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Greve de entregadores e reclamações de restaurantes: os conflitos por trás dos aplicativos de entrega como iFood e Rappi

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https://www.infomoney.com.br/minhas...os-aplicativos-de-entrega-como-ifood-e-rappi/

Apps de delivery crescem na pandemia, em meio a reclamações de entregadores e restaurantes sobre pagamentos irrisórios e taxas abusivas


SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (01), os entregadores de aplicativos de delivery realizam uma greve nacional, que reivindica melhores condições de trabalho e mudanças na forma de pagamentos das principais empresas do setor, como iFood, Rappi, James, Loggi e Uber Eats.

As insatisfações ganham os holofotes em um momento em que a entrega em domicílio está muito popular. Com a pandemia e o isolamento social, o share de delivery no mercado como um todo subiu de 9% em abril de 2019 para 32% em abril de 2020, segundo o Instituto Food Service Brasil (IFB).
“O uso extensivo dos serviços de entrega fez com que a demanda crescesse e, com o recuo dos empregos formais, muitos trabalhadores entraram nesse mercado de trabalho. Como a oferta inflou, a precarização ficou ainda maior”, explica Paula Almeida, professora de Direito do Trabalho.


Paula é uma das responsáveis pela pesquisa “Condições de trabalho em empresas de plataforma digital: os entregadores por aplicativo durante a Covid-19”, feita pela Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (uma parceria entre a Unicamp e outras universidades), com 252 entregadores de 26 cidades, entre 13 e 20 de abril.
Os resultados mostram que 57,7% dos entrevistados não receberam nenhum apoio das empresas para diminuir os riscos de contaminação no trabalho. E 83,2% relatam que têm medo de se contaminar durante a execução do serviço, o que “evidencia o forte grau de tensão e de ansiedade que gira em torno do trabalho”, segundo os pesquisadores.
Diante desse cenário, os grupos que integram o movimento #BrequeDosAPPs pedem aumento do pagamento das corridas por quilômetro rodado, seguro de vida, seguro contra roubo e acidente, distribuição de EPIs (equipamento de proteção individual) e o fim dos bloqueios e desligamentos indevidos.
“Essas empresas se instalaram no Brasil e vêm trazendo o caos e a precarização do nosso setor porque elas não cumprem nenhuma lei existente, nem o que já está na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Nem as municipais (como a 14.491 no caso de São Paulo), nem a nacional (lei 12.009), que regulamentam o exercício da nossa profissão”, diz Gerson Silva Cunha, presidente interino do SindimotoSP (Motoboys e Entregadores).
A manifestação em São Paulo, um dos principais focos da paralisação, seguirá até o Ministério Público do Trabalho (MTP), no bairro do Paraíso. Os organizadores vão encerrar o ato com a entrega de Carta Aberta ao MTP, que pede a celeridade de ações que reconhecem o vínculo empregatício entre motoboys e aplicativos de entregas.

Drama dos entregadores
Apesar de a situação precária se intensificar na crise, Paula Almeida reforça que o Brasil segue negligenciando o papel da sua força de trabalho. Segundo ela, a invisibilidade institucional, sobretudo na área de serviços, e o recuo das vagas formais contribui para esse cenário em que mais pessoas entram no mercado informal sem que haja uma estrutura de proteção social e do trabalho para esse grupo.




Durante a pandemia, 56,7% dos entregadores disseram trabalhar mais de nove horas diárias – dentre eles, 19,3% trabalham entre 11 e 12 horas por dia; 11,48% entre 13 e 14 horas; e 7,4% quinze horas ou mais. E 78,1% dos entrevistados trabalham seis ou sete dias na semana. Mesmo com o aumento da demanda e das horas trabalhadas, 59% registraram queda da remuneração em relação ao período anterior à pandemia.

Antes das medidas restritivas, 47% dos entregadores recebiam até R$ 520 por semana, mas com a pandemia o percentual saltou para 72%. Isso aconteceu, segundo o grupo, por conta da redução do valor da hora de trabalho e bonificação durante a pandemia.

