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F1 - Uma geral por equipes e pilotos

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Ferrari: O forte time a ser batido. De novo

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Vencida (literalmente) a fase de transição gerada pelo desmembramento de um time de campeões, cujo alicerce era Michael Schumacher, a Ferrari parte agora para a campanha de 2008 livre de fortes pressões. No lugar das grandes cobranças, a equipe passa a esbanjar otimismo e favoritismo na busca do bicampeonato da era “Raikkonen-Massa”.

Além de contar com uma das melhores duplas do grid, a escuderia italiana tem ao seu favor um carro aparentemente muito bem nascido. Veloz e confiável até este momento, o modelo F2008 é uma evolução de seu predecessor, dotado de uma menor distância entre eixos — na tentativa de aumentar o desempenho nos circuitos em que a agilidade vale bastante, como Mônaco, Montreal e Monza — e outros aperfeiçoamentos aerodinâmicos, como a nova asa dianteira e o formato da tomada de ar sobre o piloto.
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Na pré-temporada, a máquina vem dando pintas de ser o bólido a ser batido. Tanto é que nos testes realizados no Bahrein, Raikkonen, mesmo dizendo que o carro ainda precisa ser melhorado, superou em dois segundos o tempo da pole-position do ano passado.
Para tentar garantir a supremacia no campeonato, a Ferrari já avisou que estreará novos componentes antes do GP da Austrália. Surpresa, portanto, será se a atual detentora dos títulos de pilotos e de construtores não iniciar o ano com vitória.

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nº01 - Kimi Raikkonen (Finlândia)
Local de nascimento: Espoo, Finlândia
Data de nascimento: 17/10/1979
Local de residência: Espoo, Finlândia, e Chigwell, Inglaterra
Ano de estréia na F-1: 2001
Peso: 62 kg
Altura: 1,75 m
Página oficial: http://www.kimiraikkonen.com/
28 anos
122 GP’s Disputados
14 Pole-Positions
15 vitórias
48 Pódios
25 Melhores Voltas
456 Pontos
1 Título (2007)
Estréia em 2001(GP da Austrália)

Quem diria que o azarão da Fórmula 1 seria o homem mais sortudo na decisão do título de 2007? Com a conquista da taça, o “Homem de Gelo” aumentou a sua moral junto à Ferrari e ganhou alguns privilégios dentro da equipe.

Não que tenha sido eleito declaradamente o primeiro piloto, ao estilo de Schumacher, mas passou a ter mais vantagens na casa de Maranello. A maior prova disso é o novo carro do time, construído na medida de Kimi.

Confiante e até arriscando umas risadas, Raikkonen pode sim ser apontado hoje como o favorito ao bi, afinal de contas ele é o campeão do momento e dispõe de um grupo bastante forte para enfrentar os desafios da temporada.

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nº02 - Felipe Massa (Brasil)
Local de nascimento: São Paulo, Brasil
Data de nascimento: 25/04/1981
Local de residência: Mônaco
Ano de estréia na F-1: 2002
Peso: 59 kg
Altura: 1,66 m
Página oficial: http://www.felipemassa.com/
26 anos
88 GP’s Disputados
9 Pole-Positions
5 Vitórias
17 Pódios
8 Melhores Voltas
201 Pontos
Estréia em 2002 (GP da Austrália)

Felipe Massa está prestes a iniciar uma temporada decisiva em sua carreira. O brasileiro chegou ao momento em que tem de se impor diante do atual campeão, aliando para tanto agressividade e concentração para não cometer erros. Somente assim poderá convencer a Ferrari de suas chances de brigar pelo título.

As últimas corridas do ano passado deixaram bem claro que o brazuca não gosta de trabalhar como escudeiro. Aliás, quem se sente bem neste papel? Por isso, devemos esperar um Massa extremamente atirado em 2008, ciente de que se vacilar — mesmo que seja no começo do certame — vai colher como fruto o fardo de segundo piloto.

Mas apesar das cobranças, este tem tudo para ser o melhor ano de Felipe na F-1, graças à maturidade e experiência adquiridas (entenda-se vitórias e aprendizados com os deslizes) nos dois últimos campeonatos.

TD) Luca Badoer (Itália, 36 anos) - O italiano está na Ferrari desde 1998, tendo se ausentado do time de Maranello somente em 1999, quando correu pela extinta Minardi. É o terceiro piloto da escuderia vermelha e o principal encarregado dos testes quando Raikkonen e Massa estão de folga.

TD) Marc Gené (Espanha, 33 anos) - Assim como Badoer, o espanhol teve mais sorte como piloto de testes do que no papel de titular na F-1. E olha que ele contou com três oportunidades de mostrar seu potencial na Williams, quando era “test-driver” do time inglês, mas as desperdiçou.

Na Ferrari desde 2005, Gené não costuma ser escalado frequentemente para os treinos. Aparece de vez em quando nos ensaios realizados em Mugello e Fiorano, mas é presença constante nos eventos promocionais organizados pela equipe. Pode até não ser uma pessoa realizada na carreira, mas está longe de levar uma vida ruim.

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Michael Schumacher (Alemanha, 39 anos) - Após um ano afastado das pistas, o heptacampeão do mundo finalmente definiu a sua nova função na Ferrari: a de piloto de testes “Premium”, com carta branca para testar na hora em que quiser.

Tamanho luxo só poderia ser concedido a um sujeito fenomenal, que mesmo depois de vários meses sem entrar num cockpit tivesse condições de fazer o melhor tempo em qualquer pista. Esse, portanto, só poderia ser Schumacher, já apontado inclusive por Luca Di Montezemolo, presidente do time, como reserva imediato dos pilotos titulares.

De acordo com a Ferrari, o alemão irá auxiliar no desenvolvimento do F2008 ao longo do ano. Nada bobos os dirigentes de Maranello.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: http://www.ferrariworld.com/
Primeiro GP: 1950 (Inglaterra)
GP’s Disputados: 760
Vitórias: 201
Poles: 196
Pontos: 3.804,5
Melhores Voltas: 207
Títulos de Pilotos: 15
Títulos de Construtores: 15

Cúpula
Chefe de equipe: Stefano Domenicali
Diretor de operações: Mario Almondo
Diretor técnico: Aldo Costa
Chefe de aerodinâmica: Aldo Costa
Diretor de motores: Gilles Simon
Engenheiro de corrida (Raikkonen): Chris Dyer
Engenheiro de corrida (Massa): Rob Smedley

Patrocinadores Principais: Fiat, Shell, Alice, Acer, Martini, AMD, Mubadala Abu Dhabi.
Grau de Força: Favorita ao título.


BMW: Para deixar de ser promessa


Muitos se surpreenderam com a decisão da BMW, tomada no final de 2005, de terminar a parceria que mantinha desde 2000 com a historicamente vencedora equipe Williams para alçar um vôo mais alto: o de se tornar uma equipe própria. Com o apoio técnico da Sauber, a montadora alemã viveu o seu primeiro ano como time de fábrica em 2006.

Mas foi no ano passado em que a BMW deixou o grupo das equipes “médias” e se estabeleceu como uma das principais da Fórmula 1. Beneficiada com a exclusão da McLaren do campeonato de construtores, a escuderia terminou o certame numa antes impensável segunda colocação geral, apenas atrás da Ferrari.


Dessa maneira, a expectativa para a temporada de 2008 não podia ser maior para os tedescos. Ao manter e melhorar a estrutura do ano anterior – inclusive a talentosa dupla de pilotos – o chefão Mario Theissen e os outros manda-chuvas da BMW não escondem o desejo de faturar a primeira vitória já neste campeonato.

Para isso, o F1.08 foi construído tendo como base o reconhecidamente bom F1.07. Nas palavras da própria equipe, não se quis assumir riscos e fazer grandes inovações conceituais, pelo temor de colocar a perder o avanço conseguido em 2007. De qualquer forma, o que chamou a atenção de todos nos primeiros testes foi a grande quantidade de apêndices e penduricalhos que o novo bólido da BMW carregou. Se serão úteis? Respostas em 16 de março.


nº03 - Nick Heidfeld (Alemanha)
Local de nascimento: Mönchengladbach, Alemanha
Data de nascimento: 10/05/1977
Local de residência: Mônaco
Ano de estréia na F-1: 2000
Peso: 59 kg
Altura: 1,64 m
Página oficial: http://www.adrivo.com/nickheidfeld/
30 anos
132 GP’s disputados
1 Pole-Position
0 Vitórias
7 Pódios
0 Melhores Voltas
140 Pontos
Estréia em 2000 (GP da Austrália)

Um dos mais regulares na última temporada, Heidfeld suportou bem a pressão de ter um companheiro badalado como grande promessa. Conseguir pódios mais freqüentes é a meta de Heidfeld e, quem sabe, a primeira vitória na categoria.

