Eheh. Sabia que você ia trazer isso à tona Cafetão. Os nomes dados as classes, na minha colocação são meras atribuições dadas por pessoas do período. Quando as uso não tenho julgamento por trás. Não esse julgamento suposto por você. Não vejo a burguesia como vilã de nada. Ela é/foi o necessário dentro daquilo que se concebeu para sobreviver. A decisão do direito em emprestar a personalidade, por mieo da ficção, para a pessoa jurídica corrobora as ações desse grupo de pessoas que se forma para ganhar dinheiro produzindo bens ou serviços. Esse significado tem uma relevância muito maior porque ao assim definir a empresa se constata a mesma como um ente vivo passível de assumir direitos e deveres, natural entendermos que as falhas passíveis para o humano isoladamente se repliquem ao ente empresa.
A narrativa de classes e burguesia do qual você utiliza, é sim puramente marxista. Dentro do contexto do materialismo histórico-dialético.
Não adianta você querer colocar como um termo isento. Nessa definição, não será.
Um motorista do Uber é um "burguês"? Um vendedor de picolé na rua é um "burguês"?
Você pode até não ser marxista, mas a narrativa e as definições que utiliza, são sim.
A empresa não é algo impessoal, ininteligível, que segue regras puramente matemáticas como você insiste. Esses humanos alinham o comportamento empresário na busca do que é melhor para eles, assim como qualquer outro ser humano
Ora, quem disse que a empresa e o capitalista não buscam o que é melhor para eles? Esse é basicamente o
axioma da ação humana.
Como explicou Mises:
O objetivo final da ação é sempre a satisfação de algum desejo do agente homem. Só age quem se considera em uma situação insatisfatória, e só reitera a ação quem não é capaz de suprimir o seu desconforto de uma vez por todas. O agente homem está ansioso para substituir uma situação menos satisfatória por outra mais satisfatória.
Isso significa que todo ser humano
age em busca do que é melhor para si. E é por isso que o capitalismo aliado ao livre-mercado, é o único sistema em que ambos os lados
ganham. Voltando:
Você ignorou toda a explicação que eu dei de como os salários são formados. E de que o salário não é formado pelo quanto o capitalista quer pagar, mas sim pelo preço do salário, que é formado por pura demanda de mercado.
Vamos a um exemplo bem simples. Vamos supor que eu seja um empresário, e tenha 1000 reais para pagar de salário por um emprego (e isso porque fiz as contas que um empregado irá me render no mínimo mais de 1000, para ser lucrativo).
O governo decreta que aquele cargo não pode ser contratado por menos de 1000. O que irá acontecer? Eu não conseguirei contratar ninguém, e ficarei sem a mão de obra na minha empresa, e um postulante ao cargo ficará sem o emprego.
Resultado: todos saíram perdendo.
Caso número 2: Eu tenho 1000 para pagar para um empregado. Porém ele em média rende com esse trabalho 2000 para os demais empregadores. Um empregador concorrente resolve oferecer 1500 por esse empregado, pois ainda continua sendo lucrativo para ele. O empregado obviamente aceita.
Portanto eu fico sem o empregado. Pois não quis pagar os 1500. A minha vontade foi inútil.
E porque isso acontece? Porque os salários são definidos pelo mercado. Pela produtividade, e pela lei da oferta e da demanda. Pouco importa decretos do governo, isso não irá mudar o fato de como os salários são formados. Um decreto do governo não revoga as leis mais básicas da economia. Porém terá efeitos nefastos sobre ela.
nessa busca ele irá cometer excessos e é nessa hora que o Estado vai agir
Falácia Non sequitur. Isso é um salto lógico absurdo.
O empresário ou capitalista, em busca de lucro, pode fazer isso puramente através de uma contrapartida voluntária, e não cometer nenhum "excesso".
Aliás, você tem que definir os termos que utiliza. Em qualquer debate racional e honesto de ideias, as definições tem de estar bem claras.
O que seria tal "excesso"?
Vou pressupor que você quer se referir a um
crime objetivo. Como um
roubo ou uma agressão, ou coerção ou mesmo uma quebra de contrato.
