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'Guardiões do Crivella': funcionários da prefeitura fazem plantão na porta de hospitais para impedir trabalho da imprensa

Doug.Exausto

Bam-bam-bam
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O RJ2 revelou nesta segunda-feira (31) um esquema montado com funcionários públicos para fazer plantão na porta dos hospitais municipais do Rio, atrapalhar reportagens e impedir que a população fale e denuncie problemas na área da Saúde.
A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.

Resumo

A reportagem mostrou que:

  • por grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;
  • em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;
  • O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
  • um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;
  • quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
  • a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para 'melhor informar a população.

Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. O Jornal Nacional apurou que o prefeito já usou esse número. A equipe de reportagem ligou, mas ninguém atendeu.
“O prefeito, ele acompanha no grupo os relatórios e tem vezes que ele escreve lá: ‘Parabéns! Isso aí!’”, contou à TV Globo um dos participantes dos grupos.


As 'invasões'

Em uma entrevista ao vivo para o Bom Dia Rio em 20 de agosto, no Hospital Rocha Faria, dona Vânia cobrava uma transferência para a mãe que tem câncer, mas não conseguiu terminar a conversa com a repórter Nathália Castro porque dois homens começaram as agressões verbais e gritos de "Bolsonaro".
A repórter pediu desculpas para Vânia, encerrou a reportagem e as agressões dos dois homens continuaram, gerando uma confusão.
Dias depois, no Hospital Rocha Faria, o repórter Ben-Hur Corrêa falava da falta de equipamentos de raios-x e da situação do caixa da prefeitura, quando dois homens impediram a reportagem.
Em seguida, um dos homens botou o crachá e foi em direção ao interior do hospital.
Os ataques não acontecem por acaso. Ao contrário: são organizados e pelo poder público.
Os agressores são contratados da prefeitura do Rio. Recebem salários pagos pelo contribuinte para vigiar a porta de hospitais e clínicas, para constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas na saúde da capital fluminense.


Nesta segunda-feira (31), o repórter Paulo Renato Soares fazia uma entrevista na porta do Hospital Salgado Filho, no Méier. Ao primeiro sinal de que a gestão da saúde poderia ser criticada, o entrevistado foi interrompido (veja no vídeo acima).

  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu querido".
  • Entrevistado: "Oi?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, cumpadre".
  • Entrevistado: "Como, perdi um dedo, não posso falar?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu irmão".
  • Entrevistado: "Não tô falando do hospital, não. Estou falando de Rocha Miranda".
  • Funcionário da prefeitura: "Você foi bem atendido, não foi?"
  • Repórter: “Ele [o entrevistado] não pode falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Não".
  • Repórter: "O senhor pode deixar ele falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Está tudo indo bem, meu querido"

O repórter, então, começa a confrontar o funcionário:

  • Repórter: "O senhor é o senhor José Robério Vicente".
  • Funcionário da prefeitura: "O hospital está tudo certinho, meu querido. O prefeito está trabalhando correto e bem."
  • Repórter: "Quem está trabalhando bem?"
  • Funcionário da prefeitura: "Com certeza, o prefeito está trabalhando bem. Na saúde. Que negócio é esse, rapaz?"
José Robério Vicente Adeliano foi admitido na prefeitura em novembro de 2018, em “cargo especial”. O salário bruto é de R$ 3.229.
Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018, como assistente 3 e salário de R$ 3.422.

Guardiões

Os dois fazem parte de um grupo que se apresenta em um aplicativo de mensagens como "Guardiões do Crivella". Para cumprir a tarefa de tentar calar a população e a imprensa, os guardiões têm até escala.
O RJ2 teve acesso às conversas desse e de outros dois grupos. Um identificado como Assessoria Especial GBP -- gabinete do prefeito -- e o outro, como Plantão.
É por esses grupos que os funcionários da prefeitura ficam sabendo pra onde vão – em duplas ou sozinhos – para cumprir o dia de trabalho e impedir que se mostrem as dificuldades na saúde.
Quando chegam nas unidades, ainda de madrugada, precisam registrar a presença. Na rotina, todos os dias têm que mandar selfies do lugar onde estão: "Hospital Souza Aguiar, cheguei cedo"; "Bom dia companheiros, mais um dia no Albert Schweitzer"; "Equipe Pedro 2º"; "Hospital Evandro Freire - Beto e Dani" foram algumas mensagens postadas.
Em uma foto aparecem Robério e Ricardo Barbosa, que a TV Globo encontrou no Salgado Filho, mostrando que estavam a postos.
Depois de bater essa espécie de ponto, os funcionários públicos monitoram e relatam tudo o que acontece na porta das unidades de saúde. Principalmente a chegada dos jornalistas.
Foi assim, na quinta-feira (27), quando a equipe da Globo esteve no Rocha Faria. Eles ficam sempre com o celular na mão, fazem vídeos dos jornalistas, estão sempre perto da reportagem e esperam o momento de agir.
Os escalados naquele dia eram:

