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[Flamengo] Tópico OFICIAL do OTO PATAMÁ

SirSerius

Bam-bam-bam
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Flamengo x Athletico: Gabigol e Bruno Henrique treinam normalmente e estão à disposição de Renato

Recuperados de lesão, atacantes vão voltar a jogar junto depois de 24 dias. Última vez foi justamente contra o próprio Furacão, em vitória por 3 a 0, pelo Brasileirão.


 

thiago_solid

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Flamengo x Athletico: Gabigol e Bruno Henrique treinam normalmente e estão à disposição de Renato

Recuperados de lesão, atacantes vão voltar a jogar junto depois de 24 dias. Última vez foi justamente contra o próprio Furacão, em vitória por 3 a 0, pelo Brasileirão.



]aleluia, gabigol parece que só funciona quando ta junto do bh
 

itesch

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Flamengo x Athletico: Gabigol e Bruno Henrique treinam normalmente e estão à disposição de Renato

Recuperados de lesão, atacantes vão voltar a jogar junto depois de 24 dias. Última vez foi justamente contra o próprio Furacão, em vitória por 3 a 0, pelo Brasileirão.


Surreal... 1 mês sem os caras jogando juntos... Fora o resto do time titular que não jogou junto nem 5% dos jogos no ano, toda hora é nego machucado/convocado.

Esse pra mim é o maior culpado do Fla estar na corda bamba, é inconcebível um clube montar um time titular, e basicamente só usar o reserva. Normalmente reserva joga as vezes, no flamengo é o contrário, é o titular que joga as vezes e o reserva se torna titular de tanto que joga.
 

Peart

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E acho que vamos perder todas as partidas com o galo no Huezão e Copa do Brasil, isto é, se chegar até lá. Não vou ficar surpreso se isso acontecer. Infelizmente.

Quem está virando cavalo paraguaio no Brasileirão é o Flamengo.

Se não ganhar a Libertadores e a Copa do Brasil, nem a vaga está garantida. Pois o desempenho nos últimos jogos foram sofríveis. 1 empate e uma derrota seguidos no Maraca é um péssimo resultado e é muito pouco pela grandeza do Flamengo.

O jogador que veste essa camisa deve estar sempre comprometido com a vitória.
Pois é, esse fim de feira que tá se tornando a campanha do time no Brzão pode ameaçar seriamente nossa vaga na fase de grupos. Eles que não dependam de ganhar CdB ou Liberta desse ano pra se garantir no ano que vem.
 


soap

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Finalmente uma notícia boa no meio de tanto caos, é notório q Gabigol só aparece quando joga ao lado de BH, tomara q joguem bem sem sentir nada.
Preocupação fica na zaga, novamente o Renato vai escalar o Léo pereba, todos viram o jogo na casa deles os erros do Léo.
 

kapiel10

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o lado bom nisso tudo é que o rodrigo caio parece ter se estabilizado e parado de se machucar , torcer para que fique até o final do ano assim
 

Alberon

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E acho que vamos perder todas as partidas com o galo no Huezão e Copa do Brasil, isto é, se chegar até lá. Não vou ficar surpreso se isso acontecer. Infelizmente.

Quem está virando cavalo paraguaio no Brasileirão é o Flamengo.

Se não ganhar a Libertadores e a Copa do Brasil, nem a vaga está garantida. Pois o desempenho nos últimos jogos foram sofríveis. 1 empate e uma derrota seguidos no Maraca é um péssimo resultado e é muito pouco pela grandeza do Flamengo.

O jogador que veste essa camisa deve estar sempre comprometido com a vitória.


Vou mandar logo a real, baixem logo suas expectativas, esse Zé ruela com elenco de 200 milhões, não vai ganhar porra nenhuma.
Melhor o Flamengo já ir pensando no próximo técnico ano que vem.

 

Guirdo

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Surreal... 1 mês sem os caras jogando juntos... Fora o resto do time titular que não jogou junto nem 5% dos jogos no ano, toda hora é nego machucado/convocado.

Esse pra mim é o maior culpado do Fla estar na corda bamba, é inconcebível um clube montar um time titular, e basicamente só usar o reserva. Normalmente reserva joga as vezes, no flamengo é o contrário, é o titular que joga as vezes e o reserva se torna titular de tanto que joga.

Acho que o Vitinho deve ter entrado mais em campo esse ano do que o BH.
 

Link_1998

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Também achei zuado demais esse ano. O time titular parecem uns turistas que vêm resolver jogos de mata mata; tenho poucas lembranças deles jogando esse ano, seja por conta de lesões ou convocações.

O nosso time mesmo é esse que jogou os últimos jogos.
 

Juicebox

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Ia rolar uma coletiva com o Marcos Braz agora e a FLA TV simplesmente apagou o link e não deu nenhum posicionamento.
Parece que ta rolando treta interna no departamento médico e de futebol.

Edit: Parece que o Tannure foi demitido e Braz entregou o cargo por não "compactuar" com a demissão. Veremos os próximos capítulos.
 

SirSerius

Bam-bam-bam
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Mais rico do Brasil, Flamengo investe menos que rivais em ciência do esporte, perde profissionais e não repõe à altura

OCTOBER 26, 2021

O desgaste físico dos jogadores do Flamengo, atribuído ao calendário caótico do futebol brasileiro, ocorre num momento de menor investimento do clube em ciência do esporte. Se, nos últimos anos, o rubro-negro atraiu jogadores da Europa, por outro lado, viu uma fuga de profissionais de elite da área médica sem a reposição adequada. Desde 2019, a diretoria priorizou contratações de atletas de ponta e não fez um investimento proporcional em preparadores físicos, fisiologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e até psicólogos.

A qualidade dos profissionais e as práticas de parte do Departamento de Saúde e Alto Rendimento (DESAR) já causam desconforto ao técnico Renato Gaúcho, sobretudo após as lesões de Pedro e Bruno Henrique. A forma como os jogadores são trabalhados pela preparação física é o principal foco de questionamento. O problema já havia sido detectado por Rogério Ceni e Doménec Torrent, que tinham comissões mais numerosas. Já na era Jorge Jesus, que trouxe oito profissionais da Europa, os funcionários do Flamengo se tornaram coadjuvantes, inclusive o chefe do DESAR, o doutor Márcio Tannure.

A falta de visão sobre uma comissão técnica permanente de primeira linha está presente na atual diretoria desde o começo da gestão, em 2019. Relatos obtidos pelo GLOBO dão conta de que o clube com a maior folha salarial do Brasil tem pago salários defasados em relação às principais equipes de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Mesmo no Rio, há profissionais com funções semelhantes e vencimentos mais altos no Vasco e no Fluminense. Recentemente, o Flamengo tentou levar o preparador físico de um concorrente, mas o salário oferecido não compensava.

Os vencimentos dos melhores preparadores do Brasil chegam a ser o triplo do que o Flamengo paga aos seus funcionários hoje. Houve aumentos recentes para parte deles, mas ainda aquém de outros clubes e despropocional em relação ao alto investimento na contratação de jogadores e aos pagamentos que estes recebem. Lesionados, Pedro, Gabigol e Arrascaeta, somados, custaram 50 milhões de euros (mais de R$ 300 milhões).