Em tempo: difícil entender como um piloto no calibre de Nick sequer teve seu nome citado na disputa do cockpit da McLaren que pertenceu a Fernando Alonso em 2007 e será ocupado por Heikki Kovalainen em 2008.


nº04 - Robert Kubica (Polônia)
Local de nascimento: Krakow, Polônia
Data de nascimento: 07/12/1984
Local de residência: Krakow, Polônia
Ano de estréia na F-1: 2006
Peso: 73 kg
Altura: 1,84 m
Página oficial: http://www.kubica.pl/
23 anos
22 GP’s disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
1 Pódio
0 Melhores Voltas
45 Pontos
Estréia em 2006 (GP da Hungria)

2008 será o segundo ano completo de Kubica na categoria e chegou a hora de polonês justificar toda a badalação que recebe desde o final de 2006. Um bom começo será bater Heidfeld com mais freqüência do que no ano passado.

A propósito, apesar de alguns bons resultados, 2007 foi um ano para se lembrar muito pouco, afinal o polonês viveu uma das maiores agruras de sua carreira: o terrível acidente no GP do Canadá.

TD) Christian Klien (Áustria, 25 anos) - Ao final da temporada 2007, Klien passou por uma série de testes com a Force Índia, nos quais se saiu muito bem, em que pese não ter assegurado uma vaga no time que substituirá a Spyker. Com muita experiência, apesar da relativa juventude, deverá auxiliar no desenvolvimento do F1.08.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: http://www.bmw-sauber-f1.com/
Primeiro GP: 2006 (Austrália)
GP’s Disputados: 35
Vitórias: 0
Poles: 0
Pontos: 137
Melhores Voltas: 0
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: Mario Theissen
Diretor técnico: Willy Rampf
Chefe de aerodinâmica: Willem Toet
Engenheiro de corrida (Heidfeld): Giampaolo Dall’Ara
Engenheiro de corrida (Kubica): Mehdi Ahmadi

Patrocinadores Principais: Petronas, Intel, Credit Suisse, Du Pont, Dell
Grau de Força: Top 3


Renault: Trabalhando para voltar ao topo

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Certamente, se questionarem a Renault sobre o que ela guarda como boa lembrança da última temporada da Fórmula 1, a resposta será curta e direta: a recontratação de Fernando Alonso.

É no piloto das Astúrias, o principal responsável pelos recentes anos de glória da marca francesa na categoria, que estão depositadas todas as fichas do grupo para recuperar o status de time de ponta e apagar de uma vez por todas a tenebrosa campanha de 2007.

Representada por Giancarlo Fisichella e Heikki Kovalainen no certame passado, a equipe de Flavio Briatore somou apenas 51 pontos em 17 corridas, quatro vezes menos do que o acumulado em 2006, quando foi campeã do mundial de construtores com 206 tentos.
Comparar a quantidade de pódios conquistados nos dois anos anteriores também é outro exercício de entristecer os franceses. Foram 19 em 2006 contra somente um de 2007, obtido no dilúvio do GP da China com o finlandês Kovalainen.
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O único número que interessa para a Renault, no entanto, é 2008. Entusiasmada com a volta do ídolo espanhol e determinada a reviver a fase de sucesso na F-1, a escuderia ainda conta com um reforço brasileiro no segundo cockpit, Nelson Ângelo Piquet, que aparenta ter muito mais do que um sobrenome de talento.

Para enfrentar as adversárias, a equipe projetou o R28, um passo na direção correta, de acordo com os dirigentes. O modelo não chega a ser uma revolução, mas traz características bem distintas de seu antecessor.
A parte dianteira foi uma das mais trabalhadas, na busca de uma maior eficiência aerodinâmica. O bico é bastante baixo e traz uma haste inferior (parecida com um degrau) semelhante à utilizada por Ferrari e Sauber na temporada de 2005.

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A asa frontal também traz a famosa ponte, adotada pela McLaren no ano passado e copiada por várias rivais. A redistribuição de peso do monoposto e o alongamento da caixa de marchas, para aumentar a distância entre eixos, foram outras mudanças citadas pelo time.

Comenta-se nos bastidores que uma nova asa traseira, em formato de W, será estreada às vésperas do GP da Austrália. Tudo para fazer o carro brigar pelas primeiras posições, algo que para Alonso ainda vai exigir muito trabalho.
Na opinião do espanhol, é preciso buscar uma diferença de um segundo em relação às equipes de ponta. Só resta saber se a Renault vai conseguir isso. E quando.

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nº05 - Fernando Alonso (Espanha)
Local de nascimento: Oviedo, Espanha
Data de nascimento: 29/07/1981
Local de residência: Oviedo, Espanha
Ano de estréia na F-1: 2001
Peso: 68 kg
Altura: 1,71 m
Página oficial: http://www.fernandoalonso.com/
26 anos
105 GP’s Disputados
17 Pole-Positions
19 vitórias
49 Pódios
11 Melhores Voltas
490 Pontos
2 Títulos (2005 e 2006)
Estréia em 2001 (GP da Austrália)

Como muitos pilotos que sonham em correr na Fórmula 1, Alonso sempre desejou defender as cores da McLaren. A experiência do asturiano, porém, não foi das mais felizes. Criou uma feroz inimizade com o chefe Ron Dennis e se frustrou ao pensar que teria um grupo totalmente voltado para si.

Apesar das quatro vitórias com o esquadrão prateado e de ter ficado a somente um ponto do novo campeão, Fernando optou em retornar para a família que sempre o idolatrou, sem antes assegurar que teria tratamento de um legítimo bicampeão e mais completo corredor da atualidade.

Na Renault, Alonso terá a missão de devolver ao carro os 0s7 que levou para a McLaren, como várias pessoas disseram no ano passado. De sua capacidade e determinação ninguém duvida, a ponto de não ser nenhuma surpresa se o time francês brigar pelo título logo de cara.

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nº06 - Nelson Ângelo Piquet (Brasil)
Local de nascimento: Heidelberg, Alemanha
Data de nascimento: 25/07/1985
Local de residência: Londres, Inglaterra
Ano de estréia na F-1: 2008
Peso: 63 kg
Altura: 1,70 m
Página oficial: http://www.piquetsports.com.br/
22 anos
Estreante

O que esperar da estréia de um rapaz que fez Lewis Hamilton suar na conquista do título da GP2, em 2006? Na menos do que uma jornada triunfal semelhante a da estrela inglesa.

Mas todos sabem, inclusive Piquet, que o início de sua trajetória na F-1 não deve ser comparada a do atual vice-campeão. Os contextos são bem distintos, e o foco do brasileiro é aprender, aprender e aprender, aproveitando ao máximo a presença de um bicampeão no time.

Somar pontos, brigar pelo primeiro pódio e tentar acompanhar o ritmo de Alonso são as principais metas. O que vier além disso será um excelente lucro.

TD) Lucas Di Grassi (Brasil, 23 anos) - Uma grata surpresa a aparição deste paulistano como novo piloto reserva da Renault. Dono de vários títulos no kart, ex-integrante do banco de talentos da própria equipe francesa e com uma bela bagagem de corridas na Europa, o vice-campeão da GP2 tem uma ótima oportunidade de completar seus esforços na luta por uma vaga de titular.

Di Grassi deve ter presença constante nos testes e nas corridas, como foi Nelsinho em 2007. Com os predicados que o tornaram vencedor no automobilismo, tem tudo para conseguir uma chance de estrear no ano que vem.

TD) Romain Grosjean (França, 21 anos) - Um nome esquisito, mas que deve ser guardado. O jovem francês é visto com ótimos olhos pela Renault, que um dia sonha em ter um astro de seu país no comando de um dos cockpits.

Velocidade e arrojo são qualidades acentuadas em Grosjean, campeão da F-3 Européia no ano passado e candidato ao título da GP2 em 2008. Prova de seu talento foi vista na primeira etapa da versão asiática da categoria escola, em Dubai, onde impressionou ao vencer as duas baterias.

