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Greve geral em Hong Kong gera caos no trânsito, bloqueia trens e paralisa aeroporto

Fracer

Bam-bam-bam
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Sim concordo totalmente. Mas estávamos falando de ela "viver somente com mercado interno".
É uma baita confusão esse negócio de comunismo chinês, muitos especialistas dizem que a China não tem mais nada de comunista ou tem muito pouco.

Esse aqui morou lá e disse que na prática a China deixou de ser comunista faz tempo, muito tempo ( obviamente é no ponto de vista dele e da turma que defende a mesma tese )
 

antonioli

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Mantém um monte de militar em Shenzhen. Acho que estão só esperando um motivo qualquer para invadir com um bonde e subjugar todo mundo.
 

Fracer

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E a própria liberdade - até certo ponto - é um conceito subjetivo, ou pelo menos aparenta ser.

Essa bela garota mora na China Comunista, diz ela que um dos motivos que fez ela sair do Brasil para viver lá foi o alto grau de liberdade. Ela se sente muito mais livre lá do que aqui, também - segundo ela - é um país que oferece muito mais oportunidades do que o Brasil.



E a própria democracia não é garantia de liberdade. Inclusive muitos libertários dizem que a democracia é uma forma de ditadura.
 

Sgt. Kowalski

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Por que a China não sufoca os protestos em Hong Kong


A China não precisa tanto da ex-colônia britânica quanto precisava em 1997, quando Hong Kong passou do domínio do Reino Unido para as mãos chinesas. Mas a região administrativa especial continua sendo um canal valioso para Pequim – canal esse que o governista Partido Comunista não pode correr o risco de abalar.
Nas últimas quatro décadas, a China emergiu como a segunda maior economia do mundo e parte integrante do sistema financeiro global. Essa ascensão, porém, foi facilitada por Hong Kong. Com uma reforma econômica ainda atrasada na China continental, é vital para Pequim ter acesso imediato ao capitalismo livre de Hong Kong.

Mesmo antes dos atuais protestos, Hong Kong e China não tinham uma grande relação de amor – apesar de o governo em Pequim expressar com frequência sua afeição por seus compatriotas do território semiautônomo. Para muitos habitantes da China continental, incluindo altas autoridades, Hong Kong não passa de uma criança mimada e indisciplinada.

Mas uma repressão dura liderada por Pequim em Hong Kong poderia minar a estabilidade na China em um grau muito maior do que seriam capazes os manifestantes mascarados. As repercussões logo se espalhariam de Hong Kong para o próprio continente, gerando um sentimento negativo que poderia assustar investidores e comprometer a capacidade da China de comercializar internacionalmente.


Pressão da disputa comercial entre EUA e China


A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e a inclusão da gigante de telecomunicações Huawei numa lista negra colocaram Pequim num impasse. Empresas chinesas foram obrigadas a se tornar menos dependentes da moeda estrangeira e da tecnologia, o que significa um foco maior sobre Hong Kong.

O investimento direto chinês em Hong Kong totaliza US$ 620 bilhões – 70% a mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) do território semiautônomo. Das dez maiores ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês, quando a empresa abre seu capital e passa a ser listada na Bolsa de Valores) desde 1986, nove são de companhias chinesas.

Em 2017, as empresas da China continental captaram US$ 47 bilhões em ações e US$ 66 bilhões em títulos de dívida emitidos por empresas no mercado de Hong Kong.

Apesar de anos de promessas de avançar nessa direção, o yuan ainda não é uma moeda totalmente convertível – capaz de liquidar transações financeiras livremente, ou seja, sem restrições ou dificuldades à compra e venda.

Dessa forma, os controles de capital restringem o movimento de capital financeiro através das fronteiras. Os depósitos de yuan em Hong Kong valem cerca de US$ 100 bilhões.

Cerca de 60% do investimento externo da China continental – incluindo projetos no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês), do presidente Xi Jinping – são canalizados através de Hong Kong.


Parte essencial da Grande Baía


E não são somente os mercados financeiros. Hong Kong é parte integrante do projeto "Área da Grande Baía", que inclui ainda Macau e as nove principais cidades da província de Guangdong. Esse polo tem uma população de 70 milhões de habitantes e um PIB de US$ 1,5 trilhão.

A China precisa de Hong Kong para atenuar um panorama econômico cada vez mais sombrio. Os tempos de taxas de crescimento de dois dígitos acabaram. Dados mostram que o crescimento da produção industrial e as vendas no varejo – medidas-chave do bem-estar econômico da China – caíram em julho.

A China fez incursões em áreas tradicionalmente dominadas por Hong Kong, como o comércio portuário de contêineres. E o Partido Comunista tem construído alternativas, especialmente na capital financeira Xangai e no centro de inovação Shenzhen, mas eles não estão preparados ainda para substituir Hong Kong.

Em julho, 25 empresas estrearam no novo Conselho de Inovação Científica e Tecnológica, da Bolsa de Valores de Xangai, também conhecida como mercado STAR, que tem como objetivo atrair fundos do exterior, mas também aumentar o poder competitivo de Xangai em relação a Hong Kong.

Hong Kong oferece o tipo de flexibilidade com o qual os concorrentes da China continental apenas sonham. É também uma fonte vital para angariar fundos, como por exemplo, por meio de IPOs, para as empresas do continente. Isso é enfatizado por um ambiente regulatório firme que, para muitos investidores, é o melhor e o mais aberto da região.

Todos os anos por 25 anos, a Fundação Heritage nomeou Hong Kong como a economia mais livre do mundo. Em comparação, a China ocupa o 100º lugar na lista desse think tank.


O resto do mundo também precisa de Hong Kong


Não apenas a China, mas o resto do mundo também precisa de Hong Kong. Investidores gostam do acordo "um país, dois sistemas" celebrado com o Reino Unido em 1997, que garante sistemas legislativo e jurídico próprios, bem como sua própria moeda e economia capitalista até 2047.

A Autoridade Monetária de Hong Kong (banco central) e a Comissão de Valores e Futuros (agência que regulamenta os mercados de valores mobiliários e futuros) são vistas como instituições confiáveis e sofisticadas. É por isso que Hong Kong é a base para mais de 1,5 mil empresas multinacionais que usam isso como forma fácil de entrar no mercado chinês – 60% do investimento estrangeiro é feito através de Hong Kong.

Acima de tudo, Hong Kong oferece segurança aos investidores, incluindo alguns altos quadros do Partido Comunista que não gostariam que a crise perturbasse a economia. A liderança chinesa tem investimentos suficientes em blocos de apartamentos em Hong Kong e em ações de empresas importantes para manter a Polícia Armada Popular (força policial militar chinesa empregada para conter revoltas e protestos) à distância neste momento.
 

Madarame

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Tem que chamar o Chin pra acabar com os 1.3 bilhão de comunistas feios pra c***lho da mainland:

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Beren_

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E a própria liberdade - até certo ponto - é um conceito subjetivo, ou pelo menos aparenta ser.

Essa bela garota mora na China Comunista, diz ela que um dos motivos que fez ela sair do Brasil para viver lá foi o alto grau de liberdade. Ela se sente muito mais livre lá do que aqui, também - segundo ela - é um país que oferece muito mais oportunidades do que o Brasil.



E a própria democracia não é garantia de liberdade. Inclusive muitos libertários dizem que a democracia é uma forma de ditadura.

É uma baita confusão esse negócio de comunismo chinês, muitos especialistas dizem que a China não tem mais nada de comunista ou tem muito pouco.

Esse aqui morou lá e disse que na prática a China deixou de ser comunista faz tempo, muito tempo ( obviamente é no ponto de vista dele e da turma que defende a mesma tese )


Sim. A china de Mao era o mais proximo do "comunismo" digamops assim. A verdade eh que o comunismo em si, enquanto utopico, nunca existira com todas as características. O que teremos serão ditaduras que planificam a economia e destroem liberdades.

O caso da China moderna, é um caso de estudo novo, podemos dizer. Com a morte de Mao, ocorreu a abertura economica.
Basicamente, percebeu-se que, todos morreriam de fome na situação que existia né.
Porém. eles tem um modelo de governo super planificado, tecnicista, que percebeu que precisa de comercio com o resto do mundo para poder sobreviver.
Eles não tinham nada a oferecer basicamente, apenas alguma materia prima e mão de obra em abundancia.
Dai ofertaram barato essa mão de obra e permitiram empresas investir la.

Ou seja, eles seguiram alguns principios economicos ditos liberais. Mas por outro lado, mantem um lado politico e cultural muito repressor.
As liberdades individuais ainda não são muito respeitadas. Qualquer um pode ser punido ou sumir por não ser um "cidadão exemplar".
Mas, pros cidadões considerados "no padrão", a vida melhorou muito.
Ter mais liberdade na China do que no Brasil, ajuda a mostrar como estamos péssimos nesse quesito.

Eu não creio que esse sistema se mantenha sem cada vez mais controlar o povo, torna-los "robozinhos vigiados", que vivem pelo menos de "errar com o sistema" e serem punidos. E o sistema do medo, não é o melhor para se viver e se produzir.