Enquanto o Flamengo os comprava, houve uma debandada de outros profissionais, acostumados com o alto rendimento, depois do sucateamento das funções na gestão de Rodolfo Landim e do vice de futebol Marcos Braz. Desde a primeira reformulação do setor, no começo de 2019, nomes de excelência foram para rivais locais e nacionais. Também houve saídas para o Japão, para a Europa e para o mundo árabe, todos com uma justificativa comum: não havia valorização financeira. Até as premiações por conquistas, que antes eram divididas, não chegaram mais aos funcionários da comissão.

Há um ano, o Flamengo passou por novas saídas e chegadas, trouxe de volta profissionais que estavam no começo da gestão e promoveu da base e do círculo pessoal dos jogadores outros nomes, como o preparador físico Rafael Winick, professor particular de alguns atletas, mas sem experiência no futebol. Alexandre Sanz, preparador físico campeão com o Flamengo em 2009 na gestão Marcos Braz, é outro questionado pelo currículo acanhado, com passagens por Brasiliense, Madureira e Petrolina-PE. Tal realidade foi mostrada pelo GLOBO ano passado.

Nesse período de trocas, o fisoterapeuta Fabiano Bastos e o preparador físico Diogo Linhares foram para o Japão; o também preparador Daniel Félix foi coordenar o Atlético-MG e hoje está no Vasco; o coordenador científico Daniel Gonçalves saiu logo no começo da gestão para ganhar mais no cruz-maltino e hoje está no Palmeiras; o alviverde também levou o fisioterapeuta Fred Manhães; já o preparador físico Fábio Eiras foi para o Athletico-PR e hoje coordena a pasta no Botafogo; além do nutricionista Thiago Monteiro, que saiu por não se sentir valorizado e atualmente atende boa parte dos jogadores em seu escritório particular. Entre os médicos demitidos no ano passado, Gustavo Caldeira chefia o Vasco, e João Marcelo está no mundo árabe. Saíram ainda o fisiologista Lucas Albuquerque, que foi para Portugal, e Roberto Drumond, demitido por um áudio em que criticava Rogério Ceni, mas que antes disso já havia deixado o CEP para ser scout do clube.

Terra arrasada após a era Jesus

A situação se deteriora já durante a passagem vitoriosa de Jorge Jesus. O técnico português varreu o departamento de futebol e deixou apenas seus profissionais de comissão, logicamente bem remunerados. Quando o Flamengo perdeu o treinador, com ele se foi também qualquer filosofia de trabalho. O chefe do departamento médico, Márcio Tannure, cujo espaço havia se reduzido, precisou retomar as rédeas e começou a pensar em reformulação. Mas acabou tendo que lidar com outros interesses e indicações. A diretoria impôs o médico Marcelo Soares, sócio do ex-chefe médico do rubro-negro, José Luis Runco, desafeto de Tannure. É Marcelo quem acompanha mais o dia a dia dos trabalhos no Ninho do Urubu. Tannure conseguiu trazer mais dois médicos de sua confiança, além do fisioterapeuta Márcio Púglia, do Vasco, que veio para ganhar salário menor. Mas áreas não conversam entre si como nos tempos do Centro de Excelência em Performance (CEP), moldado em 2016.

Entre 2017 e 2019, o Flamengo liderou como o clube com menor número de lesões na Série A — e se prendeu a essas estatísticas. O trabalho de controle de carga era bem feito e baseado no conceito de transdisciplinaridade. Ou seja, todas as áreas do departamento se comunicavam para entender os processos com os atletas, até chegar ao treinador e à tomada de decisão sobre poupar ou escalar.
Quando Jorge Jesus assumiu e fez a limpa no setor, o trabalho ficou guardado em uma gaveta, simbolicamente. Márcio Sampaio era o responsável pela prevenção de lesões, mas fazia isso de forma diferente, sem rodízio, sem poupar, levando os atletas ao limite. A metodologia levava em conta que os atletas iam estourar em algum momento. Mas se baseava em uma boa recuperação caso isso ocorresse. Houve casos como o de Gerson, que fez muitos jogos seguidos e nunca se machucou.
Jorge Jesus centralizava tudo. Quando ele saiu, o Flamengo tentou retomar a rotina anterior a sua chegada. Mas já sem os mesmos profissionais. Houve, então, a nova reformulação ao fim de 2020. De 2019 para cá, sobraram no clube apenas o fisioterapeuta Mário Peixoto e o preparador físico Roberto Oliveira, o Betinho. As escolhas na reposição foram questionadas internamente, sobretudo por quem acompanhou a transição de filosofia. O próprio Domènec, em reunião no auditório do CT, falou aos novos profissionais: "Eu não pedi vocês aqui, estava muito satisfeito com a comissão anterior, mas vou ter que me adaptar". O catalão ficou transtornado com as trocas em meio à temporada, sem que tivesse sido consultado.

Nunca foi explicado por que houve uma reformulação no departamento que era visto por todos como o mais competente, fazendo recuperações em tempo recorde. Márcio Tannure voltou, então, a ter a missão de comandar as ações, o CEP se transformou em DESAR, mas os processos esbarraram nas escolhas dos profissionais e em um calendário que, por conta da pandemia, tem exigido mais do que nos anos anteriores.

Procurado pela reportagem, o Flamengo não se posicionou. O vice de futebol Marcos Braz, que concederia uma entrevista coletiva, ainda não apareceu para dar explicações.



 

soap

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Rodolfo Landim veta entrevista coletiva de Marcos Braz às vésperas de decisão na Copa do Brasil
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FOTO: DIVULGAÇÃO/FLAMENGO
Nesta terça-feira (26), a diretoria do Flamengo protagonizou uma cena inusitada no CT Ninho do Urubu. Após marcar uma entrevista coletiva para às 13h (horário de Brasília), com o diretor de futebol Marcos Braz, o Rubro-Negro cancelou o encontro com os jornalistas sem dar mais explicações. O motivo, no entanto, veio à tona um pouco depois. O papo com a imprensa teria sido adiado por uma ordem direta do presidente Rodolfo Landim.

À princípio, Rodolfo Landim sequer sabia da entrevista coletiva marcada pela comunicação do Flamengo. O presidente do clube estava em Assunção, na sede da Conmebol, para tratar de assuntos da final da Libertadores com representantes do Palmeiras. Assim que soube do encontro com os jornalistas, no entanto, cancelou de prontidão o evento. Para o mandatário, não havia motivo para tratar de assunto polêmico às vésperas da semifinal da Copa do Brasil.

A decisão gerou grande desconforto nos bastidores, visto que a comunicação do clube já havia anunciado e, até, feito vídeo no YouTube para a coletiva. Contudo, por se tratar de uma ordem direta do mais alto escalão do Flamengo, os dirigentes tiveram de acatar a decisão de Landim. Com isso, a assessoria do Rubro-Negro, após quase duas horas do horário marcado para e entrevista, cancelou o evento. A informação é do Globo Esporte.

Com isso, mesmo nas melhores intenções, Landim acabou por criar um clima desconfortável entre diretoria e torcida, que queria explicações sobre o caso da lesão de Pedro. O atacante sofreu uma contusão no menisco contra o Juventude, mas a informação foi omitida pelo departamento médico. O camisa 21, inclusive, chegou a entrar em campo machucado diante do Athletico-PR.

ta tenso, espero q isso não em entre em campo.
 