Um dos fatores que explicam esse cenário, para Paula, é o modelo de negócio aplicado por essas empresas, que utiliza inteligência artificial para criar algoritmos que ditam o ritmo de trabalho, ao mesmo tempo em que utilizam desses artifícios para se eximir da responsabilidade social e do vínculo empregatício.

“São pessoas que rodam mais de nove horas diárias, sete dias da semana, sem folga semanal e ainda assim há grandes indícios de queda na remuneração. Essa empresas usam tecnologias para realizar ponderações que indicam o cenário de menor custo para realização da entrega. E, sem alternativas, os entregadores continuam rodando para ganhar um valor suficiente para manter seu custo de vida”, explica a pesquisadora.

Contas a pagar
Júnior Henrique é entregador e conta que os pagamentos durante a pandemia estão ainda mais baixos. “Hoje, na média, recebemos R$ 1 por quilômetro rodado. Precisa trabalhar muito. Antes, esse valor era de R$ 3 mais ou menos. Mas com a pandemia as coisas ficaram ainda piores. É praticamente trabalho escravo”, diz.

Ele ganha cerca de R$ 2.400 bruto por mês, trabalhando, em média, dez horas por dia, de segunda a domingo. “Desse valor ainda tiro gastos com a moto, gasolina, almoço…Não sobra muito”.

Apesar da insatisfação, Henrique disse que não vai participar da paralisação porque o iFood informou que, especialmente nesta quarta-feira, entre 10h e 21h todas as corridas terão um valor extra de R$ 30.

“Eu preciso do dinheiro, não posso parar e é uma oportunidade de ganhar um pouco mais. Os aplicativos vêm cortando benefícios há algum tempo. Não tem mais plano de saúde, seguro, parceria para alugar bicicletas mais baratas”, explica. Ele trabalha com iFood, Rappi e Uber Eats.




Veja a foto que ele compatilhou com o InfoMoney:

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Regulamentação
Alexandre Machado, especialista em varejo e sócio diretor do Grupo GS& Gouvêa de Souza, considera a relação das empresas com os entregadores delicada. “Até onde vai a responsabilidade da empresa se não há vínculo empregatício? O assunto precisa ser discutido para que o setor seja regulamentado e se transforme em algo mais profissional, com mais segurança jurídica para os profissionais”, diz.

Para ele, mais regras são necessárias. “Vejo um caminho na direção da regulamentação. Mas por outro lado, a tecnologia tem barreira de entrada baixa. Qualquer grande empresa que se juntar e desenvolver uma solução específica para o seu negócio tem espaço. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) fez isso ao adquirir o James e não depender de outras plataformas”, explica.

Oligopólio no setor e os restaurantes
Tanto as questões apontadas pelo entregadores, quanto os problemas relatados pelos restaurantes têm raiz no mesmo problema: o oligopólio do setor, segundo Machado. “Poucas empresas concentram uma fatia significativa do negócio de delivery e cobram taxas que, muitas vezes, não cabem no orçamento dos restaurantes”.

Com a pandemia, a questão se agravou, já que o serviço deixou de ser conveniência e passou a ser necessidade. “O delivery não é o serviço, a vitrine do aplicativo é. A exposição que você tem no iFood, Rappi e outros é muito maior do que se não estiver por lá. A visibilidade levou os restaurantes a criarem uma dependência do serviço e, assim, as empresas ditam as regras do jogo”, diz.

O iFood cobra os restaurantes de duas maneiras: uma taxa de 12% por pedido para estabelecimentos que fazem suas próprias entregas; ou uma taxa de 27% para os que utilizam a entrega da plataforma – em ambas as modalidades há uma mensalidade de R$ 130.

Uma empreendedora que possui duas cafeterias na Baixada Santista, litoral de São Paulo, e que preferiu não se identificar, afirma que não costumava usar tanto o delivery, mas o serviço se tornou essencial desde o início da crise.




“Optamos pelo iFood porque traz uma boa exposição para atrair clientes de forma rápida em um momento difícil. É prático para o cliente. Mas as taxas são altas, pagamos o aplicativo porque ainda achamos que eles nos dá vantagens em volume de pedidos – e deve acontecer isso com vários negócios, por isso eles cobram o valor que quiserem”, diz.

Rodrigo Facal, dono da casa de carnes Fuego Celeste, na Vila Mariana, em São Paulo, considera os aplicativos um “mal necessário”. “Meu negócio não foi feito originalmente com a ideia da entrega porque a matéria-prima é cara e a experiência muda. Mas com a pandemia tive que aceitar os termos do iFood e me decepcionei. A plataforma é precária e sempre dá problemas. Infelizmente, preciso do serviço, mas me considero um escravo dele e não um parceiro”, afirma.

Wallace Pires, empreendedor que possui um food truck de salgados como coxinhas e quibes, avalia a situação de forma diferente. “Acho que o iFood não é para todo negócio. Cada empresário precisa avaliar a possibilidade e ver se há sinergia entre o que a empresa oferece e que ele produz”, diz.

Segundo ele, que trabalha com o iFood há mais de quatro anos e intensificou a relação durante a pandemia, vale muito a pena a exposição na plataforma. “Nesse momento difícil eu não estaria tão exposto se tivesse uma equipe maior atendendo via WhatsApp”, exemplifica.

Um print enviado por Takahiro ao InfoMoney comprova:

WhatsApp-Image-2020-06-30-at-16.13.27.jpeg



Apesar de todos os problemas, Machado ressalta que as empresas de entrega estão muito bem posicionadas hoje. “Quem tem a base de clientes é o iFood, Rappi, Uber Eats. O cliente, portanto, é da plataforma e não do restaurante. É bem esperto. As empresas têm o principal ativo que é o consumidor. E isso tem um valor absurdo na hora de uma fusão ou eventual venda. Sem contar que o setor está longe de estar maduro, tem muito o que crescer e desenvolver”, afirma.

Entrega por conta própria
Machado lembra que, no passado, os estabelecimentos tinham o modelo de delivery “analógico”. “O cliente ligava no restaurante, fazia o pedido e recebia em casa com um frete mais plausível, menos de 10%, no geral. Hoje é muito mais caro. E para desenvolver sua própria entrega é preciso ser relevante, se não é ‘voo de galinha’. A praticidade do aplicativo é indiscutível”, afirma.

“É o consumidor que define essas tendências. Se você não está jogando esse jogo, vai ficar de fora”, complementa Machado.

Na contramão do consenso, Willian Takahiro, dono de dois bares, Izakaya Donchan e Izakaya Kintaro, nos Jardins e Liberdade, em São Paulo, optou por se desvencilhar de serviços de delivery e montou uma operação própria.

“Quando a crise começou, fiz uma pesquisa para entender as alternativas. Passei por iFood, Rappi, Uber Eats…Em algumas delas, a taxa chegava a 30% por pedido e para o meu negócio não é viável. Não achei justo comigo, nem com os entregadores. Por isso, me organizei internamente e contratei entregadores para levarem os meus pedidos direto ao destino”, diz.

Ele entende que pode perder clientes, mas foi uma escolha. “Pela comodidade que os aplicativos oferecem posso deixar de atrair mais pessoas, mas tenho clientes que, inclusive, me falaram que pedem com a gente justamente porque o contato é direto”, afirma Takahiro.

Outro lado
Diante das informações, o InfoMoney entrou em contato com o iFood, Rappi, Uber Eats, Loggi e James para perguntar quais são as taxas cobradas por cada um e pedir um posicionamento sobre a situação do setor em meio à pandemia. Até a publicação da matéria, apenas Rappi, iFood e James se posicionaram.

Sobre a manifestação e as condições de trabalho dos entregadores, o Rappi afirmou que reconhece o direito à livre expressão e busca continuamente o diálogo com os entregadores de forma a melhorar a experiência oferecida a eles.

