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Indústria automobilística
Fiesta nacional é mais simples e R$ 5 mil mais caro que nos EUA
Os carros populares no Brasil já não podem ser classificados como "baratos". Em comparação aos preços praticados nos Estados Unidos, os populares brasileiros equivalem a um carro médio completo. Um exemplo é o Fiesta lançado no mercado americano em dezembro, que custa a partir de US$ 13.320 (cerca de R$ 23.300), enquanto o similar brasileiro tem preço inicial de R$ 28.420, com motor menos potente e sem diversos itens de série.
O modelo nacional é diferente já na motorização. Com motor 1.6 l, de quatro cilindros, a versão americana desenvolve potência de até 119 cavalos. Em terras brasileiras, o Fiesta básico vem com motor de 1.0 l, com potência máxima de 72 cavalos. Com motor de 1.6 l, o modelo nacional chega mais perto do "irmão" com 106 cavalos, mas custa bem mais, a partir de R$ 32.990.
Entre os itens de série do Fiesta básico americano estão direção elétrica, freios ABS nas quatro rodas, airbags, rodas de aro 15, além de rádio com quatro falantes. A versão sedã mais equipada, com sistema de rádio por satélite e rodas aro 16, sai por US$ 16.320 (cerca de R$ 28,6 mil).
No modelo nacional, para ter aquecedor, desembaçador traseiro e preparação para rádio já é preciso pegar um kit que joga o preço para R$ 30 mil. O airbag e freio ABS só estão disponíveis na versão mais completa, a partir de R$ 37 mil - 58% a mais que o preço do americano básico convertido em reais.
Impostos
Segundo João Eloi Olenike, diretor técnico do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a diferença de preços é influenciada principalmente pela carga tributária. Ele explica que em torno de 35% a 40% do preço final do veículo no Brasil corresponde a impostos que incidem sobre a produção, o faturamento e o consumo - entre eles Pis, Cofins, IPI e ICMS, além da tributação sobre a folha de pagamento (INSS e FGTS).
"Essa tributação em efeito cascata acaba deixando caro tudo para o consumidor final. Os preços dos EUA e do Brasil seriam bem próximos, tirando a tributação. Acredito até que os nossos seriam menores que os deles", afirmou o diretor técnico do IBPT.
De acordo com Olenike, os impostos representam 34,63% de um Celta 1.0 l novo com a atual desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com o tributo integral as taxas chegam a 37,55%, ou seja, de um carro que custa R$ 26,2 mil, cerca de R$ 9,8 mil são de imposto.
Já para os americanos, a carga tributária é bem mais baixa. Segundo André Beer, ex-diretor-executivo e vice-presidente da General Motors, nos EUA os impostos representam de 6% a 9,5% do preço final do veículo. "Não tem efeito cascata. Eles aboliram o equivalente ao IPI. Nós somos o país que mais onera os custos", afirmou.
"Nos EUA, a tributação mais alta é em cima de renda, do patrimônio. Eles esperam produzir a riqueza e depois tributam. O Brasil não deixa formar riqueza, o salário é tributado na fonte, o faturamento também", explicou Olenike.
Contatada, a Ford não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201001161600_RED_78679836&idtel=
A parte destacada demonstra claramente a diferença entre um país desenvolvido e um país em desenvolvimento [kong]
Fiesta nacional é mais simples e R$ 5 mil mais caro que nos EUA
Os carros populares no Brasil já não podem ser classificados como "baratos". Em comparação aos preços praticados nos Estados Unidos, os populares brasileiros equivalem a um carro médio completo. Um exemplo é o Fiesta lançado no mercado americano em dezembro, que custa a partir de US$ 13.320 (cerca de R$ 23.300), enquanto o similar brasileiro tem preço inicial de R$ 28.420, com motor menos potente e sem diversos itens de série.
O modelo nacional é diferente já na motorização. Com motor 1.6 l, de quatro cilindros, a versão americana desenvolve potência de até 119 cavalos. Em terras brasileiras, o Fiesta básico vem com motor de 1.0 l, com potência máxima de 72 cavalos. Com motor de 1.6 l, o modelo nacional chega mais perto do "irmão" com 106 cavalos, mas custa bem mais, a partir de R$ 32.990.
Entre os itens de série do Fiesta básico americano estão direção elétrica, freios ABS nas quatro rodas, airbags, rodas de aro 15, além de rádio com quatro falantes. A versão sedã mais equipada, com sistema de rádio por satélite e rodas aro 16, sai por US$ 16.320 (cerca de R$ 28,6 mil).
No modelo nacional, para ter aquecedor, desembaçador traseiro e preparação para rádio já é preciso pegar um kit que joga o preço para R$ 30 mil. O airbag e freio ABS só estão disponíveis na versão mais completa, a partir de R$ 37 mil - 58% a mais que o preço do americano básico convertido em reais.
Impostos
Segundo João Eloi Olenike, diretor técnico do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a diferença de preços é influenciada principalmente pela carga tributária. Ele explica que em torno de 35% a 40% do preço final do veículo no Brasil corresponde a impostos que incidem sobre a produção, o faturamento e o consumo - entre eles Pis, Cofins, IPI e ICMS, além da tributação sobre a folha de pagamento (INSS e FGTS).
"Essa tributação em efeito cascata acaba deixando caro tudo para o consumidor final. Os preços dos EUA e do Brasil seriam bem próximos, tirando a tributação. Acredito até que os nossos seriam menores que os deles", afirmou o diretor técnico do IBPT.
De acordo com Olenike, os impostos representam 34,63% de um Celta 1.0 l novo com a atual desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com o tributo integral as taxas chegam a 37,55%, ou seja, de um carro que custa R$ 26,2 mil, cerca de R$ 9,8 mil são de imposto.
Já para os americanos, a carga tributária é bem mais baixa. Segundo André Beer, ex-diretor-executivo e vice-presidente da General Motors, nos EUA os impostos representam de 6% a 9,5% do preço final do veículo. "Não tem efeito cascata. Eles aboliram o equivalente ao IPI. Nós somos o país que mais onera os custos", afirmou.
"Nos EUA, a tributação mais alta é em cima de renda, do patrimônio. Eles esperam produzir a riqueza e depois tributam. O Brasil não deixa formar riqueza, o salário é tributado na fonte, o faturamento também", explicou Olenike.
Contatada, a Ford não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201001161600_RED_78679836&idtel=
A parte destacada demonstra claramente a diferença entre um país desenvolvido e um país em desenvolvimento [kong]