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Me nego clicar em noticia da Folha. Não vou dar dinheiro de AD Views pra eles. O """"""""jornalismo"""""""" que praticaram durante as eleições ganhou meu ódio eterno.
Cola o texto por aqui.
Ódio aos índios... por salvar crianças indígenas deficientes? Sei não, vejo contradição aí.
A ONG Atini, fundada por Damares Alves, futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, é alvo de indigenistas e Ministério Público, que falam em tráfico e sequestro de crianças e incitação ao ódio contra indígenas.
A Atini é acusada de, sob um falso selo humanitário, explorar um assunto de grande comoção pública —o infanticídio de crianças indígenas— para legitimar sua agenda.
A Polícia Federal pediu, em 2016, informações à Funai (Fundação Nacional do Índio) sobre supostos "tráfico e exploração sexual" de indígenas —despacho da fundação cita a Atini e outras duas ONGs.
A Funai, a partir de 2019, ficará sob guarda da pasta chefiada por Damares, que prometeu pôr em sua presidência alguém que "ame desesperadamente os índios". O processo sobre as organizações ainda tramita no órgão.
A Atini - Voz Pela Vida, entidade sediada em Brasília e que teve a futura ministra entre os fundadores, em 2006, diz que, com seu trabalho, já salvou ao menos 50 crianças em situação de risco, algumas delas enterradas vivas.
A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves - Walterson Rosa - 11.dez.18/Folhapress
Segundo a advogada da entidade, Maíra de Paula Barreto Miranda, o problema da matança de crianças é real e não deve ser justificado pelo relativismo cultural nem desmerecido por ativistas.
Damares se afastou da Atini em 2015. Hoje funcionária no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), ela prestava assessoria jurídica à bancada evangélica no Congresso.
Há atualmente ao menos três ações judiciais contra a Atini. Uma delas corre em segredo de Justiça numa vara federal em Volta Redonda (RJ).
No documento, ao qual a Folha teve acesso, a peça central é uma indígena de 16 anos da etnia sateré-mawé que foi levada para uma chácara da Atini em 2010, pelo tio materno (que a registrou como filha) e sua esposa. Ali engravidou de um rapaz de outra tribo.
Segundo os procuradores, o casal que depois adotaria seu bebê diz que a adolescente "portava transtornos mentais e possuía histórico de maus-tratos pelos pais, o que teria motivado a ONG a retirá-la do convívio com os índios".
Afirma ainda que a a jovem teria "atentado contra a vida da filha por duas vezes".
O Ministério Público pede o retorno da criança para a mãe, que já retornou à sua tribo, no Amazonas. A criança está hoje sob tutela provisória do irmão de uma das donas da Atini, Márcia Suzuki.
Para os procuradores, a história "foi retorcida e distorcida até fazer parecer uma adoção comum de uma criança vulnerável de mãe incapaz por um casal de classe média de Volta Redonda". Seria, no entanto, "mais um exemplo da atuação sistemática desses grupos missionários contra os povos indígenas e seus modos de vida, com o fim de fazer valer unilateralmente a concepção daqueles sobre a destes".
Adotar menores alegadamente em situação de risco é algo comum entre pessoas ligadas à Atini. Damares Alves é mãe de uma criança indígena.
A filha adotiva de Márcia Suzuki se chama Hakani, mesmo nome de um filme que enfureceu indigenistas e motivou outras duas ações do Ministério Público, em Brasília e Rondônia. É um docudrama (misto de ficção e documentário) sobre uma menina suruwahá que teria sido resgatada por missionários após ter sido enterrada viva pelo irmão mais velho, numa cova rasa.
O site da Atini resume sua saga assim: "Nos primeiros dois anos, ela não se desenvolveu como as outras crianças, não aprendeu a andar, a falar. Seu povo começou a pressionar seus pais para matá-la". Eles, incapazes de sacrificá-la, teriam preferido se suicidar.
Uma liminar proibiu a veiculação de "Hakani" após pedido do Ministério Público. A produção é classificada como "mais um elemento da campanha difamatória em face dos índios brasileiros, bem como uma justificativa para a atuação religiosa e missionária das organizações em aldeias".
