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De todas as pseudociências, a mais perigosa é a Escola Austríaca - Mario Bunge

Sora O alquimista de fogo

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Mario Bunge é um físico e filósofo hispano-americano. Nomeia-se cientificista e comprometido com os valores do secularismo republicano, socialismo democrático e direitos humanos. Inimigo ferraz das pseudociências, principalmente, Darwinismo social, Existencialismo, Psicanálise e Escola Austríaca. Tem várias entrevistas e matérias do autor no Universo Racionalista. Organizei a mais importante com trechos do livro dele "Economia y Filosofia". Tirem suas conclusões.

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Economía y Filosofía - Mario Bunge

Até meados da década de 1960, quem quisesse se envolver com misticismo, com embuste intelectual ou com anti intelectualismo, teria de fazê-lo fora dos bosques sagrados da academia; por quase dois séculos antes do tempo em que a universidade era uma instituição de ensino superior, onde as pessoas cultivavam o intelecto, envolvidas em uma discussão racional, procuravam a verdade, aplicavam-na, ou a ensinavam para a melhor de suas habilidades. Para ter a certeza de que de vez em quando um traidor de um destes valores era descoberto, ele era prontamente condenado ao ostracismo.

Os inimigos acadêmicos da própria raison d’être da universidade podem ser agrupados em duas classes: os anticientistas, que muitas vezes se intitulam “pós-modernistas”, e os pseudocientistas. A pseudociência é sempre perigosa porque contamina a cultura e quando o que está em jogo é a saúde, a economia ou a organização política, a falsa ciência coloca a vida, a liberdade e a paz em risco. Mas, desde já, a pseudociência se torna extremamente perigosa quando goza do apoio de governos, religiões organizadas ou as grandes empresas.

Na passarela lotada de pseudociências, há estrelas que se destacam. E não é fácil acompanhar as que mais lucram. Segundo Mario Bunger “Depende do país. Na Argentina, todas prosperam igualmente. No México, xamanismo de ervas. E nos Estados Unidos, teoria econômica de livre-mercado”.

Legisladores norte-americanos recorreram à eugenia, fomentada em uma época por muitos cientistas e intelectuais públicos de boa fé, para propor e aprovar leis que limitam a imigração de pessoas de “raças inferiores” e levou à internação de milhares de crianças consideradas débeis mentais. Essa mesma “ciência” justificava as políticas raciais das potências coloniais e dos nazistas, e levou à escravidão e assassinato de milhões de nativos americanos, índios, negros, eslavos, judeus e ciganos.

A crise global que começou em 2008 é um exemplo atual das consequências sociais catastróficas decorrentes de políticas sociais baseadas em filosofias econômicas e políticas equivocadas. Na verdade, há consenso de que as culpadas por esta crise são as políticas de laissez faire(livre mercado) aplicadas pelos governos americano e britânico desde os tempos de Ronald Reagan e Margaret Thatcher. Agora, laissez faire não é um slogan ideológico isolado: é a consequência lógica de dois dogmas que permanecem acriticamente, apesar das mudanças na realidade econômica desde que Adam Smith (1776) publicou sua grande obra. Esses dogmas são os princípios que a) o único propósito da atividade econômica é o lucro privado; e b) o mercado livre (não regulado) regula a si mesmo, ou seja, está sempre em equilíbrio ou perto dele, e certamente, qualquer intervenção terá um efeito negativo sobre ele.

Por sua vez, a hipótese acima é baseada em três doutrinas filosóficas aceitas sem exame: uma ontologia individualista, uma epistemologia não científica e uma ética individualista. O individualismo é a tese de que só existem indivíduos: que as entidades coletivas, como empresas e nações, são produtos da imaginação. Esta tese é errada: o que é fictício é o indivíduo isolado. As ações individuais só podem ser compreendidas no seu contexto social. Pode-se iniciar a análise em nível micro ou macro, mas nenhuma análise é satisfatória negligenciando-se um dos dois extremos. A lição metodológica é que qualquer explicação satisfatória de um evento social irá incluir o que eu chamo de diagramas Boudon-Coleman (Bunge, 1996). Aqui está um exemplo recente:

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Macronível: crédito fácil, bolha imobiliária, crise.
Micronível: aumento por demanda de moradia, descumprimento.


