/4.

Aliás, como é que o empregador vai pagar um alto salário se na maioria das vezes ele mesmo não tem onde cair morto e sequer consegue manter as portas abertas?


Não há aumento de produtividade sem aumento de poupança e sem dinamismo do mercado. E isso é impossível com o peso que o setor público exerce na economia.

Culpar de qualquer forma o setor privado pelos baixos salários e pela baixa produtividade é, no mínimo, desconhecimento.
 
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Ataru

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Mas é claro que os salários no setor privado são baixos. Com uma carga tributária que chega a 40% da renda, o estranho seria justamente se os salários fossem altos...

O empreendedor trabalha até o dia 2 de junho de cada ano apenas para pagar os 93 tributos (impostos, taxas e contribuições) que existem no Brasil. E pagar esses impostos requer 2600 horas apenas para preencher os formulários (mais do que o dobro do segundo colocado, a Bolívia). Quem não pagar é punido com cadeia e confisco de bens.

Ou seja, se alguém contrata um empregado com um salário de mil reais por mês, esse empregado pode chegar a custar, dois mil e oitocentos por mês, ou seja, mais do que o dobro do salário (o corriqueiro é que ele custe, no mínimo: dois mil).

Para completar o pesadelo empreendedorial, ainda falta mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira a capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Tem também a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta.

Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média nacional beira os 20%, e o ISS municipal.
Nem tente fazer a conta, pois você vai se apavorar.

E tudo isso para bancar o setor público. Então como por favor, alguém me diga como seria possível pagar altos salários na iniciativa privada?

Perfeito o seu post. Eu custo a entender como o pessoal ainda insiste nessa retórica "Alice nos país das maravilhas" achando que a iniciativa privada paga mal porque quer. O custo desse estado gigantesco brutal e esse funcionalismo público cheio de garantismos e improdutividade tem um preço.

Apenas para ilustrar com alguns dados mostrando que a classe do funcionalismo é justamente a maior beneficiada em termos de bonificações e aumentos diante de um cenário econômico absolutamente inóspito. Perceba também que, mesmo sem os alegados reajustes, o funcionalismo continua tendo uma diferença salarial inexplicada com relação a iniciativa privada.



index.php


index.php


Reitero, tudo isso tem um preço. O que um empresário poderia gastar melhorando sua estrutura, produtos ou até pagando melhor seus funcionários é transferida para o estado que, diga-se de passagem, é um dinheiro completamente perdido.
 
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Ataru

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O cidadão abaixo já deu a resposta.

1 - O funcionário é um ativo da empresa. Os impostos que, como o @Cafetão Chinês disse, podem chegar a valer o triplo do salário, não são.
2 - Não há incentivo e nem desenvolvimento porque não tem grana pra isso.
3 - Muita disponibilidade de mão de obra não é culpa do empresário, mas sim do ambiente econômico profundamente desfavorável a geração de riquezas aliadas a uma legislação trabalhista que, com seu pseudo garantismo, acaba informalizando e desempregando boa parte da sociedade. O pior para um empresário (sob a ótica do empresário malvadão devorador de pobres que muitos pintam aí) é baixo desemprego. Isso sim força a iniciativa privada a pagar melhor e buscar manter sua equipe mais treinada e alinhada.
4 - Primeiro que a comparação é esdrúxula. O desossador ganha em iene, e não em reais, o que torna a comparação inútil. Eu pelo menos não consigo afirmar se com R$30 mil por mês eu conseguiria viver bem no Japão. E outra, ainda que seja um país com tributações pesadas, o PPC da população é infinitamente maior do que o do Brasil, a burocracia menor, a infraestrutura melhor, violência infinirtamente menor, produtividade altíssima, alta tecnificação, entre tantos outros fatores.
5 - O estado é tão incompetente que, mesmo recebendo mais de 40% dos tributos de todos os cidadãos do país, conseguem nem se sustentar direito. Se endividam, corrompem, fornecem péssimos serviços. Enfim, são incompetentes por natureza, e o funcionalismo público tem boa parte da responsabilidade por essa realidade. Não adianta ficar botando culpa somente nos políticos.
6 - Funça não paga imposto. Ele apenas deixa de receber uma parte do que ganha.
7 - Sim, temos uma péssima iniciativa privada, assim como temos péssimos alunos, péssimos intelectuais, péssimos carros, péssimas estradas, péssimas cidades. Precisa dizer de quem é a culpa?
 
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ptsousa

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Galera,

Discorrer sobre as condições da iniciativa privada e do serviço público e de quem explora quem ou quem rouba de quem faz parte deste contexto de estudar para concursos (especialmente os motivos pessoais de cada um, dentro da sua UF).

Mas seria bom que essa disputa serviço público x privado, ainda que seja um tema válido, não se tornasse a discussão central do tópico, que foi criado com o objetivo de troca de experiências e compartilhamento de informações sobre concursos num geral. Por isso peço a compreensão de todos.


Caso queiram, podem abrir um tópico para esse debate sem problemas. Não adentrando na T0, pode ser na Vale Tudo tranquilamente.
 

GantZ

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Sem fazer defesa da reforma como está apresentada (da qual tenho profundas discordâncias), mas o foco da reforma não é o merecimento ou não do salário maior na seara pública em comparação com os pares da iniciativa privada, embora esse questionamento seja repetido aqui e ali por pensadores mais ligados ao liberalismo econômico.