SirSerius

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Flamengo estuda ter marca própria de material, avalia compra de Andreas, e diz não ter plano B para o Maracanã

OCTOBER 26, 2021

Em entrevista ao ge, Rodrigo Tostes, vice de finanças, fala sobre mercado digital, transmissões, prejuízo com volta do público e garante que o clube tem 20 milhões de euros para pagar pelo volante


O Flamengo tem capacidade de comprar Andreas Pereira, mas ainda não sabe se vai "colocar todo o investimento dentro de uma cesta". Pode renovar o contrato com a Adidas, que chega ao fim em 2022 após dez anos, mas criou um grupo de estudos para avaliar a criação de uma marca própria. Em entrevista ao ge, o vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes, explica as estratégias e afirma que não há plano B para o Maracanã, cujo edital de licitação já está publicado.

O clube planeja o futuro em várias frentes, inclusive virtuais, e adota cautela para não dar passos errados em meio a um audacioso projeto de compra de clube no exterior, o Tondela, de Portugal. Entre todos esses planos, o Maracanã é visto como fundamental para "ligar" as ações do clube, mas, no momento, dá prejuízo.

— Faz parte — disse Tostes, apontando que são necessárias pelo menos 25 mil pessoas para gerar um resultado operacional positivo em jogos no estádio.

Questionado se continuaria o modelo de co-gestão com o Fluminense, ou poderia haver até a inclusão do Vasco, que também já mostrou interesse em participar da licitação, ele explicou:

— Não sabemos ainda, mas a estratégia de ter o Maracanã para esse projeto de longo prazo do clube é essencial. Não estou dizendo ter sozinho. O Flamengo jogar no Maracanã e explorar o Maracanã como ativo é um projeto estratégico para os próximos 25 anos.

Com R$ 1 bilhão de faturamento bruto garantido em 2021, Tostes afirma que o clube tem "total" capacidade para comprar Andreas Pereira, emprestado pelo Manchester United com preço fixado em 20 milhões de euros (R$ 129 milhões na cotação atual), mas cabe ao futebol avaliar se vale "colocar todo o investimento dentro de uma cesta".

— Aí o atleta machuca. Deixou de investir em outros cinco. Isso que o planejamento do futebol aponta. Então, não é uma questão de planejamento financeiro, é um planejamento muito maior feito pelo futebol, com o financeiro, com o presidente do clube.

Questionado sobre a possibilidade de renovação com a Adidas, Tostes diz que a empresa entende que quando assinou o contrato anterior o patamar do clube era outro. Ainda assim, revela que foi criado um grupo de estudos para avaliar outras possibilidades, como criação de marca própria e até um formato híbrido de contrato. Um dos fatores levados em conta é se o Flamengo pode abrir mão da receita garantida dos royalties que, segundo Tostes, é relevante para o orçamento.

— Esse contrato ainda não foi encerrado, está em negociação pelo marketing. Os números do Flamengo são muito grandes, eram números "X" há dez anos quando esse contrato foi assinado, e são números bem significativos agora. Existe um entendimento do que o Flamengo se tornou por parte da Adidas, então eu não daria esse contrato por encerrado. Sobre a questão de marca própria, tem um grupo de trabalho aqui dentro estudando exatamente isso, chegaram a algumas conclusões, mas não a uma decisão final em relação à marca própria. Se vai ser uma marca própria, se vai continuar com a Adidas, se será híbrido... A avaliação que estamos fazendo com relação a marca própria é essa, se o momento é esse e qual o melhor momento para o modelo do Flamengo. Não é um clube que vende 100 camisas, vende milhões.

O vice-presidente de finanças rubro-negro falou ainda sobre a FlaTV+, o futuro das transmissões de jogos do clube, a licitação do Maracanã, as iniciativas no mercado digital e os números apresentados na readequação do orçamento de 2021.

ge: O balancete do terceiro trimestre de 2021 mostrou resultados positivos em diversas áreas, mas em outras não foram. Por exemplo, o item de transferências de jogadores acabou ficando negativo. Gostaria que explicasse ao torcedor como isso acontece. O que entra nessa conta?
Rodrigo Tostes:
— Primeiro se faz o orçamento no ano anterior, então como qualquer companhia é uma previsão. O mercado muda, a situação muda, o desempenho dos atletas muda. Vender é sempre mais difícil do que comprar. Para comprar depende de você, para vender precisa de outra ponta. Então o Flamengo faz as projeções das suas receitas e trabalha para potencializar e cumprir. Mas muitas vezes chega no meio da jornada, e por isso precisa de acompanhamento, começa a ver que uma linha não vai conquistar, outra conquistou a mais.

— Vou te dar um exemplo: ficamos agora trabalhando muito integrados financeiro e marketing, uma parte desse resultado vem dessa dobradinha, o time entregou muito mais do que se esperava. Jurídico trabalhando muito pesado também para ajudar e acompanhar essa mudança de tecnologia, o entendimento de tudo. Mas ia dar o exemplo que a gente, nesse início do ano, uma das projeções na área de finanças e marketing, era captar recurso dessa lei de solidariedade, outros clubes fizeram essa operação de antecipação de token através do mecanismo de solidariedade, os 5%. A gente trabalhou por cinco meses, sol e noite, para o Flamengo tentar levantar junto com investidores esse mecanismo de solidariedade. Era uma aposta nossa. Começamos a ir para rodadas com investidores para checar o apetite do mercado, projeto todo pronto, e a gente decidiu para o processo porque vimos que não iria para frente. Achamos que não atingiria o que a gente acreditava que seria o valor efetivo. O que vocês estão vendo de resultado, para chegar nesse resultado foram tentadas 50 coisas. Dessas, dez deram certo.

E o que deu mais certo?
— Todas essas ações que estão sendo focadas em dados, crescimento do mercado online, moedas, todas as oportunidades desse seguimento, têm uma possibilidade muito grande de dar certo. O Fan Token, por exemplo, é um caso concreto de sucesso. A gente precisou entender, aprender, escolher onde a gente ia focar nosso tempo para dar esse resultado de um bilhão. O foco sem sombra de dúvida está nessa nova economia voltada para o esporte, que é o que estamos apostando e parte desse resultado vem dessas ações.

Esse mercado digital hoje já gera uma receita relevante para o Flamengo ou a expectativa é mais a médio prazo?
— A gente investiu nos últimos dois anos muito pesado no ponto de vista de mídias sociais, fortalecimento e engajamento, investiu muito pesado para ter um data-lake (espaço para armazenamento de dados) robusto do ponto de vista de qualidade da informação. Temos programa de sócio-torcedor, FlaTV+... São todos clientes de plataformas Flamengo. A gente está falando em torno de 40 milhões (de usuários). Múltiplo, com todos eles operando juntos. Estamos trabalhando cada vez mais para aumentar e para que fique cada vez mais claro e objetivo. Logicamente, dentro desses 40 milhões, tem muita informação cruzada. O mesmo cara que está no sócio-torcedor e está na FlaTV+, então assim o grande trabalho que temos para o ano que vem é cada vez mais melhorar o nível dessa informação desses dados. Aí o nosso potencial de conhecer o cliente, monetizar essa base, transformar essa base em um ativo... Mas isso vem de um processo muito pesado de evolução nos últimos três anos.