Os diagramas Boudon-Coleman vão contra a metodologia individualista radical, que incentiva a permanecer sempre no nível micro. Assim como o holismo é acompanhado por uma ética do dever, como com Confúcio e Kant, o individualismo é atrelado ao slogan egoísta “cada um por si”. O sistemismo, no entanto, propõe uma ética humanista em que os direitos e deveres são igualmente importantes. Nessa filosofia moral, todo direito implica um dever e vice-versa. Por exemplo, o meu direito de ganhar a vida implica o dever de ajudar os outros a sobreviver, e meu dever de pagar impostos representa o meu direito de participar na decisão de como esse dinheiro será gasto. Defendo que as pessoas comuns são regidas por uma filosofia moral como esta, enquanto os políticos e economistas conservadores pregam a deontologia às massas, ao mesmo tempo que aconselham o egoísmo a seus clientes.

O economista ortodoxo objetará a inclusão da política e da moralidade entre os determinantes da política econômica: dirá que se trata de regras puramente técnicas relativas ao manual de instruções do maquinário macroeconômico. Esta afirmação, no entanto, está incorreta no melhor dos casos, ou é fingida no pior deles, já que não há dúvida de que toda a política econômica vai avançar certos interesses enquanto prejudicará outros. Por exemplo, o livre comércio favorece aos fortes ao mesmo tempo que freia o desenvolvimento dos fracos; e o estado de bem-estar melhora a sorte dos pobres taxando os ricos. Em suma, qualquer política pública é moralmente comprometida. Isto foi compreendido pelo grande socioeconomista Gunnar Myrdal quando, algum tempo atrás, nós exortou: Declare seus valores! Se não o fizermos, poderemos estar ajudando a justificar a pseudociência ou a ciência mercenária.

O monetarismo de Friedman é a política econômica liberal segundo a qual tudo o que precisa ser feito para manter a saúde da economia é controlar a oferta de dinheiro. Isto é, a impressão de notas do banco e crédito bancário (Friedman 1963, 1968, 1980). Inevitavelmente, o monetarismo lembra outras panacéias: água com alcatrão, manipulação da coluna vertebral e a sangria, especialmente o último. Recorre-se primeiro a bruxaria, quando outros remédios parecem falhar; e como a bruxaria, é adotada pela fé, e não pela base de uma teoria comprovada e estatística.

Governos conservadores, e até mesmo alguns governos liberais, adotam o monetarismo por dois motivos: por causa de sua simplicidade e porque acontece de favorecer os ricos.

Mas a contribuição mais importante do professor Friedman a fundamentação teórica da política monetarista é o seu quadro teórico para análise monetária (1970). Ele está certo em chamá-lo de "arcabouço teórico", e seria ainda mais correto chamá-lo "programa de uma teoria" ou "pagaré teórico", porque não é uma teoria adequada.
Este sistema conceitual contém três símbolos funcionais totalmente indeterminados (f g e l), de modo que as fórmulas em que aparecem são declarações vagas do tipo l/ é alguma função/ de X. Toda a política econômica que recomenda Friedman é, portanto, baseado em um programa para uma teoria, não em uma teoria explicitamente formulada e testada empiricamente. Sendo um programa (que alguém deveria executar) é incapaz de explicar ou predizer qualquer coisa.

Não diremos mais nada sobre a base teórica e empírica miserável do monetarismo. Mas sobre a relação as filosofias morais, sociais e políticas que a baseiam, que são essencialmente as do liberalismo econômico, isto é, individualismo. (Veja Hayek (1949) para uma formulação lúcida do individualismo.)
Esta doutrina se resume aos seguintes princípios:
a)egoísmo (Cada um por si)
b)darwinismo social ("Somente os mais bem adaptados sobrevivem e merecem sobreviver à competição econômica")
c)liberalismo político (distintamente diferente da democracia).
Na minha opinião o primeiro não é apenas desprezível, mas também ineficaz (exceto em rasgar o tecido da sociedade), uma vez que a vida em sociedade requer um mínimo de altruísmo e cooperação. Também assumiremos que o darwinismo social já há muito refutado, se apenas porque: (a) na vida real falham muitas empresas sólidas e muitas aventureiras selvagens tem sucesso, e (b) a "disciplina severa do mercado" molda não apenas os líderes, mas também os golpistas e opressores.

