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[Entendendo a era bozonarista - e porque estamos ferrados - PARTE DOIS]: o candidato do colapso

farrokh_bulsara

Bam-bam-bam
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O CANDIDATO DO COLAPSO
Poder de Bolsonaro nasceu da devastação social e dela dependerá
MARCOS NOBRE

A eleição foi, em primeiro lugar, sobre a prisão de Lula. Depois, sobre a facada em Bolsonaro. Agora é sobre a exploração da soma de todos os medos de quem vive em um país em frangalhos.

O futuro não deu as caras. Até agora, é uma eleição como se não houvesse amanhã. O que apareceu foi apenas um presente abominável e um passado de horror. Sob a liderança de Jair Bolsonaro, o dia seguinte ficou fora de qualquer conversa, e o primeiro turno da vingança se tornou o segundo turno do medo.

A razão para isso é simples e terrível: as pessoas já perderam muito, mas têm medo de que lhes seja tirado mais ainda. Elas temem especialmente que lhes seja tirado o mais básico e fundamental, aquilo que é sua razão de existir. Para muita gente, esta eleição não é sobre a esperança de que a vida vá melhorar, mas sobre como estancar um sofrimento tão prolongado.

Pouca gente acha que a dureza das crises que enfrentamos há tanto tempo está perto do fim. Muita gente acreditou nessa promessa quando veio a parlamentada de 2016, que derrubou Dilma Rousseff. O governo Temer, ao contrário, trouxe junto com ele todas as pragas do Egito, só que em número indeterminado. Falar em política e em instituições políticas trouxe o ódio e a repulsa manifestados no primeiro turno. Agora, neste segundo turno, traz também o medo de que ameaça ainda maior esteja por vir. E alguém precisa impedir que o sistema político continue a fazer maldades.

Bolsonaro canalizou a desesperança e o medo em prol de sua candidatura. Depois da facada que sofreu, passou a dar as cartas. Passou a pautar sozinho a eleição, começou a moldá-la como o não-debate em que se transformou. Bolsonaro não promete coisa alguma a não ser: as maldades vão parar. Para quem já não acredita em nada que soe “político”, prometer mais do que isso soa falso, mentiroso. Mesmo debater soa falso, mentiroso, soa “político”. Por isso, de pouco vai adiantar a candidatura de Fernando Haddad insistir em debater enquanto não tocar no que está na base do sucesso do capitão-candidato.

Bolsonaro se colocou como defensor das últimas trincheiras de qualquer pessoa, daquilo que é a sua identidade mais básica. Disse mais ou menos o seguinte: “Tiraram tudo de vocês e agora querem tirar até o mais fundamental, que é a sua vida, que é acreditar em Deus, em si próprio e nas pessoas mais próximas.” Muita gente acredita que as coisas mais preciosas estão em risco. Bolsonaro prometeu protegê-las acima de tudo e de todos. Não por acaso, conseguiu fazer um amálgama das únicas três instituições que ainda encontram apoio, respaldo e aprovação na terra arrasada atual e que não são consideradas “políticas”: família, igrejas e Forças Armadas.

É como se Bolsonaro estivesse dizendo ao eleitorado: “Você tem toda a razão de não confiar em nenhuma instituição a não ser na sua família, na sua igreja e nas Forças Armadas de seu país. E eu sou o único que pertence a essas três instituições, sou o único que pode defender você, sou o único em condições de prometer que vou defender você. Ninguém tirará de você a sua vida, a sua família, a sua crença e o seu direito de acreditar em si mesmo.”

O estranho é ter gente que ache isso pouco. É da sobrevivência física, mental e social de muitas pessoas que se está falando. Toda a discussão sobre a divisão do eleitorado entre PT e antiPT, que é real, obscurece muitas vezes o fato de que uma parcela do eleitorado está se sentindo existencialmente ameaçada e que vê no sistema político a fonte dessa ameaça.

Negar que parte muito relevante do eleitorado esteja se sentindo dessa maneira é se recusar a entender o voto em Bolsonaro. É se recusar a entender por que discutir o dia seguinte se tornou secundário. É se recusar a entender por que debater se tornou secundário, tornou-se “político”.

Acontece que Bolsonaro não apenas depende dessa devastação social para vencer a eleição. Ele também vai depender dela para se manter no poder. Bolsonaro surfa a onda do colapso das instituições. Precisa do colapso para se eleger. Mas precisará ainda mais do colapso para se manter no poder.

Porque a parte relevante do eleitorado que se sente existencialmente ameaçada não permanecerá para sempre na posição defensiva extrema em que se encontra hoje. Em um momento não muito distante vai precisar sentir que a ameaça extrema passou e será então a hora de buscar algo positivo, construtivo. E, nesse momento, Bolsonaro nada terá a mostrar.

Porque mostrar algo positivo e esperançoso depende de reconstruir as instituições políticas. Depende de fazer voltar a funcionar um sistema político que entrou em parafuso. E, mesmo que se visse obrigado a isso, Bolsonaro não dispõe de condições políticas e pessoais de realizar uma tarefa dessa magnitude. Não se elegeu com base nisso, não tem base social e política para isso. Ao contrário, ele é o candidato do colapso.

Se eleito, a única opção para Bolsonaro permanecer no poder será manter ativamente em estado de colapso as instituições políticas do país. Porque o sistema político fará certamente esforços para se reorganizar, tanto do lado da centro-esquerda como da centro-direita. Mas qualquer reorganização como essa, se bem-sucedida, acontecerá contra um eventual governo Bolsonaro – e não a seu favor. Bolsonaro só poderá governar minando permanentemente toda forma positiva de reorganização das instituições.