A estratégia da CBF, por exemplo, é diferente. Estão buscando uma gigante de tecnologia que opere isso, como Oracle, Google... Para o Flamengo é esse caminho também?
— Não. A gente tem conteúdo para monetizar de forma diferente. Quem precisa fazer isso em geral é quem não tem um conteúdo atrativo. Como funciona? Se você tem algo que as pessoas vão até você, não precisa de um Facebook, de um Google, de uma plataforma com um atrativo maior do que você. Então a gente compreende que o nosso conteúdo, se bem utilizado, trabalhado, eu preciso jogar as pessoas para a minha plataforma. O Flamengo quer ser a Disney. O Flamengo quer produzir o seu conteúdo e acessar direto o seu cliente. As plataformas são parceiras para chegarmos lá, mas o cliente tem de ser nosso. Hoje se você tem uma plataforma como Facebook ou Instagram, você tem lá o seu cliente, que é totalmente perfeito nesse primeiro momento, foi necessário para montar essa base, mas é um cliente que não é seu, é um cliente do Instagram.

Mas dentro dessa lógica, por que então o Flamengo decidiu operar o seus Fan Tokens com a Socios.com em vez de fazer uma operação própria?
— Porque eles têm muito mais penetração para venda. São processos diferentes. Um processo de formação de um banco de dados. Começa com você utilizando plataformas como Instagram, Google, para crescer a sua base, depois você começa com um processo de produzir o seu próprio conteúdo e trazer essa base para dentro dessa plataforma para depois trabalhar a sua base de dados. A gente está nesse momento. A FlaTV+ é conteúdo do Flamengo. São ativos e dados que estão dentro da base Flamengo, é um cliente direto nosso. Então cada vez mais vamos tentar trazer para as nossas plataformas esses clientes.

Em relação a transmissões, a ideia do Flamengo é passar a nem negociar mais direitos, ter a sua transmissão. É por aí?
— Se olhar lá na frente, o que queremos ter é essa opção. O que vai ditar isso é a negociação que se colocará na mesa, seja ela com alguma liga, ou para vender para A, B ou C dependendo do modelo. Mas ter a possibilidade de fazer isso dá um poder de negociação muito grande. Precisa ter isso. Hoje o que o Flamengo montou do ponto de vista de FlaTV nos últimos três anos foi isso. Possibilitar, e o Carioca foi um teste muito bem sucedido. Tivemos problemas nos primeiros jogos sim, mas todo mundo que tentar montar sua plataforma de streaming vai passar por esse problema, todo mundo já passou. Educar as pessoas que no streaming você tem de entrar antes, tem delay (atraso na imagem), às vezes a imagem dá uma congelada, não é ligar a televisão A, B ou C e vai aparecer lá. Tem um processo de educação que todos estão passando, então hoje o Flamengo pode vir a fazer isso no momento que tiver seus próprios direitos. E pode não só passar os jogos do Flamengo, mas outros jogos. Jogos de basquete, inclusive jogos de outras modalidades, outras categorias, por que não?
— A gente tem de ser um canal. O Flamengo quer ser um canal. Por que não ter outras pessoas que não são Flamengo consumindo nesse canal? Não vejo nenhum problema. O grande ponto é o seguinte: o Flamengo tem de ser uma plataforma para ele poder acessar o cliente que ele tem e os outros clientes. Eu não assisto jogo só do Flamengo no Campeonato Brasileiro, assisto de times que estão concorrendo com o Flamengo. Então por que não pensar mais adiante, querer assinar um outro clube para poder ter informação desse outro clube, não vejo nenhum problema. Esse é o conceito geral.
— Mas, voltando ao caso do data-lake, eu acredito que no longo prazo os clubes de futebol vão valer os dados que eles tiverem, e como trabalham e monetizam esses dados para o futuro. Isso que parceiros como Socios.com, Mercado Livre, BRB, querem as parcerias com o clube por esse ativo. Se olhar fora do futebol hoje, o que as grandes companhias estão atrás é de base. Querem base de clientes. Há determinados casos em que os negócios chegaram a um nível que virou rouba-monte, não tem mais para onde crescer, é o caso da telefonia por exemplo. Não dá para o cara ter cinco celulares, então as empresas de telefonia estão buscando parcerias para que outros serviços usem a base dela. Foi isso que a gente pensou com o BRB e isso que estamos pensando para outros negócios que virão pela frente.

A La Liga, por exemplo, fundou uma empresa de tecnologia que vende serviços a outros clientes...
— O grande ponto é o seguinte. Você tem de apresentar ao cliente um pacote de serviços, de associação, que não fique vinculado só por exemplo ao streaming. O streaming FlaTV+ é parte de um negócio com sócio-torcedor, cartão do banco, academia de ginástica, o cara assina um combo. Porque aí, o que se chama de "churn" ("churn rate", em tradução livre do inglês, quer dizer taxa de rotatividade, um índice usado pelas empresas para medir a quantidade de clientes que deixaram determinada plataforma ou negócio). Esses são produtos que tem uma volatilidade grande de saída em função do que o time está entregando. Acompanha o resultado esportivo. Quando você começa a colocar vários produtos dentro dessa assinatura anual, você dilui o risco do cara sair.
— Vou te dar um exemplo: vou fazer um pacote de telefone celular do Flamengo que você vai receber mensagens de graça, vai acessar o site do ge, sei lá, e não vai ser contado da sua internet. E dou a mesma condição da Vivo, mas com um chip do Flamengo que leva um percentual, etc... Aí tenho a FlaTV+, tenho o sócio-torcedor, tenho a Universidade Flamengo, eu faço um pacote para o cara. Aí ele fala: "A FlaTV+ não me interessa mais, mas o meu celular? Ah deixa isso aí". Claro que não estou falando isso da pessoa que precisa muito, mas da pessoa que pode pagar um pacote combo. Quando começa a colocar várias coisas dentro de um pacote, o cara não vai abrir mão por causa de uma coisa. É o conceito do concierge. É uma evolução do que estamos fazendo, isso são cinco anos na frente.

E quais são essas iniciativas que estão por vir que você já pode revelar?
— A gente está 100% aberto a olhar tudo que está dando certo e se associar dentro desse conceito inicial. A gente tem base. O Flamengo entende a força que ele tem, a base que ele tem, e o engajamento da torcida que ele tem. Com essa base, nada é impossível. A gente pode abrir uma universidade digital, com a marca Flamengo. É olhar para o lado e ver o que está dando certo pelo mundo. Ensino à distância está dando certo? Está dando certo. O Flamengo pode montar uma universidade em parceria com uma plataforma grande e carimbar os produtos com a marca Flamengo, a gente já tem iniciativas nesse caminho.

Dentro dessa questão de marcas próprias, o Flamengo está no fim do contrato com a Adidas, se encerra no próximo ano, e há clubes caminhando no sentido de fazer uma marca própria de material esportivo para lucrar mais com a venda de camisas. É o caminho do Flamengo?
— Esse contrato ainda não foi encerrado, está em negociação pelo marketing, os números do Flamengo são muito grandes, eram números "X" há 10 anos quando esse contrato foi assinado, e são números bem significativos agora. Então a gente entende é que existe um entendimento do que o Flamengo se tornou por parte da Adidas, então eu não daria esse contrato por encerrado. Sobre a questão de marca própria, mais uma vez: o Flamengo está aberto a estudar qualquer oportunidade, tem um grupo de trabalho aqui dentro estudando exatamente isso, algumas conclusões já foram tomadas, mas não uma decisão final em relação à marca própria. Se vai ser uma marca própria, se vai continuar com a Adidas, se será híbrido...
— A gente está sempre aberto a estudar todas as oportunidades e fazer o que é melhor para o clube, sem perder a oportunidade de fazer algo gigante na frente. Foi assim que a gente pensou o projeto do BRB, do token, fazendo coisas devagar, mas que podem ter um potencial muito grande lá na frente. A Adidas está dentro desse critério. A avaliação que estamos fazendo com relação a marca própria é essa, se o momento é esse e qual o melhor momento para o modelo do Flamengo. O Flamengo não é um clube que vende 100 camisas, vende milhões de camisas.

