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Em tuíte feito nas coxas, Agência Lupa sugere que palavra usada por Caetano em seu último álbum seja riscada do vocabulário

constatine

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A Agência Lupa, agência de pseudochecagem associada ao conglomerado UOL, publicou hoje uma lista associando diversas palavras e expressões vernáculas da língua portuguesa a origens alegadamente racistas. A agência não apresentou provas de suas alegações etimológicas, mas ordenou: “Já pode riscar essas expressões do seu vocabulário”.

Entre as palavras sentenciadas como racistas pelos divulgadores de fake news da Lupa está o verbete “mulata”. O servicinho foi feito em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra. Segundo a postagem, o termo é racista porque era utilizado na língua espanhola para ser referir a equinos híbridos. Atá!

Caetano Veloso parece ainda não ter sido informado da origem racista do termo. Na faixa título de seu último disco, Meu coco, ele canta que “Somos mulatos, híbridos e mamelucos e muito mais cafuzos do que tudo o mais”. Caê, aliás, parece gostar tanto da palavra quanto eu. Ele já salpicou “mulatos” e “mulatas” em faixas como Sugar Cane Fields Forever do antológico álbum Araçá Azul; Um comunista, do Abraçaço e Tropicália, do Caetano Veloso (1968).

O saudoso mulato Itamar Assumpção também gostava da palavra: “Sou mulato, sou mestiço, sou corajoso de sobra, só brigo quando preciso”, versava o Benedito João dos Santos Silva Beleléu
(vulgo Nego Dito) em “Ir para Berlim”, faixa de Pretrobrás II.

Já o também mulato Ataulfo Alves compôs (e a mulata tipo exportação Elza Soares, o mulato Noite Ilustrada e a branca Elis Regina gravaram) “Ô, mulata assanhada que passa com graça fazendo pirraça, fingindo inocente, tirando o sossego da gente!”

Na ausência de qualquer dúvida sobre se devo seguir os conselhos linguísticos da Lupa ou se devo acompanhar os exemplos de Caetano, Ataulfo e Itamar, vou continuar me referindo a mim mesmo como mulato. Mulato, bonita palavra com tudo que sua etimologia sugere e confessa.

Outra palavra que a Agência Lupa deseja que seja banida do nosso idioma é “doméstica”, para se referir a empregadas domésticas. Segundo a agência de disseminação de fake news, “doméstica” era um termo usado por famílias brancas para se referir a negras “domesticadas”.

E eu, preto burro, achando que é porque empregada doméstica é a responsável pelos serviços de casa, já que doméstico é um termo derivado do latim domesticus pelo francês antigo domestique que remete ao também latim domus que siginifica “casa”. E que achava que a utilização de doméstico como substantivo significando “empregado doméstico” remonta pelo menos à metade do milênio passado e aparece de forma análoga em diversos idiomas.

Os adeptos da religião progressista empregados pelo UOL desejam riscar também a expressão “macumbeiro” do dicionário. Segundo a Lupa, este é um termo que “discrimina os praticantes das religiões africanas”. Chuta essa agência de checagem, que é macumba!

A listinha de meia tigela feita nas coxas publicada pela agência do UOL com a ajuda do portal africanista Notícia Preta também determina que sejam banidas as expressões “de meia tigela”, “feito nas coxas”, “criado-mudo” e “não sou tuas negas”.

Veja lá se eu sou tuas negas pra eliminar palavras expressões do meu vocabulário só porque você não gosta delas, estagiário da Agência Lupa! Se enxerga, nego!













Quem checa os checadores?
 

sebastiao coelho neto

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Sempre achei estúpida essa perseguição a palavra mulato. Primeiro que a origem não é "cor de mula" * . E depois, quem critica afora falar da marchinha de carnaval citando como apologia ao estupro como exemplo pejorativo mas nunca cita a segunda estrofe (ou talvez não a entenda) ** .



*

**
 


Master Misan

Bam-bam-bam
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Não sei o que é pior, a agência em si fiscalizando palavras ou quem liga para esse tipo de notícia. pff

Quem controla as palavras controla a narrativa (do passado e do futuro), o que pode ser dito ou não; a linguagem contém um poder inestimável e os piores manipuladores sabem disso. Não demora muito e eles estarão estigmatizando quem usa essas palavras, até ter força de lei, isto é, algum juiz condená-lo por usar um termo racista como mulata.
 

Bat Esponja

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Na próxima vão descobrir que as letras dos funks e sertanejos universitários são horríveis.

E assim nem a esquerda vai levar essa agência a sério mais.
 

constatine

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Fundadora da Lupa ironiza jornalista e ignora pedido sobre antiga fake news divulgada pela agência

A sucessão de erros da agência de disseminação de notícias falsas Lupa após a publicação de uma lista negra com sete palavras e expressões que, de acordo com agência de publicação de notícias falsas Lupa, deveriam ser riscadas do vocabulário criou situações inéditas.

