O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


Tópico oficial [Dorgas Talkey, News] CPI DA COVID: 26/10/2021 - Relatório Final Aprovado - Enviado aos órgãos: PGR, o Ministério Público nos estados e a PF

GadoMuuuuu

Bam-bam-bam
Mensagens
4.368
Reações
18.913
Pontos
303
Documentos da Precisa para Saúde foram fraudados, diz fabricante da Covaxin


O laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin, negou a autenticidade de dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde, com carimbo da Bharat Biotech, assinatura de um suposto diretor-executivo e papel timbrado. A farmacêutica indiana também anunciou a extinção imediata do acordo com a Precisa Medicamentos.
"Recentemente, fomos informados de que certas cartas (conforme anexo), supostamente assinadas por executivos da empresa, estão sendo distribuídas online. Gostaríamos de ressaltar, enfaticamente, que esses documentos não foram emitidos pela empresa ou por seus executivos e, portanto, negamos veementemente os mesmos", diz nota divulgada hoje pelo laboratório indiano.

Relacionadas
Procurada, a Precisa disse que "jamais praticou qualquer ilegalidade". Sobre o rompimento do acordo com a Bharat Biotech, a empresa brasileira disse que foi uma decisão "precipitada", "consequência direta do caos político que se tornou o debate sobre a pandemia".
O UOL confirmou que as duas cartas de autenticidade contestada pela Bharat Biotech constam nas 1.008 páginas do processo de compra da Covaxin, enviadas pelo Ministério da Saúde para a CPI da Covid no Senado. Na sexta-feira (16), a CBN publicou matéria apontando que havia indícios de irregularidades nas cartas.
Ambas são datadas de 19 de fevereiro deste ano, seis dias antes da assinatura do contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa para fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin. O valor de cada dose, US$ 15, foi o mais alto contratado pelo Brasil, totalizando um compromisso de pagamento de R$ 1,6 bilhão. Após a instauração da CPI, o contrato foi suspenso.
Documento enviado pela Precisa ao Ministério da Saúde, com assinatura do diretor da Bharat Biotech - Reprodução - Reprodução


Documento enviado pela Precisa ao Ministério da Saúde, com assinatura do diretor da Bharat Biotech
Imagem: Reprodução
Pelo menos uma das cartas foi solicitada pelo Ministério da Saúde à Precisa para avançar no processo de negociação —uma "Declaração de Inexistência de Fatos Impeditivos" por parte da Bharat Biotech. Uma versão da declaração foi enviada por email pela diretora técnica da Precisa, Emanuela Medrades, para o Ministério da Saúde, em 19 de fevereiro, junto com outros documentos.
No mesmo dia, o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, enviou um despacho "urgente" solicitando a lavratura do contrato.
"Trata-se de solicitação de autorização de governança, com vistas à aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin (...) desenvolvida pela empresa internacional Bharat Biotech, representada na presente contratação pela empresa nacional Precisa Medicamentos, (...) observadas as especificações técnicas e justificativas da aquisição constantes do Termo de Referência na versão mais recente, deverá ser lavrado o instrumento contratual", diz o despacho.
Três dias depois, em 22 de fevereiro, funcionária do Ministério da Saúde enviou um email para a Precisa dizendo que estava "pendente" a "Declaração de Inexistência de Fatos Impeditivos" da Bharat Biotech —não está claro se a primeira versão enviada foi uma declaração da Precisa ou da Bharat. Em outra mensagem no mesmo dia, a servidora disse haver erro no CNPJ —um erro que também aparece no segundo documento de autenticidade negada pela Bharat. Emanuela Medrades respondeu, então, com uma nova versão.
Ainda em 22 de fevereiro, o texto do contrato que havia sido solicitado por Elcio Franco ficou pronto e foi enviado para parecer da consultoria jurídica do Ministério da Sáude. Em 24 de fevereiro, o Coordenador-Geral de Análise Jurídica de Licitações, Contratos e Instrumentos Congêneres enviou suas considerações, listando pontos críticos. Um deles era a falta de pesquisa de preço.
Mesmo assim, sem sanar todos os problemas apontados, o contrato foi assinado no dia seguinte, 25 de fevereiro. O contrato para compra de vacinas da Pfizer, por exemplo, só foi assinado quase um mês depois da Covaxin, em 19 de março.

e-mail precisa e ministério da saúde - Arte/UOL e Reprodução - Arte/UOL e Reprodução

Imagem: Arte/UOL e Reprodução O que dizem os documentos fraudados
A suposta "Declaração de Inexistência de Fatos Impeditivos" por parte da Bharat Biotech, enviada pela Precisa ao Ministério da Saúde, apresenta, inclusive, supostos dados pessoais do dono da farmacêutica indiana.
"A Bharat Biotech International Limited, incorporada sob as leis da Índia, (...) neste ato representada por seu Presidente Krishna Ella, casado, de nacionalidade indiana, empresário, residente e domiciliado na (omitido pelo UOL), portador do documento de identidade (omitido pelo UOL), declara, sob as penas da lei, a inexistência de fatos impeditivos para sua habilitação relativo à contratação junto ao Ministério da Saúde, ciente da obrigatoriedade de declarar ocorrências posteriores. Por ser expressão da verdade, firmamos a presente, para que surta os efeitos legais. Hyderabad, 19 de fevereiro de 2021", diz o documento, em português.
O segundo documento afirma: "Ao Ministério da Saúde do Brasil, Nós da Bharat Biotech Limited International (...) autorizamos a: Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda (...) para ser nosso representante legal e exclusivo no Brasil com poder de receber todas as notificações do Governo, sendo responsável administrativamente e judicialmente por meio de sua legislação nacional".
"A empresa também está autorizada a participar de todos os processos de aquisição oficiais do Ministério da Saúde da Covaxin (vacina contra o Sars-CoV-2) produzidas pela Bharat Biotech International Limited, negociando preços e condições de pagamento, assim como datas de entrega, e todos os detalhes pertinentes a operação, formalizando o contrato para nós, através da empresa Precisa legalmente representada e nomeada", continua o documento.
O UOL entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda posicionamento.
Rompimento do contrato
Ao anunciar o rompimento do acordo com a Precisa, a Bharat Biotech ressaltou que "todas as suas ações, incluindo suas negociações globais, são feitas de acordo com as leis locais e que a empresa emprega e segue os mais altos padrões de ética, integridade e conformidade em todos os momentos".
A empresa disse ainda que, apesar do fim do acordo com a Precisa, continuará a trabalhar com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para completar o processo de obtenção de aprovação regulatória da vacina no Brasil. Hoje, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a compra de vacinas Covaxin está descartada neste momento.
O negócio entre a Precisa e o Ministério da Saúde foi fechado em um prazo muito curto em comparação com o de outras vacinas, e antes mesmo da aprovação pela Anvisa.
O deputado federal Luis Cláudio Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, dizem ter relatado suspeitas na negociação da Covaxin diretamente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O servidor Miranda teria sofrido pressão atípica para liberar documentos da Covaxin, recebendo ligações inclusive do dono da Precisa Medicamentos. Bolsonaro confirmou que recebeu "papéis" dos irmãos Miranda.
Na CPI da Covid, já haviam surgido outras suspeitas de fraudes em documentos relativos a Covaxin —especificamente, nas "invoices", uma espécie de nota fiscal internacional. "Notas fiscais foram fabricadas por alguém. Alguém cometeu fraude", disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS) em entrevista para o UOL News.
Uma das principais dúvidas da CPI sobre o contrato da Covaxin é quanto a Precisa Medicamentos receberia pela intermediação da venda da vacina. Em depoimento na CPI, Emanuela Medrades disse que não poderia revelar a informação. O UOL fez a pergunta para a Bharat Biotech diversas vezes, mas nunca recebeu resposta.
A Bharat acabou de anunciar que os documentos apresentados pelo Ministério da Saúde na CPI são falsos.