Quanto à associação entre liberdade econômica e política, parece que é apenas um correlação temporária tomada por relação causal permanente. Na verdade, embora o laissez faire econômico tenha sido vinculado às liberdades políticas em quatro nações (Holanda, Grã-Bretanha, França e EUA) entre 1750 e 1850. Esta associação não vale a pena em lugar nenhum, não apenas porque os monopólios e a intervenção estatal mataram a livre iniciativa. Mais ainda assim, a manutenção bem-sucedida da livre iniciativa irrestrito exigiria um governo autoritário pronto para suprimir quaisquer ameaças à liberdade econômica, como as representadas pelo movimento dos trabalhadores, partidos políticos que defendem a nacionalização dos serviços públicos e dos recursos energéticos, e até o movimento cooperativo. Como diz Prebisch (l98l), "os princípios neoliberais só podem ser aplicado sob um regime de força ".

Os austríacos não tem uma teoria sobre a inflação, nem, por consequência, argumentos para justificar suas recomendações para resolver o problema da inflação. Porém, desde já possuem uma Hipótese sobre a origem da inflação, e uma regra baseada nesta hipótese. A hipótese é que a inflação é causada pela impressão de dinheiro; a regra é parar as prensas de impressão de notas. A hipótese é demasiada simples para ser verdadeira. Em todo o caso, verifica-se o contrário, a saber, que a velocidade com que um governo imprime dinheiro é determinada pela diferença entre as despesas e as receitas do Estado. Se o primeiro excede o segundo, o Governo imprime dinheiro ou o toma emprestado para cumprir suas obrigações; apenas um orçamento estritamente equilibrado resulta em velocidade zero de oferta de moeda.

Em resumo, teorias e modelos econômicos eles devem ser testados da mesma forma que quaisquer outros modelos e teorias da ciência. Na verdade, as teorias econômicas mais conhecidas presumem ou contêm hipóteses que não podem ser testadas por meios objetivos, como os relativos ao valor e à utilidade. Além disso, a teoria assinatura neoliberal contém um postulado central que foi refutada por pesquisas empíricas, ou seja, a hipótese de que os empresários sempre visam maximizar os lucros (em vez de buscar crescimento, ou satisfação, ou mera sobrevivência). Também contém outros postulados que, embora possam ter sido válidos para o mercado livre, deixaram de ser válidos porque o mercado livre não existe mais.

Resumindo: o mercado livre, objeto das teorias liberais e neoliberais, não existe mais, portanto, essas teorias são apenas de interesse histórico. Quanto à tentativa de reviver o mercado livre, com somente eliminar as regulações governamentais, ao estilo das adotadas por governos da Gran Bretânia e EE. UU. da Norteamérica, estão condenadas a fracassar. Primeiro, porque estas medidas não tocam a grandes corporações, as que - como Adam Smith e Karl Marx notaram - reduzem substancialmente a própria essência da economia livre, a saber, a competição. Em segundo lugar, porque esses regulamentos, odiados pelos mercadores da liberdade econômica, são a única proteção para os pequenos capitalistas e o público. Portanto, a eliminação do estado de bem-estar social (welfare state) em nome da teoria neoliberal (economia do bem-estar) causará não apenas miséria, mas também descontentamento e, eventualmente, rebelião. A ganância é um mau conselheiro.

Afim. Há dois tipos de ignorância: Natural ou direta, e artificial ou intencional. Nenhum departamento de química contrataria um alquimista. Um departamento de cristalografia não é lugar para crentes no poder psíquico de cristais. Nenhuma escola de engenharia iria manter a intenção de alguém em projetar uma máquina de movimento perpétuo. Nenhuma psicologia junguiana é ensinada em qualquer departamento de auto-respeito da psicologia. Quem crê em Economia de livre mercado não pode fazê-la em uma escola de economia credenciada. Para generalizar: nem falsidades ou mentiras comprovadas são ensinadas em qualquer instituição científica ou tecnológica. E por uma razão muito boa também: a saber, porque tais instituições são criadas com o propósito específico de encontrar, refinar, aplicar, ou ensinar verdades, e não apenas velhas opiniões.

Fontes:
 
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Berofh Erutron

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Mais ou menos, mais ou menos isso.

Obviamente digo isso com base nesses segmentos de texto. A criatura em questão provavelmente sabe mais do que fala do qualquer pretensão minha ao julgar por essa ínfima porção.
 


Darth Mario

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Que monte de m**** prolixa sem qualquer conteúdo, que faz afirmações exageradas sem nenhuma prova. Parece até um pseudocientista.

A parte que ele diz que há um "consenso" de que a crise de 2008 veio de baixa regulação" é de uma desonestidade tremenda, que eu acho muito irônico que o cara ainda quer apontar algo como "pseudociência".

Antes mesmo de 2008 tinha um grupinho de pessoas...que falava que havia uma crise de crédito, e explicando EXATAMENTE como a crise viria, o que iria afetar e o que a estava causando. Não foi só "vai haver uma crise". Mostrando os números e tudo que iam causar essa crise. Esses caras eram chamados de loucos, "pseudocientistas", que o mercado imobiliário era sólido. Aí teve a crise...

Esse grupinho eram os Economistas Austriácos.

Mark Thornton, Ron Paul, e Peter Schiff, todos mostraram "olha essa bolha aí, cara" desde o começo dos anos 2000, tudo baseado no trabalho de Hayek, que ganhou um Nobel de Economia que explicava justamente o que aconteceu.
 

Dionysus Lib3r

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Toda economia mundial é pseudociência. Pergunto-me há quantos séculos.

Hoje virou apenas um enorme cassino.... Câmbio, mercado de ações, criptomoedas... Tudo jogatina, em que os mais malandros saem ganhando em cima de quem realmente produz algo.

Obviamente a economia deveria ser abordada como um problema moral, mas quem está no poder não vai deixar isso acontecer.
 

Abdullah Al-Papai

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Título: De todas as pseudociências, a mais perigosa é a Escola Austríaca

Conteúdo: Crítica ao monetarismo de Friedman


Argentino feladaputa fazendo clickbait, pqp. Porra de Friedman é austríaco onde?

Mas nessa aqui ele foi preciso:

"Em resumo, teorias e modelos econômicos eles devem ser testados da mesma forma que quaisquer outros modelos e teorias da ciência. Na verdade, as teorias econômicas mais conhecidas presumem ou contêm hipóteses que não podem ser testadas por meios objetivos, como os relativos ao valor e à utilidade. Além disso, a teoria assinatura neoliberal contém um postulado central que foi refutada por pesquisas empíricas, ou seja, a hipótese de que os empresários sempre visam maximizar os lucros (em vez de buscar crescimento, ou satisfação, ou mera sobrevivência). Também contém outros postulados que, embora possam ter sido válidos para o mercado livre, deixaram de ser válidos porque o mercado livre não existe mais."
 

Sora O alquimista de fogo

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Título: De todas as pseudociências, a mais perigosa é a Escola Austríaca

Conteúdo: Crítica ao monetarismo de Friedman


Argentino feladaputa fazendo clickbait, pqp. Porra de Friedman é austríaco onde?
Um bom clikbait depois uma comparação com o Nazismo e o racismo é a melhor maneira de começar uma crítica.
A frase em questão ele repete numa entrevista e depois no livro dele "Elogio de la Curiosidade". Não adicionei porque a críticas dele a Hayek e Friedman são praticamente as mesmas, todos como os caça-fantasmas da economia, Hayek em especial como "o ideólogo". Depois fala "ninguém soube explicar como Hayek ganhou o Prêmio Nobel."
Bem, quem se interessar no livro pag. 73-79
www.memo.com.ar/opinion/escribe-mario-bunge-hayek-economista-o-ideologo
 
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DanielMF

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De fato muitos pintam a escola austríaca com um modelo mágico que vai resolver a economia. A realidade nunca é simples assim, para qualquer modelo econômico que for.

Mas ganha alguns pontinhos comigo quando observo que os políticos fazem justamente o inverso desse modelo, por puro fisiologismo ou então, pela arrogância de resolver os problemas simplesmente na canetada.

Então, não demonizo e nem santifico. Tem méritos importantes a serem respeitados.
 

Dathilot

Lenda da internet
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Engraçado que ele deixou todos os Neo-Hegelianos, Marxismo, Escola de Frankfurt e Escola de Birmingham de fora, e todos esses costumam adorar e implementar psicanálise lacaniana em suas doutrinas...