TD) Sakon Yamamoto (Japão, 25 anos) - Com direito a elogios de Flavio Briatore, o japonês chega ao time para ser o terceiro piloto de testes. Na prática, o ex-competidor de Super Aguri e Spyker tende a exercer os trabalhos promocionais da Renault, que lançou neste ano o “Roadshow”, um evento de demonstração do carro por ruas de grandes cidades do mundo. Para quem estava desempregado, um ótimo negócio.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: http://www.renaultf1.com/
Primeiro GP: 1977 (Inglaterra)
GP’s Disputados: 227
Vitórias: 33
Poles: 50
Pontos: 976
Melhores Voltas: 27
Títulos de Pilotos: 2
Títulos de Construtores: 2

Cúpula
Chefe de equipe: Flavio Briatore
Projetista chefe: Tim Densham
Diretor técnico: Bob Bell
Chefe de aerodinâmica: Dino Toso
Diretor de motores: Rob White
Engenheiro de corrida (Alonso): David Greenwood
Engenheiro de corrida (Piquet): Adam Carter

Patrocinadores Principais: ING, ELF, Chronotech, Pepe Jeans, Universia e Sanho Human Service.
Grau de Força: Luta por algumas vitórias.

Williams: Renascimento das cinzas

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A segunda melhor equipe da história da Fórmula 1 em número de títulos de construtores (atrás somente da Ferrari), terceira colocada no ranking de taças de pilotos, de número de pole-positions, voltas mais rápidas, pontos e pódios, é sem dúvida a mais grata promessa de escuderia em ascensão desta temporada.

Sem vencer um mundial desde 1997 e há três anos longe do lugar mais alto do pódio, o grupo comandado por Frank Williams surge em 2008 com bastante energia para provar que ainda pode voltar a ser grande e não se tornar mais um time extinto, como diversas pessoas chegaram a pensar.

É verdade que os campeonatos recentes foram decepcionantes para o currículo da equipe inglesa, em especial a temporada de 2006, quando de motores Cosworth — graças ao rompimento da parceria com a BMW — e com a perda de importantes patrocinadores amargou o penúltimo posto da classificação de marcas.
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Apesar do orçamento limitado para 2007, a Williams ao menos obteve um propulsor mais decente para beliscar alguns pontos. Com o “coração” da Toyota e um chassis relativamente bom, até fez mais do que o esperado. Foram 33 pontos no ano, com direito a um pódio, e o quarto lugar na tabela de construtores, ficando à frente da parceira Toyota.

O bom desempenho alcançado com Nico Rosberg e Alexander Wurz, aliado ao peso do nome Williams, tornou o time de Grove novamente bem visto pelos investidores, o que representou mais dinheiro no caixa. As verdinhas, ao que tudo indica, contribuíram no desenvolvimento do FW30, uma das boas surpresas da pré-temporada.

Ainda sem a pintura oficial, que será revelada às vésperas do GP da Austrália, o carro ganhou uma asa ponte ao estilo da usada pela McLaren, além de novos apêndices aerodinâmicos para melhorar a passagem de ar, como as duas hastes acima da suspensão dianteira e uma verdadeira barreira de penduricalhos nas laterais.

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Na pista, as respostas têm sido satisfatórias. Hoje, daria inclusive para dizer que a Williams pode brigar com BMW e Renault pela posição de terceira força do circo; mas ainda é muito cedo para tirar grandes conclusões.
De certo, porém, temos que o elenco de sir Frank dispõe de uma máquina veloz para incomodar os adversários e com potencial de ser a faísca que faltava para incendiar o sonho dos britânicos em voltar, em breve, a ter uma Williams disputando vitórias e títulos, como nos tempos de Villeneuve, Hill, Prost, Mansell, entre outros. Seria muito bom se isso ocorresse.

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nº07 - Nico Rosberg (Alemanha)
Local de nascimento: Wiesbaden, Alemanha
Data de nascimento: 27/06/1985
Local de residência: Wiesbaden, Alemanha
Ano de estréia na F-1: 2006
Peso: 69 kg
Altura: 1,78 m
Página oficial: www.nicorosberg.com
22 anos
35 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 vitórias
0 Pódios
1 Melhor Volta
24 Pontos
Estréia em 2006 (GP do Bahrein)

A velocidade com que o filho de Keke Rosberg vem evoluindo na categoria tem chamado a atenção inclusive de alguns pilotos, como Alexander Wurz, companheiro do alemão em 2007.

Mesmo sem ter sido o responsável pelo único pódio da Williams no ano passado, façanha de sorte que coube a Wurz, Rosberg foi de longe o melhor representante do time inglês na última temporada. E de forma surpreendente, afinal o desempenho discreto apresentado no ano de estréia obscureceu o potencial do tedesco e, provavelmente, desanimou muitos de seus torcedores.

Com a moral elevada após a eficiente campanha de 2007, Nico se tornou uma peça valiosa dentro da equipe britânica, a ponto de ter recebido garantias de que se permanecesse na casa de Grove — rejeitando ofertas tentadoras como a da McLaren —, teria um pacote competitivo para brigar pelas primeiras posições.

Se a boa performance do FW30 for confirmada em Melbourne, Rosberg será um forte candidato ao posto de intrometido entre as protagonistas do torneio, com direito a alguns pódios ao longo do campeonato.
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nº08 - Kazuki Nakajima (Japão)
Local de nascimento: Aichi, Japão
Data de nascimento: 11/01/1985
Local de residência: Aichi, Japão
Ano de estréia na F-1: 2007
Peso: 62 kg
Altura: 1,75 m
Página oficial: www.kazuki-nakajima.com
23 anos
1 GP Disputado
0 Pole-Positions
0 vitórias
0 Pódios
0 Melhores Voltas
0 Pontos
Estréia em 2007 (GP do Brasil)

Ao atropelar dois mecânicos durante o pit-stop de sua primeira corrida na F-1, o jovem japonês fez com que muita gente pensasse que ele seria a imagem moderna do pai, Satoru, considerado um barbeiro de carteirinha durante sua estada na categoria.

Nos testes da pré-temporada, contudo, Kazuki apareceu como uma das surpresas, sendo veloz e consistente com o respeitável equipamento construído pela Williams. No balanço dos ensaios desta semana em Jerez de La Frontera, por exemplo, ficou com a sexta melhor marca.

Inconscientemente, o nipônico pode provar em 2008 que nem todo filho de peixe peixinho é. Algo que seria fantástico para os japoneses, que em toda a história da F-1 viram somente dois de seus representantes subirem no pódio — Takuma Sato (2004) e Aguri Suzuki (1990).

Se conseguir andar no mesmo ritmo de Rosberg ou até mesmo superá-lo, como fez em algumas sessões de treinos, Nakajima terá alcançado uma grande conquista neste ano.

TD) Nico Hulkenberg (Alemanha, 21 anos) - Terceiro colocado no campeonato europeu de F-3 em 2007, este alemão tem por trás de sua carreira um famoso empresário; ninguém menos do que Willi Weber, “manager” de Michael Schumacher. A oportunidade de guiar pela Williams surgiu em dezembro do ano passado, quando foi convidado para um treino. Dias após a sessão, Hulkenberg assinou o contrato de “test-driver”. A única dúvida a seu respeito é se vai corresponder aos anseios do time durante o desenvolvimento do carro.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: http://www.williamsf1.com/
Primeiro GP: 1977 (Argentina)
GP’s Disputados: 511
Vitórias: 113
Poles: 125
Pontos: 2.551,5
Melhores Voltas: 129
Títulos de Pilotos: 7
Títulos de Construtores: 9

Cúpula
Chefe de equipe: Frank Williams
Projetista chefe: Ed Wood
Diretor técnico: Sam Michael
Chefe de aerodinâmica: John Tomlinson
Engenheiro de corrida (Rosberg): Tony Ross
Engenheiro de corrida (Nakajima): Xevi Pujolar

Patrocinadores Principais: AT&T, Allianz, Petrobras, McGregor, RBS, Air Asia, ORIS e Lenovo.
Grau de Força: Em franca ascensão.

