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Estudar prolonga a adolescência?

D'Anconia

Bam-bam-bam
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Desde que ingressei na vida acadêmica, comecei a notar algo que hoje, anos após a conclusão da graduação, parece ser uma tendência cada vez mais forte.

Uma parcela muito significativa dos adultos-jovens utiliza os estudos como forma de eternizar/prolongar ao máximo contextos da vida adolescente e, consequentemente, retardar ao máximo a entrada na vida adulta e a confrontação das obrigações que ela impõe.

Isso é muito visível na parcela dos recém-formados que, ao concluírem a graduação, ao invés de buscarem acesso imediato ao mercado de trabalho e absorverem o máximo de experiência profissional possível, optam por prosseguir na academia em busca de títulos de pós-graduação que, não raras vezes, não agregarão em nada às suas vidas profissionais.

Outro seguimento em que esse comportamento é bem nítido é entre aqueles que, pelos mesmos motivos expostos acima, logo após a conclusão das graduações (ou mesmo durante ela), se lançam no mundo dos concursos, investindo anos preciosos da vida, às vezes sem vocação, sem método, sem direcionamento.

Chego a pensar que não seja um comportamento 100% consciente, mas algo semelhante a um efeito manada baseado na ideia de que substituir fazes de estudo por outras repetidamente (ensino médio --> graduação --> pós-graduação/concurso), além de normal, é visto como algo elogiável e não criticável.

E as consequências dessa grande parcela da população em idade ativa chegando aos 30 sem qualquer experiência profissional, sem ter produzido nada de muito significativo para si ou para a sociedade?

Retarda-se a saída da casa dos país, retarda-se a formação de novas famílias ou, simplesmente, não as formam, retarda-se e dificulta-se a consolidação do sujeito no mercado de trabalho. Sem esquecer da torrent de pessoas frustradas quando percebem que perderam anos de vida que não voltam mais, pois estudar muito e carregar muitos títulos não garante vida profissional segura.

Sim, existem exceções em todos os casos.

Qual a opinião de você a respeito? Estudar tem sido usado como o elixir da longa vida? :ksorriso
 

Shikamaru Nara

Bam-bam-bam
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Fiz uma pós e até hoje não ganhei um real de aumento na iniciativa privada haha. O que vale é a prática, se tem a oportunidade de pôr a mão na massa, assim o faça. Acumular muita teoria leva a lugar nenhum não, a não ser que queira docência e olhe lá

Enviado de meu Redmi Note 8T usando o Tapatalk
 

jajejijoju

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Realmente, tenho um amigo e outros ex-colegas que tão fazendo uma segunda faculdade pra ficar mamando nos pais só pode.
Fizeram um curso m**** e tão fazendo outro ao invés de se especializar na cagada que já fizeram, ao menos teriam algum consolo na vida de peão acadêmico vulgo professor universitário em universidade b*sta.
 

Soldado!

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Desde que ingressei na vida acadêmica, comecei a notar algo que hoje, anos após a conclusão da graduação, parece ser uma tendência cada vez mais forte.

Uma parcela muito significativa dos adultos-jovens utiliza os estudos como forma de eternizar/prolongar ao máximo contextos da vida adolescente e, consequentemente, retardar ao máximo a entrada na vida adulta e a confrontação das obrigações que ela impõe.

Isso é muito visível na parcela dos recém-formados que, ao concluírem a graduação, ao invés de buscarem acesso imediato ao mercado de trabalho e absorverem o máximo de experiência profissional possível, optam por prosseguir na academia em busca de títulos de pós-graduação que, não raras vezes, não agregarão em nada às suas vidas profissionais.

Outro seguimento em que esse comportamento é bem nítido é entre aqueles que, pelos mesmos motivos expostos acima, logo após a conclusão das graduações (ou mesmo durante ela), se lançam no mundo dos concursos, investindo anos preciosos da vida, às vezes sem vocação, sem método, sem direcionamento.