“Aumentamos nosso time de atendimento, com priorização do contato com o entregador, oferecendo suporte 24×7 por meio do aplicativo. Além disso, oferecemos, desde o ano passado, seguro para acidente pessoal, invalidez permanente e morte acidental; e diversas parcerias”, diz a nota. Ainda, a empresa promete novos benefícios devem ser adicionados e comunicados em breve.

Em relação a valores, o Rappi afirma que seu frete varia de acordo com o clima, dia da semana, horário, zona da entrega, distância percorrida e complexidade do pedido. “Dados da empresa mostram que cerca de 75% deles ganham mais de R$ 18 por hora, quando ativos em entregas, e quase metade dos entregadores parceiros passam menos de uma hora por dia conectados no app”.

O James Delivery, que pertence ao Grupo Pão de Açúcar, se limitou a dizer que criou um mecanismo de gorjeta em dobro, com o qual estimula que o cliente dê gorjeta para o entregador do seu pedido, como forma de agradecimento pelo trabalho. “E o James paga o mesmo valor a mais para esse parceiro. A ideia é uma forma de reconhecimento da atuação dos entregadores autônomos”, diz a nota.
Em nota, o iFood informou que o valor médio das rotas é de R$ 8,46, e que todos os entregadores ficam sabendo do valor da rota antes de aceitar ou declinar a entrega. O valor é calculado a partir de fatores como a distância percorrida entre o restaurante e o cliente, uma taxa pela coleta do pedido no restaurante e uma taxa pela entrega ao cliente, além de variações referentes a cidade, dia da semana e veículo utilizado para a entrega

“Em maio, o valor por hora trabalhada dos entregadores foi de R$ 21,80. Para fins de comparação apenas, esse valor é 4,6 vezes maior do que o valor por hora tendo como base o salário mínimo vigente no país. Pelos dados do iFood, os ganhos médios mensais do grupo que têm a atividade de entregas como fonte principal de renda (37% do total) aumentaram 70% em maio quando comparados a fevereiro”, disse a empresa.
 

tiagobronson

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Mas todo mundo sabe que ser entregador é um trabalho semi escravo e ninguém deve fazer desse trampo seu fulltime job.

No BR isso piora ainda mais, pq ninguem tem habito de dar gorjeta pros caras. Todo mundo embarcou nessa achando que ia se dar bem do dia pra noite, daí geral foi fazer entrega e o salario caiu pq tinha muita oferta.
 

antonioli

O Exterminador de confusões
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Complicado. São muitos restaurantes/lanchonetes e muitos entregadores. A oferta está enorme. E nesta época de crise ainda temos lugares que não entregavam passando a entregar e certamente mais pessoas procurando essa ocupação de entregador.
 

onurb88

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Semana passada pedi uma pizza. O Motoqueiro sem mascara, eu sempre dou 5 reais de gorjeta pelo aplicativo. Esse não recebeu.
ja parou pra pensar que o restaurante tb tem parcela de culpa por não forcener o epi pro cara? tipo, se ele "esqueceu" ou não pode comprar, o estabelecimento podia fornecer..

e as vezes é por essas atitudes que ele talvez não consiga ter o epi.
 


Berofh Erutron

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O estado deve regulamentar.

Mas como ele tende a falhar e burocratizar excessivamente fica a mercê do mercado, o qual, se sabe, não pesa a questão fisiológica, o que resultou historicamente nas conquistas trabalhistas.

Por falta de conhecimento, as pessoas abraçam ideologias e elas destroem os indivíduos em prol do consumo que tem por base o desejo, daí a razão da humanidade ser sucumbida pelos instintos e emoções majoritariamente.

O que estamos vendo é só um problema recorrente quando se encontra um novo nicho de consumo e ele começa a se estabelecer como padrão.

Não é só política mas também a humanidade cometendo os mesmos erros de sempre, por deixar se guiar por emoções antes a razão.
 