Bolsonaro apareceu em uma pequena janela no tempo, naquele exato minuto do colapso institucional em que se tornou possível lançar a bomba capaz de tornar esse colapso duradouro. A opção neste segundo turno é entre a ameaça existencial que surfa no colapso das instituições e a proposta de uma reconstrução institucional. Coube à campanha de Fernando Haddad o papel de mostrar que a janela de onde acena o capitão-candidato representa, na verdade, a continuidade da sensação da ameaça existencial. Porque é disso que se alimenta a candidatura de Bolsonaro.

*** *** ***

Continuando, trago outro aspecto da eleição do bozo: uma análise super precisa, que explica de maneira clara e complexa o que muitas vezes está simplificado no "voto de revolta" e na descrença em relação à política, dois aspectos que ajudaram na eleição dele. O interessante é que ela nos dá pistas para entender que tipo de interesse estará em jogo durante o governo bozonarista.
 

Kamui Senketsu

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Quanta m****

A explicação é mais simples, a maioria dos políticos sempre foi lixo a galera caiu na real e tentou mudar dentro do possível
Para isso tinha 2 opções Amoedo e Bolsonaro, o resto era só m**** de marxismo cultura com requintes de corrupção


Por carisma e maior popularidade foi escolhido o Bolsonaro, ninguém acha que ele é o Salvador só vimos que a mudança era necessária
Se começar a presumir inteligência das pessoas talvez comece acertar em alguma coisa
 

ChaosRaptor

Bam-bam-bam
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Discuta, ou mesmo cobre o que você acha que deve, sem ofender.
chora comunista fdp
1540765523196.jpg

agora pague a divida
 

farrokh_bulsara

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Vou ignorar essa parte...

A explicação é mais simples, a maioria dos políticos sempre foi lixo a galera caiu na real e tentou mudar dentro do possível
Para isso tinha 2 opções Amoedo e Bolsonaro, o resto era só m**** de marxismo cultura com requintes de corrupção

Por carisma e maior popularidade foi escolhido o Bolsonaro, ninguém acha que ele é o Salvador só vimos que a mudança era necessária
Se começar a presumir inteligência das pessoas talvez comece acertar em alguma coisa
Mas é justamente isso que o artigo diz, de maneira mais complexa mesmo. Com a diferença que: não é de interesse do bozo melhorar as instituições, porque se ele faz isso, seu apelo diminui drasticamente. Porque? Porque seu projeto fica mais visível: tirar direitos e renda dos mais pobres, desmontar a educação, a saúde, as empresas estatais, piorar a previdência... tudo isso só passou na garganta dos eleitores porque estava todo mundo assustado/indignado com o colapso do sistema. Aí, qualquer coisa era melhor do que o que estava aí. Ou assim pensavam...
 

Gattuso

Lenda da internet
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era melhor vc concentrar num só topico tudo, a discussão séria vai ficar espalhada demais, se é esse mesmo seu objetivo
 

Kamui Senketsu

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Porque seu projeto fica mais visível: tirar direitos e renda dos mais pobres, desmontar a educação, a saúde, as empresas estatais, piorar a previdência... tudo isso só passou na garganta dos eleitores porque estava todo mundo assustado/indignado com o colapso do sistema. Aí, qualquer coisa era melhor do que o que estava aí. Ou assim pensavam...
Que educação e saúde ele vai desmontar?
Vamos lá, diga que o caminho estava certo...Vai fale em voz alta para você mesmo escutar
Não tem como piorar algo que não funciona, a previdência iria quebrar antes de eu me aposentar, empresas estatais estão atrasadas milênios e sendo cada vez mais sucateada. As pessoas aceitam essas mudanças porque tem consciência da necessidade delas, tirando os caras que querem manter para continuar mamando

Lembre-se que não foi os EUA que derrotaram a União Soviética, ela caiu sozinha porque uma hora a fantasia acaba e sobra a realidade

O caminho estava errado. Ponto.
Mudança não é medo, é coragem, medo é não mudar sabendo que está errado
 


da19x

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Vou ignorar essa parte...


Mas é justamente isso que o artigo diz, de maneira mais complexa mesmo. Com a diferença que: não é de interesse do bozo melhorar as instituições, porque se ele faz isso, seu apelo diminui drasticamente. Porque? Porque seu projeto fica mais visível: tirar direitos e renda dos mais pobres, desmontar a educação, a saúde, as empresas estatais, piorar a previdência... tudo isso só passou na garganta dos eleitores porque estava todo mundo assustado/indignado com o colapso do sistema. Aí, qualquer coisa era melhor do que o que estava aí. Ou assim pensavam...
Corram para as colinas! Vai começar a caça aos pobres e oprimidos!
 

xDoom

Ei mãe, 500 pontos!
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Se a análise é tão precisa, por que essas mesmas pessoas erraram a eleição inteira?

QUE DELÍCIA DE SOFRIMENTO, CONTINUE.
 

kyubi64

Ei mãe, 500 pontos!
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O CANDIDATO DO COLAPSO
Poder de Bolsonaro nasceu da devastação social e dela dependerá
MARCOS NOBRE

A eleição foi, em primeiro lugar, sobre a prisão de Lula. Depois, sobre a facada em Bolsonaro. Agora é sobre a exploração da soma de todos os medos de quem vive em um país em frangalhos.

O futuro não deu as caras. Até agora, é uma eleição como se não houvesse amanhã. O que apareceu foi apenas um presente abominável e um passado de horror. Sob a liderança de Jair Bolsonaro, o dia seguinte ficou fora de qualquer conversa, e o primeiro turno da vingança se tornou o segundo turno do medo.