Nesse sentido sim, é justificável a justiça agir. Porém, veja que quando se trata de roubo, agressão, etc, são crimes eticamente objetivos, em que claramente envolve uma agressão a terceiros.
Se você disser que um contrato voluntário entre patrão e empregado é algum tipo de "excesso". Como a tal mais valia. Isso é puramente subjetivo.
Não tem base ética que sustente que é um crime nem nada do tipo. E portanto, é anti-ético o estado se intrometer. Além de ter os efeitos nefastos sobre toda a economia: como insegurança jurídica, desemprego, dificuldade em se empreender e contratar, estagnação economica, etc.
Sabe quem foi que reduziu a carga de trabalho nos idos da revolução industrial? A massa que sofria com aquele ritmo. Não foram os que lideravam tais conglomerados.
Falso.
O que permitiu melhores condições de trabalho e melhores salários, foi o aumento da
riqueza, da produtividade, da poupança e da tecnologia. E isso tudo só foi possível graças ao
capitalismo de livre-mercado.
Mesmo que os capitalistas do século 19 quisessem,
não poderiam pagar altos salários aos seus empregados. Assim como quando estavam nas lavouras, antes do capitalismo, os trabalhadores trabalhavam muito mais e em piores condições, para ganhar
muito menos.
Veja que essa é exatamente a realidade dos países em que o capitalismo ainda é capenga.
Como o Brasil.
No Brasil, mesmo que os empresários quisessem, não poderiam pagar o salário dos
nórdicos e dos americanos.
E isso porque o Brasil é um país pobre, de baixa renda per capita, e de baixa produtividade. Com baixo acúmulo de poupança e baixa tecnologia. E é assim justamente porque nunca se abriu ao capitalismo.
Você acha justo que pessoas trabalhem incessantemente, sem condições mínimas de segurança ou higiene?
Se for entre escolher isso e essa pessoa ter de morrer de fome e tenha um trabalho ruim, prefiro que tenha um trabalho ruim.
Já pessoas intervencionistas como você, parecem preferir ver uma pessoa morrer de fome a ter um trabalho ruim.
Não existe nada como um "direito ao trabalho". A humanidade viveu a maior parte de sua existência em estado de pobreza. E isso porque os recursos são escassos.
Se existem trabalhos ruins e que pagam pouco, é porque não existe o acúmulo de capital e a produtividade suficiente para que se traga melhorias. Essa é a realidade dos países pobres e subdesenvolvidos.
E esses países são assim por mentalidades de estados amplamente intervencionistas exatamente iguais a sua, que impedem esses países de se desenvolverem.
Bom era assim. Isso não é marxismo,
Sim, essa é basicamente a narrativa marxista, de mais valia e luta de classes.
Os marxistas só se pautam na sua distorção da realidade. Eles não entendem que só através do capitalismo é possível melhorar as condições de trabalho e gerar prosperidade para todos.
Isso porque acreditam que tudo não passa de uma luta entre opressor e oprimido. Não entendem que a riqueza não é um jogo de soma zero. E que em qualquer acordo voluntário, ambas as partes só irão acordar, se acharem que foi vantajoso.
É aí que entra o Estado, quando o conceito embrionário de Estado se desenvolveu lá atrás a razão passou longe de regras de mercado. Ele foi concebido como um mecanismo de balizamento das condutas humanas porque é natural de nosso íntimo não conseguirmos nos conter e nos excedemos, se isso aconteceu no plano puramente inter-relacional é normal acontecer para relações que envolvam capital e o homem esteja presente.
Você está usando a
falácia genética. Como se o termo estado só tivesse um significado e intuito, ligado ao passado.
Existem vários tipos de arranjos estatais.
As minarquias propostas pelos liberais clássicos por exemplo (e colocadas em prática em países como EUA e Suíça no século 19). Eram simples arranjos protetores dos direitos naturais: vida, liberdade e propriedade privada.
Nada mais do que isso.
A sua definição de estado não é a mesma dos liberais clássicos que você citou no post anterior (como estado "liberal burguês"). E conquanto, cometeu uma
falácia de ambiguidade.