Red Bull: Confiança no projetista para ter asas
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A temporada 2008 será a quarta da recente história da equipe das bebidas energéticas na F-1, mas talvez a mais aguardada de todas. A explicação é muito simples: neste ano, a Red Bull irá para as corridas com um carro 100% assinado por Adrian Newey, projetista de enorme prestígio e sucesso na categoria, responsável pela construção de seis modelos campeões da década de 1990.
Visualmente, o que chama a atenção no RB4 é o estranho alongamento da cobertura do motor, de formato semelhante a uma bigorna. De resto, o conjunto se parece com seu antecessor, que no terço final do campeonato passado demonstrou uma satisfatória melhora em termos de velocidade.
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Faltava apenas garantir uma maior resistência do motor Renault, e tem sido exatamente essa a principal preocupação do time no novo projeto. Isso ficou evidente nos testes desta semana em Jerez de La Frontera, quando David Coulthard e Mark Webber totalizaram 810 voltas em três dias de trabalhos.
Apesar do bom desempenho nos treinos, os pilotos estão evitando tirar conclusões precipitadas sobre as chances de progresso no Mundial. Mas tanto eles como a Red Bull sabem da importância de superarem ao menos os números alcançados em 2007, ano em que somaram modestos 24 pontos. Precisarão suar o macacão para ter êxito.

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nº09 - David Coulthard (Escócia)
Local de nascimento: Twynholm, Grã-Bretanha
Data de nascimento: 27/03/1971
Local de residência: Mônaco
Ano de estréia na F-1: 1994
Peso: 75 kg
Altura: 1,82 m
Página oficial: http://www.davidcoulthard.co.uk/
36 anos
229 GP’s Disputados
12 Pole-Positions
13 vitórias
61 Pódios
18 Melhores Voltas
527 Pontos
Estréia em 1994 (GP da Espanha)

Alguém já parou para analisar como este veterano escocês tem sorte? Em dez anos seguidos, passou por duas das mais fortes equipes da Fórmula 1 (Williams e McLaren), acumulou um considerável número de proezas, com direito a um vice-campeonato em 2001, e quando muitos achavam que não tinha mais espaço na categoria, foi chamado para correr na Red Bull graças à sua experiência.

Sempre ao lado de belíssimas namoradas, outro motivo para ser taxado de sortudo, Coulthard é uma pessoa bastante querida na modalidade. Talvez seja essa uma das razões para estar até hoje empregado como titular, embora ele também tenha méritos por boas atuações nas pistas — inclusive com a atual escuderia, com quem já subiu ao pódio e liderou corrida.

Sorte ou competência à parte, a realidade é que David está próximo da bandeira quadriculada de sua carreira. Aos 36 anos, corre mais por prazer do que pelo improvável sonho de ser campeão. Ele mesmo deve saber que não tem condições para tanto. Quando poderia pensar em título, cruzou com adversários mais capacitados, como Michael Schumacher e Mika Hakkinen.

Coulthard esteve nos lugares certos, mas nas ocasiões erradas. Sina semelhante à de colegas como Rubens Barrichello e Giancarlo Fisichella, outros dois bons pilotos. Nada mais do que isso.

Neste ano, o escocês deve pontuar em uma ou outra etapa. E se conseguir manter a vaga para 2009, aí sem comentários; vai ter sorte assim na F-1.

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nº10 - Mark Webber (Austrália)
Local de nascimento: Queenbayan, Austrália
Data de nascimento: 27/08/1976
Local de residência: Buckinghamshire, Inglaterra
Ano de estréia na F-1: 2002
Peso: 74 kg
Altura: 1,84 m
Página oficial: http://www.markwebber.com/
31 anos
104 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 vitórias
2 Pódios
0 Melhores Voltas
79 Pontos
Estréia em 2002 (GP da Austrália)

O semblante do australiano na imagem acima retrata bem o momento de tensão vivido por ele. Na verdade, não dá para dizer com certeza que Webber se sente pressionado com alguma coisa. Mas deveria, já que pouco tem feito para fazer valer a sua presença no grid. E uma hora ou outra a Red Bull vai se dar conta de que necessita de bons pilotos para ter suas tão sonhadas asas.

Em sete temporadas, Mark provou ser um verdadeiro leão de treino: sempre forte em ritmo de volta lançada — a ponto de ter largado em segundo lugar no GP da Malásia de 2004, com a Jaguar —, mas inconstante nas corridas.

No seu ano de estréia na Minardi e nos dois campeonatos seguintes com a extinta equipe verde, Webber podia até culpar os carros pela falta de resultados convincentes. Mas a passagem apagada pela Williams, onde correu entre 2005 e 2006, e os discretos números obtidos com a Red Bull desde 2007 mostram que o problema está no competidor.

Outro complicador para a vida de Webber é que não basta superar o companheiro de equipe para impressionar os patrões, pois este ano tem boas chances de ser o último de Coulthard na categoria. Por isso, caso o australiano queira seguir no seio da fabricante de bebidas energéticas, vai ter que andar muito em 2008. Vejamos se pode arcar com este fardo.

TD) Sébastien Buemi (Suíça, 19 anos) - Assim como Renault e Williams, a Red Bull confiou sua vaga de piloto de testes a um dos destaques da última temporada da F-3 Européia. Buemi, aliás, foi vice-campeão em 2007, ficando a dez pontos do detentor do título, Romain Grosjean.

No ano passado, também marcou presença em cinco etapas da GP2 e somou seis tentos, o que lhe rendeu o 21º lugar da classificação e uma chance na equipe Arden para o certame atual.

Vale lembrar que o time a ser defendido pelo suíço na categoria escola da F-1 pertence a Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull. Não é de se estranhar, portanto, a escalação do novato para a função de reserva de Coulthard e Webber.

Em tempo: Na rodada de abertura da GP2 asiática, Buemi foi desclassificado na primeira bateria por irregularidades no carro — tinha chegado em sétimo — e abandonou a segunda corrida.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: http://www.redbullf1.com/red-bull-racing/content.action
Primeiro GP: 2005 (Austrália)
GP’s Disputados: 54
Vitórias: 0
Poles: 0
Pontos: 74
Melhores Voltas: 0
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: Christian Horner
Projetista chefe: Adrian Newey
Diretor técnico: Geoff Willis
Chefe de aerodinâmica: Ben Agathangelou
Engenheiro de corrida (Coulthard): Guillaume Rocquelin
Engenheiro de corrida (Webber): Ciaron Pilbeam

Patrocinadores Principais: Red Bull, Siemens e Rauch.
Grau de Força: Briga por pontos.

Toyota: Mais milhões na lata do lixo?


O ano de 2008 será o sétimo da Toyota na F-1. Em todo esse período, nenhuma vitória, poucos pódios e muito, mas muito dinheiro desperdiçado em projetos fracassados.

O que mais espanta é saber que, anualmente, a equipe é uma das que possui o maior orçamento da categoria, maior do que BMW, Williams e, até mesmo, Ferrari. Somados os orçamentos desde a estréia da Toyota, são, aproximadamente, US$ 2 bilhões investidos!



Uma das mudanças do time nipo-germânico – talvez a maior delas – em relação à temporada anterior foi a troca de alemães num dos cockpits titulares: sai o defasado e pré-aposentado Ralf Schumacher e entra o campeão de 2007 da GP2, Timo Glock, que alinhará ao lado de Jarno Trulli. Uma dupla que pode se mostrar rápida e certamente será inconstante.

Ambos estarão no comando do TF108, bólido que tem uma missão em 2008: superar o ritmo do seu antecessor, o TF107, essencialmente na configuração de corrida.


nº11 - Jarno Trulli (Itália)
Local de nascimento: Pescara, Itália
Data de nascimento: 23/05/1972
Local de residência: Francavilla, Itália
Ano de estréia na F-1: 1997
Peso: 60 kg
Altura: 1,73 m
Página oficial: www.jarnotrulli.com
33 anos
181 GP’s disputados
3 Pole-Positions
1 Vitória
7 Pódios
0 Melhores Voltas
183 Pontos
Estréia em 1997 (GP do Brasil)

Uma vitória no GP de Mônaco de 2004, pela Renault, foi o mais expressivo resultado da carreira de Trulli, iniciada na pequena Minardi em 1997 e ligada à Toyota desde 2005 - quando, diga-se, iniciou a temporada andando quase no mesmo ritmo do campeão Fernando Alonso.