O questionamento verdadeiro é: o Estado, na pessoa de seus contribuintes, consegue manter uma escalada de novas contratações de servidores (ainda que para mera reposição de aposentados) nas mesmas condições de estruturação remuneratória das carreiras que vigoram até então?
Pelo que entendi, um dos focos dessa reforma é desmerecer a remuneracao de todos os servidores publicos (menos da turminha da alta cupula). Segundo o declarações do ministro da economia, é um absurdo um funcionário público entrar no servico publico ganhando o topo da carreira (oi?) e ganhando aumento todo ano (wtf). A PEC da reforma previu um limitador que deixará a remuneração muito baixa mesmo, só possibilitando ganhar o maior salário daquela carreira proximo de se aposentar. Enquanto isso, o proprio ministro afirmou que o pessoal do topo da carreira, como os conselheiros do TCU (no exemplo dado por ele) deveriam ganhar mais que os 40 mil do teto pois senão iriam trabalhar em grandes bancos, ganhando 4 milhões por mês. Pra mim, tá muito claro que tb foca nessa questão do merecimento da remuneração.
Quanto a questão da iniciativa privada bancar o setor público, acredito que no futuro esses sistema de captação entrará em colapso, não por causa dos servidores públicos mas sim pelo custo injustificável da alta cúpula blindada do funcionalismo e pela quantidade incontável de cargos comissionados nos poderes executivos e legislativos.
 

GantZ

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1 - O funcionário é um ativo da empresa. Os impostos que, como o @Cafetão Chinês disse, podem chegar a valer o triplo do salário, não são.
2 - Não há incentivo e nem desenvolvimento porque não tem grana pra isso.
3 - Muita disponibilidade de mão de obra não é culpa do empresário, mas sim do ambiente econômico profundamente desfavorável a geração de riquezas aliadas a uma legislação trabalhista que, com seu pseudo garantismo, acaba informalizando e desempregando boa parte da sociedade. O pior para um empresário (sob a ótica do empresário malvadão devorador de pobres que muitos pintam aí) é baixo desemprego. Isso sim força a iniciativa privada a pagar melhor e buscar manter sua equipe mais treinada e alinhada.
4 - Primeiro que a comparação é esdrúxula. O desossador ganha em iene, e não em reais, o que torna a comparação inútil. Eu pelo menos não consigo afirmar se com R$30 mil por mês eu conseguiria viver bem no Japão. E outra, ainda que seja um país com tributações pesadas, o PPC da população é infinitamente maior do que o do Brasil, a burocracia menor, a infraestrutura melhor, violência infinirtamente menor, produtividade altíssima, alta tecnificação, entre tantos outros fatores.
5 - O estado é tão incompetente que, mesmo recebendo mais de 40% dos tributos de todos os cidadãos do país, conseguem nem se sustentar direito. Se endividam, corrompem, fornecem péssimos serviços. Enfim, são incompetentes por natureza, e o funcionalismo público tem boa parte da responsabilidade por essa realidade. Não adianta ficar botando culpa somente nos políticos.
6 - Funça não paga imposto. Ele apenas deixa de receber uma parte do que ganha.
7 - Sim, temos uma péssima iniciativa privada, assim como temos péssimos alunos, péssimos intelectuais, péssimos carros, péssimas estradas, péssimas cidades. Precisa dizer de quem é a culpa?
Você sabe que a maioria dos dirigentes dos órgãos públicos vem de indicações políticas né? Acho que isso já te explica porque muitas áreas do serviço público são ineficientes e sucateadas.
Como assim funcionário público não paga imposto?? Não só paga na ativa como tb na aposentadoria, até morrer. Que viagem cara.
 

Ataru

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Você sabe que a maioria dos dirigentes dos órgãos públicos vem de indicações políticas né? Acho que isso já te explica porque muitas áreas do serviço público são ineficientes e sucateadas.
Como assim funcionário público não paga imposto?? Não só paga na ativa como tb na aposentadoria, até morrer. Que viagem cara.

Os dirigentes sim, mas há muitos altos cargos técnicos de alta remuneração que são servidores públicos. Com toda sinceridade, como já tive experiência com alguns - sobretudo na prefeitura de Curitiba - posso lhe garantir que são até piores do que os indicados. Bando de velhos decrépitos que tem uma visão do mundo de 30 anos atrás. Eles vivem numa redoma de vidro tão bizarra que chega a ser ridículo as coisas que pedem. Já conheci muitos secretários de urbanismo que prezavam pelo diálogo e a busca por uma solução (tudo isso de forma absolutamente legal, sem tomézinho), mas que ficavam de mãos atadas por causa desses velhacos que estão lá há 20/30 anos mamando nas tetas ganhando 20 conto por mês. Tratam você como bandido, não estão nem aí pras demandas de ninguém.

Falando em urbanismo, esses dias mesmo para aprovação do alvará o corpo de bombeiros sugeriu que as botoeiras de toda empresa fossem substituídas, algo já completamente absurdo, pois nenhuma apresentava qualquer desgaste. Trocamos todas. Entretanto, quando o cara foi fazer vistoria, ele não conhecia aquele modelo de botoeira (era um modelo novo e bem melhor) e, sendo assim, ele recomendou trocar tudo novamente. Reiterando, ele não trocou porque a botoeira estava irregular, mas sim porque o filho de uma mãe não conhecia aquele modelo. Dinheiro jogado fora. Lembrando que o modelo foi indicado pela empresa que presta esse tipo de auxílio de aprovação do corpo de bombeiros e eles prestam ótimos serviços, mas cabeça de funça é uma caixinha de surpresas. Eles mesmos nem sabem mais o que querem. Só quem é da iniciativa privada sabe o quão difícil é lidar com essa gente quando precisa.