A razão para isso é simples e terrível: as pessoas já perderam muito, mas têm medo de que lhes seja tirado mais ainda. Elas temem especialmente que lhes seja tirado o mais básico e fundamental, aquilo que é sua razão de existir. Para muita gente, esta eleição não é sobre a esperança de que a vida vá melhorar, mas sobre como estancar um sofrimento tão prolongado.

Pouca gente acha que a dureza das crises que enfrentamos há tanto tempo está perto do fim. Muita gente acreditou nessa promessa quando veio a parlamentada de 2016, que derrubou Dilma Rousseff. O governo Temer, ao contrário, trouxe junto com ele todas as pragas do Egito, só que em número indeterminado. Falar em política e em instituições políticas trouxe o ódio e a repulsa manifestados no primeiro turno. Agora, neste segundo turno, traz também o medo de que ameaça ainda maior esteja por vir. E alguém precisa impedir que o sistema político continue a fazer maldades.

Bolsonaro canalizou a desesperança e o medo em prol de sua candidatura. Depois da facada que sofreu, passou a dar as cartas. Passou a pautar sozinho a eleição, começou a moldá-la como o não-debate em que se transformou. Bolsonaro não promete coisa alguma a não ser: as maldades vão parar. Para quem já não acredita em nada que soe “político”, prometer mais do que isso soa falso, mentiroso. Mesmo debater soa falso, mentiroso, soa “político”. Por isso, de pouco vai adiantar a candidatura de Fernando Haddad insistir em debater enquanto não tocar no que está na base do sucesso do capitão-candidato.

Bolsonaro se colocou como defensor das últimas trincheiras de qualquer pessoa, daquilo que é a sua identidade mais básica. Disse mais ou menos o seguinte: “Tiraram tudo de vocês e agora querem tirar até o mais fundamental, que é a sua vida, que é acreditar em Deus, em si próprio e nas pessoas mais próximas.” Muita gente acredita que as coisas mais preciosas estão em risco. Bolsonaro prometeu protegê-las acima de tudo e de todos. Não por acaso, conseguiu fazer um amálgama das únicas três instituições que ainda encontram apoio, respaldo e aprovação na terra arrasada atual e que não são consideradas “políticas”: família, igrejas e Forças Armadas.

É como se Bolsonaro estivesse dizendo ao eleitorado: “Você tem toda a razão de não confiar em nenhuma instituição a não ser na sua família, na sua igreja e nas Forças Armadas de seu país. E eu sou o único que pertence a essas três instituições, sou o único que pode defender você, sou o único em condições de prometer que vou defender você. Ninguém tirará de você a sua vida, a sua família, a sua crença e o seu direito de acreditar em si mesmo.”

O estranho é ter gente que ache isso pouco. É da sobrevivência física, mental e social de muitas pessoas que se está falando. Toda a discussão sobre a divisão do eleitorado entre PT e antiPT, que é real, obscurece muitas vezes o fato de que uma parcela do eleitorado está se sentindo existencialmente ameaçada e que vê no sistema político a fonte dessa ameaça.

Negar que parte muito relevante do eleitorado esteja se sentindo dessa maneira é se recusar a entender o voto em Bolsonaro. É se recusar a entender por que discutir o dia seguinte se tornou secundário. É se recusar a entender por que debater se tornou secundário, tornou-se “político”.

Acontece que Bolsonaro não apenas depende dessa devastação social para vencer a eleição. Ele também vai depender dela para se manter no poder. Bolsonaro surfa a onda do colapso das instituições. Precisa do colapso para se eleger. Mas precisará ainda mais do colapso para se manter no poder.

Porque a parte relevante do eleitorado que se sente existencialmente ameaçada não permanecerá para sempre na posição defensiva extrema em que se encontra hoje. Em um momento não muito distante vai precisar sentir que a ameaça extrema passou e será então a hora de buscar algo positivo, construtivo. E, nesse momento, Bolsonaro nada terá a mostrar.

Porque mostrar algo positivo e esperançoso depende de reconstruir as instituições políticas. Depende de fazer voltar a funcionar um sistema político que entrou em parafuso. E, mesmo que se visse obrigado a isso, Bolsonaro não dispõe de condições políticas e pessoais de realizar uma tarefa dessa magnitude. Não se elegeu com base nisso, não tem base social e política para isso. Ao contrário, ele é o candidato do colapso.

Se eleito, a única opção para Bolsonaro permanecer no poder será manter ativamente em estado de colapso as instituições políticas do país. Porque o sistema político fará certamente esforços para se reorganizar, tanto do lado da centro-esquerda como da centro-direita. Mas qualquer reorganização como essa, se bem-sucedida, acontecerá contra um eventual governo Bolsonaro – e não a seu favor. Bolsonaro só poderá governar minando permanentemente toda forma positiva de reorganização das instituições.

Bolsonaro apareceu em uma pequena janela no tempo, naquele exato minuto do colapso institucional em que se tornou possível lançar a bomba capaz de tornar esse colapso duradouro. A opção neste segundo turno é entre a ameaça existencial que surfa no colapso das instituições e a proposta de uma reconstrução institucional. Coube à campanha de Fernando Haddad o papel de mostrar que a janela de onde acena o capitão-candidato representa, na verdade, a continuidade da sensação da ameaça existencial. Porque é disso que se alimenta a candidatura de Bolsonaro.