Infelizmente, já se tornou muito claro entre aqueles que acompanham o esporte: trata-se de um piloto rapidíssimo na classificação e inconstante em ritmo de corrida. Será curioso checar se essa escrita se manterá ao lado de um companheiro como Glock e, em caso afirmativo, se a alta cúpula da equipe aceitará passivamente.


nº12 - Timo Glock (Alemanha)
Local de nascimento: Lindenfels, Alemanha
Data de nascimento: 10/01/1982
Local de residência: Brensbach, Alemanha
Ano de estréia na F-1: 2004
Peso: 64 kg
Altura: 1,69 m
Página oficial: http://www.speed-academy.de/timoglock.html
25 anos
4 GP’s disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
0 Pódios
0 Melhores Voltas
2 Pontos
Estréia em 2004 (GP do Canadá)

Glock começou na F-1 em 2004, quando ocupou o cockpit da Jordan no GP do Canadá e chegou à frente de seu companheiro na ocasião, Nick Heidfeld, o que já teria sido bom por si só. Só que, além disso, Timo conseguiu a sétima posição, marcando dois pontos para uma equipe, à época, em franca decadência.

Apesar do potencial mostrado naquela ocasião, o alemão ficou um tanto afastado dos holofotes até o ano passado, quando se sagrou campeão da GP2. A dúvida que fica é: Glock conseguirá uma adaptação rápida numa categoria em que a pressão bate diariamente à porta dos pilotos?

TD) Kamui Kobayashi (Japão, 21 anos) - Ocupando o lugar pertencente a Franck Montagny em 2007, o jovem Kamui rivaliza com Kazuki Nakajima pela condição de mais promissor piloto japonês da atualidade e faz parte do programa de desenvolvimento de jovens talentos da Toyota. Certamente, terá mais a aprender do que a ajudar o time com sua pouca experiência.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: http://www.toyota-f1.com/public/index.htm
Primeiro GP: 2002 (Austrália)
GP’s Disputados: 105
Vitórias: 0
Poles: 2
Pontos: 163
Melhores Voltas: 1
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: John Howett
Diretor técnico: Pascal Vasselon
Projetista-chefe: Pascal Vasselon
Chefe de aerodinâmica: Pascal Vasselon
Diretor de motores: Luca Marmorini
Engenheiro de corrida (Trulli): Gianluca Pisanello
Engenheiro de corrida (Glock): Francesco Nenci

Patrocinadores Principais: Panasonic, Denso
Grau de Força: Meio da tabela

CONTINUA
 

SniperT

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2
Pontos
106
Toro Rosso: Terra dos Sebastiões

Possivelmente a Scuderia Toro Rosso - Ferrari, segundo time da mega-empresa de bebidas energéticas Red Bull, será a equipe que despertará mais a curiosidade dos amantes de Fórmula 1 em relação ao desempenho da dupla de pilotos titulares: a parceria formada entre “Sebastiões”, o Vettel, alemão, e o Bourdais, francês.

Depois de dois anos mantendo a parceria formada por Vitantonio Liuzzi e Scott Speed, que, na prática, nunca obteve resultados expressivos, o time que entrou na categoria em 2006, em substituição à simpática e tradicional Minardi, resolveu inovar, trazendo um jovem promissor e um piloto que foi campeão das mais importantes categorias à motor do cenário internacional antes de desembarcar na F-1.

O bólido que deverá estrear no GP da Austrália, abertura do campeonato, é o STR3, a ser lançado apenas em meados de fevereiro e que não estará pronto para ser guiado na abertura da temporada. Se for repetida a mesma linha de 2007, no entanto, podemos ter uma idéia do que esperar ao prestarmos atenção no RB4, bólido já apresentado pela Red Bull em janeiro.

nº14 - Sébastien Bourdais (França)
Local de nascimento: Le Mans, França
Data de nascimento: 28/02/1979
Local de residência: Le Mans, França
Ano de estréia na F-1: 2008
Peso: 72 kg
Altura: 1,79 m
Página oficial: http://www.sebastien-bourdais.com/
28 anos
Estreante

Certo, Franck Montagny disputou algumas corridas pela Super Aguri em 2006, mas Bourdais é o primeiro francês a participar de um campeonato completo da F-1 desde Olivier Panis, em 2004. Mais do que isso, Sébastien põe fim a uma estiagem de estreantes franceses, já que a última estréia de um gaulês na categoria (excetuando Montagny) havia sido a de Stéphane Sarrazin (!) em 1999.

Muita expectativa será depositada no campeão de 2002 da F-3000 e tetracampeão da ChampCar (2004-07), mas, pelos testes de pré-temporada, já é possível prever que, ao menos, Bourdais deverá realizar um campeonato digno. Sua meta será a de marcar alguns pontos, e, sobretudo, manter um equilíbrio em relação ao companheiro.

nº15 - Sebastian Vettel (Alemanha)
Local de nascimento: Heppenheim, Alemanha
Data de nascimento: 03/07/1987
Local de residência: Heppenheim, Alemanha
Ano de estréia na F-1: 2007
Peso: 62 kg
Altura: 1,76 m
Página oficial: http://www.sebastianvettel.de/
20 anos
8 GP’s disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
0 Pódios
0 Melhores Voltas
6 Pontos
Estréia em 2007 (GP dos Estados Unidos)

Tido como o novo Michael Schumacher, Vettel estarreceu o mundo ao andar entre os três primeiros durante o GP do Japão, no ano passado, antes de acertar a traseira de Mark Webber e por fim a uma das corridas que tinha tudo para ser perfeita para o grupo Red Bull. Mas o rapazinho se recuperou e, na China, obteve a quarta colocação, anotando os primeiros pontos com a Toro Rosso — o tento de estréia foi alcançado em sua primeira corrida na F-1, quando substituiu Robert Kubica na BMW.

Aqueles foram os primeiros momentos de destaque de uma carreira que tem tudo para ser recheada de glórias, mas é fundamental saber como será o desempenho do jovem tedesco durante uma temporada completa, e verificar, assim, se Vettel é tão bom em suportar pressão quanto é dirigindo.

TD) Não definido

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: www.redbullf1.com/scuderia-toro-rosso/
Primeiro GP: 2006 (Bahrein)
GP’s Disputados: 35
Vitórias: 0
Poles: 0
Pontos: 9
Melhores Voltas: 0
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: Franz Tost
Diretor técnico: Giorgio Ascanelli
Projetista-chefe: Alex Hitzinger
Chefe de aerodinâmica: Red Bull
Diretor de motores: Ferrari
Engenheiro de corrida (Bourdais): Cláudio Balestri
Engenheiro de corrida (Glock): Riccardo Adami

Principais Patrocinadores: Hangar
Grau de Força: Manter-se longe da rabeira

Honda: Ano de transição a caminho

Apagar a temporada 2007 da história da montadora. Esse seria o grande desejo da Honda, que após um período de crescimento entre 2004 e 2006, ano em que venceu pela primeira vez como equipe de fábrica, com Jenson Button, no GP da Hungria, amargou as últimas filas do grid em quase todas as provas.

Segundo os engenheiros do time, o grande problema do “Carro Ecológico” – apelido dado graças à pintura do RA107, baseada nas cores e no desenho do planeta Terra – era a falta de velocidade do bólido nas retas, onde, segundo diziam, “era como se houvesse um para-quedas se abrisse antes que se alcançasse maiores velocidades”.

A chegada do renomado Ross Brawn para comandar o desenvolvimento do RA108 é considerada um alento para quem viveu dias tão difíceis em 2007. Sabe-se que o trabalho não será fácil, e inocentes serão aqueles que pensarem que a Honda voltará aos melhores momentos rapidamente. Na verdade, 2008 deverá ser a temporada em que a equipe que um dia já aspirou ser grande retome sua dignidade.

nº16 - Jenson Button (Inglaterra)
Local de nascimento: Frome, Grã Bretanha
Data de nascimento: 19/01/1980
Local de residência: Mônaco
Ano de estréia na F-1: 2000
Peso: 69 kg
Altura: 1,81 m
Página oficial: http://www.jensonbutton.com/
28 anos
135 GP’s disputados
3 Pole-Positions
1 Vitória
15 Pódios
0 Melhores Voltas
229 pontos
Estréia em 2000 (GP da Austrália)

Terá a eterna promessa inglesa se recuperado do baque de ser abafado pelo fenômeno Lewis Hamilton? Em caso positivo ou negativo, existe uma certeza: Jenson começará a temporada como número um dentro do time, o que lhe propiciará alguns privilégios e uma quantidade maior de pressão do que seu parceiro.