O dinheiro do funcionário público é fruto de impostos. Pra mim a relação do funcionário público com o imposto é mais ou menos como nesse vídeo:



Aliás, com relação a aposentadoria, não se esqueça desse dado:

[...]
Um funcionário estável gera custo por 70 anos

Isso significa que para a abertura de concursos públicos não será preciso olhar apenas para a existência de vagas e a dotação orçamentária, mas também fazer um levantamento do impacto da admissão dos servidores aprovados. Quando os concursos são realizados, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias já preveem um impacto orçamentário-financeiro nos primeiros três anos após a contratação do servidor.
Contudo, a admissão de novos servidores gera aumento na despesa obrigatória de caráter continuado na administração pública federal, já que o servidor ganha estabilidade após o estágio probatório.
Agora, essa análise vai levar em conta o tempo médio que o servidor público permanece na ativa. Segundo levantamento divulgado pelo governo federal, o comprometimento da União com funcionário público é de 69,8 anos, sendo, na média, 34,2 anos na ativa, 24,6 anos na inatividade e mais 11 anos de remuneração dos pensionistas dos servidores depois de sua morte.

[...]
 
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Dexxi

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Mas é claro que os salários no setor privado são baixos. Com uma carga tributária que chega a 40% da renda, o estranho seria justamente se os salários fossem altos...

O empreendedor trabalha até o dia 2 de junho de cada ano apenas para pagar os 93 tributos (impostos, taxas e contribuições) que existem no Brasil. E pagar esses impostos requer 2600 horas apenas para preencher os formulários (mais do que o dobro do segundo colocado, a Bolívia). Quem não pagar é punido com cadeia e confisco de bens.

Ou seja, se alguém contrata um empregado com um salário de mil reais por mês, esse empregado pode chegar a custar, dois mil e oitocentos por mês, ou seja, mais do que o dobro do salário (o corriqueiro é que ele custe, no mínimo: dois mil).

Para completar o pesadelo empreendedorial, ainda falta mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira a capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Tem também a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta.

Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média nacional beira os 20%, e o ISS municipal.
Nem tente fazer a conta, pois você vai se apavorar.

E tudo isso para bancar o setor público. Então como por favor, alguém me diga como seria possível pagar altos salários na iniciativa privada?
Isso não é desculpa. Existem muitas empresas bilionárias no país. Com certeza dinheiro pra elas não é problema, mas continuam exigindo muito e pagando pouco.
Ninguém nega que as empresas pagam muitos impostos. Agora, você pagar pouco e EXIGIR uma escolaridade absurda que poucos tem e que foi custoso de se obter é um absurdo. E isso é o que mais acontece. E ainda tem o fator cultural típico de terceiro mundo que você não pode ignorar. Tenho absoluta certeza que mesmo que os impostos fossem bem menores ainda assim as empresas pagariam pouco, pois, pra elas, funcionário é despesa. Investimento em funcionário é luxo aqui. Então, não venha dizer que isso é culpa exclusivamente dos impostos.
 

Cafetão Chinês

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Isso não é desculpa. Existem muitas empresas bilionárias no país. Com certeza dinheiro pra elas não é problema, mas continuam exigindo muito e pagando pouco.
Ninguém nega que as empresas pagam muitos impostos. Agora, você pagar pouco e EXIGIR uma escolaridade absurda que poucos tem e que foi custoso de se obter é um absurdo. E isso é o que mais acontece. E ainda tem o fator cultural típico de terceiro mundo que você não pode ignorar. Tenho absoluta certeza que mesmo que os impostos fossem bem menores ainda assim as empresas pagariam pouco, pois, pra elas, funcionário é despesa. Investimento em funcionário é luxo aqui. Então, não venha dizer que isso é culpa exclusivamente dos impostos.
Só vi argumento com apelo a emoção e anti-capitalista, sem embasamento algum. Complexo de vira-latas é irrelevante para uma explicação econômica.

"Muitas empresas bilionárias".
Imaterial. A maioria das empresas (75%) são pequenas e médias, e são elas que estipulam o salário médio pois carregam o país nas costas.
Salário nada mais é do que o preço do trabalho no mercado. E preço é formado livremente.
A empresa pode exigir o que ela quiser, conseguir é outra coisa (assim como um trabalhador qualificado pode dar um tchau para empresa no momento em que ele quiser também, deixando a empresa na mão).
Principalmente considerando que a produtividade média do trabalhador brasileiro é uma piada. Muito abaixo dos países da OCDE. Então exigir "muita coisa" aqui já não significa muito, no parâmetro mundo.
Some isso ao fato do governo ter inflado artificialmente o mercado estudantil de crédito. Muitos diplomas sem nenhuma qualidade, o que jogou o parâmetro ainda mais abaixo.

Não faltam exemplos de países que saíram literalmente do zero, e após abrirem seus mercados e cortarem impostos, atingiram rendas muito maiores do que a brasileira. Economia não está nem aí para os seus apelos a emoção.
Pessoas como você tem imensa dificuldade em entender causa e consequência. Não obstante só se pautam em alguma experiência pessoal ruim ou emoção. Como se analisar economia dependesse de emoção e amostragem 1=1.

Ninguém disse que a culpa é exclusivamente dos impostos, mas também das regulações trabalhistas, alvarás, burocracia, insegurança jurídica. Brasil em 153º no ranking de liberdade econômica, atrás do Sri Lanka.
Ou seja, culpa é necessariamente daquilo que impede o dinamismo do mercado, que é tão somente o que gera prosperidade (e assim podendo auferir salários mais altos). Mais nada.

Enfim, não respondo mais por aqui, e peço desculpas a pedido do @ptsousa. Caso queira debater, estarei em outros tópicos.
 
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Dexxi

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Só argumentinho com apelo a emoção e anti-capitalista, sem embasamento algum. Esse complexo de vira-latas é irrelevante para uma explicação econômica.

"Muitas empresas bilionárias". A maioria das empresas (75%) são pequenas e médias, e são elas que estipulam o salário médio pois carregam o país nas costas.
Salário nada mais é do que o preço do trabalho no mercado. E preço é formado livremente.
A empresa pode exigir o que ela quiser, conseguir é outra coisa (assim como um trabalhador qualificado pode dar um tchau pra empresa no momento em que ele quiser).
Principalmente considerando que a produtividade média do trabalhador brasileiro é uma piada. Muito abaixo dos países da OCDE. Então exigir muita coisa aqui já não significa nada.

Não faltam exemplos de países que saíram literalmente do zero, e após abrirem seus mercados e cortarem impostos, atingiram rendas muito maiores do que a brasileira.

Ninguém disse que a culpa é exclusivamente dos impostos, mas também das regulações trabalhistas, alvarás, burocracia. Brasil em 153º no ranking de liberdade econômica, atrás do Sri Lanka.
Ou seja, culpa é exclusivamente daquilo que impede o dinamismo do mercado, que é tão somente o que gera prosperidade. Mais nada.

Anti-capitalismo? Agora criticar defeitos de um sistema no BRASIL é ser isso? Eu acho que você não tem muita noção do que realmente acontece "dentro" das empresas brasileiras. Os seus argumentos de que "tudo é culpa do estado, da burocracia e dos impostos" é bem pouco coerente. Pra começar, a produtividade do trabalhador brasileiro é ruim porque, dentre outros, os processos de seleção são falhos. O que mais acontece é emprego por indicação, o cara fura o processo e já senta na janelinha, mesmo sendo um incompetente. Até provar que o indivíduo é ruim, a empresa já perdeu tempo e dinheiro. Já perdi vários e vários empregos por não ser amigo do gerente do RH. Agora, eu tenho culpa de não conhecer uma pessoa que nem mora na mesma cidade que eu?

Nestes países aí que saíram do zero e obtiveram altas rendas, teve o fator cultural, que por algum motivo você ignora. O Japão ou a Coréia do Sul seriam países muito melhores do que o Brasil mesmo que tivessem os mesmos impostos, burocracia e regulações.

As empresas brasileiras em sua grande maioria são má geridas, tem uma ideologia atrasada e tem vícios de administração. Isso é fato. Ter impostos gigantescos e afins só agrava.
 

Darth_Tyranus

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Só vi argumento com apelo a emoção e anti-capitalista, sem embasamento algum. Complexo de vira-latas é irrelevante para uma explicação econômica.

"Muitas empresas bilionárias".
Imaterial. A maioria das empresas (75%) são pequenas e médias, e são elas que estipulam o salário médio pois carregam o país nas costas.
Salário nada mais é do que o preço do trabalho no mercado. E preço é formado livremente.
A empresa pode exigir o que ela quiser, conseguir é outra coisa (assim como um trabalhador qualificado pode dar um tchau para empresa no momento em que ele quiser também, deixando a empresa na mão).
Principalmente considerando que a produtividade média do trabalhador brasileiro é uma piada. Muito abaixo dos países da OCDE. Então exigir "muita coisa" aqui já não significa muito, no parâmetro mundo.
Some isso ao fato do governo ter inflado artificialmente o mercado estudantil de crédito. Muitos diplomas sem nenhuma qualidade, o que jogou o parâmetro ainda mais abaixo.

Não faltam exemplos de países que saíram literalmente do zero, e após abrirem seus mercados e cortarem impostos, atingiram rendas muito maiores do que a brasileira. Economia não está nem aí para os seus apelos a emoção.
Pessoas como você tem imensa dificuldade em entender causa e consequência. Não obstante só se pautam em alguma experiência pessoal ruim ou emoção. Como se analisar economia dependesse de emoção e amostragem 1=1.

Ninguém disse que a culpa é exclusivamente dos impostos, mas também das regulações trabalhistas, alvarás, burocracia, insegurança jurídica. Brasil em 153º no ranking de liberdade econômica, atrás do Sri Lanka.
Ou seja, culpa é necessariamente daquilo que impede o dinamismo do mercado, que é tão somente o que gera prosperidade (e assim podendo auferir salários mais altos). Mais nada.

Enfim, não respondo mais por aqui, e peço desculpas a pedido do @ptsousa. Caso queira debater, estarei em outros tópicos.
Eu concordo com o nosso colega Dexxi de que o modelo de administração, contratação e cultural empresarial brasileiro é dos grandes motivos para a nossa baixa produtividade. Ainda que impostos colaborem, não explicam tudo, já que outros países também tem carga tributária alta (seja no consumo ou renda) e ainda assim conseguem ser competitivos e terem uma produtividade invejável.

Há algum tempo eu estava atrás de um alicate decapador, queria saber como funcionava antes de prosseguir com a compra. Eu, mero amador que vez em quando faço algum conserto aqui em casa. Acabei caindo neste vídeo dedicado aos eletricistas, ou seja, gente que trabalha e ganha dinheiro com isso. Atente-se ao começo, a introdução do vídeo:



O rapaz diz que fez o vídeo devido a dúvidas do pessoal, vários (supostos) eletricistas o acusaram que usar uma ferramenta que torna a tarefa de decapar um fio - acredito ser rotina para quem trabalha na área - seria "luxo".

"Que absurdo ter uma ferramenta que realiza uma única função!"

Por que escolhi este vídeo? Na minha opinião isso resumo muito do tópico da nossa produtividade. Aqui temos uma cultura de que a prática e a teoria são elementos distintos. Ainda que uma nova técnica, ferramenta, modelo administrativo etc for inventando e discutido, isso simplesmente não é implementado, porque é "frescura". De outro lado, tantas outras bobagens que apenas atrapalham a produtividade, mas que estão na moda, acabam sendo implementadas. Tem empresa que prefere contratar coach pra animar os funcionários por um dia do que realmente escutar e tentar alterar a organização funcional. Já vi uma empresa de TI que se orgulhava de ter uma sala com mesa de sinuca e playstation, aquele velho modelo "Google", inclusive sempre destacavam isso para os novatos. Se algum funcionários resolvesse utilizar aquilo para se desestressar estava condenado, ainda que cumprisse as metas. Já ficava marcado dentro da empresa. Todo aquele ambiente era completamente falso, apenas absorveram a imagem externa, o significante da palavra, mas não o significado.