E vender milhões de camisas representa uma receita relevante, já que o clube recebe somente royalties?
— É relevante. O que a Adidas paga é relevante. Os royalties são relevantes. Então abrir mão disso e fazer uma operação própria pode ser muito bom, mas é o momento de abrir mão? Isso tudo está sendo pensado.

Falando um pouco de investimentos no time, o Gerson saiu por 25 milhões de euros. O Flamengo conseguiu o empréstimo de um substituto do Manchester United, o Andreas Pereira, que custa 20 milhões de euros, e a torcida já está querendo que compre. O Flamengo tem dinheiro para trazer um jogador de 20 milhões de euros? Já começou a ser feito algum planejamento?
— Não sei se o Flamengo vai comprar ou não vai, não está sendo nem discutido internamente ainda, tem um prazo enorme para a gente olhar isso. O que posso dizer é o seguinte: o Flamengo tem capacidade de comprar um atleta de 20 milhões de euros hoje? Total. Com toda certeza tem potencial para isso. O que não falta é gente querendo emprestar dinheiro para o Flamengo, pode gerar essa receita. Mas precisam ser pensados uma série de outros fatores, o que você vai ter de abrir mão para eventualmente poder fazer esse investimento. Agora, potencial de compra, a gente comprou o Pedro agora por 14 milhões de euros. O Flamengo tem condições de comprar outro atleta de 20 milhões de euros? Tem. Agora, o que tem de ser estudado é se isso faz sentido dentro dessa lógica que expliquei a você, essa espiral positiva de ter um time super vencedor e esse time continuar, criar receitas relacionadas, poder continuar fazendo investimentos, e não colocar todo o investimento dentro de uma cesta, por exemplo.
— O Flamengo tem condições de comprar um atleta de 30 milhões de euros? Tem condições. Mas aí o atleta machuca. Deixou de investir em outros cinco. Isso que o planejamento do futebol aponta. Então não é uma questão de planejamento financeiro, é um planejamento muito maior feito pelo futebol, com o financeiro, com o presidente do clube. Se pegar o investimento do Flamengo nos últimos anos em compra de atleta é muito maior do que 20 milhões de euros por ano. Então, tem condições de comprar. A questão é saber se faz sentido dentro dessa estratégia que foi montada.

Passando para o Maracanã, o Flamengo faz hoje uma co-gestão com o Fluminense, com prazo muito limitado, que não permite um planejamento a longo prazo. Com esse edital de licitação, o que muda em termos de gestão para o Flamengo? O que pode ser feito se o Flamengo vencer a licitação, qual o potencial?
— Acho que o Maracanã é absolutamente complementar e essencial a diversas questões que o Flamengo tem hoje do ponto de vista do sócio-torcedor. Construir estádio não passa pela nossa cabeça hoje, plano B para o Maracanã. Então o Flamengo vai entrar, o presidente está totalmente engajado a ter uma estratégia para gente vencer a licitação, com parceiros que talvez sejam necessários em função do edital.

Mas continua sendo com o Fluminense?
— Não sabemos ainda, mas a estratégia de ter o Maracanã para esse projeto de longo prazo do clube é essencial. Não estou dizendo ter sozinho. O Flamengo jogar no Maracanã e explorar o Maracanã como ativo é um projeto estratégico do Flamengo para os próximos 25 anos.

Já foram procurados pelo Fluminense, ou pelo Vasco, que também já mostrou interesse na licitação
— A gente conversa com todo mundo. Há muito tempo essas conversas acontecem. Nada do ponto de vista de propostas, isso está sendo tocado pelo presidente. Mas falamos com todo mundo sobre vários assuntos e o Maracanã é do interesse de todo mundo. Mas, para o Flamengo, em todas essas estratégias de monetizar, de data-lake, o Maracanã é um grande ativo para compor tudo isso. Talvez seja o maior potencial de unir todas as estratégias. Se for pensar em um banco que o Flamengo agora é sócio, na questão de dados, do sócio-torcedor, o que se pode fazer com esse ativo do Maracanã é infinito. E acho um absurdo a gente continuar trabalhando com essas janelas pequenas que estamos trabalhando porque você não consegue fazer os investimentos em estrutura.
— O Maracanã precisa um tour decente. Chega naquele tour do Maracanã dá vontade de se matar de tristeza. Por que o Maracanã não está aberto 24 horas por dia? Por que não tem uma área de convivência? Isso tudo pode ser explorado, inclusive devolvido para a comunidade do entorno, as pessoas poderem se beneficiar daquele entorno. Você vai nos maiores estádios do mundo, é museu, é restaurante... A gente fala do turismo no Rio de Janeiro, mas assim, falta coisa. Faltam pontos. Quem vem de fora quer conhecer o Maracanã. A pessoa que quer fazer o tour não tem uma porta para entrar, tem de ir por um outro portão. Não tem uma entrada específica para isso. Não tem um bem-vindo. Então você vê como é mal explorado o potencial disso.

A receitas por motivos óbvios não atingiram o esperado na bilheteria, o Flamengo previu retorno de público para abril, e teve de ajustar. Em um estádio como o Maracanã, a operação com um público muito pequeno não se paga. Hoje, qual é a ocupação para conseguir pagar a operação e como o clube está lidando com esse retorno gradativo?
— É prejuízo, mas faz parte desse momento que estamos vivendo. Permitir as pessoas voltarem aos estádios de forma gradual, devagar, existe um nível de insegurança de parte da população. Precisa voltar o costume de frequentar o Maracanã. Esse prejuízo faz parte. Não existe clube de futebol no mundo que foi montado para se expor sem torcida. Seja oito mil, seis mil, não interessa, tem de fazer, independente do prejuízo. A gente não defendeu a volta aos estádios pensando que precisamos dessa receita, nunca foi isso, faz parte do espetáculo. Esse é o primeiro ponto.
— O Maracanã, para dar lucro, depende muito da operação que você coloca no estádio, ainda mais agora com a quantidade de limitações. Mas o número que temos aqui é que é muito difícil fazer um resultado positivo no Maracanã com menos de 25 mil pessoas. Dá para fazer? Dá, mas tem de colocar uma operação muito enxuta, que começa a correr algum tipo de risco de entrega de serviço, qualidade de serviço. É a quantidade mínima para com segurança ter bom resultado.


 

Kinomatsu Isoshai

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Flamengo estuda ter marca própria de material, avalia compra de Andreas, e diz não ter plano B para o Maracanã

OCTOBER 26, 2021

Em entrevista ao ge, Rodrigo Tostes, vice de finanças, fala sobre mercado digital, transmissões, prejuízo com volta do público e garante que o clube tem 20 milhões de euros para pagar pelo volante


O Flamengo tem capacidade de comprar Andreas Pereira, mas ainda não sabe se vai "colocar todo o investimento dentro de uma cesta". Pode renovar o contrato com a Adidas, que chega ao fim em 2022 após dez anos, mas criou um grupo de estudos para avaliar a criação de uma marca própria. Em entrevista ao ge, o vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes, explica as estratégias e afirma que não há plano B para o Maracanã, cujo edital de licitação já está publicado.