Os EUA no período
minarquista foi o
menor estado do mundo. E nasceu pra ser assim. Só depois da prosperidade gerada
graças ao livre-mercado é que permitiu ao estado americano crescer e se tornar o que é hoje. Porém, ainda assim, os EUA estão nos topo dos índices de liberdade econômica (16º).
Primeiro, não há dúvidas de que um sistema minarquista foi clara e objetivamente adotado nos EUA: não havia impostos de renda, o governo federal era minúsculo, não havia impostos estaduais (apenas uma ou duas tarifas sobre bens de consumo), não havia um exército permanente (era formado por milícias), o governo não controlava a oferta monetária e não havia dívida interna. Havia uma Constituição que era tida como a lei suprema e havia um Congresso cuja única função era garantir que essa Constituição não fosse desrespeitada.
Volto a enfatizar: o experimento americano foi especificamente concebido para criar o menor governo possível, sendo que havia várias ferramentas que até tentavam possibilitar manter um controle efetivo sobre o tamanho do governo. O objetivo máximo do experimento era suprimir o poder do governo, impedindo que ele se agigantasse e se tornasse um mero substituto do Rei George III, de quem os colonos haviam se declarado independentes.
A própria constituição deixava clara essa intenção. Thomas Jefferson era claro em enfatizar os direitos naturais
inalienáveis: vida, liberdade e propriedade privada.
Primeiro vem o
crescimento e a acumulação de riquezas, depois, só depois vem o crescimento do estado. É impossível ocorrer o inverso. A lógica é clara: é impossível algo crescer
por estar sendo tributado e regulado. Algo pode crescer
apesar de estar sendo regulado e tributado.
O estado americano só passou a se expandir após a geração de prosperidade (conseguida graças a liberalismo e governo enxuto). E ainda assim isso não demonstra que o governo não era pequeno. O estado americano só veio se expandir de forma mais abrupta no século XX, após adotar políticas keynesianas. E não por coincidência a economia se estagnou e deixou de crescer como em épocas passadas.
Isso é aula 1 em economia.
Você está com uma lógica extremada demais e as suas reações a partir de pequenas observações indicam isso. A luta de classes meu caro não é uma ilusão, não é uma fantasia de criações ideológicas. A luta de classes é um fenômeno humano a partir do choque de ideias e anseios de cada uma dessas classes na busca pelo poder. Sempre foi assim, sempre será. O que o Marxismo fez foi apenas dar uma noção de bom e mal para os atores dessa luta, quando isso não existe. Ninguém é bom ou mal nisso, cada um está em busca da evolução, mas ninguém vai parar e dar a mão para o que cair ou simplesmente dar uma segunda chance para o menos aptos. Nessas horas o Estado entra em ação, para equilibrar essa balança. A razão está aí para isso. A razão não é algo que apenas serve para apenas criar tecnologias, mas para que todos possam ter a chance de viver.
A minha lógica se pauta na
razão. Tanto é que dou explicações racionais para tudo que defendo. Não é o seu caso. Você não tem uma fundamentação formal da sua defesa. Você não tem uma ética objetiva, e nem fundamentos econômicos que a justifiquem. (mesmo que utilitariamente)
E luta de classes existe sim. Porém é diferente do que Marx definiu. Ele acreditava que a luta de classes se dava entre aqueles que detém os meios de produção e os que não detém.
A verdadeira luta de classes se dá entre parasitas e parasitados. Os parasitas são aqueles que utilizam do roubo, da violência, da agressão e da destruição da propriedade privada de inocentes. Tais como sindicatos pelegos, empresários corporativistas, funcionários públicos que não tem uma função de acordo com o dever deôntico formal, etc.
Nem toda a consequência do Estado será ruim. Ela não foi ruim quando ele nasceu, não foi ruim em dezenas de outros momentos e não é ruim até hoje, pois nos permitiu chegar até aqui. Sem o Estado não existiria humanidade e isso não é algo questionável, pois antes dele não existia humanidade, existiam pequenos núcleos em cada um se via como uma humanidade e achava que os demais eram para sucumbir. A parte da análise que você perde totalmente de vista é essa.
De novo usando de uma falácia de ambiguidade. Repito, existem vários tipos de arranjo de estado possíveis. Não crie uma falsa dicotomia aqui, daquilo que você entende como estado.