*** *** ***

Continuando, trago outro aspecto da eleição do bozo: uma análise super precisa, que explica de maneira clara e complexa o que muitas vezes está simplificado no "voto de revolta" e na descrença em relação à política, dois aspectos que ajudaram na eleição dele. O interessante é que ela nos dá pistas para entender que tipo de interesse estará em jogo durante o governo bozonarista.


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Okira

Mil pontos, LOL!
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hahaha

Parte 3 será: Como chorar no banheiro porque minha esquerda perdeu.
Não é possível que toda essa mudança de pensamento deixa certos usuários em transtornos existenciais, tentando achar teorias e narrativas melhores que ´series da neflix.

Temos um novo tópico do piu piu nascendo.
 

farrokh_bulsara

Bam-bam-bam
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era melhor vc concentrar num só topico tudo, a discussão séria vai ficar espalhada demais, se é esse mesmo seu objetivo
Acho que isso iria confundir as bolas. Minha ideia não é fazer uma única crítica genérica, mas estudar de um jeito mais extensivo o fenômeno bozo. Tenho muitos textos pra postar, mas vou fazer isso ao longo de semanas, meses... bem, atento também ao desenrolar dos fatos e novas análises. Botei esses dois hoje que são parecidos, mas falam de aspectos diferentes: o primeiro fala da estratégia de campanha dele. O segundo, do contexto político no qual essa estratégia foi executada, o que em parte explica ela, não acha?

Que educação e saúde ele vai desmontar?
Vamos lá, diga que o caminho estava certo...Vai fale em voz alta para você mesmo escutar
A que temos hoje. A educação, por meio das mordaças de conteúdo e da precarização (como o EAD) nos ensinos fundamental e médio, do desmonte das universidades - a campanha dele já disse que brasileiro tem "fetiche" por diploma - e da pesquisa científica no país. Ele vai abrir tanto esse setor quanto a saúde ao capital privado, o máximo que puder. Juntando isso ao teto de gastos, podemos descer bem mais pro fundo do poço e cavar um buraco lá.

Não tem como piorar algo que não funciona, a previdência iria quebrar antes de eu me aposentar, empresas estatais estão atrasadas milênios e sendo cada vez mais sucateada. As pessoas aceitam essas mudanças porque tem consciência da necessidade delas, tirando os caras que querem manter para continuar mamando

Lembre-se que não foi os EUA que derrotaram a União Soviética, ela caiu sozinha porque uma hora a fantasia acaba e sobra a realidade

O caminho estava errado. Ponto.
Mudança não é medo, é coragem, medo é não mudar sabendo que está errado
Ninguém discorda que é preciso uma reforma da previdência, mas dá pra mexer prejudicando muito menos a população de baixa renda mexendo em privilégios de forma escalonada e fazendo uma transição bem mais justa para o regime de capitalização. Estatais estão longe de serem esse clichê brasileiro dos anos 1980. Tanto é que todo o papo de privatização é justificado pelo abatimento da dívida pública (que seria pouco). Assim como estivemos muito longe de um modelo socialista nos governos PTistas, com bancos e empreiteiras lucrando tanto. Para mudar é preciso sobretudo clareza, e isso falta a maioria das pessoas, presas em uma ficção na qual o Brasil é socialista, a Petrobrás está quebrada etc. Ladainha que ganhou a eleição e muito conveniente para entregar o pré-sal, abrir o país ao capital estrangeiro de maneira inescrupulosa, cortar direitos trabalhistas, jogar o ônus na população quando a responsabilidade pelas lambanças econômicas e fiscais são de gente que ironicamente vai continuar empregada no governo. Vide Joaquim Levy - o ministro de Dilma que vocês adoram criticar - como presidente do BNDES no governo bozo.

Com esse "artigo" você quer provar que o Lula livre ou Haddad eram opções melhores?
Não necessariamente. Mas, ao contrário deles, bozonaro surfou no colapso e se elegeu a partir dele sem projeto algum.
 

Chimpanú

Supra-sumo
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Eu gosto do Marcos Nobre. Ele é o petista mais furtivo que há, e pra quem acompanha os artigos dele vê-se que ele é convincente mas permanentemente enganado. Eu acho que ele está certo ao dizer que o eleitorado do Bolsonaro se sente existencialmente ameaçado, mas falar que a eleição dele vêm do colapso institucional e que, portanto, o poder dele deriva de manter o colapso institucional é simplesmente falso. Não que isso não possa acontecer, mas que uma coisa simplesmente não segue necessariamente da outra. A plataforma dele pode-se facilmente converter numa defesa apaixonada do status quo - como de costume na política - afinal a tal ameaça existencial é contra as instituições conservadoras.

E como supor que para além dele, qualquer outro candidato pudesse reconstruir as instituições nacionais? Os outros teriam problemas quiçá piores na composição das bases parlamentares, e mais importante e óbvio, os demais não conseguiram chegar perto de competir eleitoralmente. Ou alguém acha que, se por milagre, se Marina ou Ciro fossem eleitos teriam organicidade para fazer vingar qualquer tipo de projeto. Por último é absolutamente risível dizer que a campanha de Haddad possuiu qualquer mérito ou demonstrou qualquer coisa, foi um embuste desesperado para tentar manter o poder petista.
 

farrokh_bulsara

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Eu gosto do Marcos Nobre. Ele é o petista mais furtivo que há, e pra quem acompanha os artigos dele vê-se que ele é convincente mas permanentemente enganado. Eu acho que ele está certo ao dizer que o eleitorado do Bolsonaro se sente existencialmente ameaçado, mas falar que a eleição dele vêm do colapso institucional e que, portanto, o poder dele deriva de manter o colapso institucional é simplesmente falso. Não que isso não possa acontecer, mas que uma coisa simplesmente não segue necessariamente da outra. A plataforma dele pode-se facilmente converter numa defesa apaixonada do status quo - como de costume na política - afinal a tal ameaça existencial é contra as instituições conservadoras.

