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Belo Horizonte quer, neste ano, “rasgar” a fantasia do racismo. Como o preconceito racial e a homofobia não são fantasias, mas realidades que estamos vendo diariamente no noticiário, a prefeitura da capital mineira resolveu dar dicas e algumas orientações para o folião. A polêmica já está nas ruas.
De acordo com uma nota publicada hoje no Diário Oficial do Município (DOM), é preciso disciplinar a folia. O texto alerta para práticas não racistas no carnaval. O texto diz que “algumas fantasias e atitudes expressam racismo, machismo e LGBTfobia; devendo, portanto, ser combatidas". “O uso de perucas ‘blackpower’, ‘nega maluca’, ‘dreadlocks’ e toucas com tranças (...) traduzem-se como desrespeito aos símbolos da resistência negra, às formas padronizadas de beleza e outras imposições aos corpos negros”.
Nota orienta sobre práticas não racistas no carnaval de BH — Foto: Reproduçãi/TV Globo
“Os negros são maioria na população brasileira e por que só no carnaval lembramos dessas pessoas? São pessoas que sofrem, que têm dificuldade de viver na sociedade brasileira, sofrem preconceito e isso não é uma homenagem”, diz a integrante do Movimento Negro Unificado da UFMG, Luiza Datas.
E o que dizer de uma das fantasias mais comuns do carnaval? Segundo a nota, é preciso cuidado com a “trans-fake” ou homem vestido de mulher porque, “além de ser machista e desrespeitoso com as mulheres, (...) de maneira descompromissada e jocosa (...) essa ‘moda’ é preconceituosa com as pessoas trans e apenas reforça os estereótipos de gênero”.
A Associação de Travestis e Transexuais de Belo Horizonte não vê problemas com a fantasia. “Eu vejo preconceito desde o momento que atinge as pessoas verbalmente ou alguma coisa assim. Mas visualmente eu não acredito, não”, diz a vice-presidente da entidade, Luiza de Carvalho. A publicação também cita as fantasias de ciganos e orienta que usar bandanas no carnaval, lantejoulas e moedinhas reforça o racismo.
A Banda Mole já tem 45 anos de história no carnaval de Belo Horizonte. No próximo sábado (15), o bloco vai para as ruas e espera atrair uma multidão de foliões sem deixar para trás a principal característica da banda: os homens vestidos de mulher. “Nós agradecemos muito o conselho, mas não vamos segui-lo, senão acaba com a Banda Mole O carnaval não tem regra. A regra é bom humor, é irreverência, isso é que faz o nosso carnaval”, disse um dos fundadores da Banda Mole, Luíz Mário Jacaré.
Segundo a prefeitura, a nota de orientação para práticas não racistas no carnaval é de iniciativa e autoria do Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial e está sendo publicada pelo segundo ano como forma de fomentar que o carnaval de Belo Horizonte seja um ambiente de respeito e sem práticas racistas. Ainda de acordo com a administração municipal, a nota será compartilhada com os blocos e demais parceiros no carnaval e se propõe como um guia de orientações de boas práticas.
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Eu quero que o carnaval se dane, festa de desocupado, mas isso é uma baita frescura da porra. Mamar nego na rua, pode. Golden shower, pode. Sair com fantasia AI MEL DELS É CRIME!
De acordo com uma nota publicada hoje no Diário Oficial do Município (DOM), é preciso disciplinar a folia. O texto alerta para práticas não racistas no carnaval. O texto diz que “algumas fantasias e atitudes expressam racismo, machismo e LGBTfobia; devendo, portanto, ser combatidas". “O uso de perucas ‘blackpower’, ‘nega maluca’, ‘dreadlocks’ e toucas com tranças (...) traduzem-se como desrespeito aos símbolos da resistência negra, às formas padronizadas de beleza e outras imposições aos corpos negros”.
Nota orienta sobre práticas não racistas no carnaval de BH — Foto: Reproduçãi/TV Globo
“Os negros são maioria na população brasileira e por que só no carnaval lembramos dessas pessoas? São pessoas que sofrem, que têm dificuldade de viver na sociedade brasileira, sofrem preconceito e isso não é uma homenagem”, diz a integrante do Movimento Negro Unificado da UFMG, Luiza Datas.
E o que dizer de uma das fantasias mais comuns do carnaval? Segundo a nota, é preciso cuidado com a “trans-fake” ou homem vestido de mulher porque, “além de ser machista e desrespeitoso com as mulheres, (...) de maneira descompromissada e jocosa (...) essa ‘moda’ é preconceituosa com as pessoas trans e apenas reforça os estereótipos de gênero”.
A Associação de Travestis e Transexuais de Belo Horizonte não vê problemas com a fantasia. “Eu vejo preconceito desde o momento que atinge as pessoas verbalmente ou alguma coisa assim. Mas visualmente eu não acredito, não”, diz a vice-presidente da entidade, Luiza de Carvalho. A publicação também cita as fantasias de ciganos e orienta que usar bandanas no carnaval, lantejoulas e moedinhas reforça o racismo.
A Banda Mole já tem 45 anos de história no carnaval de Belo Horizonte. No próximo sábado (15), o bloco vai para as ruas e espera atrair uma multidão de foliões sem deixar para trás a principal característica da banda: os homens vestidos de mulher. “Nós agradecemos muito o conselho, mas não vamos segui-lo, senão acaba com a Banda Mole O carnaval não tem regra. A regra é bom humor, é irreverência, isso é que faz o nosso carnaval”, disse um dos fundadores da Banda Mole, Luíz Mário Jacaré.
Segundo a prefeitura, a nota de orientação para práticas não racistas no carnaval é de iniciativa e autoria do Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial e está sendo publicada pelo segundo ano como forma de fomentar que o carnaval de Belo Horizonte seja um ambiente de respeito e sem práticas racistas. Ainda de acordo com a administração municipal, a nota será compartilhada com os blocos e demais parceiros no carnaval e se propõe como um guia de orientações de boas práticas.
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Eu quero que o carnaval se dane, festa de desocupado, mas isso é uma baita frescura da porra. Mamar nego na rua, pode. Golden shower, pode. Sair com fantasia AI MEL DELS É CRIME!