  • Marcelo Dias Ferreira, desde setembro de 2018 na prefeitura com cargo especial e salário bruto de R$ 2.788.
  • Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, contratado em dezembro de 2019 com salário bruto de R$ 4.195, em cargo especial.
Dentinho tem várias fotos com Crivella nas redes sociais desde a campanha para a prefeitura. É ele também que impede a entrevista com dona Vânia (citada no inicio da reportagem ao cobrar uma transferência para a mãe com câncer).

Bronca após atraso

Na quinta-feira (27), no entanto, os vigias estavam atrasados. Não viram o repórter Ben-Hur entrar ao vivo, ainda muito cedo, o que provocou irritação e cobrança nos grupos.
Alguém identificado apenas como ML manda a foto da reportagem e escreve: “A Globo está no Rocha. Cadê a equipe do Rocha? Mateus, liga pra equipe do Rocha”.
Mateus responde: “Sim, senhor”.

ML, de novo, questiona: “Quem está no Rocha?? Gente, muito triste, não derrubamos a matéria (...) Não pode haver falta, nem atraso. Falhamos no Rocha Faria. Inaceitável”.

Depois da bronca, além dos dois escalados, chegou um reforço: outra dupla de agressores.
Eles atrapalharam a continuação da reportagem – e comemoraram:

“Eu acho que não é ao vivo. Acho que estão fazendo matéria pra mais tarde, mas tentaram entrar várias vezes e nós interrompemos por essas vezes todas aí”, diz um deles, em um áudio enviado no grupo.

ML – que aparece no grupo – está sempre dando ordens. “Marquem durinho aí, hein. Não dá mole pra eles, não", diz em uma das mensagens.
ML é Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o Marcos Luciano. Outro que divulga várias fotos com o prefeito.
Em 2018, Marcos Luciano ganhou uma moção de aplausos e louvor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a pedido da deputada Tia Ju, do Republicanos, o mesmo partido de Crivella.
O currículo de Marcos, apresentado na época, revela a proximidade dele com o prefeito. Trabalhou como missionário com Crivella na África e no Nordeste do Brasil, foi um dos coordenadores das campanhas eleitorais do bispo ao Senado e à prefeitura.
Desde 2017, Marcos Luciano é assessor especial do gabinete do prefeito. Em julho, o salário foi de R$ 10,5 mil.

“O sistema todo é chefiado pelo doutor Marco Luciano. Doutor Marco Luciano é um amigo do Crivella. É o chefão geral, tá? Não sei se ele é parente, se é da Igreja Universal, não sei, não, mas sei que ele é muito chegado. É uma pessoa de extrema confiança do prefeito Crivella.”

A fala é de um dos contratados da prefeitura que fez parte do esquema para vigiar a porta dos hospitais. Ele diz que era intimidado pelos chefes.
"Todo tempo, ameaça é de demissão. Quando eles fazem reuniões com a equipe, ninguém pode entrar de celular e passam detectores de metal em cada funcionário e as reuniões são geralmente na prefeitura, e é muita ameaça.”

'Missão' antiga, intensificada na pandemia

O homem conta ainda que a tática foi adotada no fim do ano passado e aumentou durante a pandemia.

“Nós temos essa missão lá já há mais de 8 meses. Antes, já estava funcionando, mas quando entrou a Covid em março, ficou todos os dias. Existe plantão nas unidades para poder cercear a imprensa”, conta.


O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura do Rio diz que "reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública, como, por exemplo, quando uma parte da imprensa veiculou que um hospital (no caso, o Albert Schweitzer) estava fechado, mas a unidade estava aberta para atendimento a quem precisava. A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde".

Repercussão

A Associação Brasileira de Imprensa afirmou que os episódios repetidos nas portas dos hospitais mostram que não estamos diante de fatos isolados, mas de uma política do prefeito pra constranger repórteres e cidadãos.
"A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) denuncia mais um atentado contra a democracia por parte do prefeito Marcelo Crivella. Em ações orquestradas, funcionários da prefeitura tentam intimidar, com agressões verbais e ameaças de agressões físicas, jornalