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Final Fantasy X: análise e estória sob meu ponto de vista

G

Guest

Review sobre Final Fantasy X adaptado para OS

Nome: Final Fantasy X
Publisher: Square
Ano de lançamento: 2001
Sistema: Sony Playstation 2

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Meu comentário: FFX foi um dos jogos mais aguardados para o sistema Playstation 2, especialmente pelas suas características artísticas, que prometiam aproveitar ao máximo os recursos gráficos e técnicos do novo console. Quando saiu no Japão em junho de 2001, deu muito o que falar. Os ocidentais mal esperavam para ter a versão em inglês, e que sairia meses depois. Na Internet, não faltaram a aparecer filminhos das principais cenas de batalha de FFX, as magias excêntricas dos principais monstros, os especiais lançados pela própria Square para os comerciais de televisão. A seguir apresento minhas impressões sobre este maravilhoso rpg. Mas antes vamos aos departamentos gráfico e sonoro, a trama e minhas conclusões gerais a respeito de FFX.

Departamento gráfico: foi o principal atrativo de FFX desde antes de seu lançamento. Pipocaram belíssimas imgens do jogo desde o ano 2000 ( que eu me lembre), mostrando personagens com ricas características físicas e de figurino, como Tidus e Yuna. Tais imagens encantaram mundo afora e renderam uma enorme expectativa em relação a Final Fantasy X. Possivelmente, Final Fantasy X ajudou a alavancar as vendas do console Playstation 2, tamanha sua popularidade. Mesmo com gráficos desatualizados e muitos serrilhados, FFX ainda hoje impressiona em termos gráficos, especialmente na parte artística, um trabalho de primeiríssima qualidade, original e de uma criatividade que só os japoneses conseguem compor. Nota 9.

Departamento sonoro: outro show à parte. Um rpg não é um rpg sem que se tenha uma grande trilha sonora. São dezenas de composições de qualidade, algumas memoráveis, como a canção Suteki Da Ne, a principal trilha sonora do jogo. Nota 9.

O que eu gostei em FFX:
Excelentes gráficos;
Excelente trilha sonora e efeitos de som;
O final é marcante, realmente emocionante;
CGs memoráveis e surpreendentes;
Estória envolvente e elaborada;
O jogo é super colorido e visualmente deslumbrante;
Yuna é uma boneca: linda, inocente e simpaticíssima;
Personagens ricos em características e com notável personalidade;
Lulu é um mulherão, com seios fartos e um belo rosto.


O que eu não gostei em FFX:
A trama poderia ser um pouco menos complexa, para o entendimento do grande público. Ou seja, a mensagem do jogo (moral da estória) é contundente e reflexiva, mas infelizmente restrita a um público intelectualizado de jogadores. Confesso que precisei jogar duas vezes FFX do início ao fim para entender bem a estória.

Minha conclusão geral: FFX é outro rpg em que a Square se superou, e é um jogo obrigatório a todo proprietário de um Playstation 2. Nota 9.

Final Fantasy X: a estória sob meu ponto de vista.
O tema desperta reflexão sobre influência, poder e o preço do questionamento e da liberdade contra os dogmas do sistema dominante.

NOTA: o autor deste tópico considera- se cético, e não acredita em espiritismo, metafísica, ressurreição, mitos e deuses.

Dicionário do tópico:
1- Analogia – relação de semelhança entre coisas que tem alguns traços em comum.
2- Machina – são os aparatos tecnológicos do povo Al- Bhed e dos antigos habitantes de Zanarkand e Bevelle. Metaforicamente, “machina” significa o pecado do homem que ousou seguir seu próprio destino, ignorando a religião de Yu Yevon e tornando- se o seu próprio criador, quebrando o elo de dependência com relação a um Deus. Sem dependência, o homem torna- se independente e consciente de seu poder para mudar o mundo e criar as máquinas para progredir. Yu Yevon então acabou criando Sin para destruir as cidades dos homens, causar pânico, sofrimento e tristeza ao povo de Spira, convencendo- os a desistirem de serem livres, de pensarem por si próprios. Isso criou um enorme sentimento de culpa e medo na população, e fez com que a maioria das pessoas se convertesse de volta à dependência e à adoração de Yu Yevon e sua religião, seguindo seus “bons” ensinamentos e suas regras. Dessa forma, Yu Yevon torna- se um Deus praticamente onipotente e intocável por mil anos, até a chegada de Yuna e seu grupo.
3- Correlação – veja analogia.
4- Gana – vontade, determinação.
A estória de Final Fantasy X, um dos mais famosos jogos estilo RPG para o console Playstation 2, traz à tona momentos de reflexão aos jogadores interessados em conhecer a fundo sua estória. A trama conta a jornada de Yuna e seus protegidos em busca da vitória sobre o mal. Representa, analogamente, a liberdade do ser humano para pensar e questionar por si mesmo, o jogo de influências e interesses de grupos dominantes, a perigosa fantasia da metafísica, o preço da liberdade, a quebra de barreiras e tradições. A ousadia de enfrentar o sistema estabelecido, de remar contra a maré, de pensar diferentemente da maioria.
Jogar Final Fantasy X é apenas a ponta do iceberg. Para todo o jogador de RPG, há algo mais do que apenas equipar seus personagens com as melhores armas e passar horas evoluindo suas habilidades nas batalhas e usando a Sphere Grid*. Ou senão se maravilhar com seus belíssimos gráficos e som, especialmente a dublagem dos personagens principais em real time.
A estória é rica e me trouxe momentos reflexivos a respeito da vida. Final Fantasy X faz o jogador mais profundo raciocinar e repensar alguns conceitos já ultrapassados na sociedade em que vivemos. Talvez por isso este seja um dos jogos da Square mais conhecidos e queridos atualmente pela nova geração.

