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Explicando o Multiverso MARVEL e a Mitologia do Hickman (spoilers serão bem usados, entrem sem medo)

Darkx1

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Guerras Secretas ainda vai chegar no meio do ano aqui. Minha nossa... Achei que já começava logo....

Quanta enrolação...

Outra coisa: Essa saga atrasou quanto tempo? São quantas edições?
A Panini ta atrasada cerca de um ano e meio em relação a Marvel aqui. Só com a DC que a diferença é um pouco menor.
 

doutordoom

Lenda da internet
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Muito bem... Já faz mais de um ano que eu terminei Guerras Secretas e nunca me pus a falar dessa maravilhosa saga de forma detalhada. Escolhi esse tópico aqui para fazer isso, pois mesmo incompleto ainda é o melhor que foi feito no fórum.

Minha leitura de Guerras Secretas foi mensal e acompanhei o desenrolar de uma excelente trama durante mais de dois anos. Como leitor de mensais desde 1987 posso dizer que essa foi uma experiência única no formato. O roteiro escrito por Hickman explora como poucos as características principais dos Vingadores enquanto cria uma instigante mitologia própria que culmina em uma referência a primeira grande mega saga da Marvel. Uma homenagem e também algo para finalizar todas as histórias da editora. Sim... Hickman propôs o impensável: UM FIM para o universo Marvel tradicional. Diferente da DC, a Marvel sempre considerou sua cronologia como algo único dos anos 60 até os dias das GUerras Secretas. A simples ideia de criar uma história que traz o fim dessa cronologia é pretensiosa o suficiente para deixar qualquer leitor antigo com o pé atrás. Único momento das HQs americanas que teve uma pretensão semelhante foi a Crise nas Infinitas Terras da DC (e o resultado foi ótimo).

Felizmente, Hickman conduziu toda sua história sem apontar exatamente como tudo terminaria. Confesso que fui até mesmo pego de surpresa ao perceber que diante dos meus olhos eu estava vendo um reboot para a Marvel. Claro, existem momentos em que Hickman desenvolve personagens como Namor, Doutor Estranho, Homem de Ferro e Pantera Negra muito além de qualquer redenção possível. Já era inconcebível para mim pensar em como a Marvel conseguiria seguir com esses personagens como "heróis". Estava claro que Hickman levou vários personagens a um ponto sem volta, mas eu ainda me recusava a acreditar que ele também estava levando o Universo Marvel a um ponto sem volta.

Guerras Secretas é uma grande homenagem não só a primeira grande saga Marvel, mas também a origem da editora com o Quarteto Fantástico. Mesmo com a Marvel boicotando o grupo (briga com a Fox na época), Hickman consegiu exaltar a primeira família de super heróis em uma história épica que ficará guardada no coração dos fãs. O Leitor mais atento percebe a importância que personagens como Pantera Negra e Namor ganham na trama justamente por serem importantes na história do super grupo (o primeiro teve sua origem na história desses heróis enquanto Namor volta a aparecer na Marvel moderna também nas histórias do Quarteto).

E temos que falar do Doutor Destino.

Não existe a menor dúvida de que Victor Von Doom é o maior vilão da editora. Fãs do Magneto e Thanos podem reclamar, mas Destino foi concebido dessa maneira pelos criadores do universo Marvel. Ele é o grande vilão primordial da editora e está presente em todos os grandes momentos da Marvel. Apesar de ser escrito de maneira irregular ao longo dos anos (isso não ocorre só com ele), sua versão definitiva foi concebida por John Byrne com uma pitadinha de Roger Stern (Triunfo e Tormento). Qualquer escritor que fuja do Destino definido por esses dois escritores está descaracterizando o personagem. Para minha felicidade, Hickman não só escreve Destino de maneira magistral como também compreende o personagem como poucos escritores. A disputa Richards vs Destino se torna o grande clímax da última grande saga do universo Marvel tradicional. Um embate épico com diálogos espetaculares, um momento para ficar na história da Marvel e no coração dos fãs para sempre.