Vai pegar fogo a coisa na volta.

Está começando ficar estranhamente claro a razão dessa abrida de vagina do Bolsonaro para Ciro Nogueira nesse momento.

O timing de tudo está muito sincronizado.
 

Lacerda Yawara

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
13.772
Reações
22.111
Pontos
803
Mano a essa altura do campeonato da pra duvidar da história dos Miranda envolvendo bozo , mais não dá corrupção na compra da vacina

E essa história da joice pra lá de mau contada
Uma semana depois dela comentar que a facada seria fake, estranho
Vamos ver se tem imagens das câmeras, se não tiver e pq tem m**** aí

chapéu de alumínio ponto gif.
 

Charrua

Lenda da internet
Mensagens
51.349
Reações
59.325
Pontos
2.184
galera, não achei o tópico do covid, então vou falar aqui mesmo


Fui tomar a vacina hj (astrazeneca) e me sentei
Quando comecei a falar sobre o meu sobrenome pra mulher que tava sentado no computador, a enfermeira aplicou a agulha e eu pensei "agora vai doer um pouco mais e acabou" e do nada, a dor para e enfermeira fala que terminou
Olhei pra enfermeira surpreso e perguntei "já acabou" e ela disse que sim e eu fui embora

Não passou alcool no meu braço, não senti nada e durou, sei lá, menos de dois segundos e nem algodão ela me pediu pra colocar
Cheguei em casa e fui me olhar no espelho e não vi a marca da agulha

To com medo de não ter tomado e não sei explicar o quão decepcionado estou
Não sei se era pouca coisa mesmo e se estou impactado com os vídeos das "vacinas valdivia" mas eu acredito que não tomei
Até torci para ter alguma reação mas fiquei normal, não senti nada

Que m****, agora fico com o grilo. Será que tem algum teste, alguma forma para saber se estou vacinado?
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
Mensagens
56.777
Reações
134.088
Pontos
2.139
galera, não achei o tópico do covid, então vou falar aqui mesmo


Fui tomar a vacina hj (astrazeneca) e me sentei
Quando comecei a falar sobre o meu sobrenome pra mulher que tava sentado no computador, a enfermeira aplicou a agulha e eu pensei "agora vai doer um pouco mais e acabou" e do nada, a dor para e enfermeira fala que terminou
Olhei pra enfermeira surpreso e perguntei "já acabou" e ela disse que sim e eu fui embora

Não passou alcool no meu braço, não senti nada e durou, sei lá, menos de dois segundos e nem algodão ela me pediu pra colocar
Cheguei em casa e fui me olhar no espelho e não vi a marca da agulha

To com medo de não ter tomado e não sei explicar o quão decepcionado estou
Não sei se era pouca coisa mesmo e se estou impactado com os vídeos das "vacinas valdivia" mas eu acredito que não tomei
Até torci para ter alguma reação mas fiquei normal, não senti nada

Que m****, agora fico com o grilo. Será que tem algum teste, alguma forma para saber se estou vacinado?
Bizarro isso aí.
O padrão agora é a pessoa que vai aplicar te mostrar a seringa com os 5ml, aplicar e depois te mostrar ela vazia. Comigo foi assim.
 

digodmeloo

Supra-sumo
Mensagens
284
Reações
597
Pontos
178
galera, não achei o tópico do covid, então vou falar aqui mesmo


Fui tomar a vacina hj (astrazeneca) e me sentei
Quando comecei a falar sobre o meu sobrenome pra mulher que tava sentado no computador, a enfermeira aplicou a agulha e eu pensei "agora vai doer um pouco mais e acabou" e do nada, a dor para e enfermeira fala que terminou
Olhei pra enfermeira surpreso e perguntei "já acabou" e ela disse que sim e eu fui embora

Não passou alcool no meu braço, não senti nada e durou, sei lá, menos de dois segundos e nem algodão ela me pediu pra colocar
Cheguei em casa e fui me olhar no espelho e não vi a marca da agulha

To com medo de não ter tomado e não sei explicar o quão decepcionado estou
Não sei se era pouca coisa mesmo e se estou impactado com os vídeos das "vacinas valdivia" mas eu acredito que não tomei
Até torci para ter alguma reação mas fiquei normal, não senti nada

Que m****, agora fico com o grilo. Será que tem algum teste, alguma forma para saber se estou vacinado?
Tem teste de anti corpos, mas não é garantia.

Quando vc aperta seu ombro não sente nada? Se não, tá estranho .

Tomei a pfizer, meu braço ficou doendo por 3 dias.
 

Johnzim

Mil pontos, LOL!
Mensagens
11.361
Reações
31.506
Pontos
1.319
galera, não achei o tópico do covid, então vou falar aqui mesmo


Fui tomar a vacina hj (astrazeneca) e me sentei
Quando comecei a falar sobre o meu sobrenome pra mulher que tava sentado no computador, a enfermeira aplicou a agulha e eu pensei "agora vai doer um pouco mais e acabou" e do nada, a dor para e enfermeira fala que terminou
Olhei pra enfermeira surpreso e perguntei "já acabou" e ela disse que sim e eu fui embora

Não passou alcool no meu braço, não senti nada e durou, sei lá, menos de dois segundos e nem algodão ela me pediu pra colocar
Cheguei em casa e fui me olhar no espelho e não vi a marca da agulha

To com medo de não ter tomado e não sei explicar o quão decepcionado estou
Não sei se era pouca coisa mesmo e se estou impactado com os vídeos das "vacinas valdivia" mas eu acredito que não tomei
Até torci para ter alguma reação mas fiquei normal, não senti nada

Que m****, agora fico com o grilo. Será que tem algum teste, alguma forma para saber se estou vacinado?
Eu fui sozinho e fiz questão de olhar pra agulha e pro meu braço pra ter certeza que a mulher tava aplicando hahah
 


Charrua

Lenda da internet
Mensagens
51.349
Reações
59.325
Pontos
2.184
Tem teste de anti corpos, mas não é garantia.

Quando vc aperta seu ombro não sente nada? Se não, tá estranho .

Tomei a pfizer, meu braço ficou doendo por 3 dias.
Apertei agora por causa do teu post e não senti nada
Fiquei afundando com os dedos tbm (passei a mão como se tivesse imitando uma aranha, sabe? mas com a mão mais fechada e forçando o dedo para sentir dor) e nada, exatamente igual o outro braço
Caras, não sei se to caindo nos vídeos ou pirando, mas to decepcionado, que c***lho
 

Charrua

Lenda da internet
Mensagens
51.349
Reações
59.325
Pontos
2.184
Eu fui sozinho e fiz questão de olhar pra agulha e pro meu braço pra ter certeza que a mulher tava aplicando hahah
Cara, eu fiquei pronunciando meu sobrenome pra mulher que estava sentada e eu não cuidei isto
Agora a duvida vai permanecer, pqp

Pelo menos tive covid em janeiro, tomara que me ajude
 

Superd7br

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
7.491
Reações
10.777
Pontos
503
Nem tinha me tocado, mas vai ter outra manifestação pelo impeachment amanhã!:keehk:keehk:keehk
Se eu chegar a tempo de acompanhar a do Rio, prometo postar as fotos aqui.
 