Chego a pensar que não seja um comportamento 100% consciente, mas algo semelhante a um efeito manada baseado na ideia de que substituir fazes de estudo por outras repetidamente (ensino médio --> graduação --> pós-graduação/concurso), além de normal, é visto como algo elogiável e não criticável.

E as consequências dessa grande parcela da população em idade ativa chegando aos 30 sem qualquer experiência profissional, sem ter produzido nada de muito significativo para si ou para a sociedade?

Retarda-se a saída da casa dos país, retarda-se a formação de novas famílias ou, simplesmente, não as formam, retarda-se e dificulta-se a consolidação do sujeito no mercado de trabalho. Sem esquecer da torrent de pessoas frustradas quando percebem que perderam anos de vida que não voltam mais, pois estudar muito e carregar muitos títulos não garante vida profissional segura.

Sim, existem exceções em todos os casos.

Qual a opinião de você a respeito? Estudar tem sido usado como o elixir da longa vida? :ksorriso
Baita tópico.

Tem um papo aí que a adolescência vai agora até os 24 anos.

Às vezes falta emprego mesmo. Daí quem pode vai estudando mais para ter um diferencial. Quando vai ver está velho demais para "iniciar" a carreira.
 

jajejijoju

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Baita tópico.

Tem um papo aí que a adolescência vai agora até os 24 anos.


Às vezes falta emprego mesmo. Daí quem pode vai estudando mais para ter um diferencial. Quando vai ver está velho demais para "iniciar" a carreira.
Eu tenho 27 e não me sinto adulto. Ao menos eu ajo como um.
 


matroska

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Desde que ingressei na vida acadêmica, comecei a notar algo que hoje, anos após a conclusão da graduação, parece ser uma tendência cada vez mais forte.

Uma parcela muito significativa dos adultos-jovens utiliza os estudos como forma de eternizar/prolongar ao máximo contextos da vida adolescente e, consequentemente, retardar ao máximo a entrada na vida adulta e a confrontação das obrigações que ela impõe.

Isso é muito visível na parcela dos recém-formados que, ao concluírem a graduação, ao invés de buscarem acesso imediato ao mercado de trabalho e absorverem o máximo de experiência profissional possível, optam por prosseguir na academia em busca de títulos de pós-graduação que, não raras vezes, não agregarão em nada às suas vidas profissionais.

Outro seguimento em que esse comportamento é bem nítido é entre aqueles que, pelos mesmos motivos expostos acima, logo após a conclusão das graduações (ou mesmo durante ela), se lançam no mundo dos concursos, investindo anos preciosos da vida, às vezes sem vocação, sem método, sem direcionamento.

Chego a pensar que não seja um comportamento 100% consciente, mas algo semelhante a um efeito manada baseado na ideia de que substituir fazes de estudo por outras repetidamente (ensino médio --> graduação --> pós-graduação/concurso), além de normal, é visto como algo elogiável e não criticável.

E as consequências dessa grande parcela da população em idade ativa chegando aos 30 sem qualquer experiência profissional, sem ter produzido nada de muito significativo para si ou para a sociedade?

Retarda-se a saída da casa dos país, retarda-se a formação de novas famílias ou, simplesmente, não as formam, retarda-se e dificulta-se a consolidação do sujeito no mercado de trabalho. Sem esquecer da torrent de pessoas frustradas quando percebem que perderam anos de vida que não voltam mais, pois estudar muito e carregar muitos títulos não garante vida profissional segura.

Sim, existem exceções em todos os casos.

Qual a opinião de você a respeito? Estudar tem sido usado como o elixir da longa vida? :ksorriso


As pessoas fazem concurso simplesmente porque normalmente se ganha mais do que na iniciativa privada. Simplesmente isso.

Meu colega há uns 12 anos se formou em engenharia e prestou concurso para o Tribunal Regional Federal. Área nada haver com a formação.

