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Existe a realidade? O experimento que indica que, no nível quântico, não há fatos objetivos

Wolf.

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Carlos Serrano (@carliserrano)BBC News Mundo
  • 13 março 2019

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O que é a realidade?

Na vida cotidiana, há fatos que são indiscutíveis.

Se duas pessoas, por exemplo, observam uma bola de tênis, ambas aceitarão que ela é uma esfera. Se elas jogam uma pedra para cima, não poderão negar também que o objeto vai voar pelos ares e depois cairá no chão.

Esses são "fatos" e constituem o que chamamos de "realidade". São coisas que continuarão sendo verdadeiras, independentemente de quem as observa, ou mesmo se ninguém as observar.

A questão, no entanto, se complica quando mudamos nosso foco para escalas nanométricas em que, de acordo com a física quântica, as regras que regem nosso mundo parecem não se aplicar da mesma maneira.

Nesse nível, acontecem coisas estranhas que até agora só foram formuladas de maneira teórica, mas um grupo de pesquisadores afirma que, pela primeira vez, foi capaz de demonstrar em um experimento que no nível quântico não há "fatos objetivos" e que a realidade depende de quem a vê.

Pontos de vista

A teoria quântica afirma que o observador de um fato influencia em como esse fato é percebido.

É como dizer que uma mesma bola de tênis para uma pessoa pode representar uma esfera, mas para outra, um cubo.

Para provar isso, físicos da Universidade Heriot-Watt, na Escócia, criaram uma experimento que envolveu quatro observadores: Alice, Amy, Bob e Brian.

Esses personagens não são pessoas. Eles são, na verdade, quatro máquinas sofisticadas em um laboratório.

No teste realizado com eles, Alice e Bob recebiam uma mensagem, que nesse caso era um fóton, ou seja, uma partícula quântica da qual a luz é composta.

Depois, Alice e Bob enviavam esse fóton a Amy e Brian, ou seja, transmitiam a mensagem a eles.

Eis o que surpreendeu os pesquisadores: apesar de Alice e Bob terem enviado a mesma informação a Amy e Brian, os dois últimos a interpretaram de maneira diferente.

O processo é bastante complexo, mas poderia ser exemplificado como um telefone quebrado em que uma mesma mensagem se transforma à medida que passa de uma pessoa para outra.

Este resultado está relacionado a um conceito de mecânica quântica que diz que as partículas podem se entrelaçar e mudar dependendo de quem as observa.

Para entender melhor as implicações do experimento, a BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC, conversou com o físico Alessandro Fedrizzi, líder da pesquisa, que trabalha como professor no Instituto de Fotônica e Ciências Quânticas da Universidade Heriot-Watt.

Qual é a principal contribuição deste experimento?
Esta é a primeira vez que alguém realiza um experimento mostrando que os fatos não são universais no nível quântico.

A mensagem é que na teoria quântica não há fatos objetivos. Isso quer dizer que um mesmo fato não é visto da mesma forma por diferentes observadores.

Isso é algo que normalmente não esperamos na ciência, porque na ciência é muito importante que os fatos sejam iguais para todos que os observam.

Quando falamos de fatos na vida real, são coisas que podem ser verificadas muito rapidamente. O que estamos dizendo é que na teoria quântica, em um nível profundo, os fatos não são objetivos.

Image captionOs fatos existem?Isso quer dizer que os fatos não existem?
Os fatos existem, mas podem ser subjetivos. Na ciência, é muito importante que haja fatos sobre os quais todos possamos estar de acordo, que é o que permite o desenvolvimento científico.

Ocorre que, na teoria quântica, talvez esse não seja o caso, ou seja, diferentes observadores podem ter acesso a diferentes fatos que podem coexistir entre eles.

Na vida cotidiana, isso dificilmente nos afetará, mas significa que teremos de reescrever ou mudar nossa compreensão do que a mecânica quântica realmente significa no nível fundamental.

Este experimento pode ser visto como prova de que 'fatos alternativos' existem?

Eu vi gente tomando este experimento como uma forma de dizer que existem realmente "fatos alternativos". "Essas pessoas sempre vão dizer o que se encaixa em suas crenças, mas nada do que vimos em nossa pesquisa sustenta essas afirmações", disse Fedrizzi.