Aliás, discurso eugenista está sendo reintegrado a esquerda e ao marxismo principalmente no que trata de "ecologia" e de veganismo. Singer ta ai fazendo escola, pregando aborto, terrorismo biológico de forma a tornar toda humanidade alérgica a carne e sofrendo de nanismo.
 

Sora O alquimista de fogo

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Eu vi a entrevista completa do S. Liao. A ideia de dar olhos de gato a todos os humanos por meio genético para assim tornar as lâmpadas desnecessárias, e assim diminuindo o gasto de energia a zero, foi a coisa mais criativa que já ouvir até hoje. E com maior iluminação ou melhores olhos, os crimes acabem. Genial.

227030
 

Lacerda Yawara

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E com maior iluminação ou melhores olhos, os crimes acabem. Genial.

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Dionysus Lib3r

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Nesse video uma pessoa que trabalhou em um setor orçamentário do governo Bush explica um pouco de como a "economia" realmente funciona:

 

Combatente

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Nada no Conservadorismo e Liberalismo traz justiça social e igualdade( aqui reside uma piada, aonde na revolução francesa se trouxe igualdade?)

Uma sociedade está fadada ao fracasso em termos de promover a dignidade humana, se insistir no modelo conservador-liberal. Eu não estou em nenhum momento dizendo que no modelo vigente não ocorra o desenvolvimento tecnologico e avanço nas ciencias naturais. Mas esse ganho é irrelevante, ao saber que o mundo tem uma crise humanitária, milhares de famintos por culpa de sua política liberal.

A desigualdade social não pode ser admitida como congênita ao conceito de sociedade. Isso é meramente consequência do sistema econômico capitalista. Em sociedades tribais isso não existe. Quem defende o capitalismo, defende seu atraso, defende seu grupinho economico que se serve da exploração dos outros. Porém, pela falhação que foi Marx, hj não se defende o fim do capitalismo, mas que ele seja domesticado, que fique manso. O capitalismo deve ser transformado novamente, assim como ocorreu algumas vezes. O porco capitalista (empreendedor,empresário, industrial, produtor) deve ser adestrado em ter consciência social, em cumprir função social, em estabelecer a dignidade da pessoa humana para aqueles que trabalham.

Se não entendem disso. Lamento, o caos social fará emergir esfomeados, violentos, e eles se voltarão contra o porco burguês, não de forma organizada como uma tal revolução do proletáriado, mas na forma de crimes. Só não enxerga quem não quer.
 

deriks

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hj não se defende o fim do capitalismo, mas que ele seja domesticado, que fique manso. O capitalismo deve ser transformado novamente, assim como ocorreu algumas vezes. O porco capitalista (empreendedor,empresário, industrial, produtor) deve ser adestrado em ter consciência social, em cumprir função social, em estabelecer a dignidade da pessoa humana para aqueles que trabalham.
Isso é ensinado desde o início, com a ideia de "me ajude hoje pois talvez você precise de ajuda amanhã". E advinha só, isso acontece o tempo todo com muitos tipos de bicho com dinheiro no mundo, principalmente com os famosos tipo Bill Gates e Ellon Musk. Mas se tu acha que não tem gente poderosa que defende o fim do capitalismo, tas enganado
 

Combatente

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Isso é ensinado desde o início, com a ideia de "me ajude hoje pois talvez você precise de ajuda amanhã". E advinha só, isso acontece o tempo todo com muitos tipos de bicho com dinheiro no mundo, principalmente com os famosos tipo Bill Gates e Ellon Musk. Mas se tu acha que não tem gente poderosa que defende o fim do capitalismo, tas enganado

Eu defendo a dignidade das pessoas. So isso e nada mais. Eu não defendo que todos tenham uma casa grande, dois carros, ir a pra praia todo fim de semana, não. EU defendo que todos tenham os filhos numa boa escola, que tenham alimentação, segurança, lazer mínimo. Não é necessário fazer como a Venezuela(todos pobres), nem necessário sublimar a liberdade como ocorre na China( escravidão). Basta criar a consciência social por força de lei mesmo. O empregador precisa saber que a força de trabalho humano é uma cadeia, que dela sustenta filhos e que tudo faz parte de um grande sistema. Pobreza, fome, atrai violencia que se volta contra os ricos.