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Passo's

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Vou resumir o problema do brasil em apenas 1 frase retirada do texto

"O assunto precisa ser discutido para que o setor seja regulamentado e se transforme em algo mais profissional, com mais segurança jurídica para os profissionais”

Já tem até grupo de "entregadores antifacistas" com sindicato em tudo.
É um câncer a ser extirpado, tem de pegar esses bostas e prender, isso é mais criminoso que pirâmide.


Mesma coisa que disse da outra vez, eles só tem emprego justamente pela não regulamentação, pela ausência de barreiras/garras do estado. Ai vai os mesmos sindicatos e os mesmos sujeitinhos câncer do brasil no pé doszovido "vai lá, reclama por direitos, vem no nosso partido"
Ai mete estado e 70%-80% perde emprego, porque é assim que chorão por estado funciona.
Nego não entende o conceito básico de oferta demanda, qualquer porra de oferta gigantesca e necessidade de qualificação 0 vai ter valor reduzido.

Uber a mesma coisa, no começo ganhava mais, ai todo mundo começou a trampar e ganhos reduzem.


Oferta e demanda, NÃO SE REGULA OFERTA E DEMANDA FILHOS DA put*.
AUTONOMO FAZENDO GREVE c***lho


Tem de tocar fogo nesses sindicatos desses partidos que todos sabem que e derivados, que câncer do c***lho.
 

a r

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É difícil escrever sobre este assunto. De um lado, o motoboy não é empregado da empresa. De outro, é quase semiescravidão.

Vejo essas empresas como um banco e que como tal intermedeia 2 pessoas, mas neste caso o vendedor de comida e o comprador. A empresa do aplicativo faz esse meio de campo e cobra um tanto por isso (que fica pra ela e pro entregador). Mas diferente de um banco, os entregadores não tem jornada fixa e assim quem quer ganhar mais aceita trabalhar mais, aceitando o risco por isso.

No fim, não consigo formar uma opinião... queria de coração ficar do lado do empregado (no caso, o entregador), mas acho o sistema justo.
 

leotrix14

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Mas todo mundo sabe que ser entregador é um trabalho semi escravo e ninguém deve fazer desse trampo seu fulltime job.

No BR isso piora ainda mais, pq ninguem tem habito de dar gorjeta pros caras. Todo mundo embarcou nessa achando que ia se dar bem do dia pra noite, daí geral foi fazer entrega e o salario caiu pq tinha muita oferta.
O problema é que nunca foi feito pra ser um fulltime e ainda sim o fizeram, assim como uber e 99, tem que estar ciente que é temporário.
 

Comedor de Caixinha

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Mas todo mundo sabe que ser entregador é um trabalho semi escravo e ninguém deve fazer desse trampo seu fulltime job.

No BR isso piora ainda mais, pq ninguem tem habito de dar gorjeta pros caras. Todo mundo embarcou nessa achando que ia se dar bem do dia pra noite, daí geral foi fazer entrega e o salario caiu pq tinha muita oferta.

É verdade, mas tambem é complicado fechar os olhos pra situação hoje. No fim são pessoas tentando fazer um trabalho honesto e em péssimas condições. A coisa tomou uma proporção muito grande.

Olhando por outro lado, isso mostra que no Brasil há uma carência gigante de flexibilização trabalhista. Como o mercado formal é extremamente engessado, ineficiente, caro, ele expulsa as pessoas e empura milhões para a informalidade, até incentiva a criminalidade. Aí vem um trabalho desregulado e fácil de entrar, milhões de pessoas pulam dentro.

Assim, me parece que se o estado se meter a regularizar esse mercado vai ser pior pra todo mundo, vão meter imposto e demandas inviáveis para esses aplicativos, e daí acaba ou virando um setor fantasma, ou ele se ajusta e expulsa mais da metade das pessoas, aumentando os preços ao consumidor e ao mesmo aumentando o desemprego.


Por fim, isso mostra que há muita oportunidade de negócio. Há muita carência por um emprego rápido de entrar por cadastro digital. É uma baita oportunidade de criar aplicativos oeferecendo negócios que qualquer pessoa possa se inscrever e começar a fazer.
 