O trabalho no Brasil ainda é marcado pela ideia de sofrimento, aqui a pessoa se orgulha mais pelo fato de acordar às 5 horas da manhã para chegar ao trabalho às 8h do que efetivamente pela sua produtividade, já que este último gera inveja dos outros que tentarão puxar o teu tapete. Ser produtivo acaba se tornando uma mácula, não um benefício. O funcionário pensa assim, para proteger o seu emprego, o chefe pensa assim, para proteger a sua comissão, o dono pensa assim, para proteger seus indicados. A gerência no Brasil é mais marcada pela coerção e pela ameaça do que efetivamente pela organização e a conduta da equipe, são constantes ameaças de demissão, entraves e outras medidas que buscam tirar da pessoa qualquer vontade de produzir. Fora que hora-extra se tornou instrumento que denota sua inclinação e dedicação, sendo que é exatamente ao contrário, uma empresa em que os funcionários costumam fazer hora-extra, principalmente em um contexto de crise e baixa produtividade, significa o oposto, que falta gerir melhor o tempo, que falta colocar as pessoas certas nos lugares certos.

Criticar isso não anula automaticamente a questão tributária, é MAIS um ponto a ser considerado. É fato que a maioria das empresas brasileiras, no atual modelo cultura trabalhista que temos, não sobreviveriam 6 meses fora das asas do Estado. Como costumo colocar, o mesmo brasileiro que no Brasil é improdutivo e vagabundo se torna mais um funcionário comum quando trabalha em outro país. Não precisou ter uma carga horária 40 horas por dia para compensar a produtividade 5 vezes menor que corre no seu sangue. O problema é muito mais embaixo, acredito que vale a pena discutir este ponto. Só apontar para atributos e Estado não adianta nada, estamos fazendo isso há décadas, mas a cada nova crise lá vão os empresários pedir penico pro papai Estado. É como se fosse uma relação abusiva.
 
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Cafetão Chinês

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Eu concordo com o nosso colega Dexxi de que o modelo de administração, contratação e cultural empresarial brasileiro é dos grandes motivos para a nossa baixa produtividade. Ainda que impostos colaborem, não explicam tudo, já que outros países também tem carga tributária alta (seja no consumo ou renda) e ainda assim conseguem ser competitivos e terem uma produtividade invejável.

Há algum tempo eu estava atrás de um alicate decapador, queria saber como funcionava antes de prosseguir com a compra. Eu, mero amador que vez em quando faço algum conserto aqui em casa. Acabei caindo neste vídeo dedicado aos eletricistas, ou seja, gente que trabalha e ganha dinheiro com isso. Atente-se ao começo, a introdução do vídeo:



O rapaz diz que fez o vídeo devido a dúvidas do pessoal, vários (supostos) eletricistas o acusaram que usar uma ferramenta que torna a tarefa de decapar um fio - acredito ser rotina para quem trabalha na área - seria "luxo".

"Que absurdo ter uma ferramenta que realiza uma única função!"

Por que escolhi este vídeo? Na minha opinião isso resumo muito do tópico da nossa produtividade. Aqui temos uma cultura de que a prática e a teoria são elementos distintos. Ainda que uma nova técnica, ferramenta, modelo administrativo etc for inventando e discutido, isso simplesmente não é implementado, porque é "frescura". De outro lado, tantas outras bobagens que apenas atrapalham a produtividade, mas que estão na moda, acabam sendo implementadas. Tem empresa que prefere contratar coach pra animar os funcionários por um dia do que realmente escutar e tentar alterar a organização funcional. Já vi uma empresa de TI que se orgulhava de ter uma sala com mesa de sinuca e playstation, aquele velho modelo "Google", inclusive sempre destacavam isso para os novatos. Se algum funcionários resolvesse utilizar aquilo para se desestressar estava condenado, ainda que cumprisse as metas. Já ficava marcado dentro da empresa. Todo aquele ambiente era completamente falso, apenas absorveram a imagem externa, o significante da palavra, mas não o significado.

O trabalho no Brasil ainda é marcado pela ideia de sofrimento, aqui a pessoa se orgulha mais pelo fato de acordar às 5 horas da manhã para chegar ao trabalho às 8 do que efetivamente pela sua produtividade, já que este último gera inveja dos outros que tentarão puxar o teu tapete. Ser produtivo acaba se tornando uma mácula, não um benefício. O funcionário pensa assim, para proteger o seu emprego, o chefe pensa assim, para proteger a sua comissão, o dono pensa assim, para proteger seus indicados. A gerência no Brasil é mais marcada pela coerção e pela ameaça do que efetivamente pela organização e a conduta da equipe, são constantes ameaças de demissão, puxada de tapete etc. Fora que hora-extra se tornou instrumento que denota sua inclinação e dedicação, sendo que é exatamente ao contrário, uma empresa em que os funcionários costumam fazer hora-extra, principalmente em um contexto de crise e baixa produtividade, significa o oposto, que falta gerir melhor o tempo, que falta colocar as pessoas certas nos lugares certos.

Criticar isso não anula automaticamente a questão tributária, é MAIS um ponto a ser considerado. É fato que a maioria das empresas brasileiras, no atual modelo cultura trabalhista que temos, não sobreviveriam 6 meses fora das asas do Estado. Como costumo colocar, o mesmo brasileiro que no Brasil é improdutivo e vagabundo se torna mais um funcionário comum quando trabalha em outro país. Não precisou ter uma carga horária 40 horas por dia para compensar a improdutividade 5 vezes menor que corre no seu sangue. O problema é muito mais embaixo, acredito que vale a pena discutir este ponto. Só apontar para atributos e Estado não adianta nada, estamos fazendo isso há décadas, mas a cada nova crise lá vão os empresários pedir penico pro papai Estado. É como se fosse uma relação abusiva.