Sabe-se também que, caso o projeto da Honda de voltar ao topo não vingue, Button poderá procurar uma nova equipe para 2009, pois os anos em que o britânico, teoricamente, deveria viver o ápice da carreira, estão passando.

nº17 - Rubens Barrichello (Brasil)
Local de nascimento: São Paulo, Brasil
Data de nascimento: 23/05/1972
Local de residência: Mônaco
Ano de estréia na F-1: 1993
Peso: 74 kg
Altura: 1,72 m
Página oficial: http://www.barrichello.com.br/
35 anos
250 GP’s disputados
13 Pole-Positions
9 Vitórias
61 Pódios
15 Melhores Voltas
519 Pontos
Estréia em 1993 (GP da África do Sul)

Por mais que negue, Rubens Barrichello poderá mesmo ter em 2008 a sua última temporada na Fórmula 1, aquela na qual Barrichello quebrará o recorde de maior número de GP’s disputados. Apesar de ser uma marca expressiva, não é bem aquela que Barrichello esperava alcançar quando estreou na categoria, há 16 temporadas.

O eterno número 2 de Michael Schumacher teve de amargar em 2007 o pior ano desde que estreou na Fórmula 1, sem marcar um ponto sequer. Com a chegada de Ross Brawn, com quem já trabalhou na Ferrari, Rubens poderá ter algum tipo de respiro, ao menos para ter um ano digno em termos de resultado.

TD) Alexander Wurz (Áustria, 33 anos) - Não era este mesmo Alexander Wurz que havia anunciado a aposentadoria em 2007, depois de uma temporada terrível pela Williams? Ele mesmo. Mas a experiência do austríaco foi um ponto extremamente importante para que a Honda acertasse com o ex-piloto de testes também da McLaren.

TD) Mike Conway (Inglaterra, 24 anos) - Surgiu com grande alarde na F-3 Inglesa, em 2006, quando rivalizou com Bruno Senna e levou a melhor sobre o brasileiro, faturando o título. Entretanto, fez um mau ano na GP2 em 2007 e tentará recuperar a credibilidade na categoria neste ano. Nas horas vagas, certamente aprenderá muito quando estiver testando o RA108.

TD) Luca Filippi (Itália, 22 anos) - Mais jovem e menos badalado do que Conway, mostrou-se mais rápido que o inglês em 2007, na GP2. O grande problema relacionado a Filippi é o fato de ser reconhecidamente estabanado e, muitas vezes, jogar bons resultados no lixo. No mais, tem grande apoio em seu país de origem, de modo que certamente terá o nome fortalecido na busca por um cockpit titular em 2009.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: www.hondaracingf1.com
Primeiro GP: 1964 (Alemanha)
GP’s Disputados: 70
Vitórias: 3
Poles: 2
Pontos: 140
Melhores Voltas: 2
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: Ross Brown
Diretor técnico: Shuhei Nakamoro
Projetista-chefe: Jörg Zander
Chefe de aerodinâmica: Loïc Bigois
Engenheiro de corrida (Button): Andrew Shovlin
Engenheiro de corrida (Glock): Jock Clear

Patrocinadores Principais: Fila, NGK, Ray-ban, Seiko.
Grau de Força: Não fazer papelão mais uma vez.

Super Aguri: Sobrevivência em risco
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“Não apostaria minha vida nisso”. Foram com essas palavras que Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), se pronunciou neste início de ano sobre a presença da Super Aguri na abertura do Mundial.
Com a saúde financeira abalada, a jovem escuderia comandada pelo ex-piloto Aguri Suzuki ainda sequer anunciou a sua dupla de pilotos, embora dificilmente deva alterar o elenco formado por Takuma Sato e Anthony Davidson.
SA3.jpg

Outro fator preocupante para o time filial da Honda diz respeito ao seu carro para a nova temporada, nada mais nada menos que a draga utilizada pela matriz no campeonato passado.

Embora deva trazer alguma alteração no bólido, cujo lançamento oficial foi adiado para data indeterminada, é muito improvável que a Super Aguri consiga transformar água em vinho. Dará se por feliz, caso garanta de fato a participação no certame, se andar na frente da Force Índia, ex-Spyker.

Pontuar então, como fez no último ano, será praticamente uma vitória para o esquadrão japonês. E uma vergonha para a Honda de fábrica, caso esta repita o fracasso de 2007.
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nº18 - Takuma Sato (Japão)
Local de nascimento: Tóquio, Japão
Data de nascimento: 28/01/1977
Local de residência: Aichi, Japão
Ano de estréia na F-1: 2002
Peso: 60 kg
Altura: 1,63 m
Página oficial: http://www.takumasato.com/
31 anos
86 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
1 Pódio
0 Melhores Voltas
44 Pontos
Estréia em 2002 (GP da Austrália)

Simpatia, velocidade e dedicação são três qualidades encontradas no melhor piloto japonês que a Fórmula 1 já conheceu e que em 2008 se tornará o nipônico com o maior número de GPs disputados na categoria: 104 provas.

Responsável pelos únicos pontos da Aguri no ano passado, Takuma deixará seus torcedores muito satisfeitos se conseguir uma nova exibição como a do GP do Canadá, quando ultrapassou ninguém menos do que Fernando Alonso.

Só falta saber se ele será capaz de fazer milagre com o chassi utilizado pela Honda em 2007. A princípio, uma missão quase impossível. Mas não subestimemos o querido “Sato San”, que há cinco anos surpreendeu a todos ao finalizar a etapa do Japão em quinto com a já decadente equipe Jordan.
Davidson.jpg

nº19 - Anthony Davidson (Inglaterra)
Local de nascimento: Hemel Hempstead, Grã-Bretanha
Data de nascimento: 18/04/1979
Local de residência: Northamptonshire, Inglaterra
Ano de estréia na F-1: 2002
Peso: 55 kg
Altura: 1,60 m
Página oficial: http://www.anthonydavidson.com/
28 anos
20 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
0 Pódios
0 Melhores Voltas
0 Pontos
Estréia em 2002 (GP da Hungria)

Conhecido pelas fortes atuações nos treinos livres dos GPs em 2004 e 2006, quando algumas equipes eram liberadas para andar com três carros nas sextas-feiras, este ex-piloto de testes de BAR e Honda — que estreou em corrida pela Minardi — ficou aquém das expectativas no ano passado, em sua primeira temporada completa na categoria.

Terminou o certame sem nenhum ponto, contra quatro do companheiro Sato. O ritmo constante nas provas, no entanto, pode ser apontado como único ponto positivo do inglês, que se realmente tiver sua permanência confirmada na Super Aguri, terá de mostrar muito serviço para se manter vivo no grid.

TD) James Rossiter (Inglaterra, 24 anos) - A relação deste britânico com os dirigentes japoneses iniciou-se em 2005, ainda na época da BAR. No ano seguinte, foi piloto de testes do time já batizado de Honda e passou 2007 exercendo a função tanto para a escuderia oficial como para a satélite Super Aguri, tendo como prioridade a segunda.

Para este ano, Rossiter, cujo maior trunfo do currículo é o terceiro lugar no campeonato inglês de F-3, obtido em 2004, deve ser escalado para treinar somente pela equipe filial e, talvez, participar de uma ou outra corrida em outras categorias do continente europeu. Na F-1, dificilmente conseguirá uma vaga de titular.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: www.saf1.co.jp/en/
Primeiro GP: 2006 (Bahrein)
GP’s Disputados: 35
Vitórias: 0
Poles: 0
Pontos: 4
Melhores Voltas: 0
Títulos de Pilotos: 0
Títulos de Construtores: 0

Cúpula
Chefe de equipe: Aguri Suzuki
Diretor técnico: Mark Preston
Projetista chefe: Peter McCool
Chefe de aerodinâmica: Ben Wood
Engenheiro de corrida (Sato): Richard Connell
Engenheiro de corrida (Davidson): A ser anunciado

Patrocinadores Principais: Honda, Seiko, Samantha Kingz, Four Leaf, Autobacs e Pioneer.
Grau de Força: Candidata à última fila do grid.