Achembald

Bam-bam-bam
Mensagens
2.241
Reações
2.195
Pontos
303
galera, não achei o tópico do covid, então vou falar aqui mesmo


Fui tomar a vacina hj (astrazeneca) e me sentei
Quando comecei a falar sobre o meu sobrenome pra mulher que tava sentado no computador, a enfermeira aplicou a agulha e eu pensei "agora vai doer um pouco mais e acabou" e do nada, a dor para e enfermeira fala que terminou
Olhei pra enfermeira surpreso e perguntei "já acabou" e ela disse que sim e eu fui embora

Não passou alcool no meu braço, não senti nada e durou, sei lá, menos de dois segundos e nem algodão ela me pediu pra colocar
Cheguei em casa e fui me olhar no espelho e não vi a marca da agulha

To com medo de não ter tomado e não sei explicar o quão decepcionado estou
Não sei se era pouca coisa mesmo e se estou impactado com os vídeos das "vacinas valdivia" mas eu acredito que não tomei
Até torci para ter alguma reação mas fiquei normal, não senti nada

Que m****, agora fico com o grilo. Será que tem algum teste, alguma forma para saber se estou vacinado?

Daqui a umas semanas faz um exame pra ver se vc tá com os anti corpos
 

pwnds

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
4.680
Reações
15.661
Pontos
694
Com aval de Roberto Dias, investigado pela CPI da Covid, governo pagou R$ 39 milhões por contrato com suspeitas de irregularidades

Fornecedora não atendeu aos requisitos da licitação, mas ainda assim foi escolhida. Contrato foi anulado pela própria pasta em 2020

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde pagou R$ 39 milhões para fornecimento de reagentes para testes de Covid-19, mesmo depois de a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar suspeita de irregularidades no contrato. Os recursos foram desembolsados em abril deste ano e autorizados pelo ex-diretor de logística da pasta Roberto Ferreira Dias, investigado pela CPI da Covid no Senado.

Documentos obtidos pelo GLOBO mostram que o negócio foi assinado por Dias mesmo após a CGU apontar suspeitas de irregularidades no processo de contratação. A proposta vencedora, da americana Thermo Fisher, não continha alguns materiais previstos na convocação, fazendo com que o preço fosse mais baixo. Mesmo com uma oferta incompleta, a empresa foi habilitada, enquanto as demais concorrentes foram descartadas justamente por não se adequarem ao que o poder público demandava.

Em 10 de agosto de 2020, a CGU apontou problemas na proposta vencedora por não incluir alguns itens citados no chamamento da licitação. Ainda assim, o contrato foi assinado onze dias depois, em 21 de agosto, por Roberto Ferreira Dias. As entregas de testes pelas quais o governo teve que pagar ocorreram em 9 e 11 de setembro de 2020. O acordo que gerou o pagamento previa a compra de 10 milhões de kits de reagentes para exames de detecção do novo coronavírus por R$ 133 milhões.

No dia 29 de setembro, a Diretoria de Integridade (Dinteg) do Ministério da Saúde analisou o caso e voltou a apontar suspeitas de irregularidades. Em um documento, o órgão afirmou que a empresa contratada, a Thermo Fisher, representada no Brasil pela Life Technologies, apresentou uma proposta em que não constavam alguns dos itens exigidos na convocação. No mesmo processo, três concorrentes foram desclassificadas justamente por não atenderem aos requisitos básicos exigidos pela pasta.

O parecer da Diretoria de Integridade diz que a empresa que ficou em segundo lugar na disputa apontou que o processo de escolha estaria viciado e que não estava clara a necessidade de compra de 10 milhões de testes de Covid. Mesmo diante dessa denúncia, no dia 1º de outubro de 2020, o Ministério da Saúde autorizou o recebimento de 3 milhões de kits.




CEO de empresa investigada na CPI da Covid admite cobrança de 'aditivo' em contratos com Roberto Dias

Ex-diretor de logística do Ministério da Saúde deu aval para aditivo de R$ 18 milhões com a VTC; valor foi 1.800% acima do recomendado por área técnica

Na segunda-feira, O GLOBO mostrou que dados da quebra de sigilo de Dias indicavam 135 ligações telefônicas entre os dois no período que vai de abril de 2020 a maio de 2021.

Segundo a empresária, as cobranças faziam parte do esforço da empresa de resolver uma pendência que se arrastava há mais de um ano. O Ministério da Saúde e a VTC Log discordavam do critério adotado pela pasta para o pagamento de parte dos serviços prestados. Nas contas do ministério, a empresa deveria receber cerca de R$ 1 milhão. Para a empresa, o valor devido era de R$ 57 milhões. A VTC, então, fez uma proposta de R$ 18 milhões, que foi aceita.

Ela negou ter relação com políticos e disse apenas que conheceu o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, “em um evento”.


A senhora e Roberto Dias se falaram 135 vezes entre abril de 2020 e maio de 2021. O que explica todas essas ligações?

A razão disso foi o início da pandemia. Eu, na qualidade de diretora-executiva da empresa, fiquei no centro de distribuição em São Paulo. Começamos a enfrentar problemas porque os voos foram paralisados e precisávamos distribuir insumos para o ministério como álcool em gel, máscaras... Em virtude de uma situação que a gente nunca tinha vivido, o diretor de logística (Roberto Dias) foi o contato para organizar essa logística.

Nessas ligações, vocês também trataram do aditivo de R$ 18 milhões assinado em maio deste ano?

Eu cobrei, sim. Venho cobrando esse aditivo desde 2019. É um assunto que a gente vem tentando resolver desde o primeiro faturamento.

Isso explicaria a proximidade de algumas das ligações que a senhora fez a Roberto Dias com as datas de ofícios enviados cobrando o pagamento?

Não. As ligações eram, em geral, para tratar de questões operacionais dos nossos contratos (com o ministério).

Veja também: Sob pressão, Bolsonaro convida Ciro Nogueira para Casa Civil e avalia recriar ministério do Trabalho

A senhora tratou com alguém acima de Dias na hierarquia do ministério sobre esse aditivo?

Não. Eu tratava disso apenas com a coordenação e a direção de logística.

As suspeitas da CPI da Covid em relação à VTC Log são de que ela teria pago vantagens indevidas a agentes públicos para manter e conquistar contratos como o governo. Isso ocorreu?

Nunca. Eu ratifico aqui que todos os nossos contratos são todos públicos. Só buscamos receber pelo nosso serviço prestado e nunca agimos de forma a pagar propina a ninguém. Eu afirmo para você que a empresa não atua com pagamento de propina seja lá para quem for.


 

Achembald

Bam-bam-bam
Mensagens
2.241
Reações
2.195
Pontos
303
Com aval de Roberto Dias, investigado pela CPI da Covid, governo pagou R$ 39 milhões por contrato com suspeitas de irregularidades

Fornecedora não atendeu aos requisitos da licitação, mas ainda assim foi escolhida. Contrato foi anulado pela própria pasta em 2020

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde pagou R$ 39 milhões para fornecimento de reagentes para testes de Covid-19, mesmo depois de a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar suspeita de irregularidades no contrato. Os recursos foram desembolsados em abril deste ano e autorizados pelo ex-diretor de logística da pasta Roberto Ferreira Dias, investigado pela CPI da Covid no Senado.

Documentos obtidos pelo GLOBO mostram que o negócio foi assinado por Dias mesmo após a CGU apontar suspeitas de irregularidades no processo de contratação. A proposta vencedora, da americana Thermo Fisher, não continha alguns materiais previstos na convocação, fazendo com que o preço fosse mais baixo. Mesmo com uma oferta incompleta, a empresa foi habilitada, enquanto as demais concorrentes foram descartadas justamente por não se adequarem ao que o poder público demandava.

