Majima-San
Ei mãe, 500 pontos!
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Minha opinião, a Sony tinha que ter vendido nos anos 90 a Psygnosis, ela valia uma fortuna porque era efetivamente uma third party dela (tanto que foi por isso que ficou de birra e quis vender), depois de 2000 ela foi absorvida como um todo e virou a liverpool, lançou alguns jogos (mas bons) em 12 anos e fechou.
O Getaway original foi flop em notas, mas acho que vendeu bem pra época, não? o Black Monday que foi pior.
E sobre a Lionhead, também eles foram pro saco na mesma, lançaram um flop (fable 3), ai estavam fazendo aquele jogo online que não agradava a fanbase e o Molyneux com sua imagem não ajudava, alias, também foi nessa época que a XGS (até então Microsoft Game Studios) estava numa má fase de investimentos, só conseguiram ir em partes com retrocompatibilidade, gamepass (nos primeiros meses antes do Spencer virar VP e elevar a divisão) e o Xbox One X.
Interessante. Essa questão de a Psygnosis manter uma certa independência, e ainda publicar alguma coisa pra N64, Saturn e PC, mesmo após a aquisição, gerou atrito com a Sony. Chegou a rolar um bid para venda, a Sony tentou se desfazer dela por causa disso uns 2 anos depois de comprá-los, chegaram a oferecer 300 fucking milhões de dólares (uma fortuna na época, a Rare foi vendida à Micro por isso, pra se ter uma noção, mas muitos anos depois), mas no fim ela desistiu. Eu acho que parte desses ports para thirds era de material que já estava contratado/engatilhado, assim como o caso atual da Obsidian para The Outer Worlds, mas a Sony ficou put* na época de qualquer forma.
Nesse tempo, a Psygnosis foi a maior developer de todo continente europeu, contando outros estúdios da Sony, a Sega e a Nintendo, praticamente metade (!!!!) de todos os jogos de videogames vendidos na Europa eram produzidos pela Psygnosis. Pensa nisso, uma dominância do nível da Coca Cola. Absurdo demais.
IMO, a história desses lords é muito forte, por mim discordo de você, não tinha nem que ter vendido nem sequer ter mudado de nome pra Liverpool, era pra corujona estar repaginada, e surgir tilitando na internet, em 3D, acima do nome Psygnosis, nos dias de hoje, para anunciar um novo Colony Wars, um novo Destruction Derby ou um novo Wipeout. Eu acredito fortemente em legado, essas coisas têm que ser preservadas. Por mim, reerguia, mas a gente é romântico, a realidade é dura. Perdurar nesse mercado de videogames não é um bolinho.
Uma parte da explicação para o ruir de vários estúdios europeus foi o oligopólio e o down do mercado para jogos de esporte. Aliás, a maior tradição dos developers ingleses são os jogos de corrida e esporte, é curioso a quantidade de estúdios britânicos que se dedicam a esses gêneros. A EA engoliu todo mundo no setor de esportes (já até discuti isso em outros tópicos, sobre a tendência ao monopólio nesse segmento), e jogos de corrida caíram muito em popularidade, Gran Turismo, Need, Burnout, foi tudo afundando, agora outros ingleses estão reerguendo o gênero.
O que palia a situação é que o estúdio fechou, mas a mão de obra humana foi pra outros lençóis, subir outros carnavais às cinzas. Glória.
The Gateway vendeu bem mesmo, 4 milhões (não sabia, consultei o The Video Games Sales aqui), mas deve ter custado uma fortuna, porque era ambicioso demais, e levou muitos anos para desenfornar. Os caras chegaram a recomeçar do zero, pra conseguir renderizar a antiga Londres no Motor Emoção do PS2.
O caso do Lionhead foi muito triste também, concordo que foi um pouco de má gestão/patacoadas do Molyneux, além de questões puramente comerciais/flops/queimas de recurso, que fizeram o portão de metal bater no chão e levantar poeira.