Image captionA realidade depende de quem a vê?Existe a realidade em nível quântico?

Ainda há debate sobre se sistemas quânticos têm uma realidade. Esse experimento não redefine o que é a realidade, mas questiona como percebemos essa realidade e afirma que a realidade observada por um indivíduo pode não ser a mesma que outro observa.

Os cálculos usados na ciência não marcam uma linha entre o quântico e o que chamamos de clássico. As fórmulas não nos dão uma regra sobre em que ponto exatamente as coisas deixam de ser clássicas.

Em teoria, eu poderia descrever qualquer coisa, incluindo o universo inteiro, como um sistema quântico, no entanto, experimentalmente ainda estamos tentando descobrir se existe uma fronteira. Até agora, os sistemas que temos conseguido ver que são regidos pela mecânica quântica são muito pequenos, são sistemas de nanogramas ou microgramas.

Como assim?

Eu poderia descrever uma bola de tênis usando as regras da mecânica quântica, mas o que acontece é que as propriedades quânticas que ela possui são imperceptíveis em um objeto tão grande. As quantidades obtidas do tratamento quântico deste grande objeto tão grande nos dizem que os efeitos quânticos nessa escala simplesmente não podem ser observados no mundo real.

Image captionTalvez no futuro tenhamos de repensar o que consideramos real
Isso não significa que não seja quântico, apenas significa que os efeitos não são visíveis nessa escala. Mas, atualmente, não podemos dizer se a bola de tênis é um sistema clássico ou um sistema quântico.

Qual é o próximo passo?

Gostaríamos de aplicar este experimento com observadores cada vez maiores, talvez um dia com observadores conscientes. Talvez falhe, nesse caso podemos concluir que na verdade existe uma escala acima da qual a mecânica quântica já não se aplica.

Mas se funcionar, uma conclusão pode ser que, mesmo para observadores humanos, as observações podem ser subjetivas.

Nesse ponto, possivelmente precisaremos questionar até mesmo a realidade dos fatos objetivos que percebemos em nossa vida cotidiana.


 

iporco

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depois q li sobre anti-materia e neutrinos eu comecei a acreditar q é isso ae msm, tudo é um grande vazio, mas nosso cerebro limitado so percebe um pixel do quadro todo
 

SuRf Boy

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O grande holograma, o experimento da fenda dupla deixa claro que o universo economiza processamento quando não existem observadores.
 


viagem estrelar

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Ora pois se existem dimensões pra cima então existem dimensões pra baixo.
Ambas poderosas.
No mais, os cientistas falam q não chegamos a singularidade.
Devemos estar mais longe q pensamos.
 

lakota

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Está mais que claro que vivemos em uma simulação, a casa caiu para os "donos" dessa simulação, ou a intenção deles é que saibamos mesmo.

Enviado de meu A78 usando o Tapatalk
 

Merovíngio

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Teve um cara que resolveu duvidar de tudo. E decidiu que só acreditaria naquilo que ele próprio conseguisse provar.

Então ele duvidou até mesmo de sua existência. Eu existo?
Mas para esse problema ele também encontrou uma resposta:
- Penso, logo existo.

De certo modo isso é incontestável. Se você está pensando, você existe.
A questão que vem a seguir é definir em que plano essa existência se dá. Material? Simulação em um computador? Espiritual? Tudo isso ao mesmo tempo? Ou algum plano de existência que sequer temos capacidade de imaginar ou teorizar?

Experimentos esse apresentado pelo OP ampliam, em muito, os horizontes de possibilidades.

Mas sim, pensar é existir, seja lá onde estejamos existindo.
 

dk120

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Se vivemos ou não uma ilusão, simulação ou algo parecido, acho que não muda em nada o papel da ciencia. Essa ilusão deve ter regras, e a ciencia está tentando entender.
O que a fisica quantica mostra é que essas regras são extremamente complicadas, mas mesmo assim devem haver regras.
 

_alef_

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Se vivemos ou não uma ilusão, simulação ou algo parecido, acho que não muda em nada o papel da ciencia. Essa ilusão deve ter regras, e a ciencia está tentando entender.
O que a fisica quantica mostra é que essas regras são extremamente complicadas, mas mesmo assim devem haver regras.