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Comedor de Caixinha

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É difícil escrever sobre este assunto. De um lado, o motoboy não é empregado da empresa. De outro, é quase semiescravidão.

Vejo essas empresas como um banco e que como tal intermedeia 2 pessoas, mas neste caso o vendedor de comida e o comprador. A empresa do aplicativo faz esse meio de campo e cobra um tanto por isso (que fica pra ela e pro entregador). Mas diferente de um banco, os entregadores não tem jornada fixa e assim quem quer ganhar mais aceita trabalhar mais, aceitando o risco por isso.

No fim, não consigo formar uma opinião... queria de coração ficar do lado do empregado (no caso, o entregador), mas acho o sistema justo.
o sistema foi feito para ser justo: é uma das bases da sua concepção.

Porém na prática a a sobredemanda e a dependência das pessoas disso formaram um cenário em que o tranaho virou sub-humano. E agora? Devem ignorar, ou se ajustar? Não tem resposta fácil e indolor.

Acho que o jeito mais imediato e "fácil", sem haver intervenção política, seria esses aplicativos simplesmente fecharem as portas para novos cadastros. Podem calcular um número saudável e sustentável de parceiros em cada região, manter os parceiros melhores avaliados e remover o excedente, e criar uma fila de espero para novos cadastros. Assim pelo menos evitaria canibalização e conseguiriam operar de modo mais sustentável. Iria melhorar para os que ficam, ao menos.
 

Pokemon das antigas

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O Estado não deve regulamentar.

Se regulamentar vai aumentar o preço final e todo mundo vai ganhar menos: restaurantes, entregadores e aplicativos.

É só ver o que aconteceu com a regulamentação dos domésticos, ou do uber, ou do netflix, etc...

Pedir regulamentação agora é pedir para levar um nabo enrolado no arame farpado e cheio de areia no rabo chamado imposto, sem nenhuma melhoria para o seriço ou para as partes.
 

Not REal presence!

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quando eu vi o enunciado "entregadores antifacistas" ... e um cara dando entrevista justificando um monte de coisa, saquei que tinha interesse por trás...
aqui em casa estou usando bastante ultimamente e posso optar pelo ubber eats, ifood ou entrega direta...vai da oferta, produto que queremos comer ou facilidade/custo... e a galera que faz entrega me parece satisfeito pois tem trampo pra caramba.
 

Pokemon das antigas

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E digo mais

Se o estado realmente quisesse que os empregadores ou restaurantes ganhem mais ele tem que desregulamentar e cortar impostos.

Para entregadores: Cortar impostos das motocicletas, cortar ipva, cortar imposto de combustível, cortar imposto de seguro.

Para restaurantes: Cortar impostos do simples nacional, acabar com a clt, cortar imposto de renda, cortar iptu, cortar tarifas de licenciamento.


Se realmente houvesse o mínimo de vontade do estado em beneficiar quem trabalha com aplicativo, é isso que ele deveria fazer. Se for cagar regra vai fod*r geral.
 

onurb88

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estavam dizendo que era um movimento descentralizado, sem lider, organizado pelos proprios motoboys via zapzap.

MAS alguém necessariamente inflamou o resto pra formar o grupo no zap e tomar as atitudes....ou seja, não é um sindicato nos moldes classicos mas não deixa de ser.

grande problema é que não se tem direito nenhum e como o desemprego ta fo.da no brasil a anos, mt gente adotou o que devia ser um quebra galho como ''emprego'' principal porem sem nenhuma ''garantia'' de um emprego regular.

ai da nisso. agora, o estado vai querer entrar pra ''regulamentar'' o serviço desses apps de entrega. se isso se concretizar, é um passo pro serviço virar de uma vez uma me.rda completa.
 

Strongpe

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Acredito que o estado não precisa se envolver, ter que regulamentar nada. Se os entregadores fizerem greves constantes, consequentemente a empresa vai sentir e vai ter que tomar um posicionamento para melhorar as condições de trabalho.
 

