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Empresa com publicidade sexy faz doação à hospital e cria polêmica

Sgt. Kowalski

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Empresa com publicidade sexy faz doação à hospital e cria polêmica

Stuart Elliott



Quando o Hospital Infantil de Columbus concordou em dar o nome de duas cadeias de varejo a uma nova ala como agradecimento à empresa que as controla por uma doação de US$ 5 milhões, todo mundo sorriu. E o mesmo se aplica à decisão deste hospital de Ohio quanto a mudar seu nome para Hospital Infantil Nationwide, como forma de agradecer por uma doação de US$ 50 milhões da Nationwide Insurance, uma seguradora de alcance nacional.


Mas uma coalizão de defensores dos direitos da criança alega que o hospital foi longe demais ao aceitar dar o nome de outra cadeia de varejo com sede na região, a Abercrombie & Fitch, a um novo centro de emergência e trauma, em troca de uma doação de US$ 10 milhões.
A aliança, que inclui organizações que combatem a comercialização excessiva da infância e diversos pediatras, está pedindo que o hospital reconsidere sua decisão de aceitar a doação, tomada em junho de 2006. O apelo está sendo feito agora porque as obras do edifício que abrigará o novo centro de emergência e trauma serão iniciadas este ano.
As 15 organizações e 80 indivíduos que formam a aliança alegam que dar ao centro o nome da Abercrombie & Fitch - conhecida por sua publicidade ousada e pelas roupas reveladoras que vende - enviaria uma mensagem seriamente equivocada.
"É perturbador que um hospital infantil batize seu centro de emergência com o nome de uma empresa que rotineiramente utiliza formas muito sexualizadas de marketing, direcionadas a adolescentes e pré-adolescentes", escreveram os membros da coalizão em uma carta enviada na terça-feira à sede do hospital, em Columbus, Ohio.
"O Centro de Emergência e Trauma Abercrombie & Fitch tornará a marca Abercrombie parte da reputação do hospital", afirmava a carta, dirigida a cinco dirigentes da instituição. "Uma empresa com um longo histórico de trabalho adverso ao bem-estar das crianças agora estaria vinculada aos esforços de curá-las".
A queixa é um exemplo das reações negativas à prática cada vez mais freqüente de batizar instalações públicas com os nomes de patrocinadores, doadores e patronos empresariais.
Os oponentes que se queixam da crescente comercialização da cultura norte-americana estão incomodados com o fato de que empresas privadas hoje vinculam seus nomes a estádios, parques, escolas, ônibus escolares e hospitais.
Cerca de uma dúzia de hospitais nos Estados Unidos portam o nome de empresas, entre os quais pelo menos dois outros hospitais infantis: o Hospital Mattel da Criança, ligado à Universidade da Califórnia em Los Angeles, e o Hospital Infantil Hasbro, divisão pediátrica do Hospital de Rhode Island, em Providence.
Mas dar o nome da Abercrombie & Fitch a uma unidade "é mais ultrajante", disse Susan Linn, diretora da Campaign for a Commercial-Free Childhood (campanha por uma infância livre de comerciais), em Boston, devido à reputação da rede de lojas como "um dos piores predadores empresariais", dadas suas práticas que "sexualizam e objetificam crianças".
"Vender direitos de patrocínio a empresas é um caminho sem volta, e nada teria menos volta do que isso", disse Linn, também diretora associada do Centro Infantil Judge Baker, afiliado à Escola de Medicina da Universidade Harvard.
As imagens sexualizadas de jovens sorridentes que a Abercrombie & Fitch emprega há anos para vender suas marcas de roupas em outdoors, anúncios e catálogos renderam bilhões de dólares à empresa e a seu presidente-executivo, Michael Jeffries, mas também lhes valeram incontáveis inimigos.
Os oponentes das campanhas da empresa, em geral fotografadas por Bruce Webber, um conhecido fotógrafo de moda, alegam que elas cruzam a linha do bom gosto ao mostrar adolescentes e jovens com pouca roupa e em situações altamente sexualizadas. A empresa descreve sua publicidade como brincalhona e uma celebração do espírito livre dos jovens norte-americanos modernos.
No mês passado, a polícia de Virginia Beach, Virgínia, removeu dois grandes cartazes - parte de uma campanha nacional do grupo - da vitrine de uma loja Abercrombie & Fitch em um shopping center e acusou o gerente de obscenidade pública. Um dos cartazes mostrava uma jovem com um seio quase totalmente exposto e o outro três rapazes sem camisa, um dos quais mostrando parte do traseiro.
A cidade de Virginia Beach decidiu posteriormente que não processaria o gerente da loja.
Em outras ocasiões, no entanto, os oponentes da Abercrombie & Fitch saíram vitoriosos. Em 2003, a empresa cancelou sua revista e catálogo trimestral de moda, a "A&F Quarterly", devido às crescentes queixas de pais quanto ao conteúdo ousado.
No que tange aos protestos da coalizão no caso do hospital do Ohio, Tom Lennox, porta-voz da Abercrombie & Fitch, disse na terça-feira que "temos orgulho de nosso longo relacionamento com o hospital e é um privilégio ajudá-lo a avançar para um futuro brilhante". Um telefonema ao Hospital Infantil Nationwide para determinar como a carta de protesto foi recebida foi retornado por Jon Fitzgerald, o presidente da fundação mantenedora do hospital.
"Eu prefiro me concentrar no aspecto filantrópico do caso", disse ele, acrescentando que "não me sinto confortável" para discutir quaisquer das objeções apresentadas na carta.
"Dois anos atrás, a Abercrombie & Fitch nos fez uma generosa doação filantrópica", ele afirma. "Em honra a isso, optamos por reconhecer seu tremendo apoio à nossa organização".
Fitzgerald objetou a uma alegação da carta, no sentido de que o hospital teria "vendido o direito de batizar" o centro à Abercrombie & Fitch por US$ 10 milhões.
"Não vendemos direitos", disse Fitzgerald. "Como organização sem fins lucrativos, aceitamos doações para sustentar nossa atividade. Procuramos por apoio filantrópico".


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Abercrombie & Fitch é conhecida por seus anúncios sensuais
 
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