Passou num concurso de segundo grau e hoje ganha cerca 10 mil reais que é bem mais o que a esmagadora maioria dos engenheiros ganham na iniciativa privada.
E isso tudo tendo bem menos dor de cabeça. Nem preciso dizer a m**** que esta a maioria dos empregos de engenheiro em nosso mercado atual.

Manolo esta mais do que satisfeito no atual serviço. No fim o que interessa é a grana. No Brasil a iniciativa privada na maioria das profissões paga-se mal.

Agora ficar fazendo pós graduação ou mestrado sem foco algum é furada. Assim também como ficar apenas na graduação, dificilmente a pessoa ganhará bem na iniciativa privada. Nesse caso tem que se fazer os dois. Começar a ter experiência e ir fazendo pós na área que ira atuar aos poucos.

Se focar apenas nas pós e mestrados só vale a pena para quem quer seguir carreira acadêmica. Nesse caso é válido isso mas somente neste caso.

Melhor coisa que fiz na minha vida foi focar na área de concursos. Me formei jovem com 22 anos e mesmo antes de formar estava prestando concursos.
Nunca fui afeiçoado a uma área especifica de trabalho. Sendo área administrativa dava na mesma tudo para mim. A diferença é que os concursos que tentava me pagavam muito mais que a área privada.
Passei num concurso que pagava bem e estou até hoje 10 anos depois nele.

Na área privada se conseguisse ser bem sucedido e trabalhasse numa empresa boa quase certo que ganharia menos do que ganho atualmente. A exceção fica se eu conseguisse me tornar diretor/supervisor da área da empresa.... mas nesse tb viria um baita ônus tb.
 
Ultima Edição:

jajejijoju

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As pessoas fazem concurso simplesmente porque normalmente se ganha mais do que na iniciativa privada. Simplesmente isso.

Creio que ele se refira aos concurseiros fakes, o que da uns 95% sendo generoso.
Lembro um outro amigo que se inscreveu num concurso da prefeitura e até comprou uma apostila whatever. Resultado? Ele falou que a mãe e irmão pararam de encher o saco dele durante 2 meses.
 

matroska

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Creio que ele se refira aos concurseiros fakes, o que da uns 95% sendo generoso.
Lembro um outro amigo que se inscreveu num concurso da prefeitura e até comprou uma apostila whatever. Resultado? Ele falou que a mãe e irmão pararam de encher o saco dele durante 2 meses.


Ahahaha mas porra aí o cara é membro VIP da VASP (vagabundos anônimos sustentados pelos pais).

Nesse caso a pessoa só tá querendo enrolar mesmo. Só que não vai durar muito pois como não vai passar em nada vai vir a cobrança para passar
 

A Voz do Polvo

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Bom tópico, concordo contigo em vários aspectos.

Por outro lado, se matar de trabalhar na iniciativa privada pra ganhar um salário b*sta, mesmo depois de formado, não tá valendo muito a pena não.

Pode nem ficar doente que já te enchem o saco na empresa, teu superior acha que vc tá fazendo corpo mole, apesar de vc dar o sangue pela empresa.

Ano passado fiquei doente e foi phoda. Triste tu ver teu salário indo embora, devo ter gastado quase 300 conto com remédio. Parece que seu trabalho suado foi todo para o lixo.

Já até morreu funcionário lá e o patrão nem foi ao enterro, mandou apenas um representante e q se foda. "Sem tempo, irmão"

Creio que hoje em dia não existe mais "receita do bolo", nem caminho certo a ser seguido. O cenário mudou, os salários estão ridículos, desemprego alto, muita competição...

Vc pode se dar ao luxo de ficar na casa dos pais e estudar pra concurso? Fique e estude. Sem culpa.
 

Elijah Kamski

Bam-bam-bam
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Um grande problema disso é a maneira como fazem o processo de escolha da graduação, isso junto com a influência dos colégios e da sociedade. Basicamente, muitos alunos escolhem a graduação por motivos mais de ego do que algo planejado ou mesmo por vocação. Junta isso com a pressão cada vez maior por currículo e nasce esses problemas.