E como supor que para além dele, qualquer outro candidato pudesse reconstruir as instituições nacionais? Os outros teriam problemas quiçá piores na composição das bases parlamentares, e mais importante e óbvio, os demais não conseguiram chegar perto de competir eleitoralmente. Ou alguém acha que, se por milagre, se Marina ou Ciro fossem eleitos teriam organicidade para fazer vingar qualquer tipo de projeto. Por último é absolutamente risível dizer que a campanha de Haddad possuiu qualquer mérito ou demonstrou qualquer coisa, foi um embuste desesperado para tentar manter o poder petista.
Quanto ao primeiro parágrafo, eu quase concordo: a eleição vem sim na onda do colapso institucional (era a mídia abrindo terreno pro chuchu, não contando com o bozo), ele foi eleito numa campanha claramente anti-política, anti-institucional vergonhosa. Se por um lado ele soube capitalizar o momento a seu favor, por outro seu governo será quase como uma segunda eleição - hora de apresentar a que veio, medidas, propostas, etc - e pode rolar qualquer coisa. Nesse sentido eu compartilho da sua desconfiança em relação ao que o Marcos Nobre dá como certo, mas pendendo para o lado dele, nesse sentido, ainda que não aderindo totalmente. Já quanto ao segundo parágrafo, discordo, acho que simplificou demais. Por um lado, a anti-política determinou a eleição e a falta de expressão dos outros candidatos nas urnas é mais reflexo disso do que da deficiência deles. Por outro, a campanha de Haddad foi tudo menos desesperada. Ao contrário, foi "republicana" até demais, chamando "para o debate" de uma maneira tão bunda-mole que me dava nervoso. A única parte vergonhosa mesmo era a defesa do legado lulopetista, a falta de auto-crítica. Parecia que não entendia o jogo, a não ser na última semana do segundo turno.
 

Kamui Senketsu

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A que temos hoje. A educação, por meio das mordaças de conteúdo e da precarização (como o EAD) nos ensinos fundamental e médio, do desmonte das universidades - a campanha dele já disse que brasileiro tem "fetiche" por diploma - e da pesquisa científica no país. Ele vai abrir tanto esse setor quanto a saúde ao capital privado, o máximo que puder. Juntando isso ao teto de gastos, podemos descer bem mais pro fundo do poço e cavar um buraco lá.
Que educação temos hoje?
Justamente o que você critica é o que o ProUni fez no Brasil, deu diploma a rodo e enquanto a Estado só aumentava a dívida e as faculdades privadas não paravam de ter lucro. As faculdades basicamente viraram bancos, onde eles vendiam um curso normal com taxas altíssimas para o governo pagar e cobrir a dívida estudantil
O que você tem medo que ocorra, já ocorreu e você nem percebeu.

Sucateamento das Universidades públicas então nem se fala, os caras dobraram os números de vagas e aumentaram em uma escala muito menor.
Qualidade foi para o saco.

Ninguém discorda que é preciso uma reforma da previdência, mas dá pra mexer prejudicando muito menos a população de baixa renda mexendo em privilégios de forma escalonada e fazendo uma transição bem mais justa para o regime de capitalização. Estatais estão longe de serem esse clichê brasileiro dos anos 1980. Tanto é que todo o papo de privatização é justificado pelo abatimento da dívida pública (que seria pouco). Assim como estivemos muito longe de um modelo socialista nos governos PTistas, com bancos e empreiteiras lucrando tanto. Para mudar é preciso sobretudo clareza, e isso falta a maioria das pessoas, presas em uma ficção na qual o Brasil é socialista, a Petrobrás está quebrada etc. Ladainha que ganhou a eleição e muito conveniente para entregar o pré-sal, abrir o país ao capital estrangeiro de maneira inescrupulosa, cortar direitos trabalhistas, jogar o ônus na população quando a responsabilidade pelas lambanças econômicas e fiscais são de gente que ironicamente vai continuar empregada no governo. Vide Joaquim Levy - o ministro de Dilma que vocês adoram criticar - como presidente do BNDES no governo bozo.
A oposição discordava da necessidade da reforma da previdência e teto de gastos, só pegar os planos de governo tanto do Ciro quanto do Haddad que iriam revogar qualquer coisa nesse sentido

O Joaquim Levy ficou acho que 6 meses, ele queria o controle de gastos mas a Dilma não escutou e simplesmente não fez nada do que ele disse. Zero autonomia para ele. Ele de tão "incompetente" só foi ser diretor do Banco Mundial depois de pegar o boné...enquanto a Dilma sofria impeachment por irresponsabilidade fiscal.
A Dilma se afundou com o Mantega, o Levy foi pegar o barco já lotado de água e sem poder tirar. Ve as propostas do Levy na época, é que o todo mundo agora "não discorda" mas com 2 anos de antecedência.

A questão de quanto a previdência vai atacar os privilégios dos outros setores, vai depender muito mais da Câmara e do Senado do que do presidente. Pois são eles que colocam em pauta e que aprovam o texto.
A questão das estatais é bem mais complexa, as estatais não influenciam apenas nos resultados das próprias empresas mas também diminuem os investimentos em outros setores. Quem vai investir em um mercado dominado por uma estatal notadamente corrupta onde as regras mudam de acordo com a vontade do governo? Investimentos a longo prazo exigem transparência, previsibilidade e regras claras.
 

