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[Democracia do gordinho News] PDT pode estabelecer parceria com o partido de Kim Jong-un

Dark Goomba

Bam-bam-bam
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“Não me associo a quem diz que a Coreia do Norte é uma ditadura”

Entrevistado por CartaCapital, o deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) contou sobre possível parceria com partido de Kim Jong-un




“Não há razão para hostilidade com a Coreia do Norte.” Após viagem de nove dias ao país liderado por Kim Jong-un, o deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) afirmou, em vídeo nas redes sociais, que sua legenda pode abrir uma parceria com o Partido do Trabalho da Coreia (PTC). Entrevistado por CartaCapital, o parlamentar conta que a ideia é fomentar intercâmbios de delegações do PDT na república coreana.


A estadia do deputado durou entre 4 e 13 de setembro. Ramos chefiou uma comitiva composta por mais cinco pessoas: Leonardo Zumpichiatti de Campani, representante da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini; Roberto Viana dos Reis, militante do Movimento Cultural Darcy Ribeiro; Julia Alves Porto, militante do movimento Juventude Socialista; e Mirian Bueno Fonseca, militante do movimento Ação da Mulher Trabalhista.

A programação foi recheada de visitas a pontos turísticos e de instituições públicas, principalmente, na capital Pyongyang. Em 5 de setembro, o deputado visitou o Museu da Revolução Coreana e teve um banquete de comemoração da Independência do Brasil, oferecido pelo diplomata Luís Felipe Silvério Fortuna, ministro de 1ª Classe do Palácio do Itamaraty e chefe da embaixada do Brasil na Coreia do Norte.

Em 6 de setembro, conheceu o hospital de oftamologia de Ryukyiong e o Instituto de Oncologia Glandular Mamária do Hospital de Maternidade de Pyongyang. No mesmo dia, participou de um jantar oferecido pelo partido de Kim Jong-un, mas o líder não esteve presente. Em 7 de setembro, visitou um jardim zoológico, uma fábrica alimentícia de esportistas e assistiu a jogos e apresentações artísticas. No dia seguinte, visitou apartamentos para professores, andou de metrô e conheceu um parque aquático.

Em 9 de setembro, foi a museus. Um dia depois, visitou a presidência da Assembleia Popular Suprema e assistiu a um espetáculo no circo de Pyongyang. Nos dias finais, esteve no Museu da Vitória da Guerra, no Palácio de Estudo do Povo, numa fábrica de produtos de beleza, entre outros locais.

O parlamentar defende que o Brasil tem muito a aprender com as políticas sociais do governo norte-coreano, que ele resiste em chamar de “ditadura”. “Não verificamos a existência de favelas, de menores abandonados na rua, de idosos desassistidos, de mendicância”, afirma, ao comparar com as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros. Ramos acaba de produzir um relatório sobre o país e deve entregá-lo à direção nacional do PDT nos próximos dias.

País mais bloqueado do mundo, a Coreia do Norte esteve cercada por milhares de soldados dos Estados Unidos desde 1953, após um cessar-fogo temporário decorrente de uma guerra com os americanos que durou três anos. Juridicamente, a Guerra da Coreia não teve um acordo de paz por mais de seis décadas. Nos últimos anos, o país ganhou destaque por ostentar ao mundo o seu poderio nuclear, utilizado como moeda de troca para negociações com os Estados Unidos.

Em 2018, as duas Coreias anunciaram um tratado de pacificação na península. Em junho deste ano, Donald Trump foi o primeiro presidente americano a pisar em terras norte-coreanas. Durante a própria gestão Trump, a Casa Branca anunciou bloqueios econômicos contra o país, mas suspendeu as sanções no início de 2019. Os diálogos pela desnuclearização da Coreia do Norte seguem sem avanços concretos.

CartaCapital: Qual foi o objetivo da viagem?