Ora, e quem disse que são apenas os impostos? Aí você está batendo pesadamente em um espantalho porque isso jamais foi dito.
Citar experiências pessoais ou o que valha é imaterial. Economia não se analisa dessa forma.

Vamos aos fatos: o Brasil figura na rabeira do mundo em competitividade, liberdade econômica, liberdade trabalhista e burocracia. Se não acredita em mim, acredite na Doing Business do Banco Mundial:
E a forma de mensuração do DoingBusiness é totalmente objetiva e sem viés, e não subjetiva. O DoingBusiness lida apenas com coisas palpáveis, como "tempo para se abrir empresas", "facilidade de contratar e demitir", "facilidade de conseguir permissões para a construção civil", "tempo gasto para pagar impostos", "burocracia para conseguir alvarás", "facilidade de crédito", etc.

E na Heritage:
144º posição. Menos de 40 atrás da última colocada do ranking (Venezuela).

Aliás, o próprio Banco Mundial tem diversos estudos analisando o custo do setor público no Brasil em comparação a outros países. O resultado espanta, estamos na frente em gastos em relação ao PIB do que países como EUA e França, que são desenvolvidos:

O resultado disso? Endividamento, destruição da poupança e capital. Não sei se você sabe, mas apenas os impostos são incapazes de custear o setor público, que tem de decorrer a sucessivos déficits e endividamento. O que diminui a capacidade de investimento (principalmente o estrangeiro) e destrói a poupança.
Só isso já refuta o argumento de que países com maiores impostos por si só podem ter alta competitividade. Suécia por exemplo que tem carga tributária menor do que a brasileira, porém tem dívida pública per capita bem menor.

Lhe desafio a me citar um país, somente um, com tamanha burocracia, alto endividamento e altos impostos que atingiu alto patamar produtivo.
Se você conseguir mostrar algum país que conseguiu isso tributando pesadamente a população e com pesada burocracia e endividamento, aí eu mudo de ideia na hora.

Então novamente: o surreal seria se mesmo com tudo isso, ainda tivéssemos bons salários e empresas super competitivas.
Você pode culpar conceitos não palpáveis ou coisas como a "ganância e burrice do empresário". Nada disso irá ocultar os fatos e a realidade.
Anti-capitalismo? Agora criticar defeitos de um sistema no BRASIL é ser isso? Eu acho que você não tem muita noção do que realmente acontece "dentro" das empresas brasileiras.
Sim, é discurso anti-capitalista. O bom e velho "empresário malvadão".
Um país que demoniza o empreendedorismo estará sempre fadado ao fracasso.
E você é algum tipo de divindade? Agora consegue ilustrar com clareza o que acontece dentro de todas as empresas por alguma experiência pessoal que teve?
s seus argumentos de que "tudo é culpa do estado, da burocracia e dos impostos" é bem pouco coerente.
Eu demonstrei por números e conceitos econômicos. Diferente dos seus apelos a emoção que não se pautam em nada.
Pra começar, a produtividade do trabalhador brasileiro é ruim porque, dentre outros, os processos de seleção são falhos.
Tem algum dado que corrobora isso? ou foi apenas tirado do teu achismo e senso comum?

Você pelo visto, sequer sabe do que se trata produtividade.
Produtividade não tem nada a ver com "processos de seleção falhos". Até porque mensurar produtividade não se trata apenas de qualificação, mas também de facilidades para se conseguir insumos, tecnologia, lidar com burocracia, poupança acumulada.
O que mais acontece é emprego por indicação, o cara fura o processo e já senta na janelinha, mesmo sendo um incompetente.
Novamente: tem algum dado que corrobora isso ou foi apenas tirado do teu achismo e senso comum?
Até provar que o indivíduo é ruim, a empresa já perdeu tempo e dinheiro. Já perdi vários e vários empregos por não ser amigo do gerente do RH. Agora, eu tenho culpa de não conhecer uma pessoa que nem mora na mesma cidade que eu?
Se uma empresa contrata apenas por indicação, independente da qualidade do profissional, ela no mínimo merece ir a falência.
Agora uma dica para você: se não está sendo contratado é porque nem de longe é bom como acredita ser. No mercado, ótimos profissionais dificilmente ficam sem emprego e são disputados a tapa.
Nestes países aí que saíram do zero e obtiveram altas rendas, teve o fator cultural, que por algum motivo você ignora.
Não, não tem nada a ver com fator cultural. Isso é vira-latismo.
Economia não está nem aí para isso. Países tão diversos culturalmente que seguiram o caminho da liberdade econômica tiveram sucesso. A exemplo do Chile que não tem absolutamente nada a ver culturalmente com o Japão ou os EUA, e é o país que mais prosperou na América do Sul.
O Japão ou a Coréia do Sul seriam países muito melhores do que o Brasil mesmo que tivessem os mesmos impostos, burocracia e regulações.
Imaterial. O difícil é você conseguir demonstrar essa tua fantasia. A exemplo de Coréia do Sul x Coréia do Norte, que é um exemplo empírico dessa diferença.
Demonstre algum país com os mesmos impostos, burocracia e regulações que se desenvolveu apenas pelo fator "cultural".
As empresas brasileiras em sua grande maioria são má geridas, tem uma ideologia atrasada e tem vícios de administração.
Novamente, factoides e afirmações sem embasamento.
E ainda que fosse verdade, empreender num país como o Brasil é tarefa de maluco. Se o sujeito consegue empreender no Brasil com todas essas dificuldades, ele consegue em qualquer lugar do mundo.
 
