E o inverno e a longa noite, einh galera.
Então era tudo só magia do Rei da Noite?
Eu imaginava que o inverno que estava chegando (the winter is coming!) era mais um fenômeno natural, planetário, uma peculiaridade do planeta onde está Westeros. De alguma forma o alinhamento planetário e a influência de outros corpos celestes fazia o clima não ter uma alternância tão constante quando a que temos.
E o Rei da Noite iria simplesmente se aproveitar desse momento para tocar o terror e ampliar sua zona de influência. Ele estava ficando cada vez mais poderoso justamente por isso.
Havia até estudos científicos (sim!) tentando explicar o sistema planetário de Westeros e como os invernos aconteciam com aquela sazonalidade estranha.
E isso não é só coisa de geek maluco não.
Na 6ª temporada, quando o Sam estava na biblioteca, ele vê um livro que tem a imagem de um sistema planetário ali, lançando a ideia que há uma razão científica para aquilo tudo e que maistres chegaram a estudá-lo e a registrar suas descobertas.
Quando li A MORTE DA LUZ, um livro do Martin de ficção científica, que não tem nada a ver GoT, tive certeza que havia uma parada de astronomia envolvida com o planeta onde está Westeros.
Esse livro se passa num planeta que, após séculos de prosperidade e desenvolvimento, passa a se afastar da sua estrela, devido a sua órbita elíptica extremante acentuada. Nesse processo, o planeta começa a entrar em decadência, e os povos e corporações estão o abandonando, indo embora, pois não tardará a chegar uma longa e quase perene noite.
Essa semelhança não é mera coincidência. E tenho certeza que Martin usa esse conceito para construir os longos invernos e verões que recaem sobre Westeros. Apenas foi completamente ignorado pelas últimas temporadas. Tudo foi explicado apenas com a palavra mágica, quando havia algo mais palpável para isso. A morte do Rei da Noite não seria capaz de evitar a chegada (o retorno!) do longo inverno.