E sua afirmação de que "sem estado não existiria humanidade" é completamente falaciosa e salto lógico. A começar que o estado só pode sobreviver da produção de terceiros, e portanto, é impossível um estado existir sem o mercado e sem a produção.
Porém a discussão sobre a necessidade do estado é inútil e inapropriada aqui. Dado que a referência era a um
estado mínimo.
Os estados que permitiram a geração de riqueza e prosperidade, através do capitalismo. São os
únicos tipos de estado que se desenvolveram até hoje. E isso é um
fato incontestável. E explico:
Existe um problema de
ordem econômica com a
social-democracia e estados intervencionistas: ela é um arranjo que
só consegue ter longa duração em países ricos, cuja população é extremamente produtiva e possui alta renda per capita. Apenas uma população que já alcançou este estágio de
riqueza e
produtividade consegue suportar a alta carga tributária necessária para bancar o
estado de bem-estar social.
Em países
pobres, de população pouco produtiva e de baixa renda per capita, tal arranjo se torna inexequível.
Motivo: para gastar muito, o governo inicialmente terá de
tributar. Mas como a população é pouco
produtiva e de baixa renda per capita, o tamanho desta tributação terá um
limite natural. Sendo a tributação
insuficiente, o governo terá de se
endividar, pegando emprestados centenas de bilhões para poder efetuar todos esses gastos. E ele só conseguirá pegar emprestados todos esses bilhões se pagar
caro por isso.
Endividamento crescente, juros altos e economia estagnada serão as inevitáveis consequências.
Não. Você deduziu isso. Salário não parte da vontade, parte dessa equação que você traz, mas o salário sofrerá interferência dos agentes que fabricam e fazem uso dele. Tudo do mundo é feito por humanos cara. Salário não brota sem ação humana. A produção pura e simples nasce por causa das ações humanas e onde há ação humana há vontade, se há vontade, há desejo e esse desejo irá sempre buscar uma forma de se realizar. A balança de até onde isso pode ir é que será dada pelo Estado. Se não for assim regrediremos ao período da revolução industrial que falei (no plano de mercado), no plano das relações iríamos voltar para época das tribos em que eu fazia valer o que era meu frente ao que era do outro e isso se implementaria apenas pelo exercício do poder, econômico, religioso ou político.
Eu deduzi a partir da sua afirmação. Você disse que um capitalista pode escolher o salário que quer pagar. E isso é absolutamente falso. É isso que significa dizer que você acredita que o salário é determinado pela
vontade.
Os salários são formados pelo
mercado. E o mercado nada mais é do que a interação de todos, num sistema de lucros e prejuízos.
Renegar isso, e formular salários e regulações trabalhistas por decreto. Significará gerar
desemprego, baixa produtividade, baixa concorrência e estagnação da economica.
Você realmente acredita que isso seja positivo e bom para os trabalhadores? Se acredita é por pura ideologia, pois não conseguiu demonstrar em nenhum momento.
Todos os países que se desenvolveram, tinham legislações trabalhistas pelo menos bastante flexíveis.
Meu argumento não é falacioso. Eu não faço isso. Não me coloque nessa vala comum de muitos aqui do fórum só porque chegamos a um ponto que temos diferenças, muitos menores do que as que você coloca, aliás, por pura intolerância sua quanto ao pensamento minimamente crítico.
Sim, seu argumento com respeito a isso, é falacioso. Aliás já apontei várias falácias no seu texto. Acredito que é porque não conheça lógica argumentativa, faz parte. Apontar algumas falácias não invalida todo o seu texto. E eu não apontei uma falácia sua com o intuito de te menosprezar. Isso é saudável de se fazer em qualquer debate formal. É bem básico com quem está acostumado a debater.
