Complicado analisar isso. Vendas cair é uma naturalidade, e-reader não é a unica forma de ler ebooks, eu mesmo sempre li em tablets, até estes celulares que parecem telhas de tão grandes quebram um galho. Além disso e-reader não é celular, você não compra o Kindle aguardando sair o Kindle 2 no ano seguinte para comprar, você compra uma vez e acabou, aumentar as vendas só se o mercado de publicação de livros crescer de forma geral e significativa.
Outro problema é que, geralmente, contabilizam vendas de livros no espectro de físicos vs digitais, mas não separam os livros quanto a sua natureza. Uma tipica familia com filhos em uma escola particular não gasta menos que R$ 1000 por ano em livros didáticos, quando vão para a faculdade este valor sobe consideravelmente, não tem como livros de ficção acompanhar este ritmo, não importa onde forem escritos.
Mas convenhamos, e-reader é para leitor compulsivo, para quem lê muito e quer a praticidade de ler o que quiser, quando quiser. Este grupo sempre foi nicho, não é porque o negócio é digital que esta enorme massa que pouco lê se tornarão grande leitores. Agora para quem lê muito não há volta, tirando colecionadores que gostam de ter a árvore morta nas mãos (compreendo esta sensação, livro de RPG para mim tem que ser físico) a transição para o meio digital é sem volta. Com um bom aplicativo de leitura (que tem animação de passar página) e um GO READ da vida, não faz sentido pensar em outra alternativa.