Em 10 de agosto de 2020, a CGU apontou problemas na proposta vencedora por não incluir alguns itens citados no chamamento da licitação. Ainda assim, o contrato foi assinado onze dias depois, em 21 de agosto, por Roberto Ferreira Dias. As entregas de testes pelas quais o governo teve que pagar ocorreram em 9 e 11 de setembro de 2020. O acordo que gerou o pagamento previa a compra de 10 milhões de kits de reagentes para exames de detecção do novo coronavírus por R$ 133 milhões.

No dia 29 de setembro, a Diretoria de Integridade (Dinteg) do Ministério da Saúde analisou o caso e voltou a apontar suspeitas de irregularidades. Em um documento, o órgão afirmou que a empresa contratada, a Thermo Fisher, representada no Brasil pela Life Technologies, apresentou uma proposta em que não constavam alguns dos itens exigidos na convocação. No mesmo processo, três concorrentes foram desclassificadas justamente por não atenderem aos requisitos básicos exigidos pela pasta.

O parecer da Diretoria de Integridade diz que a empresa que ficou em segundo lugar na disputa apontou que o processo de escolha estaria viciado e que não estava clara a necessidade de compra de 10 milhões de testes de Covid. Mesmo diante dessa denúncia, no dia 1º de outubro de 2020, o Ministério da Saúde autorizou o recebimento de 3 milhões de kits.




CEO de empresa investigada na CPI da Covid admite cobrança de 'aditivo' em contratos com Roberto Dias

Ex-diretor de logística do Ministério da Saúde deu aval para aditivo de R$ 18 milhões com a VTC; valor foi 1.800% acima do recomendado por área técnica

Na segunda-feira, O GLOBO mostrou que dados da quebra de sigilo de Dias indicavam 135 ligações telefônicas entre os dois no período que vai de abril de 2020 a maio de 2021.

Segundo a empresária, as cobranças faziam parte do esforço da empresa de resolver uma pendência que se arrastava há mais de um ano. O Ministério da Saúde e a VTC Log discordavam do critério adotado pela pasta para o pagamento de parte dos serviços prestados. Nas contas do ministério, a empresa deveria receber cerca de R$ 1 milhão. Para a empresa, o valor devido era de R$ 57 milhões. A VTC, então, fez uma proposta de R$ 18 milhões, que foi aceita.

Ela negou ter relação com políticos e disse apenas que conheceu o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, “em um evento”.


A senhora e Roberto Dias se falaram 135 vezes entre abril de 2020 e maio de 2021. O que explica todas essas ligações?

A razão disso foi o início da pandemia. Eu, na qualidade de diretora-executiva da empresa, fiquei no centro de distribuição em São Paulo. Começamos a enfrentar problemas porque os voos foram paralisados e precisávamos distribuir insumos para o ministério como álcool em gel, máscaras... Em virtude de uma situação que a gente nunca tinha vivido, o diretor de logística (Roberto Dias) foi o contato para organizar essa logística.

Nessas ligações, vocês também trataram do aditivo de R$ 18 milhões assinado em maio deste ano?

Eu cobrei, sim. Venho cobrando esse aditivo desde 2019. É um assunto que a gente vem tentando resolver desde o primeiro faturamento.

Isso explicaria a proximidade de algumas das ligações que a senhora fez a Roberto Dias com as datas de ofícios enviados cobrando o pagamento?

Não. As ligações eram, em geral, para tratar de questões operacionais dos nossos contratos (com o ministério).

Veja também: Sob pressão, Bolsonaro convida Ciro Nogueira para Casa Civil e avalia recriar ministério do Trabalho

A senhora tratou com alguém acima de Dias na hierarquia do ministério sobre esse aditivo?

Não. Eu tratava disso apenas com a coordenação e a direção de logística.

As suspeitas da CPI da Covid em relação à VTC Log são de que ela teria pago vantagens indevidas a agentes públicos para manter e conquistar contratos como o governo. Isso ocorreu?

Nunca. Eu ratifico aqui que todos os nossos contratos são todos públicos. Só buscamos receber pelo nosso serviço prestado e nunca agimos de forma a pagar propina a ninguém. Eu afirmo para você que a empresa não atua com pagamento de propina seja lá para quem for.




Aí agora tu fica lembrando do piti que os senadores ridículos do governo deram quando prenderam ele
 

digodmeloo

Supra-sumo
Mensagens
284
Reações
597
Pontos
178
Apertei agora por causa do teu post e não senti nada
Fiquei afundando com os dedos tbm (passei a mão como se tivesse imitando uma aranha, sabe? mas com a mão mais fechada e forçando o dedo para sentir dor) e nada, exatamente igual o outro braço
Caras, não sei se to caindo nos vídeos ou pirando, mas to decepcionado, que c***lho
Ae é f0da

Vai em um farmacêutico vê se consegue checar seu braço. O meu claramente ficou um furo que saiu sangue no band aid. Mas eu vi a seringa e a vacina. No caso da pfizer que tomei, foi 0.3ml aplicado
 

onurb88

Mil pontos, LOL!
Mensagens
28.395
Reações
55.761
Pontos
1.253

Ultima Weapon

Lenda da internet
Mensagens
26.181
Reações
32.510
Pontos
1.629
Conhecendo um pouco mais sobre a ideologia do senador Alessandro Vieira:



Saudades CPI, volta logo.

Enviado de meu Redmi 7 usando o Tapatalk
 

constatine

Mil pontos, LOL!
Mensagens
17.524
Reações
88.293
Pontos
1.244
CPI não parou não (como eles mesmo falaram que não iriam deixar esfriar e contariam com a mídia para ajudar nisso, em desinformar o máximo possível). Os senadores estão vazando mensagens, documentos, emails e ligações particulares dos investigados, e tudo de forma velada e criminosa, com gente batendo palmas.






 
Ultima Edição:

pwnds

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
4.680
Reações
15.661
Pontos
694
CPI será retomada em agosto com novos depoimentos sobre suspeitas na compra de vacinas

Cúpula da comissão fechou prévia de calendário neste domingo. Agenda prevê convocação de representantes da Precisa e de reverendo que teria negociado em nome do governo.


A cúpula da CPI da Covid definiu, em reunião virtual neste domingo (25), um calendário prévio para o retorno dos trabalhos da comissão em agosto, após o recesso parlamentar.

A agenda prevê que, na semana da retomada, sejam ouvidos personagens centrais nas negociações de compra de vacinas pelo governo brasileiro.

Os depoimentos devem manter o foco na atuação da Precisa Medicamentos e da Davati Medical Supply, que atuariam como intermediárias para contratos da Covaxin e da Astrazeneca.

O roteiro foi discutido durante reunião por videoconferência nesta tarde, da qual participaram o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM); o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), além dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Simone Tebet (MDB-MS), Otto Alencar (PSD-BA) e Humberto Costa (PT-PE).


Na reunião, ficou definido o seguinte calendário:

  • 3 de agosto: votação de requerimentos e depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, que teria sido autorizado pelo governo a negociar 400 milhões de doses da Astrazeneca com a Davati;
  • 4 de agosto: depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos;
  • 5 de agosto: Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa Medicamentos.

A Precisa Medicamentos era a intermediária do contrato do Ministério da Saúde com o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin. O contrato foi suspenso em junho após denúncias de irregularidades.

Na última sexta, a Bharat anunciou o fim do memorando de entendimento com a Precisa. Em resposta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a autorização para testes clínicos do imunizante e encerrou a análise do pedido de uso emergencial das doses no Brasil.

Já o reverendo Amilton teria sido autorizado pelo Ministério da Saúde a negociar 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca com a empresa Davati. Essa negociação é alvo de uma denúncia de cobrança de propina, entre outras suspeitas – e até agora, não se sabe nem se a Davati tinha de fato alguma vacina para vender.