O clube planeja o futuro em várias frentes, inclusive virtuais, e adota cautela para não dar passos errados em meio a um audacioso projeto de compra de clube no exterior, o Tondela, de Portugal. Entre todos esses planos, o Maracanã é visto como fundamental para "ligar" as ações do clube, mas, no momento, dá prejuízo.

— Faz parte — disse Tostes, apontando que são necessárias pelo menos 25 mil pessoas para gerar um resultado operacional positivo em jogos no estádio.

Questionado se continuaria o modelo de co-gestão com o Fluminense, ou poderia haver até a inclusão do Vasco, que também já mostrou interesse em participar da licitação, ele explicou:

— Não sabemos ainda, mas a estratégia de ter o Maracanã para esse projeto de longo prazo do clube é essencial. Não estou dizendo ter sozinho. O Flamengo jogar no Maracanã e explorar o Maracanã como ativo é um projeto estratégico para os próximos 25 anos.

Com R$ 1 bilhão de faturamento bruto garantido em 2021, Tostes afirma que o clube tem "total" capacidade para comprar Andreas Pereira, emprestado pelo Manchester United com preço fixado em 20 milhões de euros (R$ 129 milhões na cotação atual), mas cabe ao futebol avaliar se vale "colocar todo o investimento dentro de uma cesta".

— Aí o atleta machuca. Deixou de investir em outros cinco. Isso que o planejamento do futebol aponta. Então, não é uma questão de planejamento financeiro, é um planejamento muito maior feito pelo futebol, com o financeiro, com o presidente do clube.

Questionado sobre a possibilidade de renovação com a Adidas, Tostes diz que a empresa entende que quando assinou o contrato anterior o patamar do clube era outro. Ainda assim, revela que foi criado um grupo de estudos para avaliar outras possibilidades, como criação de marca própria e até um formato híbrido de contrato. Um dos fatores levados em conta é se o Flamengo pode abrir mão da receita garantida dos royalties que, segundo Tostes, é relevante para o orçamento.

— Esse contrato ainda não foi encerrado, está em negociação pelo marketing. Os números do Flamengo são muito grandes, eram números "X" há dez anos quando esse contrato foi assinado, e são números bem significativos agora. Existe um entendimento do que o Flamengo se tornou por parte da Adidas, então eu não daria esse contrato por encerrado. Sobre a questão de marca própria, tem um grupo de trabalho aqui dentro estudando exatamente isso, chegaram a algumas conclusões, mas não a uma decisão final em relação à marca própria. Se vai ser uma marca própria, se vai continuar com a Adidas, se será híbrido... A avaliação que estamos fazendo com relação a marca própria é essa, se o momento é esse e qual o melhor momento para o modelo do Flamengo. Não é um clube que vende 100 camisas, vende milhões.

O vice-presidente de finanças rubro-negro falou ainda sobre a FlaTV+, o futuro das transmissões de jogos do clube, a licitação do Maracanã, as iniciativas no mercado digital e os números apresentados na readequação do orçamento de 2021.

ge: O balancete do terceiro trimestre de 2021 mostrou resultados positivos em diversas áreas, mas em outras não foram. Por exemplo, o item de transferências de jogadores acabou ficando negativo. Gostaria que explicasse ao torcedor como isso acontece. O que entra nessa conta?
Rodrigo Tostes:
— Primeiro se faz o orçamento no ano anterior, então como qualquer companhia é uma previsão. O mercado muda, a situação muda, o desempenho dos atletas muda. Vender é sempre mais difícil do que comprar. Para comprar depende de você, para vender precisa de outra ponta. Então o Flamengo faz as projeções das suas receitas e trabalha para potencializar e cumprir. Mas muitas vezes chega no meio da jornada, e por isso precisa de acompanhamento, começa a ver que uma linha não vai conquistar, outra conquistou a mais.

— Vou te dar um exemplo: ficamos agora trabalhando muito integrados financeiro e marketing, uma parte desse resultado vem dessa dobradinha, o time entregou muito mais do que se esperava. Jurídico trabalhando muito pesado também para ajudar e acompanhar essa mudança de tecnologia, o entendimento de tudo. Mas ia dar o exemplo que a gente, nesse início do ano, uma das projeções na área de finanças e marketing, era captar recurso dessa lei de solidariedade, outros clubes fizeram essa operação de antecipação de token através do mecanismo de solidariedade, os 5%. A gente trabalhou por cinco meses, sol e noite, para o Flamengo tentar levantar junto com investidores esse mecanismo de solidariedade. Era uma aposta nossa. Começamos a ir para rodadas com investidores para checar o apetite do mercado, projeto todo pronto, e a gente decidiu para o processo porque vimos que não iria para frente. Achamos que não atingiria o que a gente acreditava que seria o valor efetivo. O que vocês estão vendo de resultado, para chegar nesse resultado foram tentadas 50 coisas. Dessas, dez deram certo.

E o que deu mais certo?
— Todas essas ações que estão sendo focadas em dados, crescimento do mercado online, moedas, todas as oportunidades desse seguimento, têm uma possibilidade muito grande de dar certo. O Fan Token, por exemplo, é um caso concreto de sucesso. A gente precisou entender, aprender, escolher onde a gente ia focar nosso tempo para dar esse resultado de um bilhão. O foco sem sombra de dúvida está nessa nova economia voltada para o esporte, que é o que estamos apostando e parte desse resultado vem dessas ações.

Esse mercado digital hoje já gera uma receita relevante para o Flamengo ou a expectativa é mais a médio prazo?
— A gente investiu nos últimos dois anos muito pesado no ponto de vista de mídias sociais, fortalecimento e engajamento, investiu muito pesado para ter um data-lake (espaço para armazenamento de dados) robusto do ponto de vista de qualidade da informação. Temos programa de sócio-torcedor, FlaTV+... São todos clientes de plataformas Flamengo. A gente está falando em torno de 40 milhões (de usuários). Múltiplo, com todos eles operando juntos. Estamos trabalhando cada vez mais para aumentar e para que fique cada vez mais claro e objetivo. Logicamente, dentro desses 40 milhões, tem muita informação cruzada. O mesmo cara que está no sócio-torcedor e está na FlaTV+, então assim o grande trabalho que temos para o ano que vem é cada vez mais melhorar o nível dessa informação desses dados. Aí o nosso potencial de conhecer o cliente, monetizar essa base, transformar essa base em um ativo... Mas isso vem de um processo muito pesado de evolução nos últimos três anos.

A estratégia da CBF, por exemplo, é diferente. Estão buscando uma gigante de tecnologia que opere isso, como Oracle, Google... Para o Flamengo é esse caminho também?
— Não. A gente tem conteúdo para monetizar de forma diferente. Quem precisa fazer isso em geral é quem não tem um conteúdo atrativo. Como funciona? Se você tem algo que as pessoas vão até você, não precisa de um Facebook, de um Google, de uma plataforma com um atrativo maior do que você. Então a gente compreende que o nosso conteúdo, se bem utilizado, trabalhado, eu preciso jogar as pessoas para a minha plataforma. O Flamengo quer ser a Disney. O Flamengo quer produzir o seu conteúdo e acessar direto o seu cliente. As plataformas são parceiras para chegarmos lá, mas o cliente tem de ser nosso. Hoje se você tem uma plataforma como Facebook ou Instagram, você tem lá o seu cliente, que é totalmente perfeito nesse primeiro momento, foi necessário para montar essa base, mas é um cliente que não é seu, é um cliente do Instagram.