Paulo Ramos:
O PDT recebeu um convite do Partido do Trabalho da Coreia do Norte para mandar uma delegação para um intercâmbio. O presidente do PDT, Carlos Lupi, me designou como chefe da delegação e fomos lá, com 5 membros, fazer uma visita àquele país sobre o qual só ouvimos falar pelos jornais, pela televisão. Não temos dados, digo assim, presenciais. E fomos lá, nesta interlocução, e foi uma experiência muito importante. Porque, pelo menos, nos dá oportunidade, não chegou a ser uma avaliação profunda, mas nos dá oportunidade de conhecer um pouco a realidade daquele país. Conhecer o projeto, conhecer os avanços e aquilo que eles pretendem, dentro do projeto que eles, soberanamente, definiram. Então, foi uma visita importantíssima.

Eles, lá, se dedicam à educação, à pesquisa científica e tecnológica e à questão da soberania. Andei de metrô, andei de ônibus, andei de trem, visitamos escolas, visitamos hospitais, visitamos bibliotecas, visitamos museus, para fazermos uma avaliação. Ainda não foi possível ter uma conclusão, mas, de qualquer maneira, é um regime de partido único, as pessoas têm, aparentemente, uma compreensão de que a disputa pelo poder cria divisões. As pessoas acreditam nos líderes e acreditam no projeto. É impossível deixar de constatar que há avanços significativos. Pelo menos, em uma visão superficial, andando pelo país, nós não verificamos a existência de favelas. Não verificamos menores abandonados na rua, idosos desassistidos na rua, não verificamos mendicância. Nós não verificamos consequências sociais que verificamos aqui. Isso não significa uma conclusão, significa uma avaliação preliminar.

Então, acabamos de fazer um relatório para o PDT e imaginamos que interessa muito aprofundar esse relacionamento. Uma afirmação deles que eu considerei relevante: “Não somos nós que estamos fechados ao mundo. É o mundo, por imposição dos Estados Unidos da América do Norte, é o mundo que se fecha contra nós, com algumas exceções”. E o Brasil não está fechado. O Brasil tem representação diplomática lá e eles têm representação diplomática aqui em Brasília. O Brasil ainda tem relações comerciais com a Coreia do Norte, embora incipientes. Então, eles querem uma aproximação, eles querem incrementar essas relações comerciais.

Nosso embaixador lá na Coreia do Norte, doutor Luís Felipe, está entusiasmado com a possibilidade de aprofundar essa relação. Então, o Brasil defende a autodeterminação dos povos. Eles lá têm o seu projeto e alimentam esse projeto a partir da sua soberania e da autodeterminação. A China, por exemplo, é a principal parceira comercial da Coreia do Norte, como também é a principal parceira comercial do Brasil. O Brasil se relaciona com outros países, com a Rússia, com a China, veja o BRICS. Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Então, não há nenhuma razão para termos hostilidade em relação à Coreia do Norte.

CC: O senhor falou, em vídeo, que é possível haver uma parceria entre o PDT e o Partido do Trabalho da Coreia. Que parceria seria essa?

PR:
Na verdade, essa parceria é um intercâmbio, troca de impressões. Aquilo que o PDT puder servir de mediador… Nós temos um grupo parlamentar para relações com a Coreia do Norte, de vários partidos, não apenas do PDT [O Grupo de Amizade entre Brasil e Coreia do Norte foi fundado em junho de 2018 e, neste ano, conta com 9 senadores e 7 deputados, dos partidos PDT, PT, PCdoB, PROS, PSB, PSDB, DEM, PL e o próprio líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB]. Então, estamos esperando que, no ano que vem, haja o comparecimento da direção nacional do PDT, de uma outra delegação, para aprofundarmos esse relacionamento. Eu vejo aí, nas redes sociais, a tentativa de criminalizar um relacionamento que só deveria ser visto, se não com entusiasmo, mas pelo menos, com respeito.

CC: O que a Coreia do Norte tem a ensinar ao Brasil sobre soberania?

PR:
Eles lá dizem o seguinte: nós temos independência política e somos uma potência militar socialista. E temos um projeto para incorporar, às massas populares, os benefícios do progresso. Definiram alimentação, habitação e vestuário, e estão realizando isso. São as necessidades fundamentais. A situação do povo lá, aparentemente, é muito melhor que a situação do povo brasileiro. A questão da soberania é a seguinte: eles vincularam o avanço tecnológico na área da defesa também. Aqui no Brasil, a nossa Marinha faz pesquisa na área nuclear, para desenvolver instrumentos de defesa, mas contribuindo com o quê? Então, lá, a pesquisa está vinculada à defesa. Eles querem se afirmar como uma potência militar socialista, mas, ao mesmo tempo, aproveitando o desenvolvimento tecnológico para promover o desenvolvimento do país.