Já a ação em Rondônia se deve ao fato de a produção ter escalado como atores crianças do povo karitiana, que nem sequer tem o infanticídio como hábito cultural.
Segundo a tradição desse povo, o corpo não pode entrar em contato direto com a terra. Portanto, a criança enterrada viva para a encenação teria perdido sua alma. Desde então, os karitianas acreditam que a comunidade está em desgraça, segundo o MPF.
Miranda, advogada da Atini, diz que até crianças que nascem com defeitos congênitos, como um dedinho grudado, são assassinadas em algumas etnias. Segundo ela, mortes de gêmeos ou por suspeita de mãe adúltera ou estuprada também acontecem.
Em audiência pública de 2017, Damares já chegou a estimar esse número em mil mortes por ano, sem dar a fonte da informação. Em dois anos, foram registradas 96 mortes de indígenas de até seis dias de idade em Roraima e Amazonas, numa área com tribos que mantém a prática, segundo o Mapa da Violência 2015.
"Quando falo que a mãe indígena ama o filho, não quer mais que o seu filho seja morto porque tem uma deficiência, acusam-me de incitar o ódio e o racismo. Imaginem até onde isso vai", disse a futura ministra naquela audiência.
Vem daí o lobby da Atini pela Lei Muwaji, aprovada na Câmara em 2015 e que depende de aval do Senado. A proposta visa combater práticas tradicionais nocivas em comunidades indígenas, como infanticídio, estupro individual ou coletivo e escravidão.
O nome vem de uma mãe suruwahá que, segundo a Atini, procurou missionários evangélicos para impedir a sentença tribal de morte por envenenamento para a filha nascida com paralisia cerebral.
Indigenistas e procuradores concordam num ponto: a matança de crianças em aldeias é hoje raro.
"Exagerar os relatos de práticas nocivas é uma técnica usada há muito tempo para minar os direitos dos povos indígenas e justificar o roubo de suas terras", diz à Folha Fiona Watson, diretora da ONG Survival International.
Para Felipe Milanez, professor de Humanidades na Universidade Federal da Bahia, criar tamanha celeuma seria "como dizer hoje que 'o cristão queima mulher'" porque, no passado, a Igreja Católica promoveu a Inquisição.
A advogada da Atini rebate: o que a ONG combate é "condicionar a titularidade dos direitos humanos ao local de nascimento da pessoa", ou seja, o menor não pode ser morto só porque sua cultura permite. Sobre o filme "Hakani", afirma que proibi-lo é censura.
A Folha tentou falar com a futura ministra Damares Alves, mas não foi atendida.
Se estivéssemos em uma teocracia cristão, não, ele não poderia. Do mesmo modo que islâmica.
Enviado de meu Mi A1 usando o Tapatalk
Apenas divagando...
Coronelismo seria de direita?
Digo, um grupo político serve de intermediário entre o governo e as pessoas (governo, intermediário) e só através deles as pessoas têm acesso a benesses estatais (algumas básicas, como assistência médica).
Os coronéis são a favor de altos impostos e contra as pessoas poderem empreender (já que deixariam de seguir eles).
Sei lá, Coronelismo é de direita apenas por ser conservador?
Aliás, coronelismo é conservadorismo? Quantos coronéis não tem bordéis com meninas menores de idade ou tem casos com mulheres casadas e usam de ameaça física contra os maridos traídos?
Se pararmos pra pensar, coronelismo é de direita porque sempre disseram que é, mas não quer dizer que realizei seja.
imagina.Esse lance da esquerda aqui no Brasil não se importar com os pobres ficou evidente com as pautas progressistas!
Aborto, ideologia de gênero, liberação das drogas, feminismo, etc. são assuntos mais do interesse das elites.
O povão não liga p/ isso. O povão só quer ter seu emprego, segurança, escola para os seus filhos se formarem e trabalhar num emprego decente e que casem e tenham uma família. E tem tbm o lance que muita gente do povão é religioso.
Mas a esquerda despreza a religião, fala que menino pode ser menina e vice-versa, ataca o empresário "malvadão" que gera empregos, vê os criminosos como vítimas da sociedade e para resolver o problema da superlotação dos presídios sugere soltar os que cometem "pequenos delitos" (as elites podem viver em condomínios, ter carros blindados, seguranças e poder sair do país, já o povão...)