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A seguir apresento um pequeno esquema que mostra como é essa trama, aos jogadores de primeira viagem aviso que aqui há o conteúdo de todo o jogo. Recomendo a leitura para quem já terminou o jogo e tem algumas dúvidas a serem esclarecidas.
Primeiramente apresento uma analogia (1) com a vida real para que a gente tenha uma referência e compreenda melhor o mundo de Final Fantasy X:

Spira = planeta Terra

Yu Yevon = Deus.

Summoner = exorcista (Yuna).

Aeon = fé (na forma de monstros baseado na mitologia de antigas religiões, como Ifrit e Shiva). Quanto mais Aeons, maior a fé do Summoner para derrotar Sin. O último Aeon representa o estágio máximo de um Summoner, e isso também significa a sua morte em troca da morte de Sin. Para conseguir o Aeon, o Summoner deve se submeter, em uma peregrinação, ao treinamento nas Câmaras de Provação (Cloister Of Trial), dentro dos diversos templos de Spira.

Sin = o grande pecado (Sin em inglês significa pecado. Uma coincidência ou será que o nome foi colocado propositalmente pelos japoneses criadores do jogo?) , mantido por Yu Yevon para criar sofrimento e tristeza ao povo de Spira. Com sofrimento e tristeza, há esperança de renovação e paz novamente, através dos Summoners . Sem sofrimento, ou seja, sem Sin não haveria razão para a existência e adoração de Yu Yevon, as pessoas não precisariam ir aos templos rezar, viveriam por si mesmas, portanto livres da tradição, sem culpa ou medo do pecado (Sin). Yuna, a principal Sumonner do jogo, será a desencadeadora desse processo de rompimento com a milenar tradição de Spira... e por isso será severamente julgada pelo seu povo como traidora e infiel.

Povo Al- Bhed = comunidade dos sem- religião, os livre- pensadores donos do conhecimento tecnológico e científico, que não concordam com os mandamentos de Yu Yevon. Eles representam apenas uma pequena parte da população de Spira. São considerados pecadores, portanto responsáveis por trazer Sin ao mundo de Spira. Por isso são discriminados e taxados de rebeldes pela maioria. São os construtores das machina.

Povo de Spira = comunidade religiosa dominante, crente nos ensinamentos de Yu Yevon. Sua vida é simples e voltada exclusivamente para a religião de seu Deus. É um povo cheio de regras, tradições, rituais e cerimônias, não admitem o uso da machina pois são considerados objetos do pecado e da vontade do homem de ser Deus e independente.

Fayth = espíritos do passado.

Definindo os principais personagens da estória:

Fayth: é aquele garoto que aparece como um espírito no início do jogo, ao lado de Tidus, no sonho de Zanarkand. Ele é um tipo de Aeon capaz de derrotar Sin, com a ajuda de Yuna.

Zanarkand e Bevelle: antigas cidades de Spira, construídas pelos homens. As duas entraram em guerra há mil anos, e o homem usou a machina para mostrar seu poder belicoso. Zanarkand não resistiu à força e foi destruída, deixada em ruínas. Ou poucos sobreviventes que restaram criaram uma reconstrução da moderna e imponente metrópole num grande sonho. Esse sonho é mantido há mil anos num lugar chamado Fayth Cluster, em Gagazet, e Tidus faz parte dele. Portanto, a Zanarkand que aparece logo no início da estória não passa de um sonho, a memória daqueles que um dia viveram lá.

Tidus: O personagem é reencarnado à terra real de Spira. Ele vivia em Zanarkand, dentro de um sonho mantido pela memória dos seus ancestrais, os primeiros Fayths (espíritos ancestrais) de Spira, há cerca de mil anos atrás. Ele foi reencarnado por Auron, seu mentor, para ajudar Yuna a derrotar Sin. O motivo: O seu pai é Jecht. Portanto, Tidus, quando é resgatado pelos Al- Bhed no início do jogo, já está morto. Ele é um tipo de espírito reencarnado, assim como Auron.

Auron: mentor de Tidus, cuidou do garoto até a adolescência, dentro do sonho de Zanarkand. Auron é o responsável por trazer Tidus de volta ao mundo real, isso aparece na primeira CG do jogo. Toda aquela torcida no estádio, o ataque de Sin, era tudo um sonho, que ocorreu mil anos antes e que ficou registrada na memória dos mortos.Os jogadores quase que não suspeitam disso, que fica esclarecido ao longo do jogo. Quando Tidus acorda para a vida real, logo no início da trama, ele estranha o conhecimento de que Zanarkand deixou de existir há mil anos atrás, através dos Al- Bhed, os primeiros habitantes com quem ele entra em contato. O pai de Tidus se chama Jecht. Auron, dez anos antes, foi também guardião do pai de Yuna, chamado Braska.
Em tempo: Auron, assim como Seymour Guado (quando é derrotado por Yuna na sua primeira batalha contra), decide ser reencarnado para lutar ao lado de Yuna. Portanto, desde o começo do jogo, Auron está “morto”. Ele existe, só que não como uma pessoa comum, e sim como um “espírito reencarnado”. Tidus está nas mesmas condições, pois ele faz parte da memória dos antigos habitantes da cidade de Zanarkand. Um pouco complexo, mas perfeitamente compreensível, dentro do contexto do jogo.

Jecht: Pai de Tidus. Tidus sempre o odiou, desde criança, por ser um homem rude e aparentemente mau, prepotente. Jecht era guardião de Braska dez anos antes de Yuna tornar- se Summoner, junto com Auron. Jecht acabou se entregando como sacrifício para derrotar Sin. Acabaram mortos Braska ( se tornou mártir) e Jecht. Jecht tornou - se o novo Sin reencarnado. O pai de Tidus termina corrompido pelo mal de Yu Yevon e tornou- se a nova ameaça, na pele de Sin, à geração seguinte, da qual a filha de Braska, chamada Yuna, faz parte.