Mas dentro dessa lógica, por que então o Flamengo decidiu operar o seus Fan Tokens com a Socios.com em vez de fazer uma operação própria?
— Porque eles têm muito mais penetração para venda. São processos diferentes. Um processo de formação de um banco de dados. Começa com você utilizando plataformas como Instagram, Google, para crescer a sua base, depois você começa com um processo de produzir o seu próprio conteúdo e trazer essa base para dentro dessa plataforma para depois trabalhar a sua base de dados. A gente está nesse momento. A FlaTV+ é conteúdo do Flamengo. São ativos e dados que estão dentro da base Flamengo, é um cliente direto nosso. Então cada vez mais vamos tentar trazer para as nossas plataformas esses clientes.

Em relação a transmissões, a ideia do Flamengo é passar a nem negociar mais direitos, ter a sua transmissão. É por aí?
— Se olhar lá na frente, o que queremos ter é essa opção. O que vai ditar isso é a negociação que se colocará na mesa, seja ela com alguma liga, ou para vender para A, B ou C dependendo do modelo. Mas ter a possibilidade de fazer isso dá um poder de negociação muito grande. Precisa ter isso. Hoje o que o Flamengo montou do ponto de vista de FlaTV nos últimos três anos foi isso. Possibilitar, e o Carioca foi um teste muito bem sucedido. Tivemos problemas nos primeiros jogos sim, mas todo mundo que tentar montar sua plataforma de streaming vai passar por esse problema, todo mundo já passou. Educar as pessoas que no streaming você tem de entrar antes, tem delay (atraso na imagem), às vezes a imagem dá uma congelada, não é ligar a televisão A, B ou C e vai aparecer lá. Tem um processo de educação que todos estão passando, então hoje o Flamengo pode vir a fazer isso no momento que tiver seus próprios direitos. E pode não só passar os jogos do Flamengo, mas outros jogos. Jogos de basquete, inclusive jogos de outras modalidades, outras categorias, por que não?
— A gente tem de ser um canal. O Flamengo quer ser um canal. Por que não ter outras pessoas que não são Flamengo consumindo nesse canal? Não vejo nenhum problema. O grande ponto é o seguinte: o Flamengo tem de ser uma plataforma para ele poder acessar o cliente que ele tem e os outros clientes. Eu não assisto jogo só do Flamengo no Campeonato Brasileiro, assisto de times que estão concorrendo com o Flamengo. Então por que não pensar mais adiante, querer assinar um outro clube para poder ter informação desse outro clube, não vejo nenhum problema. Esse é o conceito geral.
— Mas, voltando ao caso do data-lake, eu acredito que no longo prazo os clubes de futebol vão valer os dados que eles tiverem, e como trabalham e monetizam esses dados para o futuro. Isso que parceiros como Socios.com, Mercado Livre, BRB, querem as parcerias com o clube por esse ativo. Se olhar fora do futebol hoje, o que as grandes companhias estão atrás é de base. Querem base de clientes. Há determinados casos em que os negócios chegaram a um nível que virou rouba-monte, não tem mais para onde crescer, é o caso da telefonia por exemplo. Não dá para o cara ter cinco celulares, então as empresas de telefonia estão buscando parcerias para que outros serviços usem a base dela. Foi isso que a gente pensou com o BRB e isso que estamos pensando para outros negócios que virão pela frente.

A La Liga, por exemplo, fundou uma empresa de tecnologia que vende serviços a outros clientes...
— O grande ponto é o seguinte. Você tem de apresentar ao cliente um pacote de serviços, de associação, que não fique vinculado só por exemplo ao streaming. O streaming FlaTV+ é parte de um negócio com sócio-torcedor, cartão do banco, academia de ginástica, o cara assina um combo. Porque aí, o que se chama de "churn" ("churn rate", em tradução livre do inglês, quer dizer taxa de rotatividade, um índice usado pelas empresas para medir a quantidade de clientes que deixaram determinada plataforma ou negócio). Esses são produtos que tem uma volatilidade grande de saída em função do que o time está entregando. Acompanha o resultado esportivo. Quando você começa a colocar vários produtos dentro dessa assinatura anual, você dilui o risco do cara sair.
— Vou te dar um exemplo: vou fazer um pacote de telefone celular do Flamengo que você vai receber mensagens de graça, vai acessar o site do ge, sei lá, e não vai ser contado da sua internet. E dou a mesma condição da Vivo, mas com um chip do Flamengo que leva um percentual, etc... Aí tenho a FlaTV+, tenho o sócio-torcedor, tenho a Universidade Flamengo, eu faço um pacote para o cara. Aí ele fala: "A FlaTV+ não me interessa mais, mas o meu celular? Ah deixa isso aí". Claro que não estou falando isso da pessoa que precisa muito, mas da pessoa que pode pagar um pacote combo. Quando começa a colocar várias coisas dentro de um pacote, o cara não vai abrir mão por causa de uma coisa. É o conceito do concierge. É uma evolução do que estamos fazendo, isso são cinco anos na frente.

E quais são essas iniciativas que estão por vir que você já pode revelar?
— A gente está 100% aberto a olhar tudo que está dando certo e se associar dentro desse conceito inicial. A gente tem base. O Flamengo entende a força que ele tem, a base que ele tem, e o engajamento da torcida que ele tem. Com essa base, nada é impossível. A gente pode abrir uma universidade digital, com a marca Flamengo. É olhar para o lado e ver o que está dando certo pelo mundo. Ensino à distância está dando certo? Está dando certo. O Flamengo pode montar uma universidade em parceria com uma plataforma grande e carimbar os produtos com a marca Flamengo, a gente já tem iniciativas nesse caminho.

Dentro dessa questão de marcas próprias, o Flamengo está no fim do contrato com a Adidas, se encerra no próximo ano, e há clubes caminhando no sentido de fazer uma marca própria de material esportivo para lucrar mais com a venda de camisas. É o caminho do Flamengo?
— Esse contrato ainda não foi encerrado, está em negociação pelo marketing, os números do Flamengo são muito grandes, eram números "X" há 10 anos quando esse contrato foi assinado, e são números bem significativos agora. Então a gente entende é que existe um entendimento do que o Flamengo se tornou por parte da Adidas, então eu não daria esse contrato por encerrado. Sobre a questão de marca própria, mais uma vez: o Flamengo está aberto a estudar qualquer oportunidade, tem um grupo de trabalho aqui dentro estudando exatamente isso, algumas conclusões já foram tomadas, mas não uma decisão final em relação à marca própria. Se vai ser uma marca própria, se vai continuar com a Adidas, se será híbrido...
— A gente está sempre aberto a estudar todas as oportunidades e fazer o que é melhor para o clube, sem perder a oportunidade de fazer algo gigante na frente. Foi assim que a gente pensou o projeto do BRB, do token, fazendo coisas devagar, mas que podem ter um potencial muito grande lá na frente. A Adidas está dentro desse critério. A avaliação que estamos fazendo com relação a marca própria é essa, se o momento é esse e qual o melhor momento para o modelo do Flamengo. O Flamengo não é um clube que vende 100 camisas, vende milhões de camisas.

E vender milhões de camisas representa uma receita relevante, já que o clube recebe somente royalties?
— É relevante. O que a Adidas paga é relevante. Os royalties são relevantes. Então abrir mão disso e fazer uma operação própria pode ser muito bom, mas é o momento de abrir mão? Isso tudo está sendo pensado.