Porem, a China entendeu a importancia de empreendedores e capital. E, não tem coisas como "direito autoral" etc. Dessa forma, muitas empresas que se instalaram lá, por serem parte chinesas, compartilham tecnologia. Foi assim que a China em poucos anos pulou da era das trevas pro seculo 21. Eles não desenvolveram tecnologia, eles importaram, e ai aprenderam, e ai sim, comecaram a desenvolver. Algo que deveriamos ter no Brasil e nunca foi permitido pq devemos "valorizar a pesquisa nacional".

Pèla forma que a China se aproxima das empresas, tendo elas como "parceiras" e ao mesmo tempo "subjugadas" (se não me engano toda empresa la é parte estatal), se assemelha com algumas características do fascismo nesse sentido. Porem, existe alguma proteção a propriedade pelo que entendo, mas não plena. O estado sempre pode resolver mudar as regras do jogo.

Dizer que a China hoje é apenas comunista, realmente é dificil. Ela parece absorver caracteristicas de vários sistemas de acordo com a vontade de quem está no poder.
 

Sgt. Kowalski

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Hong Kong não será repetição de Praça da Paz Celestial, diz jornal chinês

Por Estadão Conteúdo

O governo chinês afirma que a intervenção pela força nas manifestações de Hong Kong é uma possibilidade

access_time 16 ago 2019, 09h42


Policiais reprimem protestos em Hong Kong.


Hong Kong: "Se a situação piorar, Pequim tem meios e poder suficientes para reprimir os distúrbios rapidamente", afirmou o embaixador (Thomas Peter/Reuters)


Um jornal da China fez nesta sexta-feira, 16, uma rara referência à repressão na Praça da Paz Celestial (Tiananmen), um tabu no país, para afirmar que uma intervenção armada em Hong Kong não repetirá o massacre de junho de 1989 contra manifestantes civis em Pequim.
“Pequim não decidiu intervir pela força para acabar com os distúrbios em Hong Kong, mas esta opção – evidentemente – está disponível”, destaca o editorial do jornal em língua inglesa Global Times. Mas mesmo que o governo decida enviar tropas contra os manifestantes, “o incidente em Hong Kong não será uma repetição do incidente político de 4 de junho de 1989”, afirma a publicação.
Não há um número oficial da sangrenta repressão na Praça Tiananmen, mas alguns especialistas falam em mais de mil mortos.
Na quinta-feira, a China concentrou tropas na fronteira com Hong Kong e advertiu que não ficará “de braços cruzados” se o protesto pró-democracia se degradar no território semiautônomo, causando “preocupação” do presidente americano, Donald Trump, pelo risco de uma repressão violenta.
Se a situação “piorar”, Pequim tem “meios e poder suficientes para reprimir os distúrbios rapidamente”, afirmou o embaixador chinês em Londres, Liu Xiaoming.
Após dois meses de manifestações em Hong Kong a favor da democracia, a China trouxe de volta nos últimos dias o fantasma de uma intervenção para restabelecer a ordem no território.
O assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, pediu à China para não produzir um novo massacre. “Os chineses têm de tomar muito cuidado com os passos que derem porque o povo dos Estados Unidos se lembra da Praça da Paz Celestial, lembram a imagem do homem de pé em frente à fileira de tanques”, disse ele em entrevista à Voz da América.
Trump se declarou “preocupado” com o risco de uma repressão violenta dos protestos em Hong Kong e ressaltou que pretende conversar “em breve” com o presidente chinês, Xi Jinping. “Gostaria de verdade ver a China resolver de uma forma humana o problema em Hong Kong”, acrescentou.
Recado da China
Na quinta-feira, centenas de agentes da Polícia Armada Popular da China realizaram exercícios em um estádio esportivo de Shenzhen. Diplomatas asiáticos e ocidentais em Hong Kong disseram que Pequim quer fazer uma demonstração de força e enviar um recado, mas dificilmente enviará o Exército Popular de Libertação às ruas da cidade, pois tem consciência das consequências.
Era possível ver homens uniformizados em um estádio do Centro Esportivo da Baía de Shenzhen durante a manhã, e um jornalista da agência de notícias Reuters ouviu gritos e assobios. Mais tarde, a polícia realizou exercícios nos quais se dividiu em dois grupos, um deles usando camisetas pretas semelhantes às usadas por alguns manifestantes de Hong Kong. O outro grupo continuou de uniforme, empunhou escudos de contenção de multidões e praticou arremetidas contra o primeiro.
“Esta é a primeira vez que vi uma reunião de larga escala como essa”, disse Yang Ying, recepcionista de um centro de bem-estar instalado dentro do complexo de lojas do estádio. “Houve exercícios no passado, mas normalmente eles envolvem a polícia de trânsito”, acrescentou. “Nossos amigos, redes sociais, todos dizem que é por causa de Hong Kong.”
Dez semanas de protestos cada vez mais violentos entre a polícia e manifestantes mergulharam o território em sua pior crise desde que a China o recebeu de volta do Reino Unido em 1997. Os protestos representam um dos maiores desafios a Xi, desde que ele tomou posse, em 2012.
No estacionamento do estádio havia mais de 100 veículos paramilitares, incluindo caminhões de tropas, blindados de transporte de pessoal, ônibus e jipes. O Global Times, tabloide nacionalista ligado ao Partido Comunista, publicou um vídeo nesta semana que mostrou colunas de caminhões e blindados de transporte de pessoal percorrendo a cidade, e seu editor, Hu Xijin, descreveu a movimentação no Twitter como um “recado claro para os agitadores de Hong Kong”. (Com agências internacionais)
 

Guy_Debord

Bam-bam-bam
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Sim. A china de Mao era o mais proximo do "comunismo" digamops assim. A verdade eh que o comunismo em si, enquanto utopico, nunca existira com todas as características. O que teremos serão ditaduras que planificam a economia e destroem liberdades.

O caso da China moderna, é um caso de estudo novo, podemos dizer. Com a morte de Mao, ocorreu a abertura economica.
Basicamente, percebeu-se que, todos morreriam de fome na situação que existia né.
Porém. eles tem um modelo de governo super planificado, tecnicista, que percebeu que precisa de comercio com o resto do mundo para poder sobreviver.
Eles não tinham nada a oferecer basicamente, apenas alguma materia prima e mão de obra em abundancia.
Dai ofertaram barato essa mão de obra e permitiram empresas investir la.

Ou seja, eles seguiram alguns principios economicos ditos liberais. Mas por outro lado, mantem um lado politico e cultural muito repressor.
As liberdades individuais ainda não são muito respeitadas. Qualquer um pode ser punido ou sumir por não ser um "cidadão exemplar".
Mas, pros cidadões considerados "no padrão", a vida melhorou muito.
Ter mais liberdade na China do que no Brasil, ajuda a mostrar como estamos péssimos nesse quesito.

Eu não creio que esse sistema se mantenha sem cada vez mais controlar o povo, torna-los "robozinhos vigiados", que vivem pelo menos de "errar com o sistema" e serem punidos. E o sistema do medo, não é o melhor para se viver e se produzir.

Porem, a China entendeu a importancia de empreendedores e capital. E, não tem coisas como "direito autoral" etc. Dessa forma, muitas empresas que se instalaram lá, por serem parte chinesas, compartilham tecnologia. Foi assim que a China em poucos anos pulou da era das trevas pro seculo 21. Eles não desenvolveram tecnologia, eles importaram, e ai aprenderam, e ai sim, comecaram a desenvolver. Algo que deveriamos ter no Brasil e nunca foi permitido pq devemos "valorizar a pesquisa nacional".

Pèla forma que a China se aproxima das empresas, tendo elas como "parceiras" e ao mesmo tempo "subjugadas" (se não me engano toda empresa la é parte estatal), se assemelha com algumas características do fascismo nesse sentido. Porem, existe alguma proteção a propriedade pelo que entendo, mas não plena. O estado sempre pode resolver mudar as regras do jogo.

Dizer que a China hoje é apenas comunista, realmente é dificil. Ela parece absorver caracteristicas de vários sistemas de acordo com a vontade de quem está no poder.

Até onde eu entendo de marxismo-leninismo, China ainda segue essa idéia. O que eles querem, num geral, é capitalismo controlado pelo partido comunista, com forma-mercadoria e tudo mais. É exatamente o que a China é. Daí dá pra afirmar que o método mais eficiente de se fazer capitalismo é o marxista-leninista.
 

Beren_

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Até onde eu entendo de marxismo-leninismo, China ainda segue essa idéia. O que eles querem, num geral, é capitalismo controlado pelo partido comunista, com forma-mercadoria e tudo mais. É exatamente o que a China é. Daí dá pra afirmar que o método mais eficiente de se fazer capitalismo é o marxista-leninista.

Ou seja, eles descobriam que sem capitalismo não existe desenvolvimento humano.

Quanto a seguir Marxismo-leninismo. Eu preciso entender mais o modelo de governo baseado em hierarquia partidária deles.
Eu somente vi algumas matérias, nunca li nada profundo para formar uma opinião bem embasada.
Mas a hierarquia forte ali iria bastante contra a ideia social-comunista "raiz" digamos assim.

O que não se tem duvida. É que é uma ditadura procurando a cada dia métodos de controlar as pessoas mais, porem ainda dando uma impressão de liberdade e prosperidade.
Acredito que o caso da China ainda vai dar muito o que falar.
 