E quanto a "pensamento crítico", você se refere ao da Escola de Frankfurt?
você está pregando exatamente o que parece abominar nessas horas; só existe a minha verdade. O custo da China foi altíssimo porque é uma consequência das relações humanas na busca pelo crescimento e evolução, como falei anteriormente isso sempre acontecerá. Troque Estado por Conglomerados e PIMBA teremos exatamente a mesma relação, aliás, foi o que aconteceu na história já quando o mundo era bem mais fácil de lidar, com apenas 3 grupos (clero, nobreza e burguesia) a plebe não era nada para nenhum desses grupos. Sabe por que? Porque para eles não tinha poder. O poder estava com esses 3 grupos apenas. Só que, durante um período, a burguesia não via esse poder se concretizar em nada e foi daí que nasceu o Estado moderno. Aliás, você sabia que o Estado moderno foi criação da burguesia na revolução francesa? A burguesia, maior representante e interessada em tudo isso que você acha auto regulável precisou atualizar os mecanismos do velho Estado, estruturado em cima de clero e nobreza para algo mais afeito ao que ela achava justo. Engraçado. Ela não aboliu o Estado e criou outra coisa no lugar. Ela o manteve, sob outras bases e o mesmo vem sendo piorado ou aperfeiçoado até hoje.
A diferença é que eu justifico tudo aquilo que eu defendo com base na razão e na lógica. E sim, só existe uma verdade. Isso é a base da lógica, e da razão pura em Kant por exemplo.
O tal "custo" na China não tem como ter sido pior do que havia antes. É uma comparação desonesta, veja só. Os chineses viviam em
absoluta fome e miséria. E desde a abertura de mercado, ainda que modesta, de Deng Xiao Ping. Milhões de chineses saíram da
miséria absoluta.
Isso também foi o que aconteceu na Inglaterra da
Revolução Industrial. Na realidade anterior a isso, 75% dos ingleses viviam em total miséria, e dependentes do trabalho do
campo. Muitas vezes com cargas horárias que tomavam o dia todo. E por um único motivo: sobrevivência.
Óbvio, não haviam máquinas, poupança, produtividade. E não havia nada disso porque sem o capitalismo, nada disso é possível.
Para começar, a China só começou a crescer exatamente quando ela reduziu seu estado, a partir de meados da década de 1970. Ele não começou a crescer após ter aumentado o estado (mesmo porque, nem tinha como aumentar). Isso não é nem economia, mas sim história.
E qual o tamanho real do estado chinês em relação ao PIB? Vou apenas colocar os dados do Banco Mundial:
https://data.worldbank.org/indicato...5&locations=CN&start=1978&year_high_desc=true
A China só passou a gerar riqueza quando abandonou o estatismo completo e passou a ter alguma mínima liberdade de mercado. E mesmo assim, graças ao keynesianismo e intervenções, ainda está longe de ter o mesmo padrão de vida de países capitalistas e livres.
Enfim. Você fala como se os EUA tivessem nascido ricos e como se o Brasil fosse ficar rico e acertar tudo num passe de mágica apenas seguindo esse teorema. Não é assim. As coisas não se resolvem dessa forma porque existe algo muito mais básico permeando tudo isso; a vontade humana e ela não se ajusta apenas por obra do acaso ou da força matemática.
Falácia do espantalho.
Onde foi que disse como se os EUA tivessem nascido ricos?
Os EUA justamente usaram dos princípios liberais-clássicos, que é o único possível de gerar riqueza. E tiveram no século 19 o seu período de maior geração de prosperidade. Eram um país agrário e pobre, e enriqueceram.
E desde que passaram a adotar medidas mais intervencionistas, olha que coincidência, o crescimento econômico diminuiu e as dívidas aumentaram.
E sim, a única forma de gerar riqueza, prosperidade e liberdade, é através do capitalismo e do livre-mercado. Não é obra do acaso. Não há nenhuma contra-prova na história.
E isso por um motivo muito simples. A alocação racional de recursos só é possível com um sistema de preços, dentro de um arranjo de lucros e prejuízos. E porque?
Porque só o mercado é
eficiente em prover serviços e produtos.
A palavra eficiente tem a ver com o que se
entrega, dado um certo custo. E a
eficiência é útil quando usada de forma
comparativa:
Ser mais eficiente é
entregar mais pelo mesmo custo, ou entregar a mesma coisa por um custo mais baixo.
O fato é que dado um país, os serviços prestados pelo Estado são, na
absoluta maioria dos casos,
menos eficientes que os serviços prestados de forma
privada. Ou menos eficientes do que seriam os serviços prestados de forma privada num mercado livre.