Sic Parvis Magna

The Intelligent Investor
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Vou ignorar essa parte...

E eu vou ignorar essa:
O CANDIDATO DO COLAPSO
Poder de Bolsonaro nasceu da devastação social e dela dependerá
MARCOS NOBRE

A eleição foi, em primeiro lugar, sobre a prisão de Lula. Depois, sobre a facada em Bolsonaro. Agora é sobre a exploração da soma de todos os medos de quem vive em um país em frangalhos.

O futuro não deu as caras. Até agora, é uma eleição como se não houvesse amanhã. O que apareceu foi apenas um presente abominável e um passado de horror. Sob a liderança de Jair Bolsonaro, o dia seguinte ficou fora de qualquer conversa, e o primeiro turno da vingança se tornou o segundo turno do medo.

A razão para isso é simples e terrível: as pessoas já perderam muito, mas têm medo de que lhes seja tirado mais ainda. Elas temem especialmente que lhes seja tirado o mais básico e fundamental, aquilo que é sua razão de existir. Para muita gente, esta eleição não é sobre a esperança de que a vida vá melhorar, mas sobre como estancar um sofrimento tão prolongado.

Pouca gente acha que a dureza das crises que enfrentamos há tanto tempo está perto do fim. Muita gente acreditou nessa promessa quando veio a parlamentada de 2016, que derrubou Dilma Rousseff. O governo Temer, ao contrário, trouxe junto com ele todas as pragas do Egito, só que em número indeterminado. Falar em política e em instituições políticas trouxe o ódio e a repulsa manifestados no primeiro turno. Agora, neste segundo turno, traz também o medo de que ameaça ainda maior esteja por vir. E alguém precisa impedir que o sistema político continue a fazer maldades.

Bolsonaro canalizou a desesperança e o medo em prol de sua candidatura. Depois da facada que sofreu, passou a dar as cartas. Passou a pautar sozinho a eleição, começou a moldá-la como o não-debate em que se transformou. Bolsonaro não promete coisa alguma a não ser: as maldades vão parar. Para quem já não acredita em nada que soe “político”, prometer mais do que isso soa falso, mentiroso. Mesmo debater soa falso, mentiroso, soa “político”. Por isso, de pouco vai adiantar a candidatura de Fernando Haddad insistir em debater enquanto não tocar no que está na base do sucesso do capitão-candidato.

Bolsonaro se colocou como defensor das últimas trincheiras de qualquer pessoa, daquilo que é a sua identidade mais básica. Disse mais ou menos o seguinte: “Tiraram tudo de vocês e agora querem tirar até o mais fundamental, que é a sua vida, que é acreditar em Deus, em si próprio e nas pessoas mais próximas.” Muita gente acredita que as coisas mais preciosas estão em risco. Bolsonaro prometeu protegê-las acima de tudo e de todos. Não por acaso, conseguiu fazer um amálgama das únicas três instituições que ainda encontram apoio, respaldo e aprovação na terra arrasada atual e que não são consideradas “políticas”: família, igrejas e Forças Armadas.

É como se Bolsonaro estivesse dizendo ao eleitorado: “Você tem toda a razão de não confiar em nenhuma instituição a não ser na sua família, na sua igreja e nas Forças Armadas de seu país. E eu sou o único que pertence a essas três instituições, sou o único que pode defender você, sou o único em condições de prometer que vou defender você. Ninguém tirará de você a sua vida, a sua família, a sua crença e o seu direito de acreditar em si mesmo.”

O estranho é ter gente que ache isso pouco. É da sobrevivência física, mental e social de muitas pessoas que se está falando. Toda a discussão sobre a divisão do eleitorado entre PT e antiPT, que é real, obscurece muitas vezes o fato de que uma parcela do eleitorado está se sentindo existencialmente ameaçada e que vê no sistema político a fonte dessa ameaça.

Negar que parte muito relevante do eleitorado esteja se sentindo dessa maneira é se recusar a entender o voto em Bolsonaro. É se recusar a entender por que discutir o dia seguinte se tornou secundário. É se recusar a entender por que debater se tornou secundário, tornou-se “político”.

Acontece que Bolsonaro não apenas depende dessa devastação social para vencer a eleição. Ele também vai depender dela para se manter no poder. Bolsonaro surfa a onda do colapso das instituições. Precisa do colapso para se eleger. Mas precisará ainda mais do colapso para se manter no poder.

Porque a parte relevante do eleitorado que se sente existencialmente ameaçada não permanecerá para sempre na posição defensiva extrema em que se encontra hoje. Em um momento não muito distante vai precisar sentir que a ameaça extrema passou e será então a hora de buscar algo positivo, construtivo. E, nesse momento, Bolsonaro nada terá a mostrar.

Porque mostrar algo positivo e esperançoso depende de reconstruir as instituições políticas. Depende de fazer voltar a funcionar um sistema político que entrou em parafuso. E, mesmo que se visse obrigado a isso, Bolsonaro não dispõe de condições políticas e pessoais de realizar uma tarefa dessa magnitude. Não se elegeu com base nisso, não tem base social e política para isso. Ao contrário, ele é o candidato do colapso.

Se eleito, a única opção para Bolsonaro permanecer no poder será manter ativamente em estado de colapso as instituições políticas do país. Porque o sistema político fará certamente esforços para se reorganizar, tanto do lado da centro-esquerda como da centro-direita. Mas qualquer reorganização como essa, se bem-sucedida, acontecerá contra um eventual governo Bolsonaro – e não a seu favor. Bolsonaro só poderá governar minando permanentemente toda forma positiva de reorganização das instituições.