Goris

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Manifestantes de Hong Kong pedem boicote ao filme 'Mulan' após atriz apoiar ação da polícia em protestos

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Liu Yifei, atriz que vai estrelar a versão do filme “Mulan” com atores recebeu críticas no Twitter após declarar seu apoio aos policiais de Honk Kong através de uma mensagem na Weibo, rede social famosa na China.

Manifestantes pró-democracia acusam a polícia de uso excessivo de força ao tentar conter os protestos em Hong Kong, que já duram mais de dois meses.

“Eu apoio os policiais de Hong Kong. Vocês todos podem me atacar agora. Que vergonha para Hong Kong”, escreveu a atriz em sua conta na Weibo, uma rede social chinesa parecida com o Twitter.

Imediatamente, as pessoas passaram a usar a hashtag no Twitter, rede social que tem uso proibido na China, pedindo boicote ao filme "Mulan". O live-action tem previsão de lançamento para 2020.

Os usuários do Twitter acusam a atriz de apoiar a brutalidade polícia. Em algumas postagens, internautas chamam a atenção para o fato de ela ser uma cidadã americana. “Liu é naturalizada americana. Isso deve ser legal. Mas enquanto isso, ela irrita as pessoas que lutam pela democracia”, escreveu um usuário do Twitter.

Por outro lado, Liu recebeu muitos elogios no Weibo. Segundo informou a CNN, quase todos os comentários em seu post citavam apoio à polícia de Hong Kong e Pequim.

Uma sino-americana, resta saber se eapertalhona querendo ficar bem na fita com o governo ou uma inocente cabeça de vento, similar aos brasileiros que defendem a Venezuela como uma democracia sob ataque.

Infelizmente vou pela primeira. Maaaaas, sempre posso estar errado.
 

Guy_Debord

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Ou seja, eles descobriam que sem capitalismo não existe desenvolvimento humano.

Quanto a seguir Marxismo-leninismo. Eu preciso entender mais o modelo de governo baseado em hierarquia partidária deles.
Eu somente vi algumas matérias, nunca li nada profundo para formar uma opinião bem embasada.
Mas a hierarquia forte ali iria bastante contra a ideia social-comunista "raiz" digamos assim.

O que não se tem duvida. É que é uma ditadura procurando a cada dia métodos de controlar as pessoas mais, porem ainda dando uma impressão de liberdade e prosperidade.
Acredito que o caso da China ainda vai dar muito o que falar.

Sobre controlar as pessoas dando aparência de liberdade, bem vindo ao capitalismo.

Recomendo ler o criador da ideia, Lênin, e depois os textos do Mao, pq tem diferença. Tanto que o marxismo-leninismo da china ficou conhecido como "maoísmo" no final das contas, mas a origem está no Lênin mesmo. No marxist.org vc consegue esses textos gratuitamente.

No mais, foi isso aí mesmo que descobriram? Tem certeza é? Engraçado, pq vc acabou de dizer que nunca se aprofundou nessa idéia. Como vc sabe disso? Quer dizer, como vc sabe se Mao e Lênin sequer tentaram implantar socialismo sendo que vc nunca leu o que esses caras falam?
 
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Alberon

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Manifestantes de Hong Kong pedem boicote ao filme 'Mulan' após atriz apoiar ação da polícia em protestos

2959b4267f4afc7d8598df2891609885.jpg;,,;3,480x,1;


Liu Yifei, atriz que vai estrelar a versão do filme “Mulan” com atores recebeu críticas no Twitter após declarar seu apoio aos policiais de Honk Kong através de uma mensagem na Weibo, rede social famosa na China.

Manifestantes pró-democracia acusam a polícia de uso excessivo de força ao tentar conter os protestos em Hong Kong, que já duram mais de dois meses.

“Eu apoio os policiais de Hong Kong. Vocês todos podem me atacar agora. Que vergonha para Hong Kong”, escreveu a atriz em sua conta na Weibo, uma rede social chinesa parecida com o Twitter.

Imediatamente, as pessoas passaram a usar a hashtag no Twitter, rede social que tem uso proibido na China, pedindo boicote ao filme "Mulan". O live-action tem previsão de lançamento para 2020.

Os usuários do Twitter acusam a atriz de apoiar a brutalidade polícia. Em algumas postagens, internautas chamam a atenção para o fato de ela ser uma cidadã americana. “Liu é naturalizada americana. Isso deve ser legal. Mas enquanto isso, ela irrita as pessoas que lutam pela democracia”, escreveu um usuário do Twitter.

Por outro lado, Liu recebeu muitos elogios no Weibo. Segundo informou a CNN, quase todos os comentários em seu post citavam apoio à polícia de Hong Kong e Pequim.

Uma sino-americana, resta saber se eapertalhona querendo ficar bem na fita com o governo ou uma inocente cabeça de vento, similar aos brasileiros que defendem a Venezuela como uma democracia sob ataque.

Infelizmente vou pela primeira. Maaaaas, sempre posso estar errado.



Duvido que seja a segunda opção, essa aí quer um lugarzinho de destaque ao lado do partido comunista.
Tomara que o filme agora seja um fracasso retumbante, vamos ver se tem tantos chineses assim com tempo livre, para ver esse filme. Mais de 1 bilhão de habitantes, a margem é alta.
Os nascidos em Hong Kong nem se consideram chineses, aí vem uma chinesa naturalizada americana, em um dos países que mais respeitam a Liberdade pra dizer que é "uma vergonha para Hong Kong". :facepalm
Eu gosto de artistas "chineses" (a maioria dos famosos devem ser todos de Hong Kong), mas quando eu associo a arte deles com a m**** da opinião favorável a uma ditadura socialista, eu já declaro como morto.
Quero ver qual é a posição da Disney, onde sua atriz principal de um de seus filmes é a favor de policiais comunistas massacrando pessoas inocentes.
 
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Goris

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Quero ver qual é a posição da Disney, onde sua atriz principal de um de seus filmes é a favor de policiais comunistas massacrando pessoas inocentes.
Os SJWs são igual aquela meme do Lula Molusco, ditadura chinesa oprimindo inocentes - dormindo. Matando inocentes - dormindo. Aí a polícia dos EUA atira num bandido negro - Ditadura, nazismo, assassinos, #Somos.a.Resistência!
 

Beren_

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Sobre controlar as pessoas dando aparência de liberdade, bem vindo ao capitalismo.

Recomendo ler o criador da ideia, Lênin, e depois os textos do Mao, pq tem diferença. Tanto que o marxismo-leninismo da china ficou conhecido como "maoísmo" no final das contas, mas a origem está no Lênin mesmo. No marxist.org vc consegue esses textos gratuitamente.

No mais, foi isso aí mesmo que descobriram? Tem certeza é? Engraçado, pq vc acabou de dizer que nunca se aprofundou nessa idéia. Como vc sabe disso? Quer dizer, como vc sabe se Mao e Lênin sequer tentaram implantar socialismo sendo que vc nunca leu o que esses caras falam?

lol.
Entao no capitalismo, uma pessoa controla todas as outras? Explique como.

Lenin não foi o criador de ideia nenhuma. Foi um cara que aproveitou-se de um cenario politico economico ruim para chegar ao poder. Um populista como muitos outros. Nada de novo.

Eu nunca em aprofundei no sistema de governo da china. Eles tem um sistema basicamente diferente de recompensa / punicoes e hierarquia. Nisso que eu nunca me aprofundei.

Voce tem a manha de falhar até na leitura de textos simples.
 

Guy_Debord

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lol.
Entao no capitalismo, uma pessoa controla todas as outras? Explique como.

Lenin não foi o criador de ideia nenhuma. Foi um cara que aproveitou-se de um cenario politico economico ruim para chegar ao poder. Um populista como muitos outros. Nada de novo.

Eu nunca em aprofundei no sistema de governo da china. Eles tem um sistema basicamente diferente de recompensa / punicoes e hierarquia. Nisso que eu nunca me aprofundei.

Voce tem a manha de falhar até na leitura de textos simples.

Convenhamos que vc não escreve lá muito bem né amigão.

Enfim, é essa tua mania de achar que sabe das coisas e ao mesmo tempo não ir ler os textos mais básicos da ideia por puro preconceito que provavelmente explica o fato de vc ser todo libertário aí. A mediocridade da direita que vc representa extremamente bem nesse post, com preconceito em relação a autores importantes como Lênin, me deixa extremamente feliz. Continue sempre assim Beren!

Depois respondo sobre o lance do capitalismo, estou ocupado agora, infelizmente.
 

Fracer

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Eu preciso entender mais o modelo de governo baseado em hierarquia partidária deles.
Eu somente vi algumas matérias, nunca li nada profundo para formar uma opinião bem embasada.
Mas a hierarquia forte ali iria bastante contra a ideia social-comunista "raiz" digamos assim.

O que não se tem duvida. É que é uma ditadura procurando a cada dia métodos de controlar as pessoas mais, porem ainda dando uma impressão de liberdade e prosperidade.
Acredito que o caso da China ainda vai dar muito o que falar.
Parece que eles se inspiraram no modelo de Cingapura e também no confucionismo:

Em dezembro de 2018, os chineses comemoram os 40 anos das reformas e 40 anos de crescimento econômico que possibilitaram a retirada de mais de 1 bilhão de chineses da miséria e transforam o país na maior economia do mundo (em poder de paridade de compra – ppp). Do ponto de vista de escala do desenvolvimento econômico a China é o maior caso de sucesso econômico da história, o que só foi possível com as reformas.