Force Índia: A F-1 que se estabelece no Oriente
Force.jpg

Jordan, Midland, Spyker e, em 2008, Force Índia. Comprada pelo milionário indiano Vijay Mallya, a pior das equipes do último campeonato comprova uma realidade: a categoria máxima do automobilismo está, cada vez mais, ganhando espaço em áreas antes inexploradas, como o Oriente Médio e a Ásia Central.

Mesmo com uma severa injeção monetária, poucas são as chances de que a nova escuderia deixe o pelotão de trás. Não fazer feio a ponto de ficar mais uma vez atrás da Super Aguri já será um avanço alentador.
Force1.jpg

Para as primeiras etapas, o time contará com a evolução do modelo utilizado pela Spyker em 2007. Batizado de VJM01, o bólido traz linhas bastante limpas ao contrário da maioria de seus concorrentes.
Com a predominância do branco e do dourado e prata nas laterais, o carro deve passar por uma série de modificações ao longo do certame.
Sutil.jpg

nº20 - Adrian Sutil (Alemanha)
Local de nascimento: Gräfelfing, Alemanha
Data de nascimento: 11/01/1983
Local de residência: Gräfelfing, Alemanha
Ano de estréia na F-1: 2007
Peso: 75 kg
Altura: 1,83 m
Página oficial: http://www.adriansutil.com/
25 anos
17 GP’s Disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
0 Pódios
0 Melhores Voltas
1 Ponto
Estréia em 2007 (GP da Austrália)

O pianista que decidiu mostrar suas habilidades ao volante ainda tem muito que provar para chegar a um time de ponta. Mas uma coisa é fato: foi o melhor fruto colhido pelas ex-Midland e Spyker.

No ano passado, especialmente na segunda metade da temporada, Sutil causou boas impressões a bordo de um carro ruim. Conquistou o único ponto de sua equipe ao terminar o GP do Japão em oitavo e mostrou muito arrojo.

Será curioso observar seu desempenho ao lado do experiente Fisichella, a quem tem o dever de superar.
Fisico.jpg

nº21 - Giancarlo Fisichella (Itália)
Local de nascimento: Roma, Itália
Data de nascimento: 14/01/1973
Local de residência: Monte Carlo
Ano de estréia na F-1: 1996
Peso: 67 kg
Altura: 1,72 m
Página oficial: http://www.giancarlofisichella.com/
35 anos
194 GP’s Disputados
3 Pole-Positions
3 Vitórias
18 Pódios
2 Melhores Voltas
267 Pontos
Estréia em 1996 (GP da Austrália)

De volta onde tudo começou: em uma equipe pequena. A mesma que o italiano defendeu em sua segunda temporada na F-1, só que não mais chamada de Jordan, mas com vários integrantes com os quais trabalhou há 11 anos.

Muitos acreditam que a carreira do piloto esteja próxima do fim, Fisichella tenta provar exatamente o contrário. Quer repetir neste ano o que fez na Sauber em 2004, um trampolim para uma grande escuderia.

Por mais que ande bem na Force Índia, é quase impossível imaginar que alguém aposte no “Físico” como um líder de grupo e vencedor. Teve uma chance de crescer na Renault em 2007, mas a jogou no lixo com as duas mãos.

TD) Vitantonio Liuzzi (Itália, 26 anos) - Os anos dedicados ao grupo Red Bull não impediram que Liuzzi soubesse, ainda durante a temporada 2007, de sua dispensa do time em função da entrada de Sébastien Bourdais.

Passada a frustração, Liuzzi foi um dos escolhidos pela Force Índia para testar um carro, quando ainda não havia a definição do companheiro de Sutil e do terceiro piloto da nova equipe. Apesar das boas performances de Christian Klien, Liuzzi foi selecionado como “test-driver”.

Na Force Índia, é difícil dizer que o italiano, último campeão da história da F-3000, terá a chance de recuperar a sua carreira, que, possivelmente, rumará em breve para os carros de turismo.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: www.forceindiaf1.com
Estreante
Primeiro GP: 2008 (Austrália)

Cúpula
Chefe de equipe: Colin Kolles
Diretor técnico: Mike Gascoyne
Projetista-chefe: Mark Smith
Chefe de aerodinâmica: Simon Phillips
Diretor de motores: Ferrari
Engenheiro de corrida (Sutil): Jody Egginton
Engenheiro de corrida (Fisichella): Bradley Joyce

Principais Patrocinadores: Kingfisher, Alpinestars, AVG, Medion, Samsung, Royal Challenge, Icici Bank.
Grau de Força: Final do grid.

McLaren-Mercedes: Reconquistando a grandeza perdida

Em 42 anos de história na Fórmula 1, a McLaren nunca havia passado por nada parecido com o que aconteceu na temporada 2007, a mais negra de todos os tempos para a escuderia liderada desde os anos 80 por Ron Dennis.

As denúncias de espionagem do carro da Ferrari, numa parceria entre os engenheiros Nigel Stepney (Ferrari) e Mike Coughlan (McLaren), fizeram com que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) retirasse todos os pontos conseguidos pela equipe britânica durante a temporada.

Some-se a isso a guerra declarada de egos entre Fernando Alonso, o bicampeão, e Lewis Hamilton, a revelação, e aconteceu um imenso desastre: a perda do título de pilotos para Kimi Raikkonen e sua Ferrari na última prova do ano, o GP do Brasil, vencido pelo finlandês e no qual Alonso não pode contar com um motor novo, enquanto Hamilton errou algumas vezes durante o final de semana. Em suma, uma vergonha, perto do inexplicável.

Como se recuperar tão rapidamente e recomeçar de baixo, na luta não apenas pela conquista de vitórias, mas pela retomada da confiança dos outros times, da imprensa, dos torcedores e da própria equipe? Esse será mais um dos inúmeros destaques de 2008 da F-1.

O primeiro passo foi dado ao separar a dupla Alonso/Hamilton, antes que as faíscas se transformassem num grande incêndio. De qualquer forma, ainda há muito a ser provado pelos profissionais de Woking, inclusive quanto ao equipamento dado a Hamilton e seu novo parceiro, o finlandês Heikki Kovalainen, já que o MP4-23 foi na contramão de seu antecessor, e terá mais longo, exatamente ao contrário da Ferrari, a tradicional rival.

nº22 - Lewis Hamilton (Inglaterra)
Local de nascimento: Stevenage, Grã-Bretanha
Data de nascimento: 07/01/1985
Local de residência: Tewin Wood, Grã-Bretanha
Ano de estréia na F-1: 2007
Peso: 64 kg
Altura: 1,74 m
Página oficial: http://www.lewishamilton.com/
23 anos
17 GP’s disputados
6 Pole-Positions
4 Vitórias
12 Pódios
2 Melhores Voltas
109 Pontos
Estréia em 2007 (GP da Austrália)

O "garoto-maravilha" deixou de ser uma promessa e se transformou numa realidade. Teve o título de 2007 nas mãos, mas permitiu que escapasse, muito devido a seus próprios erros dentro da pista, especialmente nos GP's da China e do Brasil.

Mais maduro e com a incumbência de, agora, liderar a equipe dentro da pista, Hamilton sabe que não terá vida fácil. Entretanto, todos já conhecem o imenso potencial do britânico, e não será nenhuma surpresa se Lewis levantar o troféu de campeão mundial em 2008.

Em tempo: Hamilton, durante o ano de 2007, teve o seu contrato estendido pela McLaren até o ano de 2012. O salário? A bagatela de US$ 27 milhões a cada temporada, cerca de 40 vezes a mais do que o garoto ganhou no ano de estréia na categoria (US$ 700 mil).

nº23 - Heikki Kovalainen (Finlândia)
Local de nascimento: Suomussalmi, Finlândia
Data de nascimento: 19/10/1981
Local de residência: Oxford, Inglaterra
Ano de estréia na F-1: 2007
Peso: 63 kg
Altura: 1,70 m
Página oficial: http://www.heikkikovalainen.net/
26 anos
17 GP’s disputados
0 Pole-Positions
0 Vitórias
1 Pódio
0 Melhores Voltas
30 Pontos
Estréia em 2007 (GP da Austrália)

Depois de um péssimo começo de campanha com a Renault na última temporada, Kovalainen se recuperou e terminou o ano “voando”, inclusive marcando o único pódio da escuderia francesa, com o segundo lugar no GP do Japão.
Com a saída de Alonso da McLaren e, depois, a volta do espanhol para a Renault, Kova perdeu espaço no time francês, posto que a pressão interna para a efetivação de Nelsinho Piquet como titular era irreversível. Restou ao finlandês batalhar pela vaga na McLaren contra De La Rosa, numa disputa vencida pelo nórdico.

