José viu que gosta de confeitaria, de fazer pão e as pessoas adoram suas massas. Porém José gostaria de um novo sapato, mas ele não sabe fazer sapato. Ele conhece João, que faz belos pares de sapatos. José propõe a João, trocar pães por sapatos. Depois de um tempo, João quer fazer um regime, então não quer mais pães. Logo o negócio com José não funciona mais, mas Pedro tem uma ideia. E se usássemos um objeto que equivalesse a uma quantidade de pão e uma quantidade de sapatos? Assim, cada um pode usar esse objeto para trocar pelas coisas que quiserem.
E assim as relações comerciais ganharam força.
Nessa nova dinâmica, José passou a ter muitos pedidos de pães, mas ele sozinho não dava conta. Então José falou com Antônio para lhe ajudar. Antônio não sabia muito que fazer da vida, mas tinha bastante tempo livre. Em troca, uma parte dos lucros de José iriam para Antônio. E assim, a medida em que a panificadora crescia, José ia adicionando mais gente que produziriam mais riquezas e com isso todos ganhariam.
Porque José ganha mais que todos? Oras, foi ele que teve a ideia de fazer pão, gastou dinheiro montando a estrutura, gasta dinheiro comprando matérias primas, negocia venda de pães para outros lugares, gerencia os funcionários. O trabalho despendido por ele é muito maior. Claro, Antônio contribuiu para isso, mas é apenas uma parte de um todo.
A medida em que o negócio crescia, José foi delegando funções as outras pessoas e com isso ele pode ficar mais sossegado, passear na praia, etc. No começo da empresa, José mal via os filhos, sonhava com as contas da empresa, passava muito tempo fora planejando tudo. Antônio trabalhava suas 8 horas e ia para casa no final do dia.
Como pode José ser o malvadão da história e Antônio o herói?
Assim como qualquer outra coisa na vida, pode existir um José ruim, que paga pouco aos Antônios da vida e exploram seu trabalho. Mas porque uma empresa assim ainda permanece no lugar? Será que o José do mau não é amigo do Rei, que faz com que seja difícil que outros negócios façam concorrência e com isso essa empresa ruim não é eliminada? Aumento de impostos, leis regulando como os negócios devem ser feitos, punições contra quem quer fazer as coisas diferentes e por aí vai.
No geral, as pessoas reclamam de empresários malvadões sem saber o que faz eles serem assim e como alguém assim perpetua.
Nosso nobre colega exaltado do tópico é apenas uma criança, que foi doutrinada a achar que empresário é ruim mesmo, que o bom é que o governo o dê dinheiro para que ele não precise fazer alguma coisa para merecer. Assim o governo se perpetua no poder.
É basicamente um prostituto barato.
Eu acho bizarro ter que contar uma historizinha dessa para explicar o óbvio, mas chegamos tão fundo no poço do ponto de vista educacional, que algo assim se faz necessário.
Mas vc acha que a criança vai aceitar isso? Que nada, assim como vários jovens hoje em dia, eles acham que estão certo e que vão revolucionar as coisas. Eu escrevo porque gosto de escrever, mas sei que não vou convencer alguém, há pessoas mais poderosas com métodos mais eficientes, por isso as coisas estão degringolando.
No fim, quando o rifle estiver apontado pra cabeça e ele obrigado a lamber uma bota para poder ganhar um prato de comida, aí talvez ele se lembrará da historiazinha do empresário malvadão da panificadora.