Quando o círculo interno do Partido Comunista da China endossou uma nova direção para o país em dezembro de 1978, poucos teriam imaginado as imensas mudanças que seriam desencadeadas. O esforço de Deng Xiaoping por “reforma e abertura” lançou a ascensão da China dos destroços à primeira economia (medida em ppp) do mundo. Em 29 de janeiro de 1979, a bandeira vermelha da China foi hasteada na Casa Branca, quando o presidente dos EUA recebeu Deng Xiaoping, o primeiro líder chinês a visitar os EUA desde a Revolução Comunista de 1949.

Com o objetivo de reconstruir a economia das ruínas da falência de três décadas de economia planificada de Mao Tsé-Tung, Deng inaugurou uma nova diplomacia chinesa para se adequar à agenda doméstica de desenvolvimento econômico do país. Ele observou que a paz e o desenvolvimento eram os dois temas principais do mundo, substituindo a doutrina revolucionária da diplomacia de “Três Mundos” de Mao. A máxima de Mao era alinhar-se com as nações em desenvolvimento do “Terceiro Mundo”, unir as potências em desenvolvimento do “Segundo Mundo” e se opor às duas superpotências: o Imperialismo Americano e o Imperialismo da União Soviética(URSS). Na verdade as relações entre China e URSS vinham se deteriorando ao longo do tempo.

Então, a política externa chinesa tornou-se mais ativa, pragmática e flexível, com esforços concentrados na melhoria das relações com o Ocidente e especialmente com os EUA. Além da visita de Deng aos EUA em 1979, o novo líder chinês fez uma viagem ao Japão – na época a segunda maior economia do mundo – para declarar a promulgação do Tratado de Paz e Amizade China-Japão com o primeiro-ministro japonês Takeo Fukuda; e também uma visita a Cingapura (de Lee Kuan Yew), na qual ele copiou as sementes para a replicação do modelo de Cingapura no desenvolvimento futuro da China.

http://www.ihu.unisinos.br/78-notic...oping-e-o-renascimento-da-china-como-potencia


A elite dirigente chinesa diz que o sistema defendido pelos americanos não funciona, que 90% das democracias - que surgiram após o colapso da URSS - fracassaram. Diante dessa situação, segundo eles, não é viável copiar ou defender um sistema que tende ao fracasso.

Segundo essa matéria o sistema chinês é predominantemente meritocrático, com democracia pura apenas na base do partido. E para o sujeito subir na hierarquia o filtro fica cada vez mais técnico, até alcançar o posto de secretário geral e presidente da China.

Aqui tem os detalhes de como funciona o modelo chinês:
Como a elite de Pequim vê o mundo

Veja sete temas debatidos com burocratas, acadêmicos e empresários chineses

Como a elite que governa a China vê o mundo? No final de semana, participei de um diálogo entre alguns estudiosos e jornalistas estrangeiros, e burocratas, acadêmicos e empresários chineses, organizado pelo Centro Acadêmico para a Prática e Teoria Econômica Chinesa, da Universidade Tsinghua. A discussão foi a mais franca de que já participei em meus 25 anos de visitas à China.

Abaixo, sete proposições sobre as quais nossos interlocutores discorreram.

A China precisa de um governo central forte:


A conclusão que os participantes extraíram foi a de que o Partido Comunista, com cerca de 90 milhões de membros, é essencial para a unidade nacional. Mas a corrupção e disputas entre facções vinham ameaçando a legitimidade do partido. Um importante dirigente chegou a dizer que Xi Jinping "salvou o partido, o país e as forças armadas". Essa perspectiva também justifica o fim da limitação ao número de mandatos presidenciais que uma pessoa pode exercer - o que, enfatizaram os participantes, não significa domínio perpétuo por um só homem.

Os modelos ocidentais são encarados com descrédito:

Os chineses desenvolveram um sistema estatal governado por uma elite tecnocrática com nível educacional elevado
, operando sob o controle do partido. É o sistema que dominou a China na era imperial, em forma moderna. A atração que a democracia em estilo ocidental exerceu sobre a elite chinesa terminou por definhar. Os participantes enfatizaram a deficiência de investimento em ativos físicos e humanos pelos estados ocidentais, a baixa qualidade de muitos de seus líderes e a instabilidade de suas economias. Um participante acrescentou que "90% das democracias criadas depois da queda da União Soviética fracassaram". Esse é um risco inaceitável.

Tudo isso serviu para reforçar a confiança no modelo singular da China. O que não quer dizer que haverá um retorno à economia controlada. Pelo contrário. Nas palavras de um participante, "acreditamos que o mercado tem papel fundamental na alocação de recursos. Mas o governo precisa desempenhar o papel decisivo. Ele cria a estrutura para o mercado. O governo deveria promover o empreendedorismo e proteger a economia privada". Um participante até insistiu em que a ideia de um "líder central" poderia conduzir a um governo forte e à liberdade econômica.

A China não quer dirigir o mundo:

Esse sentimento foi expressado repetidamente. De qualquer forma, não existe uma visão de consenso sobre o que fazer. Mas, como insistiu um importante funcionário do governo chinês, no contexto específico do relacionamento com os Estados Unidos, "devemos cooperar, e lidar com os problemas compartilhados".

A China está sob ataque pelos Estados Unidos:

Um participante argumentou que "os Estados Unidos já dispararam quatro flechas contra a China: Mar da China Meridional, Taiwan, o Dalai Lama e agora o comércio internacional". Trata-se portanto de um ataque sistemático. Muitos dos participantes antecipam que a situação vá se agravar. Isso não acontecerá por conta do que a China tenha feito, mas porque os americanos agora consideram a China como ameaça à sua hegemonia econômica e militar.

Os objetivos americanos nas negociações de comércio são incompreensíveis:

Pessoas envolvidas diretamente nas negociações comerciais não conseguem entender o que os Estados Unidos querem. Donald Trump quer mesmo um acordo, elas imaginam, ou deseja apenas criar mais conflitos? Um dos funcionários chineses sugeriu que seu governo gostaria de tornar o programa Made in China 2025 "uma vantagem para todo o mundo". Mas o avanço tecnológico chinês é inegociável. Além disso, como a China pode reduzir o desequilíbrio em seu comércio bilateral com os Estados Unidos quando este impõe controles sobre a exportação de bens estrategicamente delicados e não dispõe da infraestrutura para exportar carvão e petróleo em termos competitivos?

A China sobreviverá a esses ataques:

Os participantes chineses pareciam razoavelmente confiantes em que seu país superaria os desafios que estão por vir. Um deles apontou que a China já é um país industrial imenso. Seu setor manufatureiro é igual dos Estados Unidos, Japão e Alemanha combinados. O número de trabalhadores capacitados do país é enorme. Sua economia também depende menos do que no passado do comércio internacional.

Além disso, disse outro participante, o setor de negócios dos Estados Unidos está profundamente envolvido com a economia chinesa, e depende pesadamente dela. O povo chinês, enfatizaram outros, provavelmente suportaria privações mais facilmente do que o povo americano. E os chineses não aceitam intimidação da parte dos americanos. De fato a liderança chinesa não tem como ignorar a opinião pública ao discutir concessões. O que quer que venha a acontecer, disseram alguns deles, a ascensão da China não será detida.

Além disso, apontaram, a China é capaz de desafiar o domínio militar americano no oeste do Pacífico, onde o poderio do país está em alta.

Este ano será um teste:

China e os Estados Unidos terão um relacionamento complexo e repleto de riscos, em longo prazo. Mas um dos participantes apontou que "este será um ano de teste. Se as coisas forem na direção certa, tudo ficará bem; se forem na direção errada, será um terremoto". O progresso conquistado quanto à Coreia, uma área na qual China e Estados Unidos colaboram, pode representar prenúncio de um resultado positivo; a fricção quanto ao comércio pode ser um presságio de desastre. A direção que o relacionamento entre os dois países vier a tomar pode mudar o mundo.





A estrutura política e social do Partido Comunista que fez da China um líder do mundo capitalista

A política na China tem pelo menos duas grandes contradições. A primeira delas é a de possuir o maior partido político do mundo, mas não ter eleições livres. A segunda está no fato de o presidente, que é do Partido Comunista, ter por missão principal o desafio de levar os chineses à liderança econômica do mundo capitalista.

O Congresso do PCC (Partido Comunista da China) se converte, a cada cinco anos, no desfile mais importante dessas e de outras contradições. O Congresso renova as linhas ideológicas do Partido e define os novos nomes das estruturas de governança. Seu período de duração é chamado de um verdadeiro "mistério" pelo jornal britânico The Guardian. O congresso do PCC ocorre em um salão chamado Salão do Povo. Ele está localizado na Praça da Paz, que ficou conhecida mundialmente pelas cenas de guerra ocorridas em 1989, quando o regime avançou com colunas de tanques contra manifestantes, levando à morte de entre 700 e 4.000, dependendo das fontes. O atual Congresso confirmou a permanência no poder do atual presidente, Xi Jinping.