Próximas semanas

Também em reunião neste domingo, os senadores rascunharam um calendário para o mês de agosto conforme as diferentes linhas de investigação. A ideia é criar um foco distinto para cada semana de trabalhos:

  • Primeira semana: Precisa Medicamentos e Davati
  • Segunda semana: Ricardo Barros e a empresa VTCLog
  • Terceira semana: disseminação de fake news ligadas à Covid
  • Quarta semana: gestão dos hospitais federais do Rio de Janeiro

Entre o final de agosto e o início de setembro, os senadores devem se debruçar sobre a possibilidade de ouvir novamente alguns dos depoentes que já compareceram à comissão.

“Temos a ideia de ouvir de novo algumas pessoas, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o então secretário-executivo da pasta, Elcio Franco”, afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues.

Ainda de acordo com o senador, também podem ser novamente convocados o ex-diretor de Logística do ministério Roberto Dias e a secretária de Gestão do Trabalho da pasta, Mayra Pinheiro.

“Teremos uma última semana de agosto com reconvocações e, aí, caminhamos para o fim. Avalio que em meados de setembro temos um relatório”, disse Randolfe.

 

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
Mensagens
23.925
Reações
55.044
Pontos
1.839
Para evitar criar um novo tópico resolvi postar aqui. Não é sobre CPI mas sobre Covidão:

Processos sigilosos revelam golpes contra os cofres públicos na pandemia
Documentos a que VEJA teve acesso estão em poder da CPI da Pandemia. A PF estima total de desvios em 4 bilhões de reais

Cristiana Prestes Taddeo, de 49 anos, sempre foi uma mulher de muitos negócios. Seu portfólio incluía de confecção de peças femininas íntimas a importação de medicamentos à base de maconha. Em abril do ano passado, a Hempcare Pharma, a empresa mais vistosa do grupo, tinha apenas dois funcionários registrados. Apesar de modesta, a firma foi contratada por 48 milhões de reais para fornecer 300 respiradores ao Consórcio Nordeste. O negócio, fechado a toque de caixa através do WhatsApp e com pagamento adiantado, previa a compra e a distribuição dos equipamentos aos nove estados da região. A microempresa, como se sabe, na verdade aplicou um monumental golpe: sumiu com o dinheiro e nunca entregou as máquinas — ampliando a lista de casos de desvio de dinheiro público registrados desde o início da crise sanitária, a partir da costumeira associação entre autoridades negligentes, servidores corruptos e empresários desonestos, como revelam os detalhes das investigações sigilosas de fraudes a que VEJA teve acesso.

Os documentos que mostram a impressionante capacidade de alguns poucos em tirar proveito da miséria de muitos estão em poder da CPI da Pandemia. Além desse notório caso da Bahia, figurões dos governos do Pará e do Amazonas são alvo de investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Para se ter uma ideia do volume dos trambiques, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) informa que somente o órgão já realizou mais de cinquenta operações para monitorar o uso ilegal de recursos públicos federais por estados e municípios. São irregularidades que envolvem empresas de fachada, falsificação de documentos, direcionamento de licitação e, claro, superfaturamento e propina. No caso dos respiradores fantasmas da Bahia, a investigação resvalou no governador Rui Costa (PT), que presidia o Consórcio Nordeste à época dos fatos.

arte Whats Governadores


O inquérito, inicialmente conduzido pela polícia baiana, apresentou a Hempcare como ponta de uma rede criminosa. O negócio, desde o início, foi planejado para dar errado. Vasculhando o contrato, os investigadores detectaram uma série de ilegalidades para facilitar e agilizar ao máximo a negociação. Só para citar um exemplo: o acordo original previa a contratação de um seguro internacional para garantir a entrega da mercadoria, uma cláusula que visa exatamente a proteger o comprador. No meio do processo, o contrato foi modificado. O seguro passou a valer apenas a partir do momento em que os respiradores deixassem a China, de onde teoricamente seriam importados. Como esse embarque nunca aconteceu e o pagamento foi antecipado, 48 milhões de reais foram para o ralo, numa trama, segundo os policiais, que ultrapassou “os limites da vilania”.

PREJUÍZO - Barbalho: o governador negociou com um amigo detalhes da compra de respiradores que não funcionaram -

PREJUÍZO - Barbalho: o governador negociou com um amigo detalhes da compra de respiradores que não funcionaram – Marco Santos/AG PARA/.

Por envolver Rui Costa, apontado pela Polícia Federal como “potencial investigado”, o inquérito foi remetido para o STJ, em Brasília. Ouvido pela Polícia Federal, Costa se eximiu de qualquer responsabilidade pela fraude. Segundo ele, não fazia parte das atribuições de um governador observar detalhes de licitação ou de contratos. “A mim não cabe checar. Você imagina, no dia de hoje, quantas compras devem ter sido feitas no estado, milhares”, disse Costa no depoimento obtido por VEJA. É, curiosamente, a mesma justificativa a que o presidente Bolsonaro recorreu ao ser questionado sobre uma negociação suspeita para a compra de vacinas.

Os inquéritos sigilosos do STJ a que VEJA teve acesso também esmiúçam fraudes ocorridas no Pará. Neles, o governador Helder Barbalho (MDB), ao contrário do seu colega baiano, aparece atuando diretamente nas negociações para a compra de equipamentos médicos. O esquema criminoso também envolve irregularidades em contratos para o funcionamento de hospitais de campanha. Os desvios podem chegar a 280 milhões de reais. As apurações revelaram que Helder acertava com empresários detalhes, inclusive financeiros, de compras que seriam autorizadas por ele mesmo logo depois. De acordo com o Ministério Público, dessas conversas emergiram contratos superfaturados e direcionados a determinadas empresas. Os procuradores investigam, entre outros negócios, ilegalidades na aquisição de respiradores e bombas de infusão para hospitais paraenses.

ESCÂNDALO - Mortos na pandemia: a PF estima que golpes ultrapassaram a casa dos 4 bilhões de reais -

ESCÂNDALO – Mortos na pandemia: a PF estima que golpes ultrapassaram a casa dos 4 bilhões de reais – Michael Dantas/AFP

No inquérito, estão anexadas mensagens trocadas entre o governador e o empresário André Felipe da Silva, então representante comercial da empresa de importação SKN, especializada em equipamentos elétricos e de informática, que funcionava no Rio de Janeiro. Silva é um personagem conhecido em Brasília. Ele é suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), vice-presidente do DEM no Distrito Federal e amigo do próprio Helder Barbalho. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o negócio avançou graças a essas relações pessoais. A SKN não possuía sequer autorização de funcionamento da Anvisa, imprescindível para a fabricação, distribuição e importação dos equipamentos. O desfecho do caso foi o mesmo da Bahia, mas com uma variante ainda mais insólita: os equipamentos vendidos dessa vez foram entregues — só que não funcionavam. “Os supostos fatos ilícitos investigados são especialmente graves, uma vez que praticados em estado de calamidade pública, em período de crises sanitária, econômica e social ocasionadas pela pandemia”, observou a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. Procurado por VEJA, Helder afirmou que o Estado processa a empresa importadora de respiradores e que conseguiu a devolução dos recursos já pagos. “Não houve prejuízo aos cofres públicos”, disse.

ALVO - Wilson Lima, do Amazonas: denunciado pelo Ministério Público por crime de organização criminosa -

ALVO - Wilson Lima, do Amazonas: denunciado pelo Ministério Público por crime de organização criminosa – Edmar Barros/Futura Press/.