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Darth_Tyranus

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Ora, e quem disse que são apenas os impostos? Aí você está batendo pesadamente em um espantalho porque isso jamais foi dito.
Citar experiências pessoais ou o que valha é imaterial. Economia não se analisa dessa forma.

Vamos aos fatos: o Brasil figura na rabeira do mundo em competitividade, liberdade econômica, liberdade trabalhista e burocracia. Se não acredita em mim, acredite na Doing Business do Banco Mundial:
E a forma de mensuração do DoingBusiness é totalmente objetiva e sem viés, e não subjetiva. O DoingBusiness lida apenas com coisas palpáveis, como "tempo para se abrir empresas", "facilidade de contratar e demitir", "facilidade de conseguir permissões para a construção civil", "tempo gasto para pagar impostos", "burocracia para conseguir alvarás", "facilidade de crédito", etc.

E na Heritage:
144º posição. Menos de 40 atrás da última colocada do ranking (Venezuela).

Aliás, o próprio Banco Mundial tem diversos estudos analisando o custo do setor público no Brasil em comparação a outros países. O resultado espanta, estamos na frente em gastos em relação ao PIB do que países como EUA e França, que são desenvolvidos:

O resultado disso? Endividamento, destruição da poupança e capital. Não sei se você sabe, mas apenas os impostos são incapazes de custear o setor público, que tem de decorrer a sucessivos déficits e endividamento. O que diminui a capacidade de investimento (principalmente o estrangeiro) e destrói a poupança.
Só isso já refuta o argumento de que países com maiores impostos por si só podem ter alta competitividade. Suécia por exemplo que tem carga tributária menor do que a brasileira, porém tem dívida pública per capita bem menor.

Lhe desafio a me citar um país, somente um, com tamanha burocracia, alto endividamento e altos impostos que atingiu alto patamar produtivo.
Se você conseguir mostrar algum país que conseguiu enriquecer tributando pesadamente a população e com pesada burocracia, aí eu mudo de ideia na hora.

Então novamente: o surreal seria se mesmo com tudo isso, ainda tivéssemos bons salários e empresas super competitivas.
Em nenhum momento eu coloquei que a carga tributária e a burocracia estão eximidas da discussão, mas que também devemos incluir a nossa cultura de trabalho e empreendedorismo na conta. Até porque todas essa legislação não desceu do céu em uma nave especial e chegou aqui de forma alienígena, temos uma forte conta com o lobby de diversos setores junto ao governo. A ditadura Vargas e a ditadura militar foram duas fases de ampla criação de leis que temos hoje, desde a famosa CLT nos anos 1940 até o FGTS nos anos 1960, sugerido pelo Bob Fields para substituir a estabilidade do setor privado, mas que ao longos das décadas acabou se distorcendo completamente.

A própria industrialização no Brasil tem uma forte relação com estatismo, burocracia e protecionismo, várias de nossas leis que nos arrastaram para baixo em algum momento pareceram uma ótima ideia acabaram sendo apoiadas pelos nossos empresários. A nossa própria constituição de 1988, que tanto atrapalha o setor produtivo, foi tecida com muito álcool, putas e drogas fornecidos por empresários que foram até Brasília fazer lobby. Este livro documenta bem, com algumas entrevistas dos nossos principais constituintes, sendo que só sabemos o que eles contaram, muito mais aconteceu, mas será enterrado junto com eles. Invés de fazer pressão por mais liberalismo econômico, o que vimos foi mais protecionismo, mais estatismo, mais burocracia.

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Recentemente com o aumento do dólar diversos insumos começaram a faltar na indústria. Em grupos de discussão na internet de empresários (pequeno e médios) o que mais se viu foi o quê? "Precisamos cobrar imposto de exportação". O Rafael Lima fez um vídeo puto com isso.



A nossa cultura trabalhista não é liberal, é autoritária e protecionista, assim como o Estado e o serviço público.

Quanto a pergunta: "Lhe desafio a me citar um país, somente um, com tamanha burocracia, alto endividamento e altos impostos que atingiu alto patamar produtivo." Fácil de responder: nenhum. Antes de atingir essa consciência de desvencilhamento do protecionismo estatal, precisamos também alterar a nossa cultura produtiva.

Mesmo países com alta carga tributária conseguem ser mais produtivos do que nós: como a Noruega, Alemanha. Irlanda, França etc. Eu sei que eles atingiram essa carga depois de se desenvolverem, mas apesar dela continuaram como centros inovadores, no caso da Alemanha é um país ainda bem industrializado, apesar da carga tributária de 54,3% do PIB.

Até agora, alemães só trabalharam para pagar imposto
Estudo diz que a carga tributária no país nunca foi tão alta. O contribuinte médio tem descontado neste ano 54,3%, ou seja: trabalhou até este 18 de julho, teoricamente, só para pagar impostos e contribuições sociais.