Para saber como isso influencia o futuro da China e do mundo, o Nexo conversou por telefone com o professor de relações internacionais da FGV Oliver Stuenkel. Ele já esteve várias vezes na China, incluindo uma visita realizada no ano de 2012, durante o Congresso anterior. Stuenkel é autor do livro "Brics e o Futuro da Ordem Global". A sigla Brics se refere à inicial dos nomes dos países que compõem o bloco: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Como é escolhido o presidente da China?

OLIVER STUENKEL - O Partido Comunista é a instituição central do Estado chinês, que se inspira numa visão leninista de Estado {vertente do comunismo, do início do século 20, que, entre outras coisas, defende a centralidade do partido em todas as esferas de uma determinada sociedade}. Esse partido governa a China desde 1949 {ano da revolução comunista comandada por Mao Tsé-Tung}. A pessoa mais importante e poderosa da China é o secretário-geral do Partido Comunista. Só mais tarde veio a prática de que essa pessoa também seria presidente da China. O Xi Jinping, hoje, é, acima de tudo, secretário-geral do Partido Comunista. Isso é que dá a ele todo o poder que ele tem. Só as pessoas que fazem parte desse partido têm, de fato, como participar do processo. O processo que fez Xi Jinping chegar aonde chegou é semelhante ao processo de uma corporação gigante, que seleciona pessoas quando elas saem da faculdade. Fazendo parte do partido, esses jovens conseguem ter acesso privilegiado às estruturas de poder do país. O processo é parecido com o de qualquer Exército, onde as pessoas começam na patente mais baixa e vão subindo na carreira, ao longo de décadas. Inicialmente, a pessoa inicia num pequeno colégio no interior. Depois, coordena uma fábrica. Em seguida, pode se transformar em prefeito de uma pequena cidade. Depois, vice-governador. Depois, chefe de alguma associação de representação de produtores de automóveis. Em seguida, governador. Assim, vai subindo até fazer parte do órgão mais elevado do partido, que é o Politburo. O presidente é selecionado, então, entre os membros do Politburo. O mesmo acontece com o primeiro-ministro. Então, quando falamos do processo pelo qual o presidente da China é escolhido, estamos falando essencialmente do processo de como o secretário-geral do Partido Comunista é escolhido. Há uma fusão entre Estado e partido, mas não existe Estado sem partido na China. Ou seja, o partido é o órgão central do Estado chinês.


Qual o tamanho do Partido Comunista e quem pode fazer parte dele ?

OLIVER STUENKEL - O Partido Comunista tem uma importância muito grande não só no sistema político, mas também no sistema social da China. Ele tem 88 milhões de membros. Na sociedade chinesa, o partido tem uma legitimidade enorme. Por incrível que pareça para nós, o Partido Comunista é visto por eles não apenas como um membro da família de todos os chineses, mas também como chefe da família. Ou seja, o partido tem uma função social muito importante. Ele está muito presente na vida diária das pessoas. É um sistema comunista-leninista clássico que, na linguagem oficial, se chama centralismo democrático.

Vale a pena destacar que, dentro da estrutura do partido, os debates são relativamente francos, embora seja difícil acompanhar isso estando fora.

O que faz desse sistema um sistema não democrático ?

OLIVER STUENKEL - Não existem outros partidos. É preciso ser membro de um partido só. Qualquer pessoa que articule o desejo de um sistema multipartidário corre o risco de ser preso, de sofrer punição, na China. É um clássico sistema de partido único. De certa maneira existe um monopólio do poder. Esse é um partido que, na sua própria visão, nunca deixará o poder. Há muitas classificações diferentes no mundo acadêmico do que seja uma democracia, sobre quais são os elementos mais importantes de um sistema democrático, mas a definição mais curta é que a democracia existe num país no qual governos perdem eleições e saem do poder, onde a oposição pode assumir o poder depois de uma eleição.

Esse mecanismo não existe na China. Lá, o Partido Comunista governa desde 1949 e, desde então, não houve nenhum outro partido no poder. Qualquer ascensão de um partido além do Partido Comunista seria visto como um desafio existencial ao sistema político porque há uma fusão completa entre partido e Estado. Para dar um exemplo: o prefeito de Xangai não é a pessoa que de fato toma as decisões mais importantes. Elas são tomadas pelo chefe do Partido Comunista da cidade de Xangai, que pode até ser, em alguns casos, o prefeito também. Mas, se não for, o prefeito acaba cumprindo acima de tudo uma função cerimonial.


Como é possível que um país governado pelo Partido Comunista seja uma potência comercial do mundo capitalista ?

OLIVER STUENKEL - Esse é a grande questão que esse partido gera no mundo. O Partido Comunista {chinês} é uma das instituições mais peculiares do mundo. Ao longo de décadas, muitos analistas que dedicaram suas vidas a estudar esse partido fizeram previsões de que essa instituição não poderia se adaptar às profundas mudanças pelas quais a China tem passado. Mas, se você pensa no que a China era quando o Partido Comunista assumiu o poder {em 1949} e no que o país se converteu depois, você vê que é um partido que se adapta completamente e que sobrevive às mais profundas transformações da sociedade chinesa.

A China era um país agrário, totalitário, com perseguição, que, agora, transformou-se numa super-potência capitalista. O país passou por enormes transformações. Antigamente, empresários não podiam fazer parte do partido. Hoje, isso é comum. Então, o partido abriu-se, adaptou-se e, com isso, conseguiu manter-se no centro desse sistema político e econômico.

Há uma frase famosa do Partido Comunista da China que é: "a prática é o único critério da verdade". Isso quer dizer basicamente o seguinte: "a gente faz o que funciona". Ou seja, apesar de toda a linguagem sobre ideologia etc., o que tem marcado o sistema político atual chinês é o pragmatismo extremo. Isso explica porque a China consegue se adaptar a essa nova realidade.

Quando a gente viaja pela China, vê pessoas com carros de luxo, carros caros, vemos na China a existência de uma sociedade extremamente consumista. Entretanto, a estrutura política chinesa, ainda mantém uma característica que é, acima de tudo, comunista. Então, esse é um país que, por um lado, tem esse elemento capitalista, de consumo, o que marca muito fortemente a cultura chinesa hoje, mas, por outro lado, se {Vladimir} Lênin {líder comunista que comandou a União Soviética no início do século 20} estivesse vivo hoje ele reconheceria o Partido Comunista da China imediatamente como uma instituição que se orienta pelos princípios articulados por ele.




Qual a influência do 19º Congresso do Partido Comunista para o mundo e para o Brasil ?

OLIVER STUENKEL - Esse 19º Congresso foi o mais importante em décadas. Na China, o presidente tem dois mandatos de cinco anos cada um. Cada presidente costuma ficar dois mandatos seguidos. O atual presidente, Xi Jinping, cumpriu o primeiro. Vai para o segundo. Ele é diferente dos presidentes anteriores. Ele conseguiu concentrar o poder de uma maneira que poucos outros, antes, na história chinesa, conseguiram. Talvez, os únicos que conseguiram isso foram Mao {Tsé-Tung, fundador do comunismo chinês} e Deng Xiaoping {líder comunista que governou de 1978 a 1992}, que foi quem abriu a China para o capitalismo.

Xi Jinping tem essa personalidade do líder que concentra muito poder. Isso coincide com o momento no qual a China se converte na principal potência do mundo. Com isso, vem uma série de privilégios, mas também muitos desafios. O país foi transformado num país mais assertivo e confiante, mas, ao mesmo tempo, com profundos desafios à legitimidade do Partido Comunista.

Nós costumamos pensar que nossa época é decisiva para o futuro, mas muito indica que muito do futuro da China e do futuro da ordem global depende da capacidade de Xi Jinping se aproveitar deste Congresso. Há muitas pessoas dizendo, inclusive, que ele não tem a intenção de deixar o poder daqui a cinco anos. Ele planejaria se transformar numa das pessoas mais poderosas na história moderna para guiar esse processo perigoso pelo qual a China passa neste momento de se tornar âncora principal da ordem internacional, algo novo e que traz uma série de desafios, que nenhum governo chinês tinha encarado antes.

Nós vemos isso ao redor do mundo: Não tem mais saída para as mudanças climáticas sem a China. De repente, o mundo inteiro precisa da China. Então, há muita coisa dependendo desse Congresso {o país vem tentando fortalecer um mercado consumidor e criar um mercado investidor interno para balancear a importância do comércio internacional, por exemplo, enquanto fala em fortalecer o socialismo de mercado}. A China preenche o vácuo de poder deixado pelos EUA. Diante disso, nenhum país do mundo tem a possibilidade de não acompanhar de perto o que está acontecendo na China.

https://www.nexojornal.com.br/entre...cionam-as-eleições-e-o-partido-único-da-China

O UM BRASIL entrevista o filósofo canadense, professor das universidades de Shandong e Tsinghua, Daniel A. Bell. Na conversa com Renato Galeno, ele explica o modelo do Estado chinês - baseado na meritocracia. Ainda, o filósofo analisa a influência do pensamento confucionista na sociedade chinesa e a emergência da sustentabilidade e do combate à corrupção como as principais prioridades do Partido Comunista. Segundo Bell, transformações sociais devem tornar o gigante asiático mais aberto, mas dificilmente uma democracia eleitoral.