Entre os processos encaminhados à CPI, o mais adiantado deles envolve o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Ele já é alvo de denúncia apresentada pela PGR por causa da compra de respiradores superfaturados adquiridos de uma loja de vinhos. Lima é acusado de integrar uma organização criminosa que desviou 2,2 milhões de reais durante a pandemia. A Corte Especial do STJ vai decidir nos próximos meses se aceita ou não a denúncia. Os senadores também receberam cópias de processos, inquéritos e auditorias que tratam de irregularidades praticadas em outros oito estados. A Polícia Federal estima que, no total, mais de 4 bilhões de reais podem ter sido surrupiados durante a pandemia. Não é mera coincidência o fato de praticamente todos os casos seguirem o mesmo roteiro: com o agravamento da crise sanitária, autoridades e servidores públicos mal-intencionados aceleraram processos de aquisição de materiais, atropelaram normas, privilegiaram empresas amigas, superfaturaram preços… É a velha aposta na tradição da impunidade. Cristiana Taddeo, da Hempcare, e André Felipe, da SKN, os peixes pequenos da história, chegaram a ficar presos por alguns dias. Resta saber o que vai acontecer com todos os outros envolvidos.

 

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
Mensagens
23.925
Reações
55.044
Pontos
1.839
Investigações mostram proximidade de Helder Barbalho com empresários
Três inquéritos sigilosos do Superior Tribunal de Justiça miram a gestão do governador do Pará no combate à Covid-19. Material está com a CPI da Pandemia

Três inquéritos sigilosos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) miram a gestão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), suspeito de participar de um esquema criminoso instalado na administração pública para fraudar licitações e desviar recursos públicos da área de saúde. As apurações revelaram que Helder discutia com empresários assuntos relacionados a compras que seriam efetuadas depois pelo Estado. Um dos processos se debruça sobre contratos feitos entre o governo paraense e organizações sociais para a gestão de hospitais de campanha em Belém e municípios do interior. Os valores firmados ultrapassam a cifra de 1,2 bilhão de reais.

Esses contratos dos hospitais de campanha seriam loteados, direcionados, fraudados e superfaturados, segundo os investigadores. O Ministério Público Federal (MPF) encontrou indícios de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema ilegal envolvendo empresários e pelo menos quatro secretarias estaduais, por meio da participação de agentes públicos. O material, de cerca de 280 mil páginas, foi compartilhado com a CPI da Pandemia.

Entre as irregularidades apontadas na gestão de hospitais estão sobrepreço de itens, ausência de parecer jurídico sobre os contratos, indícios de que propostas apresentadas por organizações diferentes eram idênticas e até mesmo subcontratação de serviços médicos por parte dessas entidades. “O descaso com a gestão do sistema de saúde fica evidente nas divulgações que relatam a precariedade das unidades de saúde e dos serviços prestados, a despeito dos repasses milionários de recursos públicos aqui expostos”, apontou o relator do caso no STJ, ministro Francisco Falcão.

Os procuradores também investigam compras efetuadas pelo governo do Pará, como a aquisição de 400 respiradores e 1,6 mil bombas de infusão. Barbalho participou diretamente das tratativas, trocando mensagens com o empresário André Felipe Silva, que atuou como representante comercial da empresa de importação SKN. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o negócio é fruto de relações pessoais.

“Qualquer produto hospitalar que vc precisar me envia as especificações durante o dia, que na madrugada meu pessoal levanta nos fornecedores na China, que forneceram para epidemia de lá”, escreveu André Felipe para Helder, em março de 2020. “E as bombas de infusão tmb estão neste preço? (envia um arquivo em anexo)”, respondeu Helder. “Se vc quiser algo específico me passa a especificação”, afirmou o empresário. “Monitor multi paramétrico, oxímetro de pulso, bomba de infusão”, elencou o governador do Pará. Ao ser indagado sobre a quantidade necessária, Helder responde: “de 300 até 600”.

Em outra conversa com André Felipe, em abril de 2020, ou seja, um mês depois, Helder demonstra irritação com a demora na entrega de respiradores. “Só dia 3?. Você está brincando comigo. Se for dia 3 isto é molecagem. Estou me f….. aqui por que vcs não entregaram dia 15. Minha paciência acabou. Vc está ganhando uma fortuna”, escreveu o governador.

Quando os respiradores finalmente chegaram, o emedebista fez questão de posar para fotos ao receber os aparelhos no aeroporto, mas uma série de falhas técnicas que inviabilizaram o uso. Apesar das conversas no WhatsApp, as filiais da SKN não possuíam à época do acordo autorização de funcionamento pela Anvisa, o que seria imprescindível para a fabricação, distribuição e importação de bombas de infusão. “Os supostos fatos ilícitos investigados são especialmente graves, uma vez que praticados em estado de calamidade pública, em período de crises sanitária, econômica e social ocasionadas pela pandemia”, observou a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo.

Procurado pela reportagem, Helder afirmou que a denúncia de que os respiradores vindos da China não funcionavam para tratamento de Covid-19 foi do próprio governo do Pará, “que conseguiu a devolução de todo o recurso utilizado como adiantamento”. “Não houve prejuízo aos cofres públicos. O Estado processa a empresa importadora por danos morais coletivos”, afirmou.

Sobre os hospitais de campanha, o governador alegou que os preços pagos “estão abaixo da média de mercado e abaixo, inclusive, da própria tabela de referência do Ministério da Saúde”. “No Pará as organizações sociais atendem há muito anos. Nesta pandemia, o governo teve que agir praticamente sozinho, quando hospitais municipais e até privados fecharam as portas à população. Neste esforço, salvamos mais de 200 mil vidas”, acrescentou.


 

GadoMuuuuu

Bam-bam-bam
Mensagens
4.368
Reações
18.913
Pontos
303
OLHA O CENTRÃO FEDERAL AÊ GENTE!!!!

Está começando ficar claro a Bharat ter dito que os documentos do Ministério da Saúde enviados pela Precisa serem falsos.

-----------------------------------------------------------------------------------
“Um relatório do Coaf enviado à CPI da Covid no Senado revela a identidade de um financiador oculto da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra da Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro e também está na mira de investigadores por supostas fraudes na venda de testes ao governo do Distrito Federal”, informa a Crusoé.

Segundo a revista, trata-se de Maurício Camisotti, empresário com longo histórico de contratos com um plano de saúde de servidores públicos federais dominado pelo Progressistas.

 
Ultima Edição:

constatine

Mil pontos, LOL!
Mensagens
17.524
Reações
88.293
Pontos
1.244
Para evitar criar um novo tópico resolvi postar aqui. Não é sobre CPI mas sobre Covidão:

Processos sigilosos revelam golpes contra os cofres públicos na pandemia
Documentos a que VEJA teve acesso estão em poder da CPI da Pandemia. A PF estima total de desvios em 4 bilhões de reais

Cristiana Prestes Taddeo, de 49 anos, sempre foi uma mulher de muitos negócios. Seu portfólio incluía de confecção de peças femininas íntimas a importação de medicamentos à base de maconha. Em abril do ano passado, a Hempcare Pharma, a empresa mais vistosa do grupo, tinha apenas dois funcionários registrados. Apesar de modesta, a firma foi contratada por 48 milhões de reais para fornecer 300 respiradores ao Consórcio Nordeste. O negócio, fechado a toque de caixa através do WhatsApp e com pagamento adiantado, previa a compra e a distribuição dos equipamentos aos nove estados da região. A microempresa, como se sabe, na verdade aplicou um monumental golpe: sumiu com o dinheiro e nunca entregou as máquinas — ampliando a lista de casos de desvio de dinheiro público registrados desde o início da crise sanitária, a partir da costumeira associação entre autoridades negligentes, servidores corruptos e empresários desonestos, como revelam os detalhes das investigações sigilosas de fraudes a que VEJA teve acesso.