Moedas de euro, lápis vermelho e calculadora
Contribuintes alemães nunca tiveram parcela tão grande descontada de seus rendimentos, diz entidade
Segundo a Federação dos Contribuintes da Alemanha (BdSt), a carga tributária sobre os alemães bateu um recorde neste ano. De acordo com a entidade, nunca os cidadãos no país trabalharam tanto tempo – mais de seis meses – só para rechear o caixa do Estado.
Só a partir desta quarta-feira (18/07) a renda dos cidadãos começou – do ponto de vista matemático – "a entrar no bolso deles”, na avaliação da BdSt.
De acordo com o órgão, a "cota de carga de tributária" – cifra usada pela BdSt cuja base de cálculo é controversa entre economistas – foi recorde neste ano, atingindo 54,3%.
"De cada euro ganho, sobram apenas 45,7 centavos para o uso próprio”, diz Reiner Holznagel, presidente da BdSt.
A informação foi divulgada pela BdSt por ocasião do "Dia Memorial do Contribuinte", data simbólica criada pela entidade como uma forma de tentar conscientizar a população sobre a carga tributária alemã.
Ela cai em dias diferentes a cada ano e se destina a apontar "quanto o Estado retém do salário bruto” do contribuinte alemão médio, através de impostos e taxas sociais.
Segundo a federação, o contribuinte médio alemão trabalhou até este 18 de julho, teoricamente, só para pagar impostos e contribuições sociais. Só a parcela dos rendimentos anuais ganhos a partir do Dia Memorial do Contribuinte fica para "ser gasta pelo próprio contribuinte”.
A BdSt reivindica uma redução da carga tributária na Alemanha.

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É o mesmo que temos por aqui, mas eles estão em 3º lugar no ranking da produtividade. Isso não tem origem apenas na relação impostos-poupança-burocracia, não há dúvidas de que cultura do trabalho e empresarial na Alemanha é totalmente distinta daqui. Fico me perguntando se na hora de contratar um engenheiro da Mercedes fazem um processo seletivo em que você precisa fazer um cartaz falando sobre a tua vida.

Um país no qual as pessoas precisam esconder a sua formação para conseguirem um emprego, pode dar certo?

Mano, que palhaçada é essa daqui?



Isso é pura toxidade. Esses processos seletivos e toda essa moda de coach são demonstrações do quanto estamos mal, existe muito mais do que a relação Estado-setor privado que está nos levando para a barrocada. Tem empresa que gasta mais com coach, churrasco e café do que os computadores nos quais os funcionários irão trabalhar.
 

Cafetão Chinês

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Mesmo países com alta carga tributária conseguem ser mais produtivos do que nós: como a Noruega, Alemanha. Irlanda, França etc. Eu sei que eles atingiram essa carga depois de se desenvolverem, mas apesar dela continuaram como centros inovadores, no caso da Alemanha é um país ainda bem industrializado, apesar da carga tributária de 54,3% do PIB.
Seu ponto não estava bem claro pelas generalizações que havia feito anteriormente. Concordo que grande parte da cultura empresarial no Brasil é paternalista e demanda um governo provedor e protecionista. Inclusive ajudaram a criar todas essas leis anti-mercado que temos.
Porém continua sendo impossível termos empresas competitivas ofertando altos salários num ambiente desses, por uma questão puramente econômica. Pouco importa de quem é a culpa e de quem inviabilizou, essa inviabilidade é factual e independe de viés.

Enfim, o erro é generalizar e colocar "empresa" e "empresário" como uma coisa uniforme (na qual seu argumento se fundamenta). Não são.
Mercado é uma coisa muito diversa. E a esquecer pois que a maioria das empresas (75%), que "tocam o barco", é de pequenas e médias. É gente vendendo o almoço para comprar a janta.
Esses não tem o poder de alterar leis e pedir protecionismo e paternalismo. Não eram eles que estavam junto a Vargas ou a CF88, como no seu exemplo.
Inclusive, se continuarem inviabilizando as empresas, chegará o dia em que o salário de um funcionário público será de zero.

Agora, esse trecho seu que eu citei continua falacioso e parte de uma premissa totalmente equivocada, economicamente, porque você emite outros fatores.
Não se mede o peso do setor público apenas por cobrança de impostos, mas pelo quanto o governo é capaz de gastar, se endividar e inflacionar a moeda.

Impostos não são a única forma do governo gastar, isso é século 19 demais. Um governo que aplica MMT na moeda a exemplo, pode inclusive aplicar baixos impostos (a teoria defende até zerar impostos) porque ele sequer dependerá de impostos para se financiar.

Isso explica porque a Alemanha citada por você não tem um setor público com peso tão grande quanto o brasileiro. O governo alemão tem capacidade bem menor de se endividar e de inflacionar a moeda para conter seus gastos.
Isso não tem origem apenas na relação impostos-poupança-burocracia,
Sim, tem. É uma questão puramente econômica, da qual eu expliquei logo acima. Cultura de um povo pode até ajudar, mas ela por si só não chega nem perto de determinar o sucesso empreendedorial. Na economia existe aquilo que funciona e aquilo que não funciona.

Inclusive devo lembrar a você que a Alemanha já passou por momentos no qual nenhuma "cultura" os impediu de terem baixa produtividade e economia inviabilizada (que envolveram carrinhos de dinheiro na compra de pães).
A história nos mostra até mesmo com uma "experiência" radical empírica entre leste e oeste e suas inequívocas diferenças...
 
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ShadowLord

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Gente, onde eu encontro material gratuito em vídeo ou apostila? Coisa básica mesmo: auditoria geral, direito administrativo, direito constitucional, noções de direito penal e direito tributário.
 

makeikow

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Gente, onde eu encontro material gratuito em vídeo ou apostila? Coisa básica mesmo: auditoria geral, direito administrativo, direito constitucional, noções de direito penal e direito tributário.
Vídeo aula você encontra no YouTube em canais, como Estratégia Concursos, Direção Concursos, GranCursos, etc.
O blog do estratégia oferece várias leis resumidas. Dá uma conferida lá.
 

Jolteon

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Antestor

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Alguém vai fazer polícia federal?

Edital em dezembro e provas provavelmente em abril!
 

Antestor

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Quais cargos?

Uma porrada de cargos, serão 2 mil vagas.

Cerca de mil vagas só para o cargo de agente e mais de 500 vagas para escrivão.

Vai ter pra outras áreas e para nível médio além de mais de 100 vagas para delegado que apesar de possuir os requisitos para concorrer só irei fazer mesmo o de escrivão.
 
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