Não.Rapaz, você imagina algum coronel defender reforma agrária?
Escravocratas que foram contra a monarquia e apoiaram a revolução republicana.Imagina coronel defender politica de classes? Eram inclusive escravocratas.
Ok, mas e hoje?A direita pode ser tão estadista quanto a esquerda. Não existe preto no branco, pode-se interpretar da varias maneiras, mas no contexto da época é impossível ver o coronelismo como algo não de direita.
Exatamente como os líderes socialistas da China, Cuba, Coreia e cia.Hoje os filhos dos coronéis querem de associar a esquerda para ter apoio popular e voto. Mantém a vida nababesca, mas a imagem de do povo.
Se você usa o discurso da esquerda, são relevantes.imagina.
Segurança e saudê publica não relevantes.
São humanos, assim como os empregados. Agora todos os empregados se tornaram santos?E agora todo o empresario virou santo?
E qualquer um que trabalhou sabe que tem colega que inventa doença pra não trabalhar, finge que trabalha, joga os colegas na fogueira, inventa que foi perseguido pra ganhar indenização...Acho que qualquer um que já trabalhou já foi coagido de alguma forma ou teve uma relação de trabalho desigual.
Que país?Ensinar que ser gay ou trans e algo ok nunca vai ser a mesma coisa que forçar alguém a fazer algo que não quer.
Ainda mais sé tratando de um dos países mais hostis contra a população lgbt
O tópico é da mulher ter falado que viu Jesus.
E virou esquerda x direita.
Quando a Xuxa viu doendes ninguém levou a sério.
Pra mim essa velha não foi estuprada coisa nenhuma
Ta se fazendo de vítima pra ter algum destaque qualquer
Isso não é crítica para com a fé alheia, ta evidente que a mulher tem parafusos a menos
Ja fala igual uma pastorinha treinada
No mínimo foi uma alucinação de momento
Eu mesmo ja tomei uma surra da minha mãe daquelas quando era criança mas nem por isso vi o He Man ou o esqueleto
Se foi bola dentro do bolsonaro, só o tempo irá dizer, não adianta nada julgar pela vida pessoal da pessoa
Mas algo me diz que ela não dura muito naquela cadeira que foi lhe dada
Eu falo sério também. Tratar coronelismo como de esquerda pra mim soa muito forçado.Não.
Mas nisso, nem PT fez reforma agrária. O lance do prédio invadido que pegou fogo e caiu mostrou que eles juntavam pessoas pra invadir, tomavam a posse e passavam a cobrar aluguel, quem não pagava era expulso. O MTST seria de direita por isso?
Essa é a questão, o que eles fazem de direita pra serem de direita?
A gente sempre os classifica assim, mas... Por quê?
Escravocratas que foram contra a monarquia e apoiaram a revolução republicana.
Ok, mas e hoje?
Exatamente como os líderes socialistas da China, Cuba, Coreia e cia.
Seriam eles tbm socialistas?
Veja, não estou brigando com você. Mas a questão é interessante.
Qual a diferença de um Sarney ou Magalhães pra um Castro ou Jong Un?
Falo sério. É uma questão interessante.
Eu não disse isso.Eu falo sério também. Tratar coronelismo como de esquerda pra mim soa muito forçado.
Boa questão.Mando uma pergunta, inexiste direita estatal? Todo direitista é liberal?
E pq vc acha que ele inventou isso ? Qual o bônus dela ?Pra mim essa velha não foi estuprada coisa nenhuma
Ta se fazendo de vítima pra ter algum destaque qualquer
Isso não é crítica para com a fé alheia, ta evidente que a mulher tem parafusos a menos
Ja fala igual uma pastorinha treinada
No mínimo foi uma alucinação de momento
Eu mesmo ja tomei uma surra da minha mãe daquelas quando era criança mas nem por isso vi o He Man ou o esqueleto
Se foi bola dentro do bolsonaro, só o tempo irá dizer, não adianta nada julgar pela vida pessoal da pessoa
Mas algo me diz que ela não dura muito naquela cadeira que foi lhe dada
Rapaz, você imagina algum coronel defender reforma agrária?
Imagina coronel defender politica de classes? Eram inclusive escravocratas.