Os documentos que mostram a impressionante capacidade de alguns poucos em tirar proveito da miséria de muitos estão em poder da CPI da Pandemia. Além desse notório caso da Bahia, figurões dos governos do Pará e do Amazonas são alvo de investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Para se ter uma ideia do volume dos trambiques, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) informa que somente o órgão já realizou mais de cinquenta operações para monitorar o uso ilegal de recursos públicos federais por estados e municípios. São irregularidades que envolvem empresas de fachada, falsificação de documentos, direcionamento de licitação e, claro, superfaturamento e propina. No caso dos respiradores fantasmas da Bahia, a investigação resvalou no governador Rui Costa (PT), que presidia o Consórcio Nordeste à época dos fatos.

arte Whats Governadores


O inquérito, inicialmente conduzido pela polícia baiana, apresentou a Hempcare como ponta de uma rede criminosa. O negócio, desde o início, foi planejado para dar errado. Vasculhando o contrato, os investigadores detectaram uma série de ilegalidades para facilitar e agilizar ao máximo a negociação. Só para citar um exemplo: o acordo original previa a contratação de um seguro internacional para garantir a entrega da mercadoria, uma cláusula que visa exatamente a proteger o comprador. No meio do processo, o contrato foi modificado. O seguro passou a valer apenas a partir do momento em que os respiradores deixassem a China, de onde teoricamente seriam importados. Como esse embarque nunca aconteceu e o pagamento foi antecipado, 48 milhões de reais foram para o ralo, numa trama, segundo os policiais, que ultrapassou “os limites da vilania”.

PREJUÍZO - Barbalho: o governador negociou com um amigo detalhes da compra de respiradores que não funcionaram -

PREJUÍZO - Barbalho: o governador negociou com um amigo detalhes da compra de respiradores que não funcionaram – Marco Santos/AG PARA/.

Por envolver Rui Costa, apontado pela Polícia Federal como “potencial investigado”, o inquérito foi remetido para o STJ, em Brasília. Ouvido pela Polícia Federal, Costa se eximiu de qualquer responsabilidade pela fraude. Segundo ele, não fazia parte das atribuições de um governador observar detalhes de licitação ou de contratos. “A mim não cabe checar. Você imagina, no dia de hoje, quantas compras devem ter sido feitas no estado, milhares”, disse Costa no depoimento obtido por VEJA. É, curiosamente, a mesma justificativa a que o presidente Bolsonaro recorreu ao ser questionado sobre uma negociação suspeita para a compra de vacinas.

Os inquéritos sigilosos do STJ a que VEJA teve acesso também esmiúçam fraudes ocorridas no Pará. Neles, o governador Helder Barbalho (MDB), ao contrário do seu colega baiano, aparece atuando diretamente nas negociações para a compra de equipamentos médicos. O esquema criminoso também envolve irregularidades em contratos para o funcionamento de hospitais de campanha. Os desvios podem chegar a 280 milhões de reais. As apurações revelaram que Helder acertava com empresários detalhes, inclusive financeiros, de compras que seriam autorizadas por ele mesmo logo depois. De acordo com o Ministério Público, dessas conversas emergiram contratos superfaturados e direcionados a determinadas empresas. Os procuradores investigam, entre outros negócios, ilegalidades na aquisição de respiradores e bombas de infusão para hospitais paraenses.

ESCÂNDALO - Mortos na pandemia: a PF estima que golpes ultrapassaram a casa dos 4 bilhões de reais -

ESCÂNDALO – Mortos na pandemia: a PF estima que golpes ultrapassaram a casa dos 4 bilhões de reais – Michael Dantas/AFP

No inquérito, estão anexadas mensagens trocadas entre o governador e o empresário André Felipe da Silva, então representante comercial da empresa de importação SKN, especializada em equipamentos elétricos e de informática, que funcionava no Rio de Janeiro. Silva é um personagem conhecido em Brasília. Ele é suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), vice-presidente do DEM no Distrito Federal e amigo do próprio Helder Barbalho. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o negócio avançou graças a essas relações pessoais. A SKN não possuía sequer autorização de funcionamento da Anvisa, imprescindível para a fabricação, distribuição e importação dos equipamentos. O desfecho do caso foi o mesmo da Bahia, mas com uma variante ainda mais insólita: os equipamentos vendidos dessa vez foram entregues — só que não funcionavam. “Os supostos fatos ilícitos investigados são especialmente graves, uma vez que praticados em estado de calamidade pública, em período de crises sanitária, econômica e social ocasionadas pela pandemia”, observou a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. Procurado por VEJA, Helder afirmou que o Estado processa a empresa importadora de respiradores e que conseguiu a devolução dos recursos já pagos. “Não houve prejuízo aos cofres públicos”, disse.

ALVO - Wilson Lima, do Amazonas: denunciado pelo Ministério Público por crime de organização criminosa -

ALVO - Wilson Lima, do Amazonas: denunciado pelo Ministério Público por crime de organização criminosa – Edmar Barros/Futura Press/.

Entre os processos encaminhados à CPI, o mais adiantado deles envolve o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Ele já é alvo de denúncia apresentada pela PGR por causa da compra de respiradores superfaturados adquiridos de uma loja de vinhos. Lima é acusado de integrar uma organização criminosa que desviou 2,2 milhões de reais durante a pandemia. A Corte Especial do STJ vai decidir nos próximos meses se aceita ou não a denúncia. Os senadores também receberam cópias de processos, inquéritos e auditorias que tratam de irregularidades praticadas em outros oito estados. A Polícia Federal estima que, no total, mais de 4 bilhões de reais podem ter sido surrupiados durante a pandemia. Não é mera coincidência o fato de praticamente todos os casos seguirem o mesmo roteiro: com o agravamento da crise sanitária, autoridades e servidores públicos mal-intencionados aceleraram processos de aquisição de materiais, atropelaram normas, privilegiaram empresas amigas, superfaturaram preços… É a velha aposta na tradição da impunidade. Cristiana Taddeo, da Hempcare, e André Felipe, da SKN, os peixes pequenos da história, chegaram a ficar presos por alguns dias. Resta saber o que vai acontecer com todos os outros envolvidos.



Investigações mostram proximidade de Helder Barbalho com empresários
Três inquéritos sigilosos do Superior Tribunal de Justiça miram a gestão do governador do Pará no combate à Covid-19. Material está com a CPI da Pandemia

Três inquéritos sigilosos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) miram a gestão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), suspeito de participar de um esquema criminoso instalado na administração pública para fraudar licitações e desviar recursos públicos da área de saúde. As apurações revelaram que Helder discutia com empresários assuntos relacionados a compras que seriam efetuadas depois pelo Estado. Um dos processos se debruça sobre contratos feitos entre o governo paraense e organizações sociais para a gestão de hospitais de campanha em Belém e municípios do interior. Os valores firmados ultrapassam a cifra de 1,2 bilhão de reais.

Esses contratos dos hospitais de campanha seriam loteados, direcionados, fraudados e superfaturados, segundo os investigadores. O Ministério Público Federal (MPF) encontrou indícios de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema ilegal envolvendo empresários e pelo menos quatro secretarias estaduais, por meio da participação de agentes públicos. O material, de cerca de 280 mil páginas, foi compartilhado com a CPI da Pandemia.