Sgt. Kowalski

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Um dos proprietários aí citou que ficou "dependente" da vitrine do ifood.

aqui eu SEMPRE tento procurar a fanpage do restaurante/lanchonete no facebook. Se o cara tem o perfil certinho, com fotos, cardápio e talz, eu não faço o pedido pelo app, ligo direto no local.
agora tem local que nem cardapio online disponibiliza? aí, meu amigo...
 

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eu vendo via ML faz uns 10 anos... cerca de 80% dos meus ganhos vem de lá... até migrei muita coisa pro watts, foicebook... mas o ML ainda é minha maior vitrine em todo Brasil. Claro, tenho um custo, que repasso em desconto no caso de vendas diretas, mas é um vitrine e o cliente tem opções... é claro que ifood e derivados terão custos porém atrelados em vantagens... se começarem a impor coisas pros apps, beleza... logo as coisas migram pra outra opções e ficam um monte ai sem nada. Coisa de gente que não sabe criar Porr# nenhuma, só parasitar.
 

Spacehead

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Mas todo mundo sabe que ser entregador é um trabalho semi escravo e ninguém deve fazer desse trampo seu fulltime job.

No BR isso piora ainda mais, pq ninguem tem habito de dar gorjeta pros caras. Todo mundo embarcou nessa achando que ia se dar bem do dia pra noite, daí geral foi fazer entrega e o salario caiu pq tinha muita oferta.

Na vdd não sei se sou uma pessoa ruim por pensar que, os caras entram com uma mão de obra não qualificada( saber dirigir ou pedalar é o que precisa) com equipamento de baixo custo ( moto ou bicicleta) fazendo um serviço extremamente basico, ir de um local.ao outro com carga morta ( comida) mano, tu tá ganhando uma grana muito boa até por fazer algo tão básico, eu realmente não sei o que a galera que protesta espera.

Vou resumir o problema do brasil em apenas 1 frase retirada do texto

"O assunto precisa ser discutido para que o setor seja regulamentado e se transforme em algo mais profissional, com mais segurança jurídica para os profissionais”

Já tem até grupo de "entregadores antifacistas" com sindicato em tudo.
É um câncer a ser extirpado, tem de pegar esses bostas e prender, isso é mais criminoso que pirâmide.


Mesma coisa que disse da outra vez, eles só tem emprego justamente pela não regulamentação, pela ausência de barreiras/garras do estado. Ai vai os mesmos sindicatos e os mesmos sujeitinhos câncer do brasil no pé doszovido "vai lá, reclama por direitos, vem no nosso partido"
Ai mete estado e 70%-80% perde emprego, porque é assim que chorão por estado funciona.
Nego não entende o conceito básico de oferta demanda, qualquer porra de oferta gigantesca e necessidade de qualificação 0 vai ter valor reduzido.

Uber a mesma coisa, no começo ganhava mais, ai todo mundo começou a trampar e ganhos reduzem.


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Tem de tocar fogo nesses sindicatos desses partidos que todos sabem que e derivados, que câncer do c***lho.
É engraçado que caso se regulamente, exista sindicato, o primeiro app que conseguir driblar isso, todo mundo vai migrar pra ele, inclusive os grevistas, ngm mais pensa com lógica as coisas no mundo, triste.


zzzzZZZzzzzZ
 

UmCaféPorFavor

Habitué da casa
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Eu tô vendo que esse negócio de "gorjeta obrigatória" tá virando moda por aqui.

É revoltante lá nos EUA, um serviço BEM meia boca, ter que dar no mínimo 13% a mais porque o patrão não quer suportar um salário maior.

Eu sou a favor de quem lucra com o serviço que pague. Eu não lucro, sou um mero consumidor. Inclusive, parei de ir à restaurantes por causa disso, é 10% de gorjeta, água de 7 reais, vallet de 20 reais, estacionamento de 8 reais. Chega.

Tem que tomar cuidado, senão sobra pouco dinheiro pra sua família. É caixinha de natal p/ quem já recebe 13º e 1/3 de férias, gorjeta pra quem já ganha salário, couvert artístico, taxa de serviço, etc.