Yuna: Summoner, seguidora fiel dos ensinamentos de Yu Yevon, pelo menos até o encontro com Yunalesca, quando ela descobre os falsos ensinamentos de seu deus. Seu pai, chamado Braska, foi o responsável pela derrota de Sin há dez anos atrás. Ela mantém a tradição de trazer a paz de volta à Spira, através da herança do pai e seguindo os ensinamentos “religiosos” de Yu Yevon (O deus de Spira). O ensinamento diz que Sin é uma força maligna que traz sofrimento e punição aos habitantes de Spira, porque eles são pecadores. Para derrotar Sin, existem os Summoners, que são uma espécie de exorcistas, preparados para encarnar os Aeons. Os Summoners significam, para a tradição do povo de Spira e que são muito crentes nos ensinamentos religiosos de Yu Yevon, a esperança de paz. E Sin é o grande “pecado”, o mal a ser combatido.

Braska: pai de Yuna, realizou a peregrinação dez anos antes para derrotar Sin, o que lhe custou a vida. Na sua peregrinação estavam também Jecht (que se tornou Sin) e Auron.

Lulu: ela é uma guardiã, protetora de Yuna, assim como Wakka e Kihmari. Os guardiães são muito crentes nos ensinamentos de Yu Yevon, seguem a tradição e as regras religiosas à risca e protegem Yuna com a sua própria vida.

Ronso: Povo metade humano, metade animal. Vivem ns montanhas de Gagazet. Seu representante mais fraco é exatamente o mais leal dos guardiões de Yuna, chamado Kihmari. Ele sofre preconceito pelos guerreiros de seu próprio povo por ter perdido metade de seu chifre numa antiga luta. Os Ronso não trazem muito significado à estória de Final Fantasy, a não ser pela sua exótica aparência.

Wakka: fiel guardião de Yuna, fervoroso adepto de Yu Yevon, jogador do pior time de Blitzball (tipo de pólo aquático) em Spira. Ele acredita piamente que Sin surgiu a partir do momento em que o Homem de Spira tomou conhecimento de seu poder para progredir e evoluir sozinho através do método tecnológico e científico, criando as máquinas. Isso ocorreu em Zanarkand há mil anos atrás, trazendo tristeza, sofrimento e morte aos habitantes daquela grandiosa cidade por causa do ataque de Sin. Por isso as máquinas são discriminadas pelos seguidores de Yu Yevon, na época atual, pois representam o pecado do homem que comeu o “fruto da árvore do conhecimento”... qualquer semelhança com a Bíblia não é mera coincidência. Os Al- Bheds são a conseqüência direta deste preconceito pela qual sofrem, pois eles herdaram esse conhecimento sobre a machina (2) e ignoram a “religião” de Yu Yevon.

Aeons: são basicamente “monstros do bem”, encarnados por um Sumonner, para derrotar Sin. Num sentido mais claro, Aeon significa a fé do Summoner para derrotar o grande pecado. Segundo a tradição de Yu Yevon ( deus de Spira), um Summoner (exorcista) deve encarnar todos os Aeons para conseguir derrotar Sin, o último Aeon traz o sacrifício da vida do próprio Summoner (no caso, é a Yuna). Só que com o desenrolar do jogo, vemos que as coisas não são bem assim, pois Yuna se rebela contra os ensinamentos de Yu Yevon – e paga um alto preço pela sua ousadia em quebrar a tradição.

Yunalesca: ela foi o primeiro Summonner que derrotou Sin, há mil anos atrás. Ela vivia em Zanarkand. Tidus viveu nessa mesma época. Sacrificou a vida do seu próprio marido, chamado Zaon, para que ele se tornasse Sin e mantivesse o circulo sem fim do mal, atormentando Spira de tempos em tempos.

Al Bhed: denominação do povo descrente de Spira. Os Al- Bheds são discriminados pelos seguidores de Yu Yevon por não concordarem com a crença dominante, sendo dessa forma acusados de pecadores e principais responsáveis pela volta de Sin. Por isso são marginalizados e vistos como rebeldes. São muito inteligentes e adeptos do conhecimento tecnológico de Spira, construtores das chamadas Machina (2), os modernosos aparelhos que aparecem em Final Fantasy X.

Rikku: uma guerreira que é o próprio retrato dos Al- Bhed: malandra, viva, rápida e muito inteligente, é capaz de desmontar robôs com extrema facilidade. Ela é discriminada por Wakka, fervoroso adepto dos ensinamentos de Yu Yevon, por algum tempo. Seu pai chama- se Cid e é dono da exótica e belíssima nave de transporte dos Al- Bhed.

Maester Seymour Guado: Outro Summoner. É um tipo de “cardeal” poderoso, das terras de Macalania, ao norte de Spira, crente em Yu Yevon, assim como Yuna. No início, ele mostra- se favorável em derrotar Sin com a ajuda dos Al- Bheds, na Operação Mi’ihen em Mushroom Rock. Ele acredita na integração entre máquinas e a fé para derrotar o mal. Mas o resultado dessa batalha é desastroso, fortalecendo a crença em Yu Yevon. Mais adiante ele oferece uma proposta de casamento para Yuna ,uma forma de derrotar Sin, assim como ocorreu com Yunalesca e Zaon há mil anos atrás, em Zanarkand.

Crusaders: soldados aliados a Seymour Guado. A participação mais ativa dos crusaders no jogo ocorre na fatídica batalha contra Sin em Mushroom Rock, onde a maioria do exército é dizimada, junto com os Al- Bheds e suas máquinas de guerra (Operação Mi’ihen).

Sin: primariamente é um monstro que volta sempre a acabar com a paz do povo de Spira, de tempos em tempos. Para derrotá- lo, é necessário um High Summoner (exorcista) altamente treinado em diversos templos para encarnar os Aeons (monstros aliados). Esse treinamento, que consiste na visita do Summoner nos templos espalhados por Spira para trazer os poderosos Aeons de volta à ativa, chama- se peregrinação ( pilgrimage), que ocorre ao longo de todo o jogo. Sin é a barreira que protege Yu Yevon e o ajuda a mantê- lo no poder como um deus.

