LHand
Ei mãe, 500 pontos!
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A Folha fez um infográfico que posiciona politicamente alguns influenciadores digitais através de um algoritmo que analisa seus seguidores no Twitter:
https://temas.folha.uol.com.br/gps-...ogica-de-mil-influenciadores-no-twitter.shtml
Ou seja, o infográfico não tem como objetivo necessariamente dizer quem é mais de direita ou de esquerda, mas sim quem é mais seguido por pessoas de cada espectro político. É por isso que o Arthur do Mamãe Falei aparece mais à direita que o Jair Bolsonaro, por exemplo. O presidente, até pelo cargo que ocupa, tem um conjunto mais heterogêneo de seguidores que o Youtuber do MBL.
Apesar de não ser perfeito, achei interessante pra mostrar graficamente uma coisa: bolhas sociais.
Vou postar a minha aqui, resumida. Estes são os principais influencers que eu sigo (apenas os que estão representados na parte de cima da imagem):
Não é exatamente uma bolha. Como podem ver, é uma lista bem variada que engloba desde os comunistas do Revolushow, aos moderados Henry Bugalho e Gregório Duvivier e o Tico Santa Cruz, mais à direita. Seguindo estes caras, consigo desenvolver meu senso crítico e ter uma ampla visão de como combater a onda fascista que assola o Brasil.
Tá, foi zoiera. Eu não sigo nenhum dos listados acima.
Isso que eu postei acima não é apenas um exemplo de "Bolha Social". É uma legítima caixa de ressonância em que, no máximo, vai ter gente discordando se o Lula já deve ser canonizado ou não. A Gleisi vai dizer que sim e os caras do Revolushow dirão que não só porque são ateus, mas preferem uma estátua de bronze gigante em Brasília. E fim. Uma pessoa presa a uma bolha destas será o oposto do que descrevi acima e jamais será capaz de desenvolver um mínimo senso crítico. Mas sabem o que é pior? Ela dificilmente perceberá isso.
Na cabeça de quem está preso numa bolha social, não existe diversidade de opinião. Esta pessoa da bolha acima, por exemplo, vai achar que as diferenças entre os Trotskistas do Revolushow e o reformista Henry Bugalho compreendem toda a amplitude do pensamento mundial. O resto é resto. Provavelmente ela vai jogar tudo no mesmo saco e chamar de fascista.
A mesmíssima coisa pode acontecer do lado oposto do espectro político: se você só segue gente de direita, seu pensamento ficará igualmente limitado. Se você só seguir, por exemplo, Olavo de Carvalho, Carlos Bolsonaro, Bernardo Kuster e Flávio Morgenstern, pior ainda. Seu pensamento ficará limitado ao que diz o Olavo e seu entorno, uma vez que todos os citados são seus "discípulos"... o resto vai tudo pro balaio do "comunismo".
Não é fácil evitar as bolhas, principalmente porque os algoritmos das redes sociais potencializam seus efeitos. Na medida do possível, acho que o ideal é tentarmos fugir disso, ou pelo menos ampliar nossos horizontes.
A minha bolha real é mais ou menos esta:
Não deixa de ser uma bolha, mas é bem mais ampla que o exemplo caricato que eu mostrei no começo do post.
E claro, não é perfeita. Tenho alguma afinidade ideológica, mesmo que mínima, com todos que citei aqui. Mesmo me esforçando, não consigo seguir alguém de que eu discorde de absolutamente tudo. É por isso que eu não sigo uma doida varrida como a Gleisi Hoffmann, por exemplo.
Por exemplo, o carapanã, que aparece aí como "extrema-esquerda", na verdade está longe de ser um extremista. Gosto bastante dele e concordo com boa parte do que diz. Mas discordo de algumas coisas, como quando fala de economia, por exemplo. Neste caso, eu prefiro me alinhar a especialistas (como o Carlos Góes, que é um economista liberal e está ao "centro") do que a leigos como o carapanã. Mas eu não dou unfollow no cara só porque discordo de um Tweet dele. Deixa ele falar, direito dele. Da mesma forma que não vou bloquear o Carlos quando falar alguma coisa que eu discordo. É importante conhecer opiniões divergentes também.
Não estou falando que pra ser inteligentão vocês devem seguir as mesmas pessoas que eu sigo. Não façam isso. Se você tem um pensamento muito mais à direita que o meu, vai ser EXTREMAMENTE difícil ter alguma afinidade com um esquerdista ferrenho como o carapanã. Mas, mesmo assim, recomendo que tente seguir alguém de esquerda mais light, como o Xadrez Verbal, por exemplo. Se eu, que sou de esquerda, consigo seguir e até concordar com algumas coisas que diz o Pondé, você também deve conseguir concordar com alguma coisa de esquerda.
Porém, minha bolha pessoal tem uma limitação clara: eu gostaria de seguir alguém mais à direita do que o Pondé, mas não consigo. A impressão que tenho é que a maioria dos influencers de direita brasileiros são robozinhos que ficam repetindo o que o Olavo diz. Não pode ser verdade. Se alguém tiver alguma recomendação de alguém mais à direita, mas com pensamento próprio, estou aberto à sugestões. Eu não consigo "dialogar" com o Olavismo, pra mim é um nível de sandice comparável ao de gente como a Gleisi Hoffmann que citei acima e eu não pago internet pra passar raiva.