O que aparenta ser é que o cerebro cria um bloqueio como método de defesa. O assunto é extenso demais, mas tem um site que debate isto chamado ano zero.
Por isso algumas coisas fazem com que o cerebro seja desbloqueado.
 

SuRf Boy

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Se vivemos ou não uma ilusão, simulação ou algo parecido, acho que não muda em nada o papel da ciencia. Essa ilusão deve ter regras, e a ciencia está tentando entender.
O que a fisica quantica mostra é que essas regras são extremamente complicadas, mas mesmo assim devem haver regras.

Claro, quanto a isso não existem dúvidas.
Gosto inclusive de chamar essas regras de mandamentos verdadeiros. E não, não me considero uma pessoa religiosa.
 

dk120

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Eu digo isso porque logo surge os textos de pseudo ciencia usando uma má interpretação dessa entrevista para "provar" alguma crença.
 

Luccas Neto

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isso é tão curioso quanto o tempo, não consigo entender como algo pode ser anos em outro canto do universo e minutos em outro, o que faz isso? se ambos os lados estão vivenciando o tempo do msm jeito? nenhum ta vendo as coisas aceleradas... nem gosto de pensar nisso
 

Geo

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A teoria quântica afirma que o observador de um fato influencia em como esse fato é percebido.

É como dizer que uma mesma bola de tênis para uma pessoa pode representar uma esfera, mas para outra, um cubo.

Não é que o observador influencia no comportamento das partículas, mas sim que, ao observar, apenas um dos infinitos estados possíveis dela é registrado. Observar é como fotografar uma moeda que está rodopiando sobre uma mesa. Enquanto ela rodopia, a moeda é 50% cara e 50% coroa, independentemente do tempo. Quando fazemos a observação, registramos um desses estados, embora a moeda na realidade continue rodopiando e sendo 50% cara e 50% coroa.

Quando estudamos mecânica quântica, acostumamos a ter associada a cada partícula uma função chamada Psi. Apesar de ser chamada de função de onda no jargão técnico, ela é na verdade uma distribuição de probabilidades que basicamente nos diz que uma partícula quântica não é coisa alguma e possui todos os estados possíveis ao mesmo tempo. Daí conclui-se que o que percebemos como realidade é apenas uma de infinitas combinações possíveis.

No mundo quântico o pressuposto mais básico de nossa percepção (o tempo como uma sucessão de causas e efeitos) é uma ilusão. Quero dizer, não há uma relação de causalidade que define o fluxo de tempo tal como nós percebemos. Para ilustrar, se percebêssemos a realidade fora do tempo, ao lançar um dado, não veríamos apenas um dos lados, mas todos os lados ao mesmo tempo, cada qual com probabilidade igual a 1/6.
 

Luccas Neto

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Não é que o observador influencia no comportamento das partículas, mas sim que, ao observar, apenas um dos infinitos estados possíveis dela é registrado. Observar é como fotografar uma moeda que está rodopiando sobre uma mesa. Enquanto ela rodopia, a moeda é 50% cara e 50% coroa, independentemente do tempo. Quando fazemos a observação, registramos um desses estados, embora a moeda na realidade continue rodopiando e sendo 50% cara e 50% coroa.

Quando estudamos mecânica quântica, acostumamos a ter associada a cada partícula uma função chamada Psi. Apesar de ser chamada de função de onda no jargão técnico, ela é na verdade uma distribuição de probabilidades que basicamente nos diz que uma partícula quântica não é coisa alguma e possui todos os estados possíveis ao mesmo tempo. Daí conclui-se que o que percebemos como realidade é apenas uma de infinitas combinações possíveis.

No mundo quântico o pressuposto mais básico de nossa percepção (o tempo como uma sucessão de causas e efeitos) é uma ilusão. Quero dizer, não há uma relação de causalidade que define o fluxo de tempo tal como nós percebemos. Para ilustrar, se percebêssemos a realidade fora do tempo, ao lançar um dado, não veríamos apenas um dos lados, mas todos os lados ao mesmo tempo, cada qual com probabilidade igual a 1/6.
a moeda sendo fotografada pode parar em qlq lado, mas pelo que entendi, no experimento se não tem um observador ela (partícula) sempre se comporta da mesma maneira
 
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