E por quê?
Porque:
a) Oestado carece das características que
elevem constantemente a eficiência: o olho do dono, a concorrência, a busca pelo lucro. Enfim: todos os dias o empreendedor acorda e pensa: como posso fazer mais com um custo menor?
b) Como o estado gere o dinheiro alheio, ele necessita de sistemas de controle maiores, que têm um custo.
c) Num sistema monopolizado pelo estado (ou fornecido pelo Estado a
custo zero), não há
livre formação de preços. Então os preços não
refletem as preferências dos consumidores, o que impede o planejamento eficiente do serviço ofertado. Preços são informação. Se eu pago, estou dizendo:
faça mais disso.
d) Se
custo = zero, a demanda tende para o
infinito. Isso gera a necessidade de um
racionamento.
e) Como o dinheiro é alheio, geralmente há mais
corrupção no estado. Quanto mais moral for a cultura do país em questão,
menor este efeito. Mas
sempre a corrupção é maior no sistema público.
É por esse motivo que o
socialismo nunca funcionou. O socialismo utiliza da ideia de planificação e estatização da economia, em totalidade. E quanto
mais estatizada é a economia, mais estagnada ela será.
Isso também se comprova empircamente:
http://www.doingbusiness.org/
Vejamos os critérios da Doing Business para rankear os países em liberdade. Ora, quer dizer então que você concorda que: "tempo para se abrir empresas", "facilidade de contratar e demitir", "facilidade de conseguir permissões para a construção civil", "tempo gasto para pagar impostos", "burocracia para conseguir alvarás", "facilidade de crédito", etc; todos esses são medidas que atrapalham os negócios e o desenvolvimento? Parabéns! Temos um novo defensor do
liberalismo econômico! Afinal são essas exatamente medidas burocráticas e regulatórias das quais são o exato oposto que os intervencionistas, desenvolvimentistas e socialistas pregam como necessárias a
criação de riquezas. E são esses critérios dos quais colocam esses países no
topo do ranking.
O que há de comum no sucesso e prosperidade desse países? É justamente a liberdade econômica.
O Estado é a única entidade que se mostrou viável em exercer tal poder de maneira a equilibrar as coisas. É isso que defendo: O verdadeiro Estado mínimo, mas achar que ele simplesmente nascerá por obra e força do espírito santo é ingenuidade. O Brasil irá passar por esse rito de passagem, como todas as grandes nações do mundo passaram, está demorando mais do que deveria? Sim, mas isso se deu pelas decisões erradas que tomamos no meio desse caminho, não significa que adotar a escolha certa implique em não haver sofrimento. O sofrimento foi enorme para todos, não será diferente para nós. Agora, podemos fazer isso sem que seja tão castigante assim. É ruim defender isso? Não acho. É uma utopia? Talvez, mas dessa vez eu acho que pode dar certo dessa maneira, algumas nações do mundo moderno já provaram ser possível isso como o Chile aqui na América do Sul, a Coreia na Ásia, muitos países europeus no pós guerra.
O estado que você parece defender, passa
bem longe de ser mínimo. Seja mais honesto em admitir isso.
E quem disse que tal liberdade é possível no Brasil? Releia o título do tópico. Aqui se faz apenas análises e constatações hipotéticas e apriorísticas.
Ninguém aqui em sã consciência acredita que o Brasil irá virar uma Suíça ou uma Hong Kong algum dia.
E sua definição de "castigante", você simplesmente não conseguiu fundamentar. Você não tem como demonstrar que um estado intervencionista tenha como gerar muita riqueza e prosperidade. Esse é um fator impossível de acontecer. Pois o que gera riqueza e prosperidade para todos, é justamente o capitalismo de livre-mercado. E quanto mais livre, mais em direção a prosperidade estará.
E interessante você usar Chile e Coréia como exemplos. Essa foi bastante
irônica.
Dois países que tiveram
reformas bruscas de mercado, através de
ditaduras de direita. Do Pinochet e do Park. Que abriram seus países bruscamente para o capitalismo e fizeram reformas liberalizantes.
No fim das contas, você concordou comigo, mesmo sem querer.