A questão é simples. Se o cara ganharia 1k em CLT, se ele tá ganhando 1,8~2k autônomo já está EXCELENTE. Esse é teto da profissão. Agora, se ele tem que trabalhar sem rotina, esse é um dos "problemas"/"soluções" em ser seu próprio patrão.
 

Elijah Kamski

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É complicado demais essa situação.

Por um lado tem uma condição de trabalho terrível (ninguém tem o sonho de virar entregador) dos trabalhadores de aplicativo, mas é algo que a pessoa "opta" a ser e esses aplicativos tem os seus próprios termos. Fica difícil achar um meio termo justo até para não prejudicar os próprios entregadores, que são a parte fraca dessa relação.

Infelizmente, a decisão que será escolhida vai ser ruim, sabendo dos problemas do Brasil.

Uma coisa que me irrita no ifood e a taxa de entrega.

Se me cobram 9 reais pela entrega, acho meio que acho errado pedir gorjeta.

Se a entrega e ‘grátis’ ou até 5 reais, aí dou 5 reais pros caras.
Isso é tenso, até porque desestimula uma pessoa pagar uma gorjeta se paga tão caro numa taxa de entrega.

A questão da distância pode implicar, mas conheço restaurante cobrando 7 reais numa distância de 100 metros.
 

UmCaféPorFavor

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É engraçado que caso se regulamente, exista sindicato, o primeiro app que conseguir driblar isso, todo mundo vai migrar pra ele, inclusive os grevistas, ngm mais pensa com lógica as coisas no mundo, triste.


zzzzZZZzzzzZ
Exatamente! A profissão do cara é dirigir uma moto/pedalar. Quanto que ele acha que deve ganhar??

Só pra você ter uma ideia da maluquisse. Uma dessas reportagens o cara falou que antes da pandemia tirava 6k por mês. Cara um piloto de avião tira 10-12k. É MUITO desproporcional e injusto. Um piloto de avião monomotor não ganha 5k... Piloto de helicoptero esquilo? 7k.
Vai ver quanto um motorista de busão interestadual ganha. Não chega a 3k.
A galera tá maluca.

Edit: Ilustrando o meu post:

Em geral, o salário de Motorista na Viação Cometa é de R$2.430.


Ainda tem IR + INSS. Nenhum motorista de ônibus é MEI não. Ao contrário dos motoboys que pagam 60 por mês e tá tudo certo.
 

onurb88

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Um dos proprietários aí citou que ficou "dependente" da vitrine do ifood.

aqui eu SEMPRE tento procurar a fanpage do restaurante/lanchonete no facebook. Se o cara tem o perfil certinho, com fotos, cardápio e talz, eu não faço o pedido pelo app, ligo direto no local.
agora tem local que nem cardapio online disponibiliza? aí, meu amigo...
eu ultimamente tenho priorizado fazer pedidos pelo zap e fazer pagamento via transf bancária. tem locais que o atendimento via zap é tão decente que eu fico com medo ...pq enfim, brasil ne...
 

onurb88

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Eu sou a favor de quem lucra com o serviço que pague. Eu não lucro, sou um mero consumidor. Inclusive, parei de ir à restaurantes por causa disso, é 10% de gorjeta, água de 7 reais, vallet de 20 reais, estacionamento de 8 reais. Chega.
eu tava indo cada vez menos a restaurantes e cinemas (principalmente cinema) antes da pandemia...agora então...rsrsrs
 

Sgt. Kowalski

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eu ultimamente tenho priorizado fazer pedidos pelo zap e fazer pagamento via transf bancária. tem locais que o atendimento via zap é tão decente que eu fico com medo ...pq enfim, brasil ne...

Aqui eu só pago na entrega e no cartão.
 

Bat Esponja

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Legal, aí diminui o número de trabalhadores e eles continuam ganhando mal porque empresa vai ter que pagar uma ruma de imposto e sindicato
 
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