A direita pode ser tão estadista quanto a esquerda. Não existe preto no branco, pode-se interpretar da varias maneiras, mas no contexto da época é impossível ver o coronelismo como algo não de direita.
Hoje os filhos dos coronéis querem de associar a esquerda para ter apoio popular e voto. Mantém a vida nababesca, mas a imagem de do povo.
"esquerda" e "direita" são praticamente a mesma coisa. Brasil não tem liberdade econômica. Quem lembra da reserva de mercado no período da ditadura militar ?Rapaz, você imagina algum coronel defender reforma agrária?
Imagina coronel defender politica de classes? Eram inclusive escravocratas.
A direita pode ser tão estadista quanto a esquerda. Não existe preto no branco, pode-se interpretar da varias maneiras, mas no contexto da época é impossível ver o coronelismo como algo não de direita.
Hoje os filhos dos coronéis querem de associar a esquerda para ter apoio popular e voto. Mantém a vida nababesca, mas a imagem de do povo.
Então... Ciro é filho de coronel.Ciro Gomes ...?
Ele defende várias pautas de esquerda, como essas mesmas, e é um autêntico coronel.
Não sei se ela é a melhor opção,mas e de uma covardia grande demais oq tão fazendo com essa mulher,e nenhuma feminista fala um A pra defender ela,algumas preferiram defender a kefera?eu fico meio indignado com isso,e não é por ela se de direita ou evangélica,também achei covarde e desnecessário oq fizeram com a marielle francoAparentemente é um exemplo de mulher forte que realmente luta pela vida e pelas mulheres, faz o que muitos feministas nunca fizeram ou deveriam ter feito.
Já sabem, se vier gente fazer piadinha dela tem que mandar o sujeito tomar naquele lugar.
11 coisas que a mídia não te conta sobre a ministra Damares Alves
(...) o que ilustra toda a superficialidade da imprensa ao insistir em chamá-la apenas de “assessora do Magno Malta”. Mais uma vez, isso é coisa de jornalismo preguiçoso – ou algo pior.
1) Origem
Damares tem 54 anos, cresceu no Sergipe, mas morou em várias cidades do Nordeste na juventude; de origem humilde, ela é filha de um pastor e de uma dona de casa.
2) Abuso
Quando criança, aos 6 anos de idade, foi abusada sexualmente. A violência foi tão brutal que a tornou incapaz de gerar uma criança em seu útero.
3) Crianças de rua
No final da década de 80, no Sergipe, Damares fundou o comitê estadual do Movimento Nacional Meninas e Meninos, cuja principal função era a proteção de crianças moradoras de rua. Nesse período, por diversas vezes, transformou seu próprio apartamento em lar temporário para essas crianças. Outras vezes, para entender o problema na pele, dormiu nas ruas de Aracaju ao lado delas.
4) Pescadoras
Também no final da década de 80 atuou na defesa dos direitos da mulheres pescadoras e trabalhadoras do campo. Existe ainda hoje, no povoado Siririzinho, na cidade de Siriri, em Sergipe, um centro social que recebeu, em 1987, o seu nome: Damares Alves.
5) Adotou uma índia
Damares não tem filhos biológicos mas adotou uma indiazinha que foi salva da prática de infanticídio, comum em algumas tribos do Norte quando há o nascimento de bebês gêmeos ou com qualquer tipo de deficiência. A experiência a motivou a criar o Movimento Atini que busca no Congresso Nacional meios de proteger crianças indígenas que correm o risco de ser sacrificadas.
6) Contra o aborto
Damares foi uma das fundadoras do Movimento Brasil Sem Aborto, a entidade organizada mais influente na defesa dos nascituros no Brasil.
7) Contra a pedofilia
É palestrante reconhecida nacionalmente pelo combate à pedofilia.
8) Contra as drogas
É coordenadora do Movimento Nacional Brasil Sem Drogas.
9) Advoga de graça
Advoga voluntariamente, há 30 anos, para mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica.
10) Flores de Aço
É coordenadora do Instituto Flores de Aço, com sede em Brasília, que milita em defesa dos direitos da mulher.