Sucesso do Partido Comunista da China atrai a atenção mundial
O sucesso econômico e a crescente influência que a China alcançou sob a liderança do partido estão atraindo a atenção nacional e mundial. Enquanto o Partido Comunista celebra seu aniversário de fundação, a comunidade internacional está prestando atenção especial para ver como a China irá traçar seu futuro. Quais são as prioridades do partido para os próximos anos ? Como a liderança fará suas escolhas ? E quais são as implicações para os formuladores de políticas globais ao lidar com a China ?

O UM BRASIL entrevista o filósofo canadense, professor das universidades de Shandong e Tsinghua, Daniel A. Bell. Na conversa com Renato Galeno, ele explica o modelo do Estado chinês - baseado na meritocracia. Ainda, o filósofo analisa a influência do pensamento confucionista na sociedade chinesa e a emergência da sustentabilidade e do combate à corrupção como algumas das principais prioridades do Partido Comunista. Segundo Bell, transformações sociais devem tornar o gigante asiático mais aberto, mas dificilmente uma democracia eleitoral.

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Beren_

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Convenhamos que vc não escreve lá muito bem né amigão.

Enfim, é essa tua mania de achar que sabe das coisas e ao mesmo tempo não ir ler os textos mais básicos da ideia por puro preconceito que provavelmente explica o fato de vc ser todo libertário aí. A mediocridade da direita que vc representa extremamente bem nesse post, com preconceito em relação a autores importantes como Lênin, me deixa extremamente feliz. Continue sempre assim Beren!

Depois respondo sobre o lance do capitalismo, estou ocupado agora, infelizmente.

Meu "erro" foi ao responder voce, imaginar que voce seria capaz de se portar como um ser humano civilizado, capaz de conversar, discutir, e não passar para tentativas de ataques pessoais por um "desafeto por discordancia de ideias".
Voce deve pensar "ah, fiz o Beren passar mó vergonha, ele admitiu não saber algo".
Na verdade, você que passou vergonha, pois todos percebem sua índole real e incapacidade de manter um diálogo racional. Ninguém é obrigado a saber tudo, nem capaz disso, admitir isso é apenas humildade e entender que se é humano. Só quem acredita que "saber tudo" seja possivel são os defensores de economia planificada.
Mas o que esperar né? É bom que aprendo.

Voce, sábio como é, defende sistemas que assassinam milhões, e ainda não sabe defender como fazer calculo economico no sistema que voce tanto defende.


Não saber UMA especificidade, não significa não saber nada. Eu não defendo sistema chines, que por sinal., eu estou falando do sistema interno do governo, que faz eleições la acho que de 5 em 5 anos somente dentro do partido. Isso, que são os detalhes específicos de funcionamento do governo na China. Eu nunca me "aprofundei".
Mediocre, não é ser ignorante em um assunto, é ser completamente ignorante quando ao que se defende, como defender comunismo e não saber porque nunca "funciona".
 
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Beren_

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Parece que eles se inspiraram no modelo de Cingapura e também no confucionismo:

Em dezembro de 2018, os chineses comemoram os 40 anos das reformas e 40 anos de crescimento econômico que possibilitaram a retirada de mais de 1 bilhão de chineses da miséria e transforam o país na maior economia do mundo (em poder de paridade de compra – ppp). Do ponto de vista de escala do desenvolvimento econômico a China é o maior caso de sucesso econômico da história, o que só foi possível com as reformas.

Quando o círculo interno do Partido Comunista da China endossou uma nova direção para o país em dezembro de 1978, poucos teriam imaginado as imensas mudanças que seriam desencadeadas. O esforço de Deng Xiaoping por “reforma e abertura” lançou a ascensão da China dos destroços à primeira economia (medida em ppp) do mundo. Em 29 de janeiro de 1979, a bandeira vermelha da China foi hasteada na Casa Branca, quando o presidente dos EUA recebeu Deng Xiaoping, o primeiro líder chinês a visitar os EUA desde a Revolução Comunista de 1949.

Com o objetivo de reconstruir a economia das ruínas da falência de três décadas de economia planificada de Mao Tsé-Tung, Deng inaugurou uma nova diplomacia chinesa para se adequar à agenda doméstica de desenvolvimento econômico do país. Ele observou que a paz e o desenvolvimento eram os dois temas principais do mundo, substituindo a doutrina revolucionária da diplomacia de “Três Mundos” de Mao. A máxima de Mao era alinhar-se com as nações em desenvolvimento do “Terceiro Mundo”, unir as potências em desenvolvimento do “Segundo Mundo” e se opor às duas superpotências: o Imperialismo Americano e o Imperialismo da União Soviética(URSS). Na verdade as relações entre China e URSS vinham se deteriorando ao longo do tempo.

Então, a política externa chinesa tornou-se mais ativa, pragmática e flexível, com esforços concentrados na melhoria das relações com o Ocidente e especialmente com os EUA. Além da visita de Deng aos EUA em 1979, o novo líder chinês fez uma viagem ao Japão – na época a segunda maior economia do mundo – para declarar a promulgação do Tratado de Paz e Amizade China-Japão com o primeiro-ministro japonês Takeo Fukuda; e também uma visita a Cingapura (de Lee Kuan Yew), na qual ele copiou as sementes para a replicação do modelo de Cingapura no desenvolvimento futuro da China.


http://www.ihu.unisinos.br/78-notic...oping-e-o-renascimento-da-china-como-potencia


A elite dirigente chinesa diz que o sistema defendido pelos americanos não funciona, que 90% das democracias - que surgiram após o colapso da URSS - fracassaram. Diante dessa situação, segundo eles, não é viável copiar ou defender um sistema que tende ao fracasso.

Segundo essa matéria o sistema chinês é predominantemente meritocrático, com democracia pura apenas na base do partido. E para o sujeito subir na hierarquia o filtro fica cada vez mais técnico, até alcançar o posto de secretário geral e presidente da China.

Aqui tem os detalhes de como funciona o modelo chinês:
Como a elite de Pequim vê o mundo

Veja sete temas debatidos com burocratas, acadêmicos e empresários chineses

Como a elite que governa a China vê o mundo? No final de semana, participei de um diálogo entre alguns estudiosos e jornalistas estrangeiros, e burocratas, acadêmicos e empresários chineses, organizado pelo Centro Acadêmico para a Prática e Teoria Econômica Chinesa, da Universidade Tsinghua. A discussão foi a mais franca de que já participei em meus 25 anos de visitas à China.

Abaixo, sete proposições sobre as quais nossos interlocutores discorreram.

A China precisa de um governo central forte:


A conclusão que os participantes extraíram foi a de que o Partido Comunista, com cerca de 90 milhões de membros, é essencial para a unidade nacional. Mas a corrupção e disputas entre facções vinham ameaçando a legitimidade do partido. Um importante dirigente chegou a dizer que Xi Jinping "salvou o partido, o país e as forças armadas". Essa perspectiva também justifica o fim da limitação ao número de mandatos presidenciais que uma pessoa pode exercer - o que, enfatizaram os participantes, não significa domínio perpétuo por um só homem.

Os modelos ocidentais são encarados com descrédito:

Os chineses desenvolveram um sistema estatal governado por uma elite tecnocrática com nível educacional elevado
, operando sob o controle do partido. É o sistema que dominou a China na era imperial, em forma moderna. A atração que a democracia em estilo ocidental exerceu sobre a elite chinesa terminou por definhar. Os participantes enfatizaram a deficiência de investimento em ativos físicos e humanos pelos estados ocidentais, a baixa qualidade de muitos de seus líderes e a instabilidade de suas economias. Um participante acrescentou que "90% das democracias criadas depois da queda da União Soviética fracassaram". Esse é um risco inaceitável.

Tudo isso serviu para reforçar a confiança no modelo singular da China. O que não quer dizer que haverá um retorno à economia controlada. Pelo contrário. Nas palavras de um participante, "acreditamos que o mercado tem papel fundamental na alocação de recursos. Mas o governo precisa desempenhar o papel decisivo. Ele cria a estrutura para o mercado. O governo deveria promover o empreendedorismo e proteger a economia privada". Um participante até insistiu em que a ideia de um "líder central" poderia conduzir a um governo forte e à liberdade econômica.

A China não quer dirigir o mundo:

Esse sentimento foi expressado repetidamente. De qualquer forma, não existe uma visão de consenso sobre o que fazer. Mas, como insistiu um importante funcionário do governo chinês, no contexto específico do relacionamento com os Estados Unidos, "devemos cooperar, e lidar com os problemas compartilhados".

A China está sob ataque pelos Estados Unidos:

Um participante argumentou que "os Estados Unidos já dispararam quatro flechas contra a China: Mar da China Meridional, Taiwan, o Dalai Lama e agora o comércio internacional". Trata-se portanto de um ataque sistemático. Muitos dos participantes antecipam que a situação vá se agravar. Isso não acontecerá por conta do que a China tenha feito, mas porque os americanos agora consideram a China como ameaça à sua hegemonia econômica e militar.