Ainda é cedo para se dizer se Heikki terá condições de andar próximo ou até mesmo superar Hamilton, e, caso não corresponda, o finlandês sabe que um dos mais cobiçados cockpits da categoria estará ameaçado.

TD) Pedro de La Rosa (Espanha, 36 anos) - A experiência é um fator muito importante quando se escolhe um piloto de testes. Mas Pedro de La Rosa vem sendo a escolha da McLaren há bastante tempo, sem nunca ter mostrado grande velocidade (trata-se do Luca Badoer da McLaren?). Mesmo assim, o espanhol não hesitará em colocar à disposição de Ron Dennis aquilo que tem de melhor: a fidelidade em relação ao time.

TD) Gary Paffett (Inglaterra, 26 anos) - Paffett é o típico caso do piloto que "estourou" cedo, como grande promessa, e não vingou nos monopostos. O campeão de 2002 da F-3 Alemã migrou logo na temporada seguinte para o mundo dos carros de turismo, onde construiu uma carreira sólida. Desde 2006 no time, Paffett quase foi escolhido para ser o parceiro de Alonso em 2007, no lugar de Hamilton. Cá para nós, Ron Dennis escolheu o britânico certo.

Ficha Técnica da Equipe
Site oficial: www.mclaren.com/
Primeiro GP: 1966 (Monaco)
GP’s Disputados: 630
Vitórias: 156
Poles: 133
Pontos: 3.159,5
Melhores Voltas: 134
Títulos de Pilotos: 8
Títulos de Construtores: 11

Cúpula
Chefe de equipe: Ron Dennis
Diretor de Engenharia: Paddy Lowe
Projetista-chefe: Tim Goss
Chefe de aerodinâmica: Simon Lacey
Chefe de Motores: Norbert Haug
Engenheiro de corrida (Hamilton): Phil Prew
Engenheiro de corrida (Kovalainen): Mark Slade

Patrocinadores Principais: Aigo, Diageo, Santander, Vodafone
Grau de Força: Candidata ao título

Fontes: http://www.sgbrasil.blogspot.com/ e http://esportes.terra.com.br/automobilismo/formula12008/interna/0,,OI2193559-EI10882,00.html
 

Daniel Schmerz

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Parabéns!!! É de tópicos assim que eu estava com saudades!

Acredito que a Renault venha para brigar pelo título este ano.
 

glm

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cara bom topico

acretido muito na bmw esse ano , mas o titulo vai ser da ferrari , vamos torçer pelo massa
 

Volk

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Cara, tópico muito bom!! Parabéns.... tudo que eu precisava saber sobre as mudanças pra temporada 2008 tá aí... mas se quiser colocar tmb (nesse ou em outro tópico) as informações relativas à cada circuito, no mesmo naipe dessas informações aí, eu não vou achar ruim não... hehehe
 


neko17

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Bom tópico mesmo! depois dou uma lida...

Vou fazer algo parecido quando o mundial estiver perto de voltar, pois quero fazer um tópico oficial pro campeonato desse ano...
 

SniperT

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Eu concordo e muito com o texto. Título pra mim hj é da Ferrari pq parece ter um bom carro e uma das melhores duplas de pilotos. A McLaren é quem mais deve se aproximar.
BMW e Renault podem fazer alguma sombra em determinadas corridas, mas não acredito em título. Se vencer uma ou outra etapa já acho acima das expectativas.
A Williams pode fazer um bom campeonato principalmente com Rosberg.
Toyota gasta muito, mas resultado que é bom nada. Trulli pra mim está em baixa se for superado por Glock não me surpreenderei.
Red Bull tem um bom carro, mas não confio nos pilotos, Coulthard e Webber. Sou muito mais a Toro-Rosso. Os "Tiões" me parecem uma boa dupla. Principalmente Vettel.
Na Honda qualquer resultado será melhor que o ano passado. Acho tb que Rubinho se aposenta.
Super Aguri lá na rabeira, mas vou torcer p/ um bom campeonato de Sato.
E a Force India deve ser a pior equipe. Só vou ficar de olho em Sutil que pra mim tb vai aposentar Fisichella.
 

SniperT

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Agradeço a todos pelos elogios.:kongpositivo:

neko17;2787013 disse:
Bom tópico mesmo! depois dou uma lida...

Vou fazer algo parecido quando o mundial estiver perto de voltar, pois quero fazer um tópico oficial pro campeonato desse ano...

Até pensei em colocar lá no seu tópico de F1 news, mas depois achei que eram muitas informações p/ acrescentar lá no meio e depois ficaria meio perdido.

Quando vc for criar o tópico se quiser pegar as informações desse ou precisar de alguma ajuda é só falar.
 

neko17

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SniperT;2787033 disse:
Agradeço a todos pelos elogios.:kongpositivo:



Até pensei em colocar lá no seu tópico de F1 news, mas depois achei que eram muitas informações p/ acrescentar lá no meio e depois ficaria meio perdido.

Quando vc for criar o tópico se quiser pegar as informações desse ou precisar de alguma ajuda é só falar.

Blz, com o que tem aqui já vai ajudar e muito!:kongpositivo:
 

Nyerth

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cara otimo topico!
Vamos vê se o takuma sato ganha pelo menos um par-ou-ímpar :kongpositivo:
 

shadow gamer

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Laclos Austen;2787560 disse:
Sim.
Em Augsburg, entre Munique e Stuttgart .
mais me mudei para Brasilia com 5 anos de idade
;D
:uau:uau:uau:uau:uau:uau


E isso que eu falei brincando... ¬¬

Achei que você fosse de Brasília. Porque o Piquetzão ([kgay]) tem alguma coisa em Brasília, não sei (acho que parentes).
 

Nego_Brown___

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Vou torcer mais pelo Piquet do que pro Zacarias, mas acho estranho chamar um cara que nasceu na Alemanha e nunca morou no Brasil, de Brasileiro.

Acho que o Meligeni é mais Brasileiro do que ele, se houvesse algum tipo de escala esportista pra isso.
 

Enzo

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Primeiramente, excelente tópico!!!! :rox


Como todo ano, irei torcer por Rubens Barrichello, espero que a Honda acerte alguma coisa e dê um bom carro pra ele, e pro Button, poderem brigar por vitórias.

Quero ver se a Renault irá conseguir re-erguer, o que mostrará o talento que o Alonso consegue trazer com ele.

Tb espero ver boas conquistas do Kovalainen...aposto nele desde que estreou, e pela pré-temporada, ele tem chances de brigar por vitórias.
 

neko17

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Vettel continua na STR...

E pelo visto se o Rubinho conseguir marcar uns pontos já é muito pelo visto...

PS: O Daniel Schmerz, tu mora na Nova Zelandia mesmo!?
 

Daniel Schmerz

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neko17;2790053 disse:
Vettel continua na STR...

E pelo visto se o Rubinho conseguir marcar uns pontos já é muito pelo visto...

PS: O Daniel Schmerz, tu mora na Nova Zelandia mesmo!?

Passei um tempo por lá mas moro no Brasil.

É que eu gosto muito de lá.
 

pulula

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Daniel Schmerz;2787752 disse:
Meligeni é mais brasileiro que metade do fórum.

Hahahaha, boa!

Enzo;2789555 disse:
Primeiramente, excelente tópico!!!! :rox


Como todo ano, irei torcer por Rubens Barrichello, espero que a Honda acerte alguma coisa e dê um bom carro pra ele, e pro Button, poderem brigar por vitórias.

Quero ver se a Renault irá conseguir re-erguer, o que mostrará o talento que o Alonso consegue trazer com ele.

Tb espero ver boas conquistas do Kovalainen...aposto nele desde que estreou, e pela pré-temporada, ele tem chances de brigar por vitórias.

Concordo com vc.
To torcendo pro Rubens e pela Honda como sempre.

Tão todo mundo botando muita fé na Renault, mas não sei não. De 2006 pra 2007 arrisco dizer que foi a equipe que mais regrediu (ou não progrediu) em relação às outras. Alonso pode ser gênio, mas não faz milagres tbm né.

No mais, como Barrichello não vai conseguir disputar o título, torço pra ele E para o Raikkonen!
 
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