Yu Yevon: Um antigo Summoner que tornou- se inigualável em relação aos seus companheiros, sendo considerado um Deus. Ele não é bom, nem ruim. Ele está acordado e ao mesmo tempo dormindo. Ele continua como um deus onipotente porque ele possui Sin, que o protege como um escudo. Graças a Sin, e à tradição dos seus ensinamentos que nunca é quebrada – pois isso representa pecado para o povo de Spira, crente em seus ensinamentos - Yu Yevon pode continuar com o seu legado intocável. Yu Yevon vive dentro de Sin. Mas ninguém sabe disso.

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Dúvidas mais freqüentes com relação à estória de Final Fantasy X:

Auron e Tidus não estavam vivos durante o jogo? Como explicar isso?

Aos jogadores que conseguiram terminar o jogo, há uma dúvida comum sobre Tidus e Auron... eles morreram? A resposta é que eles já estavam mortos desde o início do jogo.
Tidus, como se sabe, viveu em Zanarkand mil anos antes de Yuna nascer. Ele morreu normalmente mas a sua memória, junto com a dos habitantes de metrópole, permaneceu em um lugar sagrado, nas colinas do Monte Gagazet. Acontece que Sin voltara a atormentar a vida do povo de Spira novamente, na geração na qual Yuna, Kihmari, Wakka e Lulu fazem parte. Tidus foi retirado desse lugar sagrado porque Jecht, seu pai, tornara- se Sin. Mas como isso ocorre, sendo que Jecht era pai de Tidus? Jecht saiu desse lugar sagrado onde ele vivia como parte da memória de Zanarkand, e encarnou- se para tentar derrotar Sin, aliando- se a Braska e Auron. Aconteceu o mesmo com Tidus. Ele encarnou- se para o mundo dos vivos e aliou- se a Yuna para derrotar Sin. Ele conseguiu isso com a ajuda de Auron, seu amigo e mentor no mundo de Zanarkand.
A partir de determinado momento, sabemos que Zanarkand, no mundo dos vivos, tivera sofrido um assombroso ataque de Sin há mil anos atrás. Tidus volta ao mundo dos vivos mil anos depois do ocorrido, mas ele não sabe disso por boa parte da estória.
Mas e quanto a Auron? Auron nasceu quase mil anos depois do ataque de Sin a Zanarkand. Aliou- se como guardião junto com Braska e Jecht para derrotar Sin. Mas não conseguiu evitar a morte dos companheiros e quebrar o círculo do mal que Sin representava. No final, ele acabou morrendo quando voltava à sua terra natal. O espírito de Auron foi parar em Zanarkand, naquele lugar sagrado para encontrar Tidus e ensiná- lo a ser um guardião como ele. Mas como Auron foi parar no mundo dos mortos de Zanarkand, justo para encontrar Tidus? A resposta é a promessa que Jecht confiou a Auron, de que faria de tudo para encontrar o seu filho Tidus. Jecht pediu ao amigo para cuidar de seu filho no mundo dos mortos de Zanarkand.
E quanto a Seymour? Seymour era um Summoner com grande poder, graças à aquisição do Aeon Anima. Ele pertence à mesma geração de Yuna e seus amigos. Portanto, quando Yuna vai conhecê – lo e enfrentá- lo na primeira de suas três lutas, ele está vivo. Nas duas lutas seguintes, Seymour já aparece como um espírito encarnado, assim como Tidus e Auron, com mais sede de poder do que nunca.
Devemos concluir que os mortos, no mundo de Final Fantasy X, podem ser reencarnados ao mundo real, desde que não sejam enviados ao Farplane, com a ajuda da “dança do envio” de Yuna.

O que é a “dança do envio” e o que é Farplane?

A dança do envio (sending) é aquela executada por Yuna para mandar o espírito dos que morreram a um lugar chamado Farplane. Me parece que a dança de envio de Yuna só é aprendida a través dos ensinamentos aprendidos exclusivamente aos Summoners. Lembra- se do episódio em que Sin lança um poderoso ataque à Ilha de Kilika, matando boa parte dos habitantes? Yuna chega e faz aquela coreografia andando sobre as águas e realizando aquela belíssima dança para que os espíritos sigam seu caminho para o Farplane, localizado em Guado Salam. Sem essa “dança de envio”, os espíritos, na terra dos vivos, tornam- se fiends (monstros).
O Farplane, portanto é um lugar onde os espíritos dos mortos são enviados com a ajuda de Yuna, segundo a estória de Final Fantasy X.

“Mas como Sin volta à vida de tempos de tempos, se na última vez ele foi derrotado”?

De acordo com a crença dos seguidores de Yu Yevon (a maior parte do povo de Spira): Sin representa a acumulação do pecado do povo de Spira, que sempre renasce. Mas o jogador mais atento vai perceber ao longo de jogo que isso não é verdade, isso é uma lenda mantida pela tradição dos ensinamentos religiosos de Yu Yevon e seus seguidores sobre o povo, por puro interesse do próprio Yu Yevon e desejo de “manter a tradição”, perpetuado pelos monges com a religião. Dessa maneira, Yu Yevon permanece como um deus intocável, mantendo total controle sob o destino da população.

Por que Yuna se rebela contra os ensinamentos de Yu Yevon, o seu próprio deus?