Sobre concurso, se a pessoal realmente estiver focado, bem ou mal está com um objetivo. O ruim é meio levar nas coxas e nem se dedicar mesmo aos estudos. O ponto mais dos concursos é a pessoa se dedicar muito e só ver retorno se passar, aí cria essa "meia culpa" durante o processo de não ver o real resultado desse esforço.
 

Tom Cruise

Hollywood Mogul
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"Um grande problema disso é a maneira como fazem o processo de escolha da graduação, isso junto com a influência dos colégios e da sociedade. Basicamente, muitos alunos escolhem a graduação por motivos mais de ego do que algo planejado ou mesmo por vocação. Junta isso com a pressão cada vez maior por currículo e nasce esses problemas."

mas convenhamos que com 17 anos é foda o cara já ter a vocação certinha na cabeça.
 

Quilava

Supra-sumo
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Quanto mais alto a exigência por capacitação, mais demorado é a entrada no mercado de trabalho. Antigamente a pessoa conseguia um emprego bom só com ensino médio. Hoje em dia mesmo com pós não há garantia alguma de que vai conseguir um emprego decente.
 

OSMattOS

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Quanto mais alto a exigência por capacitação, mais demorado é a entrada no mercado de trabalho. Antigamente a pessoa conseguia um emprego bom só com ensino médio. Hoje em dia mesmo com pós não há garantia alguma de que vai conseguir um emprego decente.
Isso é bem verdade.. meu pai na época dele com ensino médio segundo ele era diferencial entre os pobres quem tinha ensino médio era que nem ter ensino superior hoje. Segundo ele já teve trabalhos que acumulou oito salários min na época(cobrador, segundo ele no auge dos rodoviários, época que ganhava-se bem). Como meu pai sempre dói um cara versátil e inteligente e se destacava ele conseguia ótimos trabalhos. Depois foi pro lado de curso técnico.

Hoje em dia está tudo estranho, estuda-se para adquirir uma função de nível superior para ganhar entre 1- 2 salários mínimos, pensar em ganhar 3 salários mínimos é excessão na privada. E depende muito ainda da formação. E até mesmos nas formações "estrelas" é difícil ver hoje vaga com salário acima de 3 salários, isso quando tem por esse valor.. medicina de fato é única excessão a essa regra mesmo com toda está crise e com salários defasados em todas outras áreas ela segue-se com salários altos. Tirando isto é concurso.

Exatamente por isso mantenho minha opinião favorável aos concursos públicos, vejo muitas pessoas meterem pau em quem segue esse caminho, mas aqui no Brasil com essa tamanha desigualdade e incerteza querer ter uma boa situação de vida ainda mais tendo se esforçado não é o mínimo que um cidadão deve querer? Oras, eu me formo em um bom curso no ensino superior numa federal e ainda faço pós graduação pra ganhar dois salários? Ou tento concurso pra ganhar ao invez de dois, cinco salários? Ou quem sabe oito salários? Ou até mesmo dez.. ter esforço recompensado mentalmente e no bolso e ainda tendo mais direitos no seu trabalho? Trabalha de seg a sexta? Aí nego vem e me diz que o pobre coitado do concurseiro que aposta tudo pra conseguir a vaga como um sangue suga, sangue suga é o sistema político e econômico do país. Concurseiro é apenas um cidadão que tá buscando o melhor pra si e sua família vivendo num país extremamente defasado e desigual e injusto.. não consigo ver o concurso como uma via desonesta de caminho a ser seguido como muitos dão a entender. Vejo concurso como uma maneira honesta de progredir na vida e ter dignidade que muitas vezes na iniciativa privada não temos mesmo com os mais diversos cursos e pós graduações e etc.
 