CC: A Coreia do Norte é uma ditadura?

PR:
Deixa eu te dizer. Eles lá têm um regime de partido único. Existe um mecanismo de preservação do poder. A questão de haver liberdade para ter justiça social é um debate. Eu não posso dizer que não é ditadura, mas não quero me associar a quem diz que é ditadura, porque eu não tive, ainda, a oportunidade de conhecer o sentimento da população. Será ditadura se estiver contrariando a vontade da população.

CC: Mas a população tem liberdade para dizer se está desconfortável com a política do governo?

PR:
Eu não consegui ainda ter uma avaliação sobre questões ligadas à liberdade de participação, porque foram só nove dias. Mas eles têm os mecanismos de participação. O partido é que é o instrumento. É através do partido. Todos andam com o brochinho do partido na rua. Agora, se existe alguma forma de constrangimento que frustre aspirações pessoais de parcela qualquer, eu não pude avaliar. O que não se pode é defender a liberdade para que um possa explorar o outro. Defender a liberdade para que alguém acumule e uma parcela fique excluída. Qual é o sentido da liberdade? Essa é uma discussão que tem que ser travada. Nós vivemos aqui em um país com o estado democrático de direito, com liberdade de expressão, mas o Brasil é um país socialmente muito injusto. Como é que nós vamos ter a transformação? Aqueles que controlam o capital defendem a liberdade para que eles continuem controlando, acumulando e impedindo a inclusão. Essa é uma oportunidade que vamos ter de debater isso também.

CC: O senhor acha que a Coreia do Norte sofre uma campanha negativa?

PR:
Eu penso que não se abrem à Coreia do Norte porque na verdade não é o regime, são as relações. Quanto maior relação houver, maior a possibilidade de conhecer. Qual é o temor? Porque nós temos outros países no mundo que são considerados regimes fechados. Arábia Saudita é fechada? E os Emirados Árabes? São países fechados? Por que, em relação a outros países, não há as mesmas observações? Por que não se discute a liberdade? Por que não se discute a intervenção que os Estados Unidos fizeram no Iraque, que até hoje não se levantou? Como é que fica isso? É a liberdade para explorar? É a liberdade para dominar? É a liberdade para quê?

CC: Mas o senhor reconhece que até setores da esquerda rejeitam a orientação política da Coreia do Norte?

PR: Eu penso que esse tema não é debatido na esquerda. Há setores da esquerda que, eventualmente, se deixam influenciar pela pressão da mídia. Vou dar um exemplo concreto e internacional. Todo mundo sabe que a Venezuela sofreu bloqueio dos Estados Unidos porque nacionalizou a exploração do petróleo. De repente, vem bloqueio, vem um monte de pressão. Aparece lá o querido Mujica [Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai] para fazer críticas à Venezuela quando deveria defender. Ele fez a crítica à Venezuela incorporando a Venezuela a outros países. Ele falou Venezuela, Arábia Saudita, ele falou outros. Não falou só a Venezuela. Depois, resumiram a intervenção dele só à Venezuela. Mas eu penso que ele deveria falar do bloqueio. Porque, no fundo, no fundo, ele está defendendo os interesses do Uruguai. Então, há setores da esquerda que não querem debater, assumem posições em homenagem a outros interesses. No caso do Mujica, os interesses do Uruguai. Ele não está interessado na democracia pelo mundo. Ele não está interessado. Então, é uma situação que a gente precisa superar. Mas o que eu estou propondo é o debate. E, primeiro, para debater, temos que procurar conhecer. E depois teremos a oportunidade de esclarecer.

CC: O senhor falou, em vídeo, que o PDT é um partido socialista. Mas a ex-candidata à vice-presidência da República pelo PDT, a senadora Kátia Abreu, votou a favor da reforma da Previdência, assim como a deputada Tabata Amaral e outros parlamentares da legenda…

PR:
Em relação aos membros da bancada federal na Câmara dos Deputados, o partido está tomando as suas providências. Eu acredito que serão tomadas as mesmas providências em relação à senadora Kátia Abreu.