Os objetivos americanos nas negociações de comércio são incompreensíveis:

Pessoas envolvidas diretamente nas negociações comerciais não conseguem entender o que os Estados Unidos querem. Donald Trump quer mesmo um acordo, elas imaginam, ou deseja apenas criar mais conflitos? Um dos funcionários chineses sugeriu que seu governo gostaria de tornar o programa Made in China 2025 "uma vantagem para todo o mundo". Mas o avanço tecnológico chinês é inegociável. Além disso, como a China pode reduzir o desequilíbrio em seu comércio bilateral com os Estados Unidos quando este impõe controles sobre a exportação de bens estrategicamente delicados e não dispõe da infraestrutura para exportar carvão e petróleo em termos competitivos?

A China sobreviverá a esses ataques:

Os participantes chineses pareciam razoavelmente confiantes em que seu país superaria os desafios que estão por vir. Um deles apontou que a China já é um país industrial imenso. Seu setor manufatureiro é igual dos Estados Unidos, Japão e Alemanha combinados. O número de trabalhadores capacitados do país é enorme. Sua economia também depende menos do que no passado do comércio internacional.

Além disso, disse outro participante, o setor de negócios dos Estados Unidos está profundamente envolvido com a economia chinesa, e depende pesadamente dela. O povo chinês, enfatizaram outros, provavelmente suportaria privações mais facilmente do que o povo americano. E os chineses não aceitam intimidação da parte dos americanos. De fato a liderança chinesa não tem como ignorar a opinião pública ao discutir concessões. O que quer que venha a acontecer, disseram alguns deles, a ascensão da China não será detida.

Além disso, apontaram, a China é capaz de desafiar o domínio militar americano no oeste do Pacífico, onde o poderio do país está em alta.

Este ano será um teste:

China e os Estados Unidos terão um relacionamento complexo e repleto de riscos, em longo prazo. Mas um dos participantes apontou que "este será um ano de teste. Se as coisas forem na direção certa, tudo ficará bem; se forem na direção errada, será um terremoto". O progresso conquistado quanto à Coreia, uma área na qual China e Estados Unidos colaboram, pode representar prenúncio de um resultado positivo; a fricção quanto ao comércio pode ser um presságio de desastre. A direção que o relacionamento entre os dois países vier a tomar pode mudar o mundo.





A estrutura política e social do Partido Comunista que fez da China um líder do mundo capitalista

A política na China tem pelo menos duas grandes contradições. A primeira delas é a de possuir o maior partido político do mundo, mas não ter eleições livres. A segunda está no fato de o presidente, que é do Partido Comunista, ter por missão principal o desafio de levar os chineses à liderança econômica do mundo capitalista.

O Congresso do PCC (Partido Comunista da China) se converte, a cada cinco anos, no desfile mais importante dessas e de outras contradições. O Congresso renova as linhas ideológicas do Partido e define os novos nomes das estruturas de governança. Seu período de duração é chamado de um verdadeiro "mistério" pelo jornal britânico The Guardian. O congresso do PCC ocorre em um salão chamado Salão do Povo. Ele está localizado na Praça da Paz, que ficou conhecida mundialmente pelas cenas de guerra ocorridas em 1989, quando o regime avançou com colunas de tanques contra manifestantes, levando à morte de entre 700 e 4.000, dependendo das fontes. O atual Congresso confirmou a permanência no poder do atual presidente, Xi Jinping.

Para saber como isso influencia o futuro da China e do mundo, o Nexo conversou por telefone com o professor de relações internacionais da FGV Oliver Stuenkel. Ele já esteve várias vezes na China, incluindo uma visita realizada no ano de 2012, durante o Congresso anterior. Stuenkel é autor do livro "Brics e o Futuro da Ordem Global". A sigla Brics se refere à inicial dos nomes dos países que compõem o bloco: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Como é escolhido o presidente da China?

OLIVER STUENKEL - O Partido Comunista é a instituição central do Estado chinês, que se inspira numa visão leninista de Estado {vertente do comunismo, do início do século 20, que, entre outras coisas, defende a centralidade do partido em todas as esferas de uma determinada sociedade}. Esse partido governa a China desde 1949 {ano da revolução comunista comandada por Mao Tsé-Tung}. A pessoa mais importante e poderosa da China é o secretário-geral do Partido Comunista. Só mais tarde veio a prática de que essa pessoa também seria presidente da China. O Xi Jinping, hoje, é, acima de tudo, secretário-geral do Partido Comunista. Isso é que dá a ele todo o poder que ele tem. Só as pessoas que fazem parte desse partido têm, de fato, como participar do processo. O processo que fez Xi Jinping chegar aonde chegou é semelhante ao processo de uma corporação gigante, que seleciona pessoas quando elas saem da faculdade. Fazendo parte do partido, esses jovens conseguem ter acesso privilegiado às estruturas de poder do país. O processo é parecido com o de qualquer Exército, onde as pessoas começam na patente mais baixa e vão subindo na carreira, ao longo de décadas. Inicialmente, a pessoa inicia num pequeno colégio no interior. Depois, coordena uma fábrica. Em seguida, pode se transformar em prefeito de uma pequena cidade. Depois, vice-governador. Depois, chefe de alguma associação de representação de produtores de automóveis. Em seguida, governador. Assim, vai subindo até fazer parte do órgão mais elevado do partido, que é o Politburo. O presidente é selecionado, então, entre os membros do Politburo. O mesmo acontece com o primeiro-ministro. Então, quando falamos do processo pelo qual o presidente da China é escolhido, estamos falando essencialmente do processo de como o secretário-geral do Partido Comunista é escolhido. Há uma fusão entre Estado e partido, mas não existe Estado sem partido na China. Ou seja, o partido é o órgão central do Estado chinês.


Qual o tamanho do Partido Comunista e quem pode fazer parte dele ?

OLIVER STUENKEL - O Partido Comunista tem uma importância muito grande não só no sistema político, mas também no sistema social da China. Ele tem 88 milhões de membros. Na sociedade chinesa, o partido tem uma legitimidade enorme. Por incrível que pareça para nós, o Partido Comunista é visto por eles não apenas como um membro da família de todos os chineses, mas também como chefe da família. Ou seja, o partido tem uma função social muito importante. Ele está muito presente na vida diária das pessoas. É um sistema comunista-leninista clássico que, na linguagem oficial, se chama centralismo democrático.

Vale a pena destacar que, dentro da estrutura do partido, os debates são relativamente francos, embora seja difícil acompanhar isso estando fora.

O que faz desse sistema um sistema não democrático ?

OLIVER STUENKEL - Não existem outros partidos. É preciso ser membro de um partido só. Qualquer pessoa que articule o desejo de um sistema multipartidário corre o risco de ser preso, de sofrer punição, na China. É um clássico sistema de partido único. De certa maneira existe um monopólio do poder. Esse é um partido que, na sua própria visão, nunca deixará o poder. Há muitas classificações diferentes no mundo acadêmico do que seja uma democracia, sobre quais são os elementos mais importantes de um sistema democrático, mas a definição mais curta é que a democracia existe num país no qual governos perdem eleições e saem do poder, onde a oposição pode assumir o poder depois de uma eleição.

Esse mecanismo não existe na China. Lá, o Partido Comunista governa desde 1949 e, desde então, não houve nenhum outro partido no poder. Qualquer ascensão de um partido além do Partido Comunista seria visto como um desafio existencial ao sistema político porque há uma fusão completa entre partido e Estado. Para dar um exemplo: o prefeito de Xangai não é a pessoa que de fato toma as decisões mais importantes. Elas são tomadas pelo chefe do Partido Comunista da cidade de Xangai, que pode até ser, em alguns casos, o prefeito também. Mas, se não for, o prefeito acaba cumprindo acima de tudo uma função cerimonial.


Como é possível que um país governado pelo Partido Comunista seja uma potência comercial do mundo capitalista ?

OLIVER STUENKEL - Esse é a grande questão que esse partido gera no mundo. O Partido Comunista {chinês} é uma das instituições mais peculiares do mundo. Ao longo de décadas, muitos analistas que dedicaram suas vidas a estudar esse partido fizeram previsões de que essa instituição não poderia se adaptar às profundas mudanças pelas quais a China tem passado. Mas, se você pensa no que a China era quando o Partido Comunista assumiu o poder {em 1949} e no que o país se converteu depois, você vê que é um partido que se adapta completamente e que sobrevive às mais profundas transformações da sociedade chinesa.

A China era um país agrário, totalitário, com perseguição, que, agora, transformou-se numa super-potência capitalista. O país passou por enormes transformações. Antigamente, empresários não podiam fazer parte do partido. Hoje, isso é comum. Então, o partido abriu-se, adaptou-se e, com isso, conseguiu manter-se no centro desse sistema político e econômico.

Há uma frase famosa do Partido Comunista da China que é: "a prática é o único critério da verdade". Isso quer dizer basicamente o seguinte: "a gente faz o que funciona". Ou seja, apesar de toda a linguagem sobre ideologia etc., o que tem marcado o sistema político atual chinês é o pragmatismo extremo. Isso explica porque a China consegue se adaptar a essa nova realidade.

