@xavieryagami , você realmente falou muita coisa pra poder citar e responder um a um (não é uma crítica, curto ler, apenas dificulta separar as ideias) mas vamos lá.
Paulo Freire era um marxista (oh, que surpresa) que criou um incrível método de alfabetização de adultos, que usava do dia a dia deles para os tornar interessados na leitura.
Obviamente, a lá Marx, plagiado de outro autor, europeu, o missionário Lablauch.
A ideia do método Lablauch era simples, ele ensinava o básico, as letras, e depois usava fotos para enfatizar as letras, C de casa, A de Abelha, B de Bombeiro...
O método Paulo Freire era exatamente o mesmo, só que enfiando "justiça social" e "Luta de Classes" no meio.
Aí entra a manipulação, enquanto você tá fazendo a alfabetização desses adultos, você solta que "Caridade é ruim, pois é a forma dos opressores manterem os pobres submissos" e "Quem oferece caridade é culpado pelo pobre se manter pobre" (mais conservador que isso, não existe, mas a solução é o governo marxista surgir e dar a todos o direito ao que precisam).
Se esse adulto tá aprendendo, ele tá de guardada baixa, logo depois ele aceita essa doutrinação, porque o cérebro dele não vai separar o bom do ruim, aliás, vai achar que tudo é bom e justo.
O foda é que você mesmo cita que seus bisavós, avós e cia pensavam parecido.
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Ah, mas eles nunca foram à escola, logo não existe manipulação.
Não é tão simples, nunca é. Se alguém - uma figura de autoridade como um professor - te envio ensina que vc tá sendo oprimido, que a culpa de tudo que acontece na sua vida é culpa de outros, do opressor (ops, nazismo? Marxista usando lógica nazista? Incrível, quase como se o Nazismo fosse... Deixa pra lá) você vai interiorizar isso. Se outras pessoas (que tbm interiorizaram isso) passam a usar esse argumento, ele se auto-alimenta. Vira uma "verdade".
Também vale a pena lembrar que a educação freiriana é igualitária, o professor não sabe mais que os alunos, ele tem forçosamente que aprender enquanto ensina.
Lindo na teoria, na prática, em 1960 os alunos obedeciam os professores, os mais alunos recebiam a chance de melhorar ou seriam expulsos.
Hoje, se o aluno não aprende o professor é que é ruim, ele não pode ser reprovado (ao nível de o aluno espancar um professor em sala de aula e trocarem o professor e não o aluno). Professores se tornaram reféns de alunos.
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"Ah, mas fala um método alternativo!"
Bom, deixar de usar Paulo Freire já é uma boa. Mas.... Eu estudei numa escola que era uma ex escola militar. Quando eu estudei ela não era militar, mas ainda tinha todos os modelos de disciplina, inclusive chegar atrasado e ter que marcar no caderno, se chegar X vezes atrasado os pais eram contatados, sanção disciplinar pra vandalismo (pasmem, os pais eram obrigados a pagar a pintura em caso de pixacao/depredação...) e normas de comportamento (sim, os alunos eram proibidos a usar uniforme).
O ambiente disciplinado não era o inferno que dizem. Criava um clima de camaradagem que nas escolas públicas eu não tive. Eu tinha que estudar pra ir bem nas provas (duas reprovações e vc saia da escola, era um incentivo e tanto pra não deixar de estudar). Mais ainda, dia desses perguntei pro meu irmão quais amigos dele do colegial ele ainda mantinha contato, ninguem que não morasse no nosso bairro. Minha turma de escola técnica se encontra ao menos uma vez ao ano, mantemos um grupo de WhatsApp com todos, duas semanas atrás uma amiga nossa perdeu tudo numa chuva/enchente, nos juntamos e fizemos uma vaquinha pra ajudar ela. Quem não ajudou com grana deu móveis e etc.
Ou seja, coleguismo 20 anos depois.
Escola disciplinada destrói a criatividade... Já ouviu isso?
Temos jornalistas (da folha, um deles se tornou um escroto), professores, engenheiros, cartunistas, empresários moderninhos e todo tipo de pessoa criativa no grupo. A disciplina não mata a criatividade, mas dá ferramentas pra ela.
Mais ainda, um de nossos amigos confessou no churrasco de fim de ano que se não fosse o clima da escola ele provavelmente teria entrado para o crime. Hoje é engenheiro, ganha lá sua grana.
Enfim, disciplina tolher a liberdade é outra falácia.