Hellskah
Mil pontos, LOL!
- Mensagens
- 9.430
- Reações
- 20.872
- Pontos
- 1.044
Mesmo com desconto de R$ 57 milhões, Chiquinho Scarpa sofre para vender mansão. O corretor leva R$ 3 milhões de comissão.
O conde Chiquinho Scarpa sai do elevador da mansão em que vive no Jardim América, em São Paulo, com o cachorro, o bichon havanês Pacheco Pafúncio Nicolau Scarpa, e sua namorada, a corretora de imóveis de luxo Luana Risério, e segue em direção a sala principal, onde a alpaca Timothy, de 4 meses, descansa. Impecável em um terno feito sob medida para ele, o socialite cumprimenta a todos da equipe da Quem e faz uma tour por sua residência de 1,5 mil metros quadrados de área construída, com seis dormitórios e doze vagas na garagem, adquirida por sua família em 1948.
"Eu nasci literalmente nesta casa com um parteira. Uma vez foram fazer o meu mapa astral e não conseguiram porque eu não sei a hora em que nasci", conta Chiquinho, que agora em setembro completa 68 anos. "Ainda durmo no mesmo quarto que dormia quando criança", diz ele, que mesmo após a morte dos pais, Patsy e Francisco Scarpa, preferiu não se mudar para o maior quarto da residência. O pai, por sinal, também era conde. Ele recebeu a condecoração em 1948 do Papa Pio XII pelas inúmeras obras de caridade que realizou
"Se eu disesse para a minha mãe, 'quero me mudar para o quarto azul', ela ia me xingar. Meus pais que determinavam onde a gente dormia", explica Chiquinho ao ser questionado pela namorada sobre o motivo de ainda ter o mesmo quarto. A jovem, de 35 anos, vive na mansão e dorme em um quarto separado.
Colocado à venda por 63 milhões de reais há alguns anos, o imóvel já não tem os lustres de cristais e o painel de 9 metros por 13,5, assinado pelo artista uruguaio Carlos Páez Villaró, que ele vendeu anos atrás. Mas a mansão ainda tem tapeçarias do século 18, móveis e objetos de decoração que empolgariam um antiquarista. Tudo mantido por 12 funcionários.
Nos cômodos superiores, Chiquinho tem muitas espadas que remetem ao aikido, arte marcial japonesa da qual é faixa preta. Em uma tela gigante de TV, conectada ao seu computador, ele, que acorda às 10 da manhã, costuma passar das 23h às 2h trabalhando nas empresas do setor imobiliário, de seguros, de transportes e pecuarista que sua família tem.
"Com a facilidade que temos com a tecnologia, faço as reuniões por aqui ou por vídeo conferência. A Luana dorme às 23h e eu aproveito das 23h às 2h para ver todos os meus negócios, ler as atas, balanços e todo serviço do escritório. É a hora em que o telefone não toca e a que sou mais produtivo. Sou presidente de todas as minhas empresas e não deixo passar nada. Não pode ter erros."
Aparelhos de musculação também dividem o espaço de um grandioso banheiro de mármore. É com treinos diários e jejum intermitente que ele mantém o peso atual. Ele acabou emagrecendo depois de ficar dois meses internado no Hospital Sírio-Libanês, a maior parte do tempo em coma induzido, por ter sofrido uma complicação em uma cirurgia para a retirada de seis metros do intestino grosso.
"Há dois anos faço jejum intermitente. Fico 14 horas sem comer. Acordo de manhã, tomo um café preto, com uma colher de óleo de coco e de manteiga ghee e fico sem comer até às nove horas da noite. Então, tomamos os nossos drinques e jantamos", detalha Chiquinho, que toda noite bebe um vinho branco e um tinto com Luana.
"Faço ginástica todos os dias às seis horas da tarde. Sempre tive uma vida regrada. Só fumo charuto ainda, mas já estabeleci que depois de setembro vou parar", promete ele, que chega a fumar cinco unidades por dia.