Por fim, vejam abaixo a reação geral por eu ter revelado minha bolha social:
https://temas.folha.uol.com.br/gps-...ogica-de-mil-influenciadores-no-twitter.shtml
Ou seja, o infográfico não tem como objetivo necessariamente dizer quem é mais de direita ou de esquerda, mas sim quem é mais seguido por pessoas de cada espectro político. É por isso que o Arthur do Mamãe Falei aparece mais à direita que o Jair Bolsonaro, por exemplo. O presidente, até pelo cargo que ocupa, tem um conjunto mais heterogêneo de seguidores que o Youtuber do MBL.
Apesar de não ser perfeito, achei interessante pra mostrar graficamente uma coisa: bolhas sociais.
Vou postar a minha aqui, resumida. Estes são os principais influencers que eu sigo (apenas os que estão representados na parte de cima da imagem):
Não é exatamente uma bolha. Como podem ver, é uma lista bem variada que engloba desde os comunistas do Revolushow, aos moderados Henry Bugalho e Gregório Duvivier e o Tico Santa Cruz, mais à direita. Seguindo estes caras, consigo desenvolver meu senso crítico e ter uma ampla visão de como combater a onda fascista que assola o Brasil.
Tá, foi zoiera. Eu não sigo nenhum dos listados acima.
Isso que eu postei acima não é apenas um exemplo de "Bolha Social". É uma legítima caixa de ressonância em que, no máximo, vai ter gente discordando se o Lula já deve ser canonizado ou não. A Gleisi vai dizer que sim e os caras do Revolushow dirão que não só porque são ateus, mas preferem uma estátua de bronze gigante em Brasília. E fim. Uma pessoa presa a uma bolha destas será o oposto do que descrevi acima e jamais será capaz de desenvolver um mínimo senso crítico. Mas sabem o que é pior? Ela dificilmente perceberá isso.
Na cabeça de quem está preso numa bolha social, não existe diversidade de opinião. Esta pessoa da bolha acima, por exemplo, vai achar que as diferenças entre os Trotskistas do Revolushow e o reformista Henry Bugalho compreendem toda a amplitude do pensamento mundial. O resto é resto. Provavelmente ela vai jogar tudo no mesmo saco e chamar de fascista.
A mesmíssima coisa pode acontecer do lado oposto do espectro político: se você só segue gente de direita, seu pensamento ficará igualmente limitado. Se você só seguir, por exemplo, Olavo de Carvalho, Carlos Bolsonaro, Bernardo Kuster e Flávio Morgenstern, pior ainda. Seu pensamento ficará limitado ao que diz o Olavo e seu entorno, uma vez que todos os citados são seus "discípulos"... o resto vai tudo pro balaio do "comunismo".
Não é fácil evitar as bolhas, principalmente porque os algoritmos das redes sociais potencializam seus efeitos. Na medida do possível, acho que o ideal é tentarmos fugir disso, ou pelo menos ampliar nossos horizontes.
A minha bolha real é mais ou menos esta:
Não deixa de ser uma bolha, mas é bem mais ampla que o exemplo caricato que eu mostrei no começo do post.
E claro, não é perfeita. Tenho alguma afinidade ideológica, mesmo que mínima, com todos que citei aqui. Mesmo me esforçando, não consigo seguir alguém de que eu discorde de absolutamente tudo. É por isso que eu não sigo uma doida varrida como a Gleisi Hoffmann, por exemplo.
Por exemplo, o carapanã, que aparece aí como "extrema-esquerda", na verdade está longe de ser um extremista. Gosto bastante dele e concordo com boa parte do que diz. Mas discordo de algumas coisas, como quando fala de economia, por exemplo. Neste caso, eu prefiro me alinhar a especialistas (como o Carlos Góes, que é um economista liberal e está ao "centro") do que a leigos como o carapanã. Mas eu não dou unfollow no cara só porque discordo de um Tweet dele. Deixa ele falar, direito dele. Da mesma forma que não vou bloquear o Carlos quando falar alguma coisa que eu discordo. É importante conhecer opiniões divergentes também.
Não estou falando que pra ser inteligentão vocês devem seguir as mesmas pessoas que eu sigo. Não façam isso. Se você tem um pensamento muito mais à direita que o meu, vai ser EXTREMAMENTE difícil ter alguma afinidade com um esquerdista ferrenho como o carapanã. Mas, mesmo assim, recomendo que tente seguir alguém de esquerda mais light, como o Xadrez Verbal, por exemplo. Se eu, que sou de esquerda, consigo seguir e até concordar com algumas coisas que diz o Pondé, você também deve conseguir concordar com alguma coisa de esquerda.
Porém, minha bolha pessoal tem uma limitação clara: eu gostaria de seguir alguém mais à direita do que o Pondé, mas não consigo. A impressão que tenho é que a maioria dos influencers de direita brasileiros são robozinhos que ficam repetindo o que o Olavo diz. Não pode ser verdade. Se alguém tiver alguma recomendação de alguém mais à direita, mas com pensamento próprio, estou aberto à sugestões. Eu não consigo "dialogar" com o Olavismo, pra mim é um nível de sandice comparável ao de gente como a Gleisi Hoffmann que citei acima e eu não pago internet pra passar raiva.
Por fim, vejam abaixo a reação geral por eu ter revelado minha bolha social:
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