Gamer King

O Soberano
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Estudar pra concurso é uma forma de tentar garantir o futuro, não vejo isso como fuga da vida adulta, se você consegue ser aprovado em um concurso top a sua vida profissional está resolvida.

Agora é fato que as pessoas estão casando mais tarde, saindo da casa dos pais mais tarde, existe sim uma tendência de atrasar o que no passado era feito mais cedo, mas isso vai além de estudos.
 

Askeladd

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Os meus primos com doutorado, passaram em concurso ou em multinacionais e ganham acima dos 15k. O pior de tudo é que são tudo filho de pai rico, não precisaria nem estar trabalhando.
Meritocracia não existe quem tem grana já saí na frente tem aula com os melhores professores, network de primeira linha, não precisa se preocupar com contas etc.
 

Forbidden Memories

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Eu teria cuidado com esse estereótipo, mas realmente acho que a grande maioria que faz mestrado em universidade pública faz pra viver de uma bolsa miséria e prolongar o American Pie. Virar professor de universidade muitas vezes em função do cara pegar o segundo canudo e pensar "oh SHIT não vou conseguir emprego bom nunca com 25+ anos e sem experiência, e não tem mais bolsa fácil, fu.deu".
 

Elijah Kamski

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"Um grande problema disso é a maneira como fazem o processo de escolha da graduação, isso junto com a influência dos colégios e da sociedade. Basicamente, muitos alunos escolhem a graduação por motivos mais de ego do que algo planejado ou mesmo por vocação. Junta isso com a pressão cada vez maior por currículo e nasce esses problemas."

mas convenhamos que com 17 anos é foda o cara já ter a vocação certinha na cabeça.
Sem dúvidas, mas isso é muito culpa do próprio sistema de ensino. Os colégios mais humildes não tem estrutura para passar um direcionamento e os mais famosos enxergam o aluno mais como um investimento do que outra coisa. Basta ver que mesmo direito sendo uma área saturada, esses locais ainda enaltecem os aprovados do curso (antigamente só das públicas, mas agora também das particulares) como uma promoção do colégio.

Por isso é comum a maioria seguir um caminho longe de sua real vontade. Talvez hoje, com a saturação do ensino superior, possa modificar o pensamento de escolha de quem quer cursar o ensino superior.
 

Navarone

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imagina o cenario, o cara gasta 50 mil num curso superior, + gastos com transporte, roupas, comida etc
ai depois arruma um emprego de dois salarios minimos, que com os impostos sobram 1500 reais pro cidadao, por mes
calcula ai em quanto tempo ele vai recuperar o que investiu na faculdade
Sendo que se ele pegasse esses 50 mil e ao inves de mensalmente jogar na faculdade, ele colocasse em ações na bolsa, ele em 5 anos teria mais de 120 mil
não culpo os concurseiros, esse é o unico caminho pra se conseguir algo menos pior nesse país.
Quem em sã consciencia trabalhando em empresa privada, vai ter coragem de financiar algo nos dias atuais, se casar e ter filhos? Sendo que 5 anos depois vc pode estar na rua
Os tempos mudaram
Concurso nao apenas é salário mas também a segurança de que sua familia vai ter o que comer daqui a 12 anos.
 

LucianoBraga

Operador de Marreta
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Eu penso que quem ainda mora com os pais é adolescente.

O que mais existe hoje em dia é o "estudante profissional", aquele que estuda pra caramba e não produz absolutamente nada.

O praticamente fim dos cursos técnicos também piorou a situação. Faculdade forma um monte de gente que conhece a teoria mas não consegue fazer nada.
 

Nathan Harcker

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Não é só a questão do estudo.
Hoje em dia as pessoas demoram muito pra sair da casa dos pais e isso tarda bastante algumas percepções da vida adulta que você só tem quando tem certas responsabilidades.
 

MateusSnake

Habitué da casa
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Tá faltando o povão ler o "A Vida Intelectual" do A.D Sertillanges. Foi um livro que me fez ver a vida intelectual com outros olhos. O ócio intelectual é um negócio bem ruim, mesmo.
 