Bolsonaro apareceu em uma pequena janela no tempo, naquele exato minuto do colapso institucional em que se tornou possível lançar a bomba capaz de tornar esse colapso duradouro. A opção neste segundo turno é entre a ameaça existencial que surfa no colapso das instituições e a proposta de uma reconstrução institucional. Coube à campanha de Fernando Haddad o papel de mostrar que a janela de onde acena o capitão-candidato representa, na verdade, a continuidade da sensação da ameaça existencial. Porque é disso que se alimenta a candidatura de Bolsonaro.

*** *** ***

Continuando, trago outro aspecto da eleição do bozo: uma análise super precisa, que explica de maneira clara e complexa o que muitas vezes está simplificado no "voto de revolta" e na descrença em relação à política, dois aspectos que ajudaram na eleição dele. O interessante é que ela nos dá pistas para entender que tipo de interesse estará em jogo durante o governo bozonarista.
 

farrokh_bulsara

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Que educação temos hoje?
Justamente o que você critica é o que o ProUni fez no Brasil, deu diploma a rodo e enquanto a Estado só aumentava a dívida e as faculdades privadas não paravam de ter lucro. As faculdades basicamente viraram bancos, onde eles vendiam um curso normal com taxas altíssimas para o governo pagar e cobrir a dívida estudantil
O que você tem medo que ocorra, já ocorreu e você nem percebeu.

Sucateamento das Universidades públicas então nem se fala, os caras dobraram os números de vagas e aumentaram em uma escala muito menor.
Qualidade foi para o saco.
E a solução é desmontar o ensino superior de vez, pelo jeito... não. Aliás, tô cansado desse padrãozinho de ficar usando as cagadas petistas pra justificar as cagadas ao quadrado do plano bozonarista. Não faz sentido. Não existe país no mundo que se desenvolva sem universidade forte (e aqui incluo todos os cursos).

A oposição discordava da necessidade da reforma da previdência e teto de gastos, só pegar os planos de governo tanto do Ciro quanto do Haddad que iriam revogar qualquer coisa nesse sentido
Você sabe que todos falavam em reforma da previdências (diversos planos), então vamos cortar essa ladainha. Já teto de gastos é ridículo, medida totalmente anti-população, vai na contramão de qualquer ideia de desenvolvimento social. Agora, pra concentração de renda é uma beleza, já que essa segurada nas contas públicas é pra contemplar rentista, antes de tudo.

O Joaquim Levy ficou acho que 6 meses, ele queria o controle de gastos mas a Dilma não escutou e simplesmente não fez nada do que ele disse. Zero autonomia para ele. Ele de tão "incompetente" só foi ser diretor do Banco Mundial depois de pegar o boné...enquanto a Dilma sofria impeachment por irresponsabilidade fiscal.
A Dilma se afundou com o Mantega, o Levy foi pegar o barco já lotado de água e sem poder tirar. Ve as propostas do Levy na época, é que o todo mundo agora "não discorda" mas com 2 anos de antecedência.

A questão de quanto a previdência vai atacar os privilégios dos outros setores, vai depender muito mais da Câmara e do Senado do que do presidente. Pois são eles que colocam em pauta e que aprovam o texto.
A questão das estatais é bem mais complexa, as estatais não influenciam apenas nos resultados das próprias empresas mas também diminuem os investimentos em outros setores. Quem vai investir em um mercado dominado por uma estatal notadamente corrupta onde as regras mudam de acordo com a vontade do governo? Investimentos a longo prazo exigem transparência, previsibilidade e regras claras.
Bem, esse papo aqui é promissor, parece que a análise voltou à mesa. A questão não é a competência ou não do Levy, mas o quanto o bozo vai passar a relativizar pessoas das equipes Dilma e Temer, quando se elegeu em cima de uma radicalidade irreal, de varrer "os de sempre" da política. É óbvio que os quadros do governo não são feitos de apenas corruptos mamadores e incompetentes, ao contrário do que o clichê anti-político prega. Vamos ser se isso se sobressai na medida em que o governo progride (no tempo, digo. em eficiência, duvido) e esse povo que hoje é manada acorda.

Já em relação às estatais, bem... essa sua conversa é velha, né?
 

xDoom

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Como é bom ver ''gente'' assim sofrendo.

E OLHA QUE O MANDATO NEM COMEÇOU AINDA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
 

Pate_de_queijo

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Como é bom ver ''gente'' assim sofrendo.

E OLHA QUE O MANDATO NEM COMEÇOU AINDA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Se tá assim com duas semanas após ser eleito, sem nem assumir o governo, daqui uns 2 anos o mundo da esquerda vai estar em colapso estilo Walking Dead; se bem que já tá, né?, Cade a tal da resistência, sofrência, existência? Meia dúzia de gato pingado esperneando na internet. :facepalm
 

Kamui Senketsu

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E a solução é desmontar o ensino superior de vez, pelo jeito... não. Aliás, tô cansado desse padrãozinho de ficar usando as cagadas petistas pra justificar as cagadas ao quadrado do plano bozonarista. Não faz sentido. Não existe país no mundo que se desenvolva sem universidade forte (e aqui incluo todos os cursos).
Bom, se no segundo turno eu tenho 2 proposições e uma delas eu já sei que não funciona então naturalmente eu tendo a ir na outra
Apenas mostro que não se trata de medo mas um reconhecimento racional que o modelo atual não funciona, o que você insiste em negar