Para que Sin renasça novamente, é oferecido o sacrifício de um dos guardiães para que este se torne Sin. O último Aeon, portanto, é a vida do próprio guardião ou guardiã, aquele que tem a ligação mais íntima com o Summoner. O jogador, além dos personagens dentro da estória, não se dão conta disso até o encontro de Yuna com Yunalesca, a primeira Summoner de Spira, no último templo nas ruínas de Zanarkand. Yunalesca seria o “último aeon” que Yuna deveria evocar, mas não é isso o que ocorre. As duas acabam de enfrentando porque Yuna viu que teria de sacrificar um de seus amigos para poder derrotar Sin e manter Yunalesca intocada para perpretar os ensinamentos de Yu Yevon pela eternidade. Nenhum Summoner, no ato da peregrinação, sabe deste fatídico fato, de que terá de sacrificar a si próprio e ao seu mais leal guardião para que ele se torne Sin e volte a atormentar Spira no futuro. Yuna ousou pensar por si própria – isso vai contra os ensinamentos de Yu Yevon, por motivos óbvios - e decidiu quebrar a milenar tradição e ser livre para seguir sua vida sem se sacrificar. Percebeu que a “religião” de Yu Yevon é falsa e mentirosa, pois o sacrifício do guardião mantém Sin vivo eternamente. Sin sempre volta porque nenhum Summoner ousou quebrar a tradição, preferiu ter fé naquilo que acreditou a vida toda do que pensar livremente, usar o raciocínio, mudar seus conceitos. Todos os Summoners seguiram a religião de Yu Yevon, o mesmo caminho reto, não ousaram “sair da linha”, foram todos iguais... Interessante notar que essa tradição religiosa em Yu Yevon dura mil anos!
Veja o que ocorreu da última vez que Sin foi derrotado, há dez anos. Braska era o Summoner. Os guardiães eram Auron e Jecht. Auron tinha um ideal de mudar o mundo (como todo jovem idealista), mas mesmo assim não conseguiu impedir que seus amigos morressem. Foi apenas “mais um” que acabou seguindo a tradição, pois não teve a coragem suficiente para mudar as coisas. Ele viu que o resultado era injusto e que Sin voltaria novamente, pois Jecht virou Sin, e Sin voltaria no futuro, mantendo o círculo sem fim. O resultado foi que Braska e Jecht foram sacrificados. Yu Yevon manteve- se intacto, no seu lugar – e adorado pelo povo de Spira, sem que este povo percebera que era Yu Yevon, o seu próprio deus, era que mantinha Sin vivo, e não o pecado do povo de Spira, como mandavam os ensinamentos religiosos! Os Al Bheds estavam levando a culpa de trazerem Sin, pois eles eram considerados pecadores... vejam que situação manipuladora causada por Yu Yevon!

Por que as pessoas não ousam quebrar a tradição imposta pela religião de Yu Yevon?

Sin renasce graças a Yu Yevon (o próprio deus de Spira, admirado por esse mesmo povo!). Como? Yu Yevon não pode existir sem Sin. Por que se Sin (pecado) não existisse, não haveria razão para Yu Yevon (Deus) receber a adoração dos crédulos de seus ensinamentos. Não faria nenhum sentido a crença em Yu Yevon, então o povo de Spira seria livre. Mas o preço da liberdade é a falta de esperança para esse povo. Pois Sin representa a ameaça. Sem Sin, não haveria esperança, apenas a paz duradoura. Yu Yevon acredita que o povo de Spira não deve ser livre, deve ser submetida a seus ensinamentos para mantê- lo no poder. Isso dura mil anos porque nenhum Summoner, na busca do conhecimento e peregrinação para derrotar Sin, ousou quebrar as regras da sua religião. Por que? Por medo de ser chamado de traidor, pecador, blasfemo. Ser considerado diferente da maioria. Isso implicaria em pensar por si próprio, o que vai contra os ensinamentos da religião de seu deus – muito conveniente, não? Dessa maneira a ignorância continua perpetuada...
Os Summoners representam a esperança do povo de Spira, por isso são adorados como grandes espíritos que arduamente se prepararam para derrotar o grande mal. Yuna, sabendo da verdade, decide quebrar essa maldita tradição manipuladora de Yu Yevon, e é considerada blasfemadora e traidora pelo seu próprio povo. Foi muito corajosa ao tomar tal decisão. É o preço que tem de pagar por seguir um caminho diferente, mas esse é o caminho que devem seguir os grandes mestres.

Por que criou- se esse círculo sem fim de Sin sempre voltando de tempos em tempos para atormentar o povo de Spira?
Para que as pessoas mantenham a esperança diante da dor e sofrimento (metaforicamente representado por Sin), segundo a própria Yunalesca, no diálogo que ela tem com Yuna e seus protetores. Foi Yu Yevon quem o criou, e sempre manterá Sin vivo, com o sacrifício dos guardiões, tudo para manter uma tradição sem nenhum fundamento e atender seus próprios interesses para manter- se como um Deus adorado... Yuna, ao descobrir a fraude, diz a Yunalesca que não cederá mais à tradição, rebelando- se assim com os falsos ensinamentos de Yu Yevon. É como se um padre ou pastor, vendo o quanto a Igreja cristã denigre e falseia informações a respeito da Bíblia e seus ensinamentos para manter tradição e interesse político e financeiro aos seus mais ilustres integrantes (o Papa e os Bispos), decidisse renunciar a batina para ser livre e cuidar de sua vida, ameaçando a “ordem imposta por Deus” e seus seguidores. Seria discriminado e considerado um infiel e pecador pela Igreja. O mesmo acontece com Yuna em Final Fantasy. Ela decide não mais derrotar Sin pelo método ensinado a vida toda no Templo onde tornou – se Summoner. Ela abdica de ser seguidora da falsa tradição sem fim porque ela percebeu que seu deus era manipulador e responsável por trazer Sin eternamente. Ela então passa a ser conhecida como uma traidora. O veredito para ela, dado por Yunalesca e pelos monges dos templos em Spira, é a morte por ser infiel.
Isso me traz a lembrança de um período negro da história humana chamada Idade das Trevas, ou Idade Média. Naquela época, a Igreja era a mais poderosa das instituições. A falta de informação e o poder regido pelo clero e os Papas, com todas suas superstições e colocando Deus como o centro da vida das pessoas, mantinham as pessoas na completa ignorância. Quase ninguém ousava criticar ou negar a Deus e os absurdos escritos na Bíblia, de que a Terra era achatada. E também que o planeta era o centro do Universo e que o Sol girava ao seu redor... Galileu Galilei, por volta do ano 1560, através do estudo científico, percebeu o erro escrito na Bíblia, que era então considerada a “palavra de Deus única e verdadeira”. Afirmou uma verdade. Foi perseguido e quase foi para a fogueira pela Santa Inquisição, por ter “blasfemado” diante da “palavra de Deus” e ter contrariado os ensinamentos “irretocáveis” e “verdadeiros” escritos na Bíblia.

