Sgt. Kowalski
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Escutas mostram agressividade de quadrilha de agiotas presa pela polícia no RJ: ‘Eu vou atrás do seu filho, vou pegar ele’
Segundo os investigadores, eles cobravam juros de 30% de quem pegava dinheiro emprestado e continuavam a extorquir das vítimas mesmo quando elas quitavam os débitos.
Operação da Polícia Civil prende 35 agiotas no RJ
Escutas feitas durante as investigações que levaram à Operação Ábaco, contra a maior rede de agiotas do Estado do Rio de Janeiro, mostraram como os criminosos eram agressivos e ameaçavam as vítimas para que pagassem mais dinheiro. Nesta quinta-feira (16), 35 pessoas foram presas pela Polícia Civil.
Agentes da 76ª DP (Niterói) e de delegacias especializadas saíram para cumprir, no total, 65 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão.
Em alguns casos, as cobranças não se restringiam às pessoas que pegavam dinheiro emprestado, mas também aos familiares delas.
Recibos de quitação apreendidos em endereço de alvo da Operação Ábaco — Foto: Reprodução
A quadrilha se espalhou pelo país e abriu 70 escritórios de extorsão em pelo menos mais quatro estados — Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais.
Segundo os investigadores, eles cobravam juros de 30% de quem pegava dinheiro emprestado e continuavam a extorquir as vítimas quando elas quitavam os débitos.
“Quando a vítima dizia que já tinha sido quitado, eles alegavam que pagou para a pessoa errada e que ia ter que pagar de novo. Algumas vítimas relataram que, havendo a recusa no pagamento, foram na casa e ameaçaram e agrediram, inclusive nas casas de parentes”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques.
Uma das pessoas extorquidas conta que os valores cobrados aumentavam.
“As prestações, primeiro, eram pequenas, fixas. Depois, eles começaram a aumentar as prestações e cada mês era um valor. Começaram em torno de R$ 2 mil e, no final, estava pagando prestação de R$ 10 mil, R$ 12 mil. Eu peguei R$ 300 e já devo ter pago uns R$ 100 mil”, contou a vítima, que não quis ser identificada.
Nas investigações, os policiais descobriram que os escritórios de agiotagem chegaram a terceirizar os serviços de cobrança para não chamar a atenção da polícia. Estes escritórios passavam as informações das vítimas e começavam as cobranças cada vez mais agressivas.
Segundo as investigações, a quadrilha extorquiu R$ 70 milhões das vítimas nos últimos quatro anos e não parou nem com a pandemia.
Para dificultar a investigação, os criminosos substituíam celulares com frequência, a fim de evitar interceptações telefônicas. Eles também mudavam de escritório constantemente, utilizavam olheiros para observar as movimentações policiais e usavam nomes de pessoas jurídicas.
Ao longo das investigações, outros nove integrantes do esquema foram presos pelos policiais da delegacia de Niterói em diferentes cidades do Rio. Três deles possuíam mais de 15 mandados de prisão, cada um.
Os suspeitos vão responder por extorsão, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.
Segundo os investigadores, eles cobravam juros de 30% de quem pegava dinheiro emprestado e continuavam a extorquir das vítimas mesmo quando elas quitavam os débitos.
Operação da Polícia Civil prende 35 agiotas no RJ
Escutas feitas durante as investigações que levaram à Operação Ábaco, contra a maior rede de agiotas do Estado do Rio de Janeiro, mostraram como os criminosos eram agressivos e ameaçavam as vítimas para que pagassem mais dinheiro. Nesta quinta-feira (16), 35 pessoas foram presas pela Polícia Civil.
Agentes da 76ª DP (Niterói) e de delegacias especializadas saíram para cumprir, no total, 65 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão.
Em alguns casos, as cobranças não se restringiam às pessoas que pegavam dinheiro emprestado, mas também aos familiares delas.
“Não, olha só, eu não quero saber! Eu quero o meu dinheiro hoje, que a senhora marcou comigo, senão eu vou atrás do seu filho, vou pegar ele, tá ok!?”, disse um criminoso para uma das vítimas.
Recibos de quitação apreendidos em endereço de alvo da Operação Ábaco — Foto: Reprodução
A quadrilha se espalhou pelo país e abriu 70 escritórios de extorsão em pelo menos mais quatro estados — Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais.
Segundo os investigadores, eles cobravam juros de 30% de quem pegava dinheiro emprestado e continuavam a extorquir as vítimas quando elas quitavam os débitos.
“Quando a vítima dizia que já tinha sido quitado, eles alegavam que pagou para a pessoa errada e que ia ter que pagar de novo. Algumas vítimas relataram que, havendo a recusa no pagamento, foram na casa e ameaçaram e agrediram, inclusive nas casas de parentes”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques.
Uma das pessoas extorquidas conta que os valores cobrados aumentavam.
“As prestações, primeiro, eram pequenas, fixas. Depois, eles começaram a aumentar as prestações e cada mês era um valor. Começaram em torno de R$ 2 mil e, no final, estava pagando prestação de R$ 10 mil, R$ 12 mil. Eu peguei R$ 300 e já devo ter pago uns R$ 100 mil”, contou a vítima, que não quis ser identificada.
Nas investigações, os policiais descobriram que os escritórios de agiotagem chegaram a terceirizar os serviços de cobrança para não chamar a atenção da polícia. Estes escritórios passavam as informações das vítimas e começavam as cobranças cada vez mais agressivas.
“Eu vou te dar a última oportunidade, vou te dar até segunda-feira para você arrumar o meu dinheiro, cara! Chegar segunda-feira, você falar que não vai estar com meu dinheiro, cara, já vou achar que você está querendo me tirar como algum babaca!”, afirmou um dos criminosos para uma vítima.
Segundo as investigações, a quadrilha extorquiu R$ 70 milhões das vítimas nos últimos quatro anos e não parou nem com a pandemia.
Para dificultar a investigação, os criminosos substituíam celulares com frequência, a fim de evitar interceptações telefônicas. Eles também mudavam de escritório constantemente, utilizavam olheiros para observar as movimentações policiais e usavam nomes de pessoas jurídicas.
Ao longo das investigações, outros nove integrantes do esquema foram presos pelos policiais da delegacia de Niterói em diferentes cidades do Rio. Três deles possuíam mais de 15 mandados de prisão, cada um.
Os suspeitos vão responder por extorsão, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.