Quanto ao ensino superior, logicamente ele quer privilegiar a base e não inverter a ordem dos investimentos, essa inversão é justamente o erro que vem sendo carregado desdo Paulo Renato, que basicamente enterrou o fundamental e médio

Você sabe que todos falavam em reforma da previdências (diversos planos), então vamos cortar essa ladainha. Já teto de gastos é ridículo, medida totalmente anti-população, vai na contramão de qualquer ideia de desenvolvimento social. Agora, pra concentração de renda é uma beleza, já que essa segurada nas contas públicas é pra contemplar rentista, antes de tudo.
Teto de gastos é uma garantia que obriga o corte de gastos por parte do governo, sem isso o governo poderia sempre gastar mais e aumentar o rombo indefinidamente até o real colapso. Anti população é ficar pagando juros cada vez maiores justamente porque o governo se endivida cada vez mais.
Por que os juros da dívida brasileira são difíceis de abaixar? Porque o governo não criou mecanismos diminuam os riscos de quem ele emprestou, a partir do momento que esses mecanismos são criados, existe maior segurança que a dívida vai ser paga de modo a permitir a conseguir dinheiro com taxas menores.

Bem, esse papo aqui é promissor, parece que a análise voltou à mesa. A questão não é a competência ou não do Levy, mas o quanto o bozo vai passar a relativizar pessoas das equipes Dilma e Temer, quando se elegeu em cima de uma radicalidade irreal, de varrer "os de sempre" da política. É óbvio que os quadros do governo não são feitos de apenas corruptos mamadores e incompetentes, ao contrário do que o clichê anti-político prega. Vamos ser se isso se sobressai na medida em que o governo progride (no tempo, digo. em eficiência, duvido) e esse povo que hoje é manada acorda.
A plataforma do Bolsonaro era evitar indicações apenas políticas, sem levar em consideração a parte técnica. De todos os nomes anunciados por ele, até agora, nenhum é questionável na parte técnica.

Já em relação às estatais, bem... essa sua conversa é velha, né?
A conversa é velha mas você continua sem entender a real extensão dos efeitos dos monopólios de estatais nos setores da economia
Um exemplo: Para privilegiar a Petrobras, a Dilma cortou os subsidios ao alcool. Resultado disso foram mais de 60 usinas fechando nos últimos 4 anos, além de beneficiar a conglomeração do setor por empresas estrangeiras em um mercado que era dominado por empresas 100% nacionais.
 

Josuke Higashikata

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Vou ignorar essa parte...


Mas é justamente isso que o artigo diz, de maneira mais complexa mesmo. Com a diferença que: não é de interesse do bozo melhorar as instituições, porque se ele faz isso, seu apelo diminui drasticamente. Porque? Porque seu projeto fica mais visível: tirar direitos e renda dos mais pobres, desmontar a educação, a saúde, as empresas estatais, piorar a previdência... tudo isso só passou na garganta dos eleitores porque estava todo mundo assustado/indignado com o colapso do sistema. Aí, qualquer coisa era melhor do que o que estava aí. Ou assim pensavam...
De onde você tirou que reduzir as estatais diminui os índices de saúde, educação e previdência? Até aonde eu sei eles fazem é aumentar. A máquina estatal brasileira e absurdamente ineficiente. Tem que cepa mesmo.

Brasil não é uma Rússia ou China da vida, um país aonde as estatais funcionam. Elas sempre foram usadas como laranjas para desvio de dinheiro e nunca foram superavitárias de fato. Hoje em dia a democracia brasileira virou sinônimo de comércio de opiniões. E nesse comércio, muito dinheiro dos nossos impostos são desviados, não é por menos que o esquema de corrupção atinge a casa dos trilhões.

Isso sem falar na criminalidade.A consciência de "não matar" faz a meleca dos bandidos matarem tudo quanto é cidadão de bem. E desses tópicos destrincham mais e mais coisas.

Não nego que o Bolsonaro pode uma vez iludir o povo com falsas esperanças. Assim como Lula nos iludius decadas atrás. Mas se ele fizer isso, a gente tira ele da cadeira, joga na prisão e escolhe outro. Simples assim.
 

Bob Blu

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Mas se ele fizer isso, a gente tira ele da cadeira, joga na prisão e escolhe outro. Simples assim.

Exato! E o OP não vai ver nenhum de nós aqui defendendo ele caso ele seja bandido, igual ele faz com o cachaceiro que tá lá preso (babaca).
 

Dark Goomba

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Concordo com o artigo.

O Bolsonaro nasceu da devastação criada nos últimos 16 anos durante os governos petistas. A galera teve que escolher entre os principais responsáveis pela devastação e o Mito.

Aí ficou fácil decidir.
 

sebastiao coelho neto

Lenda da internet
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Esse texto é um pouco melhor que o outro, acerta algumas coisas mas é aquele negócio, só suposições de um futuro negro para a população.
 

JmB!

Lenda da internet
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Pelas declarações até agora dadas pelo Bolsonaro, referentes a previdência entre outras coisas, mostra que pouco a pouco os argumentos deste artigo estão caindo por terra...

T+
 

Beren_

Mil pontos, LOL!
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O cara ou tem coragem ou não tem senso de ridiculo.
A "parte 1" foi só vergonha, e ele ainda posta uma "parte 2" huahuahauha
 

Mega_X

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Confesso que choro em partes é mais reconfortante que choro de uma vez só.
 

sega.saturn

Mil pontos, LOL!
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Jair continua ganhando salario de deputado e auxilio doença? Além de estar afastado mas trabalhando como futuro presidente. O que é mais IMORAL e ILEGAL nisso tudo?
 
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