11) Mais de 300 apoios
Somadas todas as notas, a mera notícia de que seu nome era cotado para o cargo resultou em mais de 300 apoios formais de entidades sociais, profissionais de destaque e políticos.
https://www.semprefamilia.com.br/bl...bia-sobre-a-ministra-damares-alves-ate-agora/
Um vídeo vale mais que mil palavras
Padre metaleiro
Achei que iria me mandar um video de alguem do alto clero do vaticano dizendo que metal é de deus e que todos podem ouvir tranquilamente.
Bem, não deve achar esse tipo de video, né? Numa teocracia não são os moderados que determinando os rumos da nação. Abraços para a sua ilusão de religião superior as demais.
Nada a ver. Não faço parte da turma do bem e achei engraçado.Eu to até agora tentando entender como alguém conseguiu ver graça na história dessa mulher,e o pior é que é sempre a galera do bem
E muita hipocrisia
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Se pegar esses 22 ministérios do Bostanaro parece um freak show.
Estou numa teocracia e esqueceram de me avisar? Por hora, somos uma democracia, não? Estou enganado?Só pelo fato de você poder destilar abobrinhas por aqui sem temer ser acusado de blasfêmia e por sua vida em risco, já é bem representativo né?
Tudo o que voce queria não é? Aí finalmente voce iria se identificar com o governo bolsonaro.Se pegar esses 22 ministérios do Bostanaro parece um freak show.
baum mesmo era na epoca do Dilmão com 37 ministérios né?
A ONG Atini, fundada por Damares Alves, futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, é alvo de indigenistas e Ministério Público, que falam em tráfico e sequestro de crianças e incitação ao ódio contra indígenas.
A Atini é acusada de, sob um falso selo humanitário, explorar um assunto de grande comoção pública —o infanticídio de crianças indígenas— para legitimar sua agenda.
A Polícia Federal pediu, em 2016, informações à Funai (Fundação Nacional do Índio) sobre supostos "tráfico e exploração sexual" de indígenas —despacho da fundação cita a Atini e outras duas ONGs.
A Funai, a partir de 2019, ficará sob guarda da pasta chefiada por Damares, que prometeu pôr em sua presidência alguém que "ame desesperadamente os índios". O processo sobre as organizações ainda tramita no órgão.
A Atini - Voz Pela Vida, entidade sediada em Brasília e que teve a futura ministra entre os fundadores, em 2006, diz que, com seu trabalho, já salvou ao menos 50 crianças em situação de risco, algumas delas enterradas vivas.
A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves - Walterson Rosa - 11.dez.18/Folhapress
Segundo a advogada da entidade, Maíra de Paula Barreto Miranda, o problema da matança de crianças é real e não deve ser justificado pelo relativismo cultural nem desmerecido por ativistas.
Damares se afastou da Atini em 2015. Hoje funcionária no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), ela prestava assessoria jurídica à bancada evangélica no Congresso.
Há atualmente ao menos três ações judiciais contra a Atini. Uma delas corre em segredo de Justiça numa vara federal em Volta Redonda (RJ).
No documento, ao qual a Folha teve acesso, a peça central é uma indígena de 16 anos da etnia sateré-mawé que foi levada para uma chácara da Atini em 2010, pelo tio materno (que a registrou como filha) e sua esposa. Ali engravidou de um rapaz de outra tribo.
Segundo os procuradores, o casal que depois adotaria seu bebê diz que a adolescente "portava transtornos mentais e possuía histórico de maus-tratos pelos pais, o que teria motivado a ONG a retirá-la do convívio com os índios".
Afirma ainda que a a jovem teria "atentado contra a vida da filha por duas vezes".
O Ministério Público pede o retorno da criança para a mãe, que já retornou à sua tribo, no Amazonas. A criança está hoje sob tutela provisória do irmão de uma das donas da Atini, Márcia Suzuki.
Para os procuradores, a história "foi retorcida e distorcida até fazer parecer uma adoção comum de uma criança vulnerável de mãe incapaz por um casal de classe média de Volta Redonda". Seria, no entanto, "mais um exemplo da atuação sistemática desses grupos missionários contra os povos indígenas e seus modos de vida, com o fim de fazer valer unilateralmente a concepção daqueles sobre a destes".
Adotar menores alegadamente em situação de risco é algo comum entre pessoas ligadas à Atini. Damares Alves é mãe de uma criança indígena.