Conclusão.
Dá no que pensar , não? Perceberam que a estória de Final Fantasy possui alguma correlação (3) com a vida real, na qual estamos vivendo? A estória do jogo é contada para mostrar o jogo de interesses e a manipulação de grupos dominantes de nossa sociedade, a ousadia de mentes brilhantes que desejam pensar diferente da maioria, a luta contra um sistema pré- determinado por grupos para manter seus próprios interesses. Final Fantasy X possui um tipo de enredo que contesta o sistema vigente e traz alguns pensamentos filosóficos que fazem a gente pensar sobre a vida que vivemos. Poucos jogadores se dão conta disso especialmente pela barreira do idioma, que está em inglês. Mas a estória é bem óbvia. Final Fantasy X é recomendado ao público mais jovem, que ainda vive uma época de inocência e contestações frente a uma sociedade que impõe regras a todo momento. E são esses jovens, que estão começando a vida adulta, que tem maiores condições para isso e possuem um ideal para mudar as coisas como elas são. Pois as pessoas mais maduras já não tem a mesma gana (4) e se acomodaram diante das regras impostas pelo sistema.
Quem mais diretamente seria o “alvo” da trama contada em Final Fantasy X? Em Final Fantasy X poderíamos fazer a analogia – proposta pelo modo como coloquei neste tópico – com relação à religião dominante na sociedade. Vejam que em FFX os templos são obviamente inspirados no estilo oriental, com aqueles círculos ornamentados que lembram uma mandala. Isso é claramente uma analogia com a imagem das religiões orientais, como o budismo e o taoísmo, por exemplo. Isso é bastante natural, tratando –se de que o jogo foi produzido no Japão. A população japonesa é religiosa e de maioria xintoísta e budista. Outras características são os ideogramas - muito parecidos com os ideogramas chineses - que aparecem dentro das “câmaras de provação” dos templos. Outro traço marcante revela a excessiva necessidade de ser formal nos cumprimentos e agradecimentos durante a estória. É um ritual que indica submissão a uma regra imposta pela religião. O deus de Spira, em Final Fantasy X, é o ser supremo, objeto de adoração. Lembra- se como é feito esse cumprimento? Faz- se o sinal de um círculo com as mãos na altura da cintura e curva- se para frente. Isso é mostrado exaustivamente em FFX, mostrando como seus habitantes eram condizentes com regras pré- determinadas por algo “superior”.
Isso é um sinal claro de comodismo e submissão, mostrando que os habitantes de Spira vivem numa hierarquia religiosa, se sentem inferiores e impotentes para mudar seus conceitos e opiniões. Suas vidas giram em torno de seu Deus e são para a manutenção eterna da crença em um ser superior – Yu Yevon – à qual não são admitidos questionamentos, pois isso é contra os ensinamentos do próprio...
Qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência. Serve como uma grande lição para refletir. Esta é minha conclusão a respeito deste jogo para o Playstation 2. Grato pela atenção.

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Frases de Final Fantasy X para refletir:

“Vocês quebraram uma tradição de mil anos!” (Frase do velho religioso Maester Mika, condenando severamente Yuna e seu grupo após derrotarem Yunalesca e se rebelarem contra o sistema de Yu Yevon, no templo em Bevelle).

“Todos temos uma lição a tirar com o que ocorreu aos Crusaders . A verdadeira fé é o caminho para derrotar Sin...”. (Shelinda, uma aprendiz de Summoner, refere- se à Operação Mi’hen em Mushroom Rock onde quase todos foram massacrados por Sin, junto com os Al- Bheds e suas machina, condenados pelos seguidores de Yu Yevon).

“Onde há vontade, há um caminho” (Tidus antes de embarcar em Moon Flow para encontrar- se com Rikku)

“Quando o homem tem poder, ele procura crescer cada vez mais... e eles foram longe demais! Esse é o castigo merecido.” (Wakka mostrando a Tidus uma cidade inteiramente submersa num grande rio, durante a travessia em Moon Flow, criada pelos antigos homens sobre uma enorme ponte, que entrou em colapso).

“As máquinas não são ruins... são os seus usuários que a construíram” (Lulu diz para Tidus na travessia de Moon Flow, sobre a Operação Mi’ihen e o espírito belicista dos homens).

“Todos esses ensinamentos, aprendidos durante todo esse tempo... para que perdemos tanto tempo com isso!?” (Yuna comenta, desiludida com sua crença após a vitória sobre Yunalesca e conhecendo a verdadeira face de Yu Yevon e o sentido de sua religião).

“Este é o seu mundo agora!” (frase do grande Auron, momentos antes de voltar ao mundo dos mortos, após ter cumprido com sucesso sua missão de derotar Sin e entregar o mundo livre do mal de Yu Yevon).

Divido a seguir os principais personagens do jogo de acordo com suas crenças:

Crentes em Yu Yevon.

Wakka – crente fervoroso.
Yuna – crente normal, ela tenta entender os dois lados. Muda de opinião quando conhece Seymour Guado (na sua segunda forma), Yunalesca e a falsa tradição mantida por Yu Yevon. Por isso é condenada como blasfemadora e traidora, sendo perseguida pelo seu próprio povo e os monges dos templos de Spira.
Lulu – crente normal, bem informada a respeito dos ensinamentos de Yu Yevon.
Kihmari – crente normal, talvez neutro. Embora eu não me lembre dele falando algo sobre Yu Yevon.

Neutros.
Tidus – neutro e, de certa forma, inocente em relação aos ensinamentos de Yu Yevon. Ele chega a questionar alguns dos ensinamentos de Yu Yevon, especialmente após conhecer Seymour Guado.

