É matemática. Inclusive temos equações somente para fazer essas previsões. E uma delas aponta um certo número somente na Via Láctea. O cenário é que a Terra não é especial para além do que ela fornece para que a gente sobreviva. Fora do nosso sistema solar, nossa posição no universo é irrelevante. Logo, vamos considerar que vida se originou no nosso planeta por acaso. A não ser que você queira atribuir isso a um Deus, nesse caso seria possível que nosso planeta fosse especial. Conhecendo o processo de formação de planetas, é fácil prever que existem incontáveis outras Terras com abundância de oxigênio e água líquida. E aí podemos começar a prever formas de vida em outros planetas como as que conhecemos. Mas precisamos ir muito além e aceitar que possam existir formas de vida que respirem outros gases ou que sobrevivam a temperaturas bem mais altas ou mais baixas.
Mas levando em consideração somente o nosso modelo de vida, nós sabemos que existem grandes chances de existir água líquida subterrânea em várias luas do nosso sistema solar e em Marte. É um elemento abundante no universo. Em relação a distância do planeta da sua estrela, não precisamos ir muito longe, pois Próxima Centauri tem um planeta na zona habitável de sua estrela.
Como o começo do universo se resume a hidrogênio, hélio e deletério, logo todas as estrelas supermassivas tiveram a mesma origem no colapso gravitacional de nuvens de gás. Essas por sua vez produziram os elementos que conhecemos em seu núcleo que foram expelidos no fim do seu ciclo de vida em explosões gigantescas, produzindo planetas e novas estrelas. É aleatório se um planeta terá mais ou menos água, mais ou menos oxigênio. A Terra não teve um processo especial e diferenciado.
Quando você joga todas essas variáveis num universo de um septilhão de estrelas, você chega a conclusão que: existem um inúmero incalculável de planetas com as mesmas condições da Terra, porque para que isso aconteça, basta existir uma nuvem de gás com os elementos necessários. Nada além disso.