EgonRunner

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não tinha pensando por esse lado, concordo que pode ocorrer sim.

mas não dá pra generalizar, a vida acadêmica tem uma contribuição importante na formação de uma sociedade.

infelizmente, considerando o baixo nível acadêmico e intelectual brasileiro, essa contribuição é quase nula ou usada com outros fins.
 

Flame Vicious

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não tinha pensando por esse lado, concordo que pode ocorrer sim.

mas não dá pra generalizar, a vida acadêmica tem uma contribuição importante na formação de uma sociedade.

infelizmente, considerando o baixo nível acadêmico e intelectual brasileiro, essa contribuição é quase nula ou usada com outros fins.

É aquela coisa, falam que "ain, a sociedade brasileira precisa valorizar a pesquisa", só que a pesquisa brasileira muitas vezes costuma ser uma b*sta.
No fim, quando você vê, seu dinheiro de impostos tá indo pra cursos de humanas pesquisarem sobre "transgeneridade no candomblé" ou qualquer coisa do tipo (e o pior é que pesquisando exemplos no Google eu achei um artigo sobre isso, LOL); ou quando não é isso, é algo estúpido como "criptomoeda indígena".

Não vou me aprofundar mais porque sabem como é, as razões por detrás disso e tal, e o Fórum tem T0, mas infelizmente o material de pesquisa brasileiro costuma ser fraco sim.
 

D'Anconia

Bam-bam-bam
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Exatamente!

Me refiro aos que usam as pós-graduações ou os concursos para prolongar a vida de estudante até o limite do possível.
Não dá para criticar as pessoas que buscam à vida acadêmica ou o funcionalismo público como verdadeira aspiração de vida. A sociedade precisa dessas pessoas.
O objeto do tópico são a parcela cada vez maior dos jovens que fazem uma coisa ou outras por pura ausência de objetivos de vida. O famoso "empurrar a vida com a barriga".

Creio que ele se refira aos concurseiros fakes, o que da uns 95% sendo generoso.
Lembro um outro amigo que se inscreveu num concurso da prefeitura e até comprou uma apostila whatever. Resultado? Ele falou que a mãe e irmão pararam de encher o saco dele durante 2 meses.
 

Dathilot

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Desde que ingressei na vida acadêmica, comecei a notar algo que hoje, anos após a conclusão da graduação, parece ser uma tendência cada vez mais forte.

Uma parcela muito significativa dos adultos-jovens utiliza os estudos como forma de eternizar/prolongar ao máximo contextos da vida adolescente e, consequentemente, retardar ao máximo a entrada na vida adulta e a confrontação das obrigações que ela impõe.

Isso é muito visível na parcela dos recém-formados que, ao concluírem a graduação, ao invés de buscarem acesso imediato ao mercado de trabalho e absorverem o máximo de experiência profissional possível, optam por prosseguir na academia em busca de títulos de pós-graduação que, não raras vezes, não agregarão em nada às suas vidas profissionais.

Outro seguimento em que esse comportamento é bem nítido é entre aqueles que, pelos mesmos motivos expostos acima, logo após a conclusão das graduações (ou mesmo durante ela), se lançam no mundo dos concursos, investindo anos preciosos da vida, às vezes sem vocação, sem método, sem direcionamento.

Chego a pensar que não seja um comportamento 100% consciente, mas algo semelhante a um efeito manada baseado na ideia de que substituir fazes de estudo por outras repetidamente (ensino médio --> graduação --> pós-graduação/concurso), além de normal, é visto como algo elogiável e não criticável.

E as consequências dessa grande parcela da população em idade ativa chegando aos 30 sem qualquer experiência profissional, sem ter produzido nada de muito significativo para si ou para a sociedade?