Auron – neutro e cético em boa parte do jogo. Ele revela perto de última parte do jogo sua posição contra Yu Yevon, pois não conseguiu evitar a morte, há dez anos atrás, de seus amigos Braska e Jecht, que resolveram seguir os mandamentos de Yu Yevon, através de Yunalesca. Esse é o motivo que o levou a juntar- se com Yuna novamente, ele quis uma segunda chance para mudar o sistema vigente – e, felizmente, conseguiu.

Descrentes com relação aos ensinamentos de Yu Yevon.
Rikku - descrente, discriminada por Wakka quando ele sabe de sua origem Al- Bhed.

Fim do tópico sobre o tema Final Fantasy X.
>>>>>>
* Sphere Grid é o nome do sistema de evolução das habilidades dos personagens dentro do jogo, através da acumulação de diferentes tipos de esferas obtidas durante as batalhas. Quanto mais esferas o jogador angaria, maiores as chances de crescimento e de acumulação de poder aos seus personagens.

Estou aberto a discussões. Sugestões e críticas são muito bem vindas. Aguardo a resposta de todos. Obrigado pela paciência e até mais.
 
G

Guest

Eu já tinha lido uma analogia bem parecida com essa em algum lugar... foi você quem escreveu?
De fato, concordo com grande parte dela. FFX é um dos poucos jogos dessa geração que conseguem ter um enredo simples de entender (muito mais que qualquer outro FF), mas ao mesmo tempo ser profundo o suficiente para nos questionarmos sobre Deus, vida, fé, etc.
Intrigante, complexo e... simples.
Seu review descreveu muito bem a trama, concordo em grande parte com ele.

MAS...

Merecia nota 10.
Melhor jogo da geração.
 
G

Guest

Esse texto eu já havia postado no fórum Playstation no final do ano passado (fórum antigo). O meu nick era Etchegoyen Ryo. Lembro que o pessoal tinha adorado esse review, queriam colocá- lo como "tópico do ano", etc.


É, realmente Final Fantasy merece nota 10, acima de tudo pela sua originalidade em diversos aspectos. :smile . Nem sei por que às vezes sou tão exigente...


Valeu pela força! :D
 
G

Guest

veterano1976 disse:
Esse texto eu já havia postado no fórum Playstation no final do ano passado (fórum antigo). O meu nick era Etchegoyen Ryo. Lembro que o pessoal tinha adorado esse review, queriam colocá- lo como "tópico do ano", etc.


É, realmente Final Fantasy merece nota 10, acima de tudo pela sua originalidade em diversos aspectos. :smile . Nem sei por que às vezes sou tão exigente...


Valeu pela força! :D
Caramba, foi você quem fez?
Parabéns cara, muito bom.
Se tiver eleição dos "melhores e piores" nesse fim de ano, voto no seu tópico. Claro que o jogo ajudou, se tudo isso fosse sobre Halo eu acharia uma porcaria hehe. :D
 
G

Guest

COncordo em QUASE tudo.... tirando o fato que Yu Yevon não poderia nunca ser Deus (com "D" maísculo") e sim deus (com "d" minúsculo) que representa uma falsa religião que não cultua o Deus vivo, Senhor dos Senhores, Pai do Grande Yeshua Ha Mashiach (Jesus Cristo) =)
 


G

Guest

belo tópico, com algumas conclusões e analogias muito interessantes...
porém vale citar uma coisa.... Yevon é o deus de Spira... Yu-Yevon é um "summoner" não o deus.... eles não são exatamente a mesma pessoa....

e acho que tem um buraco muito grande na história do FFX....
por que diabos Jecht foi para Spira? simplesmente o Sin apareceu e o levou?! bah.... não tem uma explicação decente no jogo pra ele ter ido parar la....
 
G

Guest

Jogão...foi um dos melhores rpgs que já joguei..toda a mística envolvendo os Yevons, fé, amor e espiritualidade é fodona.
Parabéns pelo tópico. :D
 
G

Guest

GRNADE TOPICO SEM DUVIDA O FFX PRA MIM FOI UM DOS MELHORES "JOGOS"(PRA mim n e so um jogo) LANCAdos na historia do video-game e pc nada se compara nenhum jogo vai um dia reunir coizas tao importantes e q pra mim hoje AURON E COMO SE ELE FOSSE MEU MESTRE E MEUS AMIGOS TAMBEM CONCORDAM Q ELE PODE SER CHAMADO DE GRANDE AURON OU MESTRE AURON



MINHA NOTA E 10++++++++ NUCA VOU DAR UMA NOTA MAIOR Q ESTA PARA QUALQUER JOGO Q EXISTA
 
G

Guest

vou dar isso ate pra minha mae ler quem sabe ela para de me enxer que eu passo tardes jogando FFX
 

maverick_hunter

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eu senti tédio...um imenso tédio jogando FFX, a história é ótima e tals, mas a jogabilidade é totalmente linear e pra que fazer um RPG se é pra ser linear? além do mais, mais se assiste a CGs no jogo que se joga propriamente em si...
Curti muito mais o FFXII.
(agora venha a revolta dos fãs ao meu comentário hauahuaha)
 

Thiago1251

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Comecei a jogar esse jogo a umas 2 semanas atrás, to em 18hrs ainda, to achando da hora o game, muito bom.
 

Alexandre Cube

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`BizZy`;2528850 disse:
Comecei a jogar esse jogo a umas 2 semanas atrás, to em 18hrs ainda, to achando da hora o game, muito bom.

Já chegou no Seymour? Derrotou o anima? Eu tô lá mas não consigo passar do seymour, o anima eu mato ele diboa.


Abraços
 

Thiago1251

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Alexandre Cube;2529773 disse:
Já chegou no Seymour? Derrotou o anima? Eu tô lá mas não consigo passar do seymour, o anima eu mato ele diboa.