Quando a gente viaja pela China, vê pessoas com carros de luxo, carros caros, vemos na China a existência de uma sociedade extremamente consumista. Entretanto, a estrutura política chinesa, ainda mantém uma característica que é, acima de tudo, comunista. Então, esse é um país que, por um lado, tem esse elemento capitalista, de consumo, o que marca muito fortemente a cultura chinesa hoje, mas, por outro lado, se {Vladimir} Lênin {líder comunista que comandou a União Soviética no início do século 20} estivesse vivo hoje ele reconheceria o Partido Comunista da China imediatamente como uma instituição que se orienta pelos princípios articulados por ele.




Qual a influência do 19º Congresso do Partido Comunista para o mundo e para o Brasil ?

OLIVER STUENKEL - Esse 19º Congresso foi o mais importante em décadas. Na China, o presidente tem dois mandatos de cinco anos cada um. Cada presidente costuma ficar dois mandatos seguidos. O atual presidente, Xi Jinping, cumpriu o primeiro. Vai para o segundo. Ele é diferente dos presidentes anteriores. Ele conseguiu concentrar o poder de uma maneira que poucos outros, antes, na história chinesa, conseguiram. Talvez, os únicos que conseguiram isso foram Mao {Tsé-Tung, fundador do comunismo chinês} e Deng Xiaoping {líder comunista que governou de 1978 a 1992}, que foi quem abriu a China para o capitalismo.

Xi Jinping tem essa personalidade do líder que concentra muito poder. Isso coincide com o momento no qual a China se converte na principal potência do mundo. Com isso, vem uma série de privilégios, mas também muitos desafios. O país foi transformado num país mais assertivo e confiante, mas, ao mesmo tempo, com profundos desafios à legitimidade do Partido Comunista.

Nós costumamos pensar que nossa época é decisiva para o futuro, mas muito indica que muito do futuro da China e do futuro da ordem global depende da capacidade de Xi Jinping se aproveitar deste Congresso. Há muitas pessoas dizendo, inclusive, que ele não tem a intenção de deixar o poder daqui a cinco anos. Ele planejaria se transformar numa das pessoas mais poderosas na história moderna para guiar esse processo perigoso pelo qual a China passa neste momento de se tornar âncora principal da ordem internacional, algo novo e que traz uma série de desafios, que nenhum governo chinês tinha encarado antes.

Nós vemos isso ao redor do mundo: Não tem mais saída para as mudanças climáticas sem a China. De repente, o mundo inteiro precisa da China. Então, há muita coisa dependendo desse Congresso {o país vem tentando fortalecer um mercado consumidor e criar um mercado investidor interno para balancear a importância do comércio internacional, por exemplo, enquanto fala em fortalecer o socialismo de mercado}. A China preenche o vácuo de poder deixado pelos EUA. Diante disso, nenhum país do mundo tem a possibilidade de não acompanhar de perto o que está acontecendo na China.

https://www.nexojornal.com.br/entre...cionam-as-eleições-e-o-partido-único-da-China

O UM BRASIL entrevista o filósofo canadense, professor das universidades de Shandong e Tsinghua, Daniel A. Bell. Na conversa com Renato Galeno, ele explica o modelo do Estado chinês - baseado na meritocracia. Ainda, o filósofo analisa a influência do pensamento confucionista na sociedade chinesa e a emergência da sustentabilidade e do combate à corrupção como as principais prioridades do Partido Comunista. Segundo Bell, transformações sociais devem tornar o gigante asiático mais aberto, mas dificilmente uma democracia eleitoral.



Sucesso do Partido Comunista da China atrai a atenção mundial
O sucesso econômico e a crescente influência que a China alcançou sob a liderança do partido estão atraindo a atenção nacional e mundial. Enquanto o Partido Comunista celebra seu aniversário de fundação, a comunidade internacional está prestando atenção especial para ver como a China irá traçar seu futuro. Quais são as prioridades do partido para os próximos anos ? Como a liderança fará suas escolhas ? E quais são as implicações para os formuladores de políticas globais ao lidar com a China ?

O UM BRASIL entrevista o filósofo canadense, professor das universidades de Shandong e Tsinghua, Daniel A. Bell. Na conversa com Renato Galeno, ele explica o modelo do Estado chinês - baseado na meritocracia. Ainda, o filósofo analisa a influência do pensamento confucionista na sociedade chinesa e a emergência da sustentabilidade e do combate à corrupção como algumas das principais prioridades do Partido Comunista. Segundo Bell, transformações sociais devem tornar o gigante asiático mais aberto, mas dificilmente uma democracia eleitoral.

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Vlw meu querido.
 

Tauron

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Sim. A china de Mao era o mais proximo do "comunismo" digamops assim. A verdade eh que o comunismo em si, enquanto utopico, nunca existira com todas as características. O que teremos serão ditaduras que planificam a economia e destroem liberdades.

O caso da China moderna, é um caso de estudo novo, podemos dizer. Com a morte de Mao, ocorreu a abertura economica.
Basicamente, percebeu-se que, todos morreriam de fome na situação que existia né.
Porém. eles tem um modelo de governo super planificado, tecnicista, que percebeu que precisa de comercio com o resto do mundo para poder sobreviver.
Eles não tinham nada a oferecer basicamente, apenas alguma materia prima e mão de obra em abundancia.
Dai ofertaram barato essa mão de obra e permitiram empresas investir la.

Ou seja, eles seguiram alguns principios economicos ditos liberais. Mas por outro lado, mantem um lado politico e cultural muito repressor.
As liberdades individuais ainda não são muito respeitadas. Qualquer um pode ser punido ou sumir por não ser um "cidadão exemplar".
Mas, pros cidadões considerados "no padrão", a vida melhorou muito.
Ter mais liberdade na China do que no Brasil, ajuda a mostrar como estamos péssimos nesse quesito.

Eu não creio que esse sistema se mantenha sem cada vez mais controlar o povo, torna-los "robozinhos vigiados", que vivem pelo menos de "errar com o sistema" e serem punidos. E o sistema do medo, não é o melhor para se viver e se produzir.

Porem, a China entendeu a importancia de empreendedores e capital. E, não tem coisas como "direito autoral" etc. Dessa forma, muitas empresas que se instalaram lá, por serem parte chinesas, compartilham tecnologia. Foi assim que a China em poucos anos pulou da era das trevas pro seculo 21. Eles não desenvolveram tecnologia, eles importaram, e ai aprenderam, e ai sim, comecaram a desenvolver. Algo que deveriamos ter no Brasil e nunca foi permitido pq devemos "valorizar a pesquisa nacional".

Pèla forma que a China se aproxima das empresas, tendo elas como "parceiras" e ao mesmo tempo "subjugadas" (se não me engano toda empresa la é parte estatal), se assemelha com algumas características do fascismo nesse sentido. Porem, existe alguma proteção a propriedade pelo que entendo, mas não plena. O estado sempre pode resolver mudar as regras do jogo.

Dizer que a China hoje é apenas comunista, realmente é dificil. Ela parece absorver caracteristicas de vários sistemas de acordo com a vontade de quem está no poder.
Concordo, a China era uma fazenda de escravos paupérrimos até meados dos anos 2000, quando resolveu se abrir ao capital externo, de lá pra cá, a população rural, que era de 80% em 1999, caiu para 50% em 2014, um êxodo urbano sem precedentes na história.

O capitalismo frankstein da China, mesmo sendo controlado, indubitavelmente melhorou a vida dos cidadãos que não são considerados ameaças pela ditadura, e quando um individuo tem sua vida melhorada por acumulo de capital, ele inexoravelmente vai adquirindo meios de enfrentar e resistir ao estado/ditadura, contratando advogados por exemplo, foi exatamente o poder financeiro derivado dos salários pagos que melhorou a vida das mulheres operárias no pós-segunda guerra no Reino Unido, no momento que elas puderam arcar com advogados/contadores etc..., elas puderam enfrentar o estado e os empregadores e exigir igualdade de condições, remuneração justa etc etc... não foi uma demente queimando sutiãs que melhorou a vida das operárias inglesas, foi a força do dinheiro que melhorou a vida delas.

Quando o indivíduo ganha dinheiro ele ganha os meios de resistir ao estado/ditadura, daí a necessidade das tiranias em abolir os meios que os cidadãos usam para acumular recursos, vide hoje o que ocorre na Venezuela, onde pra comer o indivíduo necessita de um cupom do estado, nessa situação e desarmados, jamais terá o indivíduo meios de resistir e enfrentar a ditadura.

Na minha opinião, é inexorável que vá haver uma lenta mas gradual melhora na liberdade individual na China, devido ao cidadão médio chinês estar começando a acumular recursos, e dessa forma terá acesso a informação de melhor qualidade, poderá contratar advogados(incluindo internacionais) e dessa forma se defender cada vez melhor da ditadura, é uma tendência difícil de ser revertida, mas como tudo que diz respeito ao Império do Meio, as transformações serão lentas... muito lentas, inclusive existe intenso debate acadêmico se as sociedades baseadas no confucionismo são compatíveis com o sistema democrático ocidental, na minha visão Singapura e Coréia do Sul argumentam que sim, muito embora a democracia e o livre mercado de Singapura e da Coréia do Sul tenha sido inoculado de fora, mas o germe se desenvolveu bem e aparentemente em consonância com a população desses respectivos países.
 
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