A filha adotiva de Márcia Suzuki se chama Hakani, mesmo nome de um filme que enfureceu indigenistas e motivou outras duas ações do Ministério Público, em Brasília e Rondônia. É um docudrama (misto de ficção e documentário) sobre uma menina suruwahá que teria sido resgatada por missionários após ter sido enterrada viva pelo irmão mais velho, numa cova rasa.
O site da Atini resume sua saga assim: "Nos primeiros dois anos, ela não se desenvolveu como as outras crianças, não aprendeu a andar, a falar. Seu povo começou a pressionar seus pais para matá-la". Eles, incapazes de sacrificá-la, teriam preferido se suicidar.
Uma liminar proibiu a veiculação de "Hakani" após pedido do Ministério Público. A produção é classificada como "mais um elemento da campanha difamatória em face dos índios brasileiros, bem como uma justificativa para a atuação religiosa e missionária das organizações em aldeias".
Já a ação em Rondônia se deve ao fato de a produção ter escalado como atores crianças do povo karitiana, que nem sequer tem o infanticídio como hábito cultural.
Segundo a tradição desse povo, o corpo não pode entrar em contato direto com a terra. Portanto, a criança enterrada viva para a encenação teria perdido sua alma. Desde então, os karitianas acreditam que a comunidade está em desgraça, segundo o MPF.
Miranda, advogada da Atini, diz que até crianças que nascem com defeitos congênitos, como um dedinho grudado, são assassinadas em algumas etnias. Segundo ela, mortes de gêmeos ou por suspeita de mãe adúltera ou estuprada também acontecem.
Em audiência pública de 2017, Damares já chegou a estimar esse número em mil mortes por ano, sem dar a fonte da informação. Em dois anos, foram registradas 96 mortes de indígenas de até seis dias de idade em Roraima e Amazonas, numa área com tribos que mantém a prática, segundo o Mapa da Violência 2015.
"Quando falo que a mãe indígena ama o filho, não quer mais que o seu filho seja morto porque tem uma deficiência, acusam-me de incitar o ódio e o racismo. Imaginem até onde isso vai", disse a futura ministra naquela audiência.
Vem daí o lobby da Atini pela Lei Muwaji, aprovada na Câmara em 2015 e que depende de aval do Senado. A proposta visa combater práticas tradicionais nocivas em comunidades indígenas, como infanticídio, estupro individual ou coletivo e escravidão.
O nome vem de uma mãe suruwahá que, segundo a Atini, procurou missionários evangélicos para impedir a sentença tribal de morte por envenenamento para a filha nascida com paralisia cerebral.
Indigenistas e procuradores concordam num ponto: a matança de crianças em aldeias é hoje raro.
"Exagerar os relatos de práticas nocivas é uma técnica usada há muito tempo para minar os direitos dos povos indígenas e justificar o roubo de suas terras", diz à Folha Fiona Watson, diretora da ONG Survival International.
Para Felipe Milanez, professor de Humanidades na Universidade Federal da Bahia, criar tamanha celeuma seria "como dizer hoje que 'o cristão queima mulher'" porque, no passado, a Igreja Católica promoveu a Inquisição.
A advogada da Atini rebate: o que a ONG combate é "condicionar a titularidade dos direitos humanos ao local de nascimento da pessoa", ou seja, o menor não pode ser morto só porque sua cultura permite. Sobre o filme "Hakani", afirma que proibi-lo é censura.
A Folha tentou falar com a futura ministra Damares Alves, mas não foi atendida.
Bom era quando tínhamos comunista no Ministério da Defesa cuidando das Forças Armadas, amante de bandido estuprador nos Direitos Humanos, deputado formado em Medicina cuidando da pasta da Fazenda...isso sim eram boas indicações.
Esse negócio de colocar o juiz mais aclamado pelo povo na Justiça, um astronauta com extenso currículo na área para Ciência e Tecnologia, uma advogada que sustenta crianças deficientes e ajuda mulheres em situação de risco na pasta dos Direitos Humanos, um economista renomadíssimo na Economia...esse Bolsonaro é realmente um louco!
Saudades da época do Lula onde todo ministro era do PT ou do PCdoB, não importando se o cara era dono de madereira e assumia o Ministério do Meio Ambiente.