Abraços

Aham, consegui matar ele, ele é bem chatinho mesmo, matei depois de umas 5 tentativas.
 

Subaru Sakurazuka

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Jogo maravilhoso, sem mais.

Spira é o Brasil: o mundo acabando mas todo mundo para pra ver futebol ahuahuauh =D
 

B - Mark

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Subaru Sakurazuka;2531141 disse:
Jogo maravilhoso, sem mais.

Spira é o Brasil: o mundo acabando mas todo mundo para pra ver futebol ahuahuauh =D

Comprei este jogo no mês passado mas ainda não tenho o PS2 ( Investimento a longo prazo ).

Mas vi alguns vídeos no Youtube e notei que o Blitzball lembra o futebol.

Bela comparação Subaru envolvendo o Brasil e Spira.
 

Subaru Sakurazuka

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B - Mark;2531207 disse:
Comprei este jogo no mês passado mas ainda não tenho o PS2 ( Investimento a longo prazo ).

Mas vi alguns vídeos no Youtube e notei que o Blitzball lembra o futebol.

Bela comparação Subaru envolvendo o Brasil e Spira.

Na verdade a comparação de Spira é valida com quase toda civilização: adoração cega pela igreja, pão e circo... ehhehehe

Outra coisa que da pra se notar no jogo é que a igreja de Spira PROMOVE o preconceito, coisa que se repete no nosso mundo tb.

mas deus nao ama todos?

Enfim, essa discussao é pra outra hora.
 

B - Mark

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Subaru Sakurazuka;2531323 disse:
Na verdade a comparação de Spira é valida com quase toda civilização: adoração cega pela igreja, pão e circo... ehhehehe

Outra coisa que da pra se notar no jogo é que a igreja de Spira PROMOVE o preconceito, coisa que se repete no nosso mundo tb.

mas deus nao ama todos?

Enfim, essa discussao é pra outra hora.

Achei interessante isso que vc disse Subaru.

Me lembrei que o FF X também rola preconceito com a Rikku porque ela é de uma outra etnia.
 

Alexandre Cube

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`BizZy`;2530583 disse:
Aham, consegui matar ele, ele é bem chatinho mesmo, matei depois de umas 5 tentativas.

Poxa, me dê algumas dicas aê....
Como c desvia daquelas magias do Seymour, ele me da uma e meu personagem morre:-( .

Help Please.


Abraços
 

Thiago1251

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Alexandre Cube;2531827 disse:
Poxa, me dê algumas dicas aê....
Como c desvia daquelas magias do Seymour, ele me da uma e meu personagem morre:-( .

Help Please.


Abraços

Ele largava aquelas mais meus personagens ainda ficavam com life amarelo, usava os que tinham mais, deixava a Yuna para fica curando, Tidus com aquela espada que vira pedra tirava uns 1000 e pouco e o Auron, ai as vezes trocava pra Lulu larga umas magias.
 

hattori

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Putz, este tópico é bem da época em que joguei FFX pela primeira vez! Droga, já tava com vontade de jogá-lo de novo, agora, lendo este texto, acho que não tem jeito... lá se vão mais algumas horas de minha vida...



















Mas eu gostcho! :D FFX:rox :konglove:
 

Alexandre Cube

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`BizZy`;2531899 disse:
Ele largava aquelas mais meus personagens ainda ficavam com life amarelo, usava os que tinham mais, deixava a Yuna para fica curando, Tidus com aquela espada que vira pedra tirava uns 1000 e pouco e o Auron, ai as vezes trocava pra Lulu larga umas magias.

O foda que meus personagens sempre caem assim que ele lança uma magia, e não é apenas uma e sim duas, ai vai dois personagens e em vez de eu atacar ele eu tenho que ficar ressucitando.....e ele vai bem na Yuna comigo...FDP mesmo...


Abraços
 

Nightwolf360

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Eu acho esse jogo com uma jogabilidade simples mas também com uma história meio que envolvente, pra mim é um jogaço do play2.
 

Thiago1251

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Alexandre Cube;2535072 disse:
O foda que meus personagens sempre caem assim que ele lança uma magia, e não é apenas uma e sim duas, ai vai dois personagens e em vez de eu atacar ele eu tenho que ficar ressucitando.....e ele vai bem na Yuna comigo...FDP mesmo...


Abraços

Não sei se na saída do templo tem ou não lugar para ficar treinando, mais acho que tem, qualquer coisa volta um pouquinho para dar uns ups nos personagens ai fica mais tranquilo.
 

Dalcy Junior

Larva
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Fala galera.
Teve um bobão que contestou o fato de eu ter covado o tópico, mas todo fórum tem esse tipo de bobão. O fato é que a galera se amarru e tá comentando de montão.
Eu cavei o tópico pra descobrir quem era a mente brilhante por trás do review e descobri que o nick da fera é veterano1976.
O cara é bom mesmo e conseguiu fazer uma análise como nunca vi na minha vida. Vou tentar entrar em contato com o mesmo.
 

The Overtaker

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Cara, parabéns pelo texto.
Se tivesse mais gente no fórum disposto a escrever coisas desse tipo, com essa profundidade e dedicação, a gente poderia fazer uma revista ou site de games bem diferenciado.
 

Thiago1251

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Ptz, cheguei no Spectral Keeper mais ta foda de matar esse chefe, alguém tem alguma dica? =p
 

Alexandre Cube

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Passei do Seymour.....só alegria...
Agora, o que me espera...? (Mistério)


Abraços a todos e obrigado pelas dicas...
 

Dalcy Junior

Larva
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Esse jogo é simplesmente sensacional.
Agora estou jogando com mais atenção e dedicação, diferentemente do que fiz a anos atrás.
 

The Overtaker

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Dalcy Junior;2654541 disse:
Esse jogo é simplesmente sensacional.
Agora estou jogando com mais atenção e dedicação, diferentemente do que fiz a anos atrás.

É o que eu preciso fazer. Mas... e o tempo?
 
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