Entre as irregularidades apontadas na gestão de hospitais estão sobrepreço de itens, ausência de parecer jurídico sobre os contratos, indícios de que propostas apresentadas por organizações diferentes eram idênticas e até mesmo subcontratação de serviços médicos por parte dessas entidades. “O descaso com a gestão do sistema de saúde fica evidente nas divulgações que relatam a precariedade das unidades de saúde e dos serviços prestados, a despeito dos repasses milionários de recursos públicos aqui expostos”, apontou o relator do caso no STJ, ministro Francisco Falcão.

Os procuradores também investigam compras efetuadas pelo governo do Pará, como a aquisição de 400 respiradores e 1,6 mil bombas de infusão. Barbalho participou diretamente das tratativas, trocando mensagens com o empresário André Felipe Silva, que atuou como representante comercial da empresa de importação SKN. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o negócio é fruto de relações pessoais.

“Qualquer produto hospitalar que vc precisar me envia as especificações durante o dia, que na madrugada meu pessoal levanta nos fornecedores na China, que forneceram para epidemia de lá”, escreveu André Felipe para Helder, em março de 2020. “E as bombas de infusão tmb estão neste preço? (envia um arquivo em anexo)”, respondeu Helder. “Se vc quiser algo específico me passa a especificação”, afirmou o empresário. “Monitor multi paramétrico, oxímetro de pulso, bomba de infusão”, elencou o governador do Pará. Ao ser indagado sobre a quantidade necessária, Helder responde: “de 300 até 600”.

Em outra conversa com André Felipe, em abril de 2020, ou seja, um mês depois, Helder demonstra irritação com a demora na entrega de respiradores. “Só dia 3?. Você está brincando comigo. Se for dia 3 isto é molecagem. Estou me f….. aqui por que vcs não entregaram dia 15. Minha paciência acabou. Vc está ganhando uma fortuna”, escreveu o governador.

Quando os respiradores finalmente chegaram, o emedebista fez questão de posar para fotos ao receber os aparelhos no aeroporto, mas uma série de falhas técnicas que inviabilizaram o uso. Apesar das conversas no WhatsApp, as filiais da SKN não possuíam à época do acordo autorização de funcionamento pela Anvisa, o que seria imprescindível para a fabricação, distribuição e importação de bombas de infusão. “Os supostos fatos ilícitos investigados são especialmente graves, uma vez que praticados em estado de calamidade pública, em período de crises sanitária, econômica e social ocasionadas pela pandemia”, observou a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo.

Procurado pela reportagem, Helder afirmou que a denúncia de que os respiradores vindos da China não funcionavam para tratamento de Covid-19 foi do próprio governo do Pará, “que conseguiu a devolução de todo o recurso utilizado como adiantamento”. “Não houve prejuízo aos cofres públicos. O Estado processa a empresa importadora por danos morais coletivos”, afirmou.

Sobre os hospitais de campanha, o governador alegou que os preços pagos “estão abaixo da média de mercado e abaixo, inclusive, da própria tabela de referência do Ministério da Saúde”. “No Pará as organizações sociais atendem há muito anos. Nesta pandemia, o governo teve que agir praticamente sozinho, quando hospitais municipais e até privados fecharam as portas à população. Neste esforço, salvamos mais de 200 mil vidas”, acrescentou.





Está misturando as coisas, como bem disse a heroína da OS Simone Tebet:






CPI é unica e exclusiva para investigar o governo federal!!!

Você pode postar esses aqui, nesse tópico que quase ninguém participou.

 
Ultima Edição:

_alef_

Mil pontos, LOL!
Mensagens
14.425
Reações
19.077
Pontos
1.053
Caiu na net o contrato da Pfizer.

E confirma tudo daquela notícia que eu havia postado que era abusivo.
 

onurb88

Mil pontos, LOL!
Mensagens
28.395
Reações
55.761
Pontos
1.253
Mayra Pinheiro pede indenização por dano moral de R$ 100 mil contra Omar Aziz


JULY 26, 2021

A secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, protocolou uma ação contra o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) por suposta divulgação de dados pessoais. A defesa da secretária de Gestão do Trabalho e Educação da pasta pretende impedir a divulgação de material coletado na quebra do seu sigilo. A ação foi protocolada na Vara Cível do Distrito Federal, e pede ainda a suspeição de Aziz.

No documento, a defesa argumenta que Omar Aziz abusou de “sua função privilegiada para humilhar, discriminar e aniquilar a reputação” de Mayra e pedem o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil, “pela grave ofensa praticada, de inestimável repercussão, contra o conceito e à imagem” da médica.

Mayra prestou depoimento à comissão no dia 25 de maio. Após o depoimento, informações que estavam com a CPI sobre ela foram divulgadas na imprensa, como mostrou a CNN Brasil. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou nesta segunda-feira (26) que Aziz se manifeste em cinco dias sobre o suposto vazamento de informações sigilosas para a imprensa.

Os advogados solicitam ainda deferimento da tutela para proibir Aziz de citar o nome dela publicamente, em qualquer circunstância, sob pena do pagamento de multa no valor de R$ 10 mil. Além disso, a defesa solicita que, caso seja acatada a suspeição do senador, ele seja proibido de presidir a CPI, em um eventual novo depoimento da secretária; e também pede que a investigação do vazamento de e-mails da secretária seja conduzida pela Polícia Federal.


 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
Mensagens
56.777
Reações
134.088
Pontos
2.139
Heinze assume vaga titular no lugar de Ciro Nogueira, e Flávio Bolsonaro passa a ser suplente


Movimentação aconteceu após Ciro Nogueira ter aceitado convite de Bolsonaro para assumir Casa Civil. Sessões da CPI serão retomadas em 3 de agosto.


 Senadores Luis Carlos Heinze e Flavio Bolsonaro — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado


Senadores Luis Carlos Heinze e Flavio Bolsonaro — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil gerou nesta terça-feira (27) mudanças na composição da CPI da Covid.

Membro titular da CPI, Ciro será substituído na comissão pelo bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS), até então suplente. Além disso, Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, assumiu a vaga de suplente até então ocupada por Heinze.

A CPI da Covid não se reúne desde 15 de julho, quando ouviu Cristiano Carvalho, representante no Brasil da Davati Medical Supply. As sessões, suspensas em razão do recesso parlamentar, serão retomadas em 3 de agosto.

A expectativa dos senadores é que, na volta dos trabalhos, a CPI ouça pessoas com papel central nas negociações de compra de vacinas pelo governo brasileiro.
 

Achembald

Bam-bam-bam
Mensagens
2.241
Reações
2.195
Pontos
303
Heinze assume vaga titular no lugar de Ciro Nogueira, e Flávio Bolsonaro passa a ser suplente


Movimentação aconteceu após Ciro Nogueira ter aceitado convite de Bolsonaro para assumir Casa Civil. Sessões da CPI serão retomadas em 3 de agosto.


 Senadores Luis Carlos Heinze e Flavio Bolsonaro — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado


Senadores Luis Carlos Heinze e Flavio Bolsonaro — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil gerou nesta terça-feira (27) mudanças na composição da CPI da Covid.

Membro titular da CPI, Ciro será substituído na comissão pelo bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS), até então suplente. Além disso, Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, assumiu a vaga de suplente até então ocupada por Heinze.

A CPI da Covid não se reúne desde 15 de julho, quando ouviu Cristiano Carvalho, representante no Brasil da Davati Medical Supply. As sessões, suspensas em razão do recesso parlamentar, serão retomadas em 3 de agosto.

A expectativa dos senadores é que, na volta dos trabalhos, a CPI ouça pessoas com papel central nas negociações de compra de vacinas pelo governo brasileiro.

Que m**** vai passar mal em
Alessandro Vieira vai ser o carrasco dele
 
Topo Fundo