Se não é nada inédito que as empresas vinculadas ao conglomerado UOL divulguem fake news, esta talvez tenha sido a primeira vez que a agência confessou (ainda que de uma maneira bem estranha) a publicação de uma notícia falsa. A coisa ficou tão preta que a Lupa publicou uma errata e depois publicou uma errata da errata, informando que a errata anterior estava errada por não ter deixado claro que se tratava de uma errata.

Mas não parece que a fundadora da agência, Cristina Tardáguila, esteja se sentindo mal pela sucessão de erros ou esteja repensando a atividade de sua agência especializada em manipulação ideológica.

Ao comentar a colossalmente desonesta publicação em que a agência tentou denegrir palavras como “mulato” e “doméstica”, a mulher disse que “Checador não pode errar não pode errar, mas acontece”, atribuiu culpa às fontes consultadas pela agência, afirmou que o erro foi corrigido e que em 6 anos a agência têm mais acertos que erros.

Em tuíte feito nas coxas, Agência Lupa sugere que palavra usada por Caetano em seu último álbum seja riscada do vocabulário

O jornalista David Ágape ponderou que o problema não está exatamente no cometimento de erros, mas nos fatos de que as agências têm um poder de polícia sobre os erros cometidos pelos outros ao mesmo tempo que os próprios erros não geram qualquer tipo de sanção e de que a agência havia se limitado a apagar a postagem original sem reconhecer explicitamente o erro (na verdade a Lupa substituiu o fio original por um novo fio em que endossava a maior parte das alegações dos primeiros, mas apresentando “opiniões de especialistas” para transferir a responsabilidade).

As respostas de Cristina a partir daí só reafirmar a soberba de uma “policial da verdade” que está acima das próprias leis. “Você pode continuar odiando os checadores. Abraços”, se limitou a ironizar a mulher.

David desenvolveu melhor o seu ponto: “Em uma época em que o debate público ocorre todo na internet. Alguém com o poder de censura pode influenciar esse processo sobremaneira. E vocês sabem disso. Mas os checadores querem ter poder sem ter responsabilidade. Ora, se eu erro vcs podem me taxar como mentiroso e derrubar minhas publicações. E se vocês erram? Eu sou o cara que checa os checadores e chegou a hora de colocar tudo isso a limpo.”

Veja abaixo a nova resposta de Cristina às ponderações de David:


CHECADORA IGNOROU NOVO PEDIDO SOBRE ANTIGA FAKE NEWS PUBLICADA PELA LUPA

Esta não foi a primeira nem a segunda vez que a Lupa publicou notícias falsas. A agência já negou que Tabata Amaral fosse autora de projeto sobre distribuição de absorventes quando na verdade o texto do substitutivo aprovado menciona que a deputada paulista é autora de projeto apensado, logo sendo autora de um dos projetos de lei que foram aprovados em conjunto na forma de um substitutivo. A agência já mentiu sobre impossibilidade de origem laboratorial do novo coronavírus. A agência já mentiu sobre mortes de LGBTs no Brasil.

Uma das maneiras da Lupa mentir é atestando como verdade a teses controversas defendidas por estudos selecionados a dedo pelos “checadores” da agência. Este foi o método em relação à origem do novo coronavírus, quando a Lupa usou um artigo isolado e controverso publicado pela Nature como ferramenta para atestar como “fake news” as alegações em contrário.

Outro episódio em que a Lupa se limitou a “checar” a existência de um estudo e não a verdade das alegações contidas no estudo esteve relacionado aos dados de “mortes por homofobia no Brasil” e foi alvo de uma das primeiras checagens feitas por este blog.

A checadora Juliana dal Piva mentiu sobre o número de LGBTs assassinados no Brasil em 2016. Juliana havia recebido da Lupa a missão de checar o relatório fraudulento de mortes motivadas por homofobia no Brasil, do Grupo Gay da Bahia, mas não checou direito.



A mulher desconsiderou o fato de que o GGB inclui acidentes, mortes por causas naturais, mortes fora do Brasil, suicídio e mortes de heterossexuais na composição da lista. Desta forma, acabou contando como se fossem “assassinatos de LGBTs no Brasil” a dezenas de mortes que não correspondem a esta categoria (ou não eram assassinatos ou não eram de LGBTs ou não eram no Brasil).

Já pedi inúmeras vezes à Lupa que publique uma errata sobre aquela postagem. Nunca fui atendido. Ontem pedi para que a fundadora da agência aplique a “ética da The International Fact-Checking Network (IFCN)”. Pelo visto não vai rolar. Oremos!











MuiÉÉÉÉÉÉÉEÉ
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The Kong

Cruz Bala Trevoso
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Um ótimo texto desmentindo essa história do criado mudo.

 
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