CC: Mas não é contraditório que um partido se considere socialista e tenha grandes quadros votando a favor da reforma da Previdência?

PR:
Na verdade, você não proíbe ninguém de ingressar no partido. As pessoas ingressam no partido, conhecem o programa, o estatuto, os compromissos do partido, e têm, na minha avaliação, o dever de acompanhar. Na medida em que não acompanham, o partido tem os seus instrumentos de disciplina, de disciplina partidária, que estão utilizando em relação aos deputados que votaram favoravelmente à reforma da Previdência, contrariando a decisão da direção nacional. E agora fomos surpreendidos com a posição da senadora Kátia Abreu, que deverá, acredito eu, também, ser encaminhada ao Conselho de Ética Partidária.

CC: Por que o senhor defende que o PDT seja um partido socialista?

PR:
Porque eu sou socialista. O PDT é um partido que se… Se olhar no mundo, a Suécia é um partido socialista? A Dinamarca é um partido socialista? A Holanda é um partido socialista? A França é um partido socialista? Claro que são, pô. O que é ser socialista? É defender um modelo que distribua renda. Um modelo de inclusão, um modelo que não admita a exploração, como é feito no Brasil. Ser socialista é defender oportunidades para todos, educação para todos, saúde para todos, renda para todos, emprego para todos. Ser socialista já é da natureza humana. O que há é uma deformação. Eu não posso encontrar ninguém que seja favorável à existência de um pequeno grupo que tenha bilhões enquanto a maioria esmagadora da população está abandonada. Se defender uma divisão da renda para contemplar todas as pessoas, com padrões de consumo razoáveis, se isso é ser socialista, e se isso é negativo, nem sei.


Font: https://www.cartacapital.com.br/pol...53eQbBIfGw2NHgEx9Xg_ysAOv1kiFcO-00RrA8-a2F738


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Nem sei o que comentar...
 

GadoMuuuuu

Bam-bam-bam
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Se fosse primeiro de Abril, eu poderia até arriscar dar risada.

Mas então lembro que se trata do PDT, e provavelmente aqueles retardados realmente acreditam no que dizem.

É tão curioso ver um partido com origem no fascismo Getulista hoje fazendo essas cambalhotas retóricas para se dizer socialista.

Se Mussolini transasse com Stalin, o filho demente seria o PDT do Brasil.
 

Bat Esponja

Lenda da internet
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Não é ditadura porque nenhum cidadão diz que é ditadura

Mas porque será que eles não dizem ne? :kduvida

No Brasil você pode dizer que vive uma ditadura e não te acontece nada, por exemplo

A não ser que você xingue um ministro do STF
 


Vim do Futuro

Ei mãe, 500 pontos!
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No meu tempo de garoto a gente contava uma piada sobre um comuna que pedia ao governo licença para viajar pros EUA e parece bastante com essa declaração desse PDTista safado.
A esquerda de hoje virou a piada da minha juventude.
Só não é piada para os milhares que o ditador Kim Jong Un matou só por discordarem dele. Nem para os milhões de coreanos que vivem na miséria por causa do gordo maluco.
 

$delúbio$

Ei mãe, 500 pontos!
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do mesmo autor de "venezuela é democrática" e de "vou pagar pagando", não percam:
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大天使

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Pra mim, a Coréia do Norte tem a ditadura mais sufocante de todas que já vi. É proibido o acesso à internet (exceto para alguns membros do governo), um símples material pornográfico pode resultar na pena de morte, se opor ao governo é praticamente suicídio...

Mas o deputado ainda continua "não sabendo" se o governo da Coréia é ditadura ou não.
 

Bugiga

Supra-sumo
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Pra mim, a Coréia do Norte tem a ditadura mais sufocante de todas que já vi. É proibido o acesso à internet (exceto para alguns membros do governo), um símples material pornográfico pode resultar na pena de morte, se opor ao governo é praticamente suicídio...

Mas o deputado ainda continua "não sabendo" se o governo da Coréia é ditadura ou não.
É a cultura deles, tem que respeitar...
 
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