Falando um pouco de investimentos no time, o Gerson saiu por 25 milhões de euros. O Flamengo conseguiu o empréstimo de um substituto do Manchester United, o Andreas Pereira, que custa 20 milhões de euros, e a torcida já está querendo que compre. O Flamengo tem dinheiro para trazer um jogador de 20 milhões de euros? Já começou a ser feito algum planejamento?
— Não sei se o Flamengo vai comprar ou não vai, não está sendo nem discutido internamente ainda, tem um prazo enorme para a gente olhar isso. O que posso dizer é o seguinte: o Flamengo tem capacidade de comprar um atleta de 20 milhões de euros hoje? Total. Com toda certeza tem potencial para isso. O que não falta é gente querendo emprestar dinheiro para o Flamengo, pode gerar essa receita. Mas precisam ser pensados uma série de outros fatores, o que você vai ter de abrir mão para eventualmente poder fazer esse investimento. Agora, potencial de compra, a gente comprou o Pedro agora por 14 milhões de euros. O Flamengo tem condições de comprar outro atleta de 20 milhões de euros? Tem. Agora, o que tem de ser estudado é se isso faz sentido dentro dessa lógica que expliquei a você, essa espiral positiva de ter um time super vencedor e esse time continuar, criar receitas relacionadas, poder continuar fazendo investimentos, e não colocar todo o investimento dentro de uma cesta, por exemplo.
— O Flamengo tem condições de comprar um atleta de 30 milhões de euros? Tem condições. Mas aí o atleta machuca. Deixou de investir em outros cinco. Isso que o planejamento do futebol aponta. Então não é uma questão de planejamento financeiro, é um planejamento muito maior feito pelo futebol, com o financeiro, com o presidente do clube. Se pegar o investimento do Flamengo nos últimos anos em compra de atleta é muito maior do que 20 milhões de euros por ano. Então, tem condições de comprar. A questão é saber se faz sentido dentro dessa estratégia que foi montada.

Passando para o Maracanã, o Flamengo faz hoje uma co-gestão com o Fluminense, com prazo muito limitado, que não permite um planejamento a longo prazo. Com esse edital de licitação, o que muda em termos de gestão para o Flamengo? O que pode ser feito se o Flamengo vencer a licitação, qual o potencial?
— Acho que o Maracanã é absolutamente complementar e essencial a diversas questões que o Flamengo tem hoje do ponto de vista do sócio-torcedor. Construir estádio não passa pela nossa cabeça hoje, plano B para o Maracanã. Então o Flamengo vai entrar, o presidente está totalmente engajado a ter uma estratégia para gente vencer a licitação, com parceiros que talvez sejam necessários em função do edital.

Mas continua sendo com o Fluminense?
— Não sabemos ainda, mas a estratégia de ter o Maracanã para esse projeto de longo prazo do clube é essencial. Não estou dizendo ter sozinho. O Flamengo jogar no Maracanã e explorar o Maracanã como ativo é um projeto estratégico do Flamengo para os próximos 25 anos.

Já foram procurados pelo Fluminense, ou pelo Vasco, que também já mostrou interesse na licitação
— A gente conversa com todo mundo. Há muito tempo essas conversas acontecem. Nada do ponto de vista de propostas, isso está sendo tocado pelo presidente. Mas falamos com todo mundo sobre vários assuntos e o Maracanã é do interesse de todo mundo. Mas, para o Flamengo, em todas essas estratégias de monetizar, de data-lake, o Maracanã é um grande ativo para compor tudo isso. Talvez seja o maior potencial de unir todas as estratégias. Se for pensar em um banco que o Flamengo agora é sócio, na questão de dados, do sócio-torcedor, o que se pode fazer com esse ativo do Maracanã é infinito. E acho um absurdo a gente continuar trabalhando com essas janelas pequenas que estamos trabalhando porque você não consegue fazer os investimentos em estrutura.
— O Maracanã precisa um tour decente. Chega naquele tour do Maracanã dá vontade de se matar de tristeza. Por que o Maracanã não está aberto 24 horas por dia? Por que não tem uma área de convivência? Isso tudo pode ser explorado, inclusive devolvido para a comunidade do entorno, as pessoas poderem se beneficiar daquele entorno. Você vai nos maiores estádios do mundo, é museu, é restaurante... A gente fala do turismo no Rio de Janeiro, mas assim, falta coisa. Faltam pontos. Quem vem de fora quer conhecer o Maracanã. A pessoa que quer fazer o tour não tem uma porta para entrar, tem de ir por um outro portão. Não tem uma entrada específica para isso. Não tem um bem-vindo. Então você vê como é mal explorado o potencial disso.

A receitas por motivos óbvios não atingiram o esperado na bilheteria, o Flamengo previu retorno de público para abril, e teve de ajustar. Em um estádio como o Maracanã, a operação com um público muito pequeno não se paga. Hoje, qual é a ocupação para conseguir pagar a operação e como o clube está lidando com esse retorno gradativo?
— É prejuízo, mas faz parte desse momento que estamos vivendo. Permitir as pessoas voltarem aos estádios de forma gradual, devagar, existe um nível de insegurança de parte da população. Precisa voltar o costume de frequentar o Maracanã. Esse prejuízo faz parte. Não existe clube de futebol no mundo que foi montado para se expor sem torcida. Seja oito mil, seis mil, não interessa, tem de fazer, independente do prejuízo. A gente não defendeu a volta aos estádios pensando que precisamos dessa receita, nunca foi isso, faz parte do espetáculo. Esse é o primeiro ponto.
— O Maracanã, para dar lucro, depende muito da operação que você coloca no estádio, ainda mais agora com a quantidade de limitações. Mas o número que temos aqui é que é muito difícil fazer um resultado positivo no Maracanã com menos de 25 mil pessoas. Dá para fazer? Dá, mas tem de colocar uma operação muito enxuta, que começa a correr algum tipo de risco de entrega de serviço, qualidade de serviço. É a quantidade mínima para com segurança ter bom resultado.


Vai dar certo isso não. Que papo de maluco megalomaníaco.
 

PhylteR

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Vai dar certo isso não. Que papo de maluco megalomaníaco.
Os dirigentes do Flamengo parecem que nunca dirigiram nada na vida...

Essa de "o time está em outro patamar atualmente" é muito bonito. É até verdade. Mas investir como se fosse garantia que o time vai manter esse patamar por vários anos seguidos, ainda mais no Brasil, é bastante arriscado. Basta passar 2 anos sem títulos relevantes para a coisa minguar forte.

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Shibito

Ei mãe, 500 pontos!
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Estou com uma sensação ruim demais, glr... Nem dá vontada de assistir hj. To lembrando do time sem vontade, da nossa defesa horrorosa, aqueles gols de bola aérea...

A Flamengada é inevitável.
 

Nolifeking

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Percebi que, desde que eu dei uma sumida do tópico, o Flamengo foi só ladeira abaixo.

Então estou passando por aqui só para confirmar se a supertição é verdadeira mesmo.

Não estou confiante mais em nenhum dos títulos que o Flamengo está disputando. O time perdeu o estilo de jogo todo, o Renato acabou com aquele volume de jogo que o time tinha quando ele iniciou. Está sendo um sacrifício ver esse time jogar, mas vou estar assistindo hoje e torcendo para que consiga passar para a final.
 
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