É preciso trazer os empregadores ao cenário politico e eles devem fazer parte. Eles fomentam o País, devem ser responsáveis pelo País, pela sociedade. Vc nunca viu desempregado dizer: alguém me dê uma oportunidade!

Eu tenho alguns esboços de como isso seria uma revolução positiva. Os reais criadores de empregos estariam na liderança do País.
 

Combatente

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Desculpa, mas não.

Isso é empiricamente falso.

Não é. Ainda dá tempo de vc mudar para o melhor que vc pode vir a ser. Ja esteve em grande dificuldade e alguém estranho te ajudou? A mim já. Eu nasci com consciência social sem ao menos saber o que isso significa. Eu sempre me importei com os outros (os que são dignos, não confundir com malandro e bandido)

Eu vou redigir com calma ( não agora), um texto, e publicar nessa pasta politica. Eu vou dar toda minha razão do que estudei e meu coração nela. Resumidamente eu entendi que o capitalismo e algumas ideias socialistas podem coexistir. Não se trata de copiar Keynes, ou algum autor de social democracia. É algo que invoco do espirito para fora. É um pensamento economico cristão. Não é tarefa fácil fazer isso. Mas prometo.
 

Maladino

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Não é. Ainda dá tempo de vc mudar para o melhor que vc pode vir a ser. Ja esteve em grande dificuldade e alguém estranho te ajudou? A mim já. Eu nasci com consciência social sem ao menos saber o que isso significa. Eu sempre me importei com os outros (os que são dignos, não confundir com malandro e bandido)

Eu vou redigir com calma ( não agora), um texto, e publicar nessa pasta politica. Eu vou dar toda minha razão do que estudei e meu coração nela. Resumidamente eu entendi que o capitalismo e algumas ideias socialistas podem coexistir. Não se trata de copiar Keynes, ou algum autor de social democracia. É algo que invoco do espirito para fora. É um pensamento economico cristão. Não é tarefa fácil fazer isso. Mas prometo.
Não estou falando da consciência ou natureza humana. Estou falando que é empiricamente provado, observado e analisado que a desigualdade existe em inúmeras sociedades tribais. Nós temos evidências de desigualdade social em sociedades pré-humanas inclusive, datando de milhares, se não milhões de anos antes de sequer pensarmos em criar uma sociedade agrária.

É difícil de observar, principalmente com uma visão eurocêntrica ou ideológica, desigualdade em sociedades majoritariamente familiares (Como as tribais pequenas), mas elas existem e já começam a surgir na própria estrutura parental já, assim que mais núcleos se formam em uma mesma tribo as coisas ficam mais e mais evidentes.

A escravidão, que talvez seja uma forma extremamente óbvia de desigualdade, já existia até em grupos de sociedade não estratificada, basicamente de caçadores e coletores. Nessa situação era rara, até porque geralmente a escravidão acaba induzindo a estratificação quando ela não é presente, mas ela existia, se bobear até existe ainda em alguns grupos indígenas remanescentes.

Não estou falando que é essa a origem, mas etologicamente a consciência social poderia ter inclusive surgido exatamente como estratégia de sobrevivência de forma a limitar a desigualdade em grupo. Estou tirando isso da bunda, mas só estou dando um exemplo de que o fato de você se importar com os outros pode apontar exatamente o contrário do que você pensa.

E pra mim nem faz muito sentido comparar como você se sente com o que seria ou não congênito a sociedade, uma vez que desigualdade é fenômeno externo e consequente.

De novo: desigualdade existe em diversas, se não na maioria, das sociedades tribais. É algo que precede a civilização em diversos grupos humanos. Pode não ser presente em todas as sociedades, mas não só é presente em inúmeras sociedades pré-capitalistas como é até da própria humanidade. Isso é empírico.

Essa ideia de não haver desigualdade em sociedades tribais é na verdade uma visão extremamente eurocêntrica (Apesar de muitos negarem) de bom selvagem. É limitante, errada e mais importante defasada.
 
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Wrex

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Toda economia mundial é pseudociência. Pergunto-me há quantos séculos.