Retarda-se a saída da casa dos país, retarda-se a formação de novas famílias ou, simplesmente, não as formam, retarda-se e dificulta-se a consolidação do sujeito no mercado de trabalho. Sem esquecer da torrent de pessoas frustradas quando percebem que perderam anos de vida que não voltam mais, pois estudar muito e carregar muitos títulos não garante vida profissional segura.

Sim, existem exceções em todos os casos.

Qual a opinião de você a respeito? Estudar tem sido usado como o elixir da longa vida? :ksorriso
Ilusão da carreira
Cultura do diploma no Brasil
Impossibilidade de se conseguir um bom par para casar sendo homem sem ganhar muito bem (12 salarios minimos +)
Bancar aluguel e condomínio ou financiamento e condomínio sozinho hoje em dia consome 1 salário minimo. E salários iniciais para curso superior não ultrapassam 2.
Nossa cultura que ja existia de múltiplas gerações em um mesmo ambiente.
Nossa bolha imobiliária que não estoura nunca. De 2003 a 2011 o preço de apartamentos antigos e baixissimo padrão quadruplicou...

Viver só e cedo a menos que se tenha patrocínio acaba se tornando uma certeza de falhar nos objetivos que tu propõe.
 

_alef_

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Isto que vc falou não tem nada haver com emprego.

Um tanto de gente velha que age que nem adolescente não está escrito no gibi e tudo hoje em cargo de chefia de grande empresa.
 

Dark Arisen

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Ilusão da carreira
Cultura do diploma no Brasil
Impossibilidade de se conseguir um bom par para casar sendo homem sem ganhar muito bem (12 salarios minimos +)
Bancar aluguel e condomínio ou financiamento e condomínio sozinho hoje em dia consome 1 salário minimo. E salários iniciais para curso superior não ultrapassam 2.
Nossa cultura que ja existia de múltiplas gerações em um mesmo ambiente.
Nossa bolha imobiliária que não estoura nunca. De 2003 a 2011 o preço de apartamentos antigos e baixissimo padrão quadruplicou...

Viver só e cedo a menos que se tenha patrocínio acaba se tornando uma certeza de falhar nos objetivos que tu propõe.

WTF 12 salários mínimos pra arrumar uma boa esposa?

@topic:

Como já falaram aí em cima, a juventude de hoje tá muito mais ferrada do que a da geração anterior. Só pra salientar o que já foi dito, os preços dos imóveis são absurdos comparado com a renda média do trabalhador brasileiro e o aluguel é o maior vilão do orçamento familiar.
Quem quer sair da casa dos pais tem que escolher entre a cruz e a espada.
Hoje em dia quem tem condições de morar com os pais, tem um relacionamento bom com eles e pode financiar ou juntar grana pra construir/comprar uma casa sem ter o peso do aluguel no orçamento tem uma baita vantagem nas mãos em termos financeiros
 

Dathilot

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WTF 12 salários mínimos pra arrumar uma boa esposa?

@topic:

Como já falaram aí em cima, a juventude de hoje tá muito mais ferrada do que a da geração anterior. Só pra salientar o que já foi dito, os preços dos imóveis são absurdos comparado com a renda média do trabalhador brasileiro e o aluguel é o maior vilão do orçamento familiar.
Quem quer sair da casa dos pais tem que escolher entre a cruz e a espada.
Hoje em dia quem tem condições de morar com os pais, tem um relacionamento bom com eles e pode financiar ou juntar grana pra construir/comprar uma casa sem ter o peso do aluguel no orçamento tem uma baita vantagem nas mãos em termos financeiros
Considerando imposto, sim.
 

Elijah Kamski

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O problema não é o estudo, é a cultura do diploma e as consequências que isso gera.

Prolongamento da adolescência parece ser uma delas, das consequências em questão.
Pior que no Brasil a qualidade da graduação é avaliada pela nota de corte do curso. Basta ver uma pessoa qualquer mencionar a intenção de fazer uma faculdade de física e os próprios professores tratarem isso como piada, até associá-lo como vagabundo por não seguir outro caminho.
 
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