No fim de tudo, quando eu finalmente concluí a história, eu estava com EXATAMENTE o mesmo sorriso do personagem no quadro final. O personagem que eu interpreto no fórum durante anos se misturou com o personagem que eu admiro nos quadrinhos. Foi algo único e emocionante e eu mal podia acreditar no que eu havia lido. Tamanha foi a emoção ao concluir a história que fiquei um longo tempo sem ler as mensais da marvel, pois queria refletir sobre aquele momento único na minha vida como leitor de hqs. Talvez alguém possa achar que estou exagerando, mas somente um leitor antigo conseguiria entender os sentimentos que tive ao ler um final tão perfeito para personagens que fizeram parte da minha vida. Se naquele dia toda a história da Marvel tivesse acabado, eu estaria plenamente satisfeito.

Enfim, texto enorme que eu escrevi de maneira desorganizada, mas eu queira que tudo fluísse de acordo com os sentimentos que ainda guardo em relação a essa grande e fantástica história em quadrinhos.

Obrigado Hickman.
 

Irregular Hunter

O BATMAN da internet
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A única pena é que o Hickman ainda assim não teve tanto espaço para trabalhar quanto gostaria, as ideias dele foram bastante resumidas no final das contas, isso quando não eram diretamente atrapalhadas por outros roteiristas e editores, justo que nem ele mesmo conseguia dar conta dos seus próprios planos em função de limitação de tempo.

Eu só lamento que não foi realmente um reboot, se bem que nada salvaria a MARVEL da mediocridade que atualmente ela se encontra.
 

Darkx1

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Eu só lamento que não foi realmente um reboot, se bem que nada salvaria a MARVEL da mediocridade que atualmente ela se encontra.
Um reboot ia seguir os passos do Ultimate ou do MCU hoje, poderia começar bem e funcionar no inicio mas eventualmente ia acabar tropeçando nas próprias pernas.
Pra mim o que eles deviam fazer era parar de querer fazer coisas megalomaniacas, eventos atrás de evento, matar personagem(e ressuscitar menos de um ano depois), simplificar...
Ao menos estão dando um bom passo nessa fase pós Legacy aonde vamos ter só uma equipe de Vingadores.
 

Standak

Bam-bam-bam
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Muito bem... Já faz mais de um ano que eu terminei Guerras Secretas e nunca me pus a falar dessa maravilhosa saga de forma detalhada. Escolhi esse tópico aqui para fazer isso, pois mesmo incompleto ainda é o melhor que foi feito no fórum.

Minha leitura de Guerras Secretas foi mensal e acompanhei o desenrolar de uma excelente trama durante mais de dois anos. Como leitor de mensais desde 1987 posso dizer que essa foi uma experiência única no formato. O roteiro escrito por Hickman explora como poucos as características principais dos Vingadores enquanto cria uma instigante mitologia própria que culmina em uma referência a primeira grande mega saga da Marvel. Uma homenagem e também algo para finalizar todas as histórias da editora. Sim... Hickman propôs o impensável: UM FIM para o universo Marvel tradicional. Diferente da DC, a Marvel sempre considerou sua cronologia como algo único dos anos 60 até os dias das GUerras Secretas. A simples ideia de criar uma história que traz o fim dessa cronologia é pretensiosa o suficiente para deixar qualquer leitor antigo com o pé atrás. Único momento das HQs americanas que teve uma pretensão semelhante foi a Crise nas Infinitas Terras da DC (e o resultado foi ótimo).

Felizmente, Hickman conduziu toda sua história sem apontar exatamente como tudo terminaria. Confesso que fui até mesmo pego de surpresa ao perceber que diante dos meus olhos eu estava vendo um reboot para a Marvel. Claro, existem momentos em que Hickman desenvolve personagens como Namor, Doutor Estranho, Homem de Ferro e Pantera Negra muito além de qualquer redenção possível. Já era inconcebível para mim pensar em como a Marvel conseguiria seguir com esses personagens como "heróis". Estava claro que Hickman levou vários personagens a um ponto sem volta, mas eu ainda me recusava a acreditar que ele também estava levando o Universo Marvel a um ponto sem volta.