Hoje virou apenas um enorme cassino.... Câmbio, mercado de ações, criptomoedas... Tudo jogatina, em que os mais malandros saem ganhando em cima de quem realmente produz algo.

Obviamente a economia deveria ser abordada como um problema moral, mas quem está no poder não vai deixar isso acontecer.
Eu diria que economia ou mercado é como rotulamos as relações materiais. O estudo da economia é uma ciência.
Assim como a quando estudamos diferentes aspectos da natureza, como física, química, biologia... Elas são ciências.

Ciência econômica é da área de humanas, por isso dá impressão que pode ser pseudociência, mas está bem longe disso.
 

Sora O alquimista de fogo

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"Em resumo, teorias e modelos econômicos eles devem ser testados da mesma forma que quaisquer outros modelos e teorias da ciência. Na verdade, as teorias econômicas mais conhecidas presumem ou contêm hipóteses que não podem ser testadas por meios objetivos, como os relativos ao valor e à utilidade. Além disso, a teoria assinatura neoliberal contém um postulado central que foi refutada por pesquisas empíricas, ou seja, a hipótese de que os empresários sempre visam maximizar os lucros (em vez de buscar crescimento, ou satisfação, ou mera sobrevivência). Também contém outros postulados que, embora possam ter sido válidos para o mercado livre, deixaram de ser válidos porque o mercado livre não existe mais."
Esqueci de comentar isso, pois é uma discussão epistemológica importante. No caso é sobre o objeto de estudo da economia, Hayek propõe a ação humana, as possibilidades de ação humana são limitadas, e os recursos escassos. No entanto se o objeto de estuda da economia for a intenção, ela deveria ser tomada pela psicologia, se tornando uma subárea da psicologia, o que Mario Bunge vai propor mais a frente em outros livros.
Quanto a afirmação que mercado livre não existe. Falácia. Mercado competitivo ainda existe na agricultura, mercado de serviços, capitais... enfim.
 

Dionysus Lib3r

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Eu diria que economia ou mercado é como rotulamos as relações materiais. O estudo da economia é uma ciência.
Assim como a quando estudamos diferentes aspectos da natureza, como física, química, biologia... Elas são ciências.

Ciência econômica é da área de humanas, por isso dá impressão que pode ser pseudociência, mas está bem longe disso.

1. the systematic study of the nature and behaviour of the material and physical universe, based on observation, experiment, and measurement, and the formulation of laws to describe these facts in general terms

Se você pegar os maiores "pregadores" fundamentalistas da "ciência", tipos como Lawrence Krauss, eles vão te dizer que ciência é aquilo que pode ser medido.

Conheço um autor tentou abordar a economia sobre aspectos técnicos, históricos, filosóficos e morais... e chama economia atual de pseudofísica.
 

Wrex

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1. the systematic study of the nature and behaviour of the material and physical universe, based on observation, experiment, and measurement, and the formulation of laws to describe these facts in general terms

Se você pegar os maiores "pregadores" fundamentalistas da "ciência", tipos como Lawrence Krauss, eles vão te dizer que ciência é aquilo que pode ser medido.

Conheço um autor tentou abordar a economia sobre aspectos técnicos, históricos, filosóficos e morais... e chama economia atual de pseudofísica.
Bem, pra mim ciência é um método. Sim ele precisa ser medido.

Economia pode ser medida também.

Medidas abstratas também servem.
Mesmo em matemática, vc tem números imaginários, infinito...
 

Dionysus Lib3r

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Bem, pra mim ciência é um método. Sim ele precisa ser medido.

Economia pode ser medida também.

Medidas abstratas também servem.
Quê?
Abstract: existing as an idea, feeling, or quality, not as a material object:

Como se mede uma ideia ou um sentimento?

Em princípio você pode medir vários "atos econômicos", no geral não vejo como, até porque quase todos os números são falsificados.

Se orçamento oficial da maior economia do mundo U$ 20 trilhões desaparecem do nada, imagina no resto. Basta trabalhar em qualquer empresa de pequeno a médio porte que você vai ver quase todos os números oficiais são falsos.

É tudo cheio de mentiras, regras podem mudar a qualquer momento, é sem sentido.
 

Poor_Boy

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"Nomeia-se cientificista e comprometido com os valores do secularismo republicano, socialismo democrático e direitos humanos"

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