Guerras Secretas é uma grande homenagem não só a primeira grande saga Marvel, mas também a origem da editora com o Quarteto Fantástico. Mesmo com a Marvel boicotando o grupo (briga com a Fox na época), Hickman consegiu exaltar a primeira família de super heróis em uma história épica que ficará guardada no coração dos fãs. O Leitor mais atento percebe a importância que personagens como Pantera Negra e Namor ganham na trama justamente por serem importantes na história do super grupo (o primeiro teve sua origem na história desses heróis enquanto Namor volta a aparecer na Marvel moderna também nas histórias do Quarteto).

E temos que falar do Doutor Destino.

Não existe a menor dúvida de que Victor Von Doom é o maior vilão da editora. Fãs do Magneto e Thanos podem reclamar, mas Destino foi concebido dessa maneira pelos criadores do universo Marvel. Ele é o grande vilão primordial da editora e está presente em todos os grandes momentos da Marvel. Apesar de ser escrito de maneira irregular ao longo dos anos (isso não ocorre só com ele), sua versão definitiva foi concebida por John Byrne com uma pitadinha de Roger Stern (Triunfo e Tormento). Qualquer escritor que fuja do Destino definido por esses dois escritores está descaracterizando o personagem. Para minha felicidade, Hickman não só escreve Destino de maneira magistral como também compreende o personagem como poucos escritores. A disputa Richards vs Destino se torna o grande clímax da última grande saga do universo Marvel tradicional. Um embate épico com diálogos espetaculares, um momento para ficar na história da Marvel e no coração dos fãs para sempre.

No fim de tudo, quando eu finalmente concluí a história, eu estava com EXATAMENTE o mesmo sorriso do personagem no quadro final. O personagem que eu interpreto no fórum durante anos se misturou com o personagem que eu admiro nos quadrinhos. Foi algo único e emocionante e eu mal podia acreditar no que eu havia lido. Tamanha foi a emoção ao concluir a história que fiquei um longo tempo sem ler as mensais da marvel, pois queria refletir sobre aquele momento único na minha vida como leitor de hqs. Talvez alguém possa achar que estou exagerando, mas somente um leitor antigo conseguiria entender os sentimentos que tive ao ler um final tão perfeito para personagens que fizeram parte da minha vida. Se naquele dia toda a história da Marvel tivesse acabado, eu estaria plenamente satisfeito.

Enfim, texto enorme que eu escrevi de maneira desorganizada, mas eu queira que tudo fluísse de acordo com os sentimentos que ainda guardo em relação a essa grande e fantástica história em quadrinhos.

Obrigado Hickman.
Você já leu Quarteto Fantástico do Hickman?
 


doutordoom

Lenda da internet
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1.954
A única pena é que o Hickman ainda assim não teve tanto espaço para trabalhar quanto gostaria, as ideias dele foram bastante resumidas no final das contas, isso quando não eram diretamente atrapalhadas por outros roteiristas e editores, justo que nem ele mesmo conseguia dar conta dos seus próprios planos em função de limitação de tempo.

Eu só lamento que não foi realmente um reboot, se bem que nada salvaria a MARVEL da mediocridade que atualmente ela se encontra.

Ainda vou falar do que ando lendo na nova nova nova nova marvel. Triste.

Sobre o Hickman... Não tem o que reclamar. Perfeito. Achei muito bacana a história dele contando que não tinha um final para as Guerras Secretas.

Enfim... Um presente sem tamanho para leitores de longa data, uma grande história para novos leitores e uma declaração de amor ao Quarteto Fantástico e principalmente ao Doutor Destino. Aquele trecho com os Beyonders é pra mim o maior momento de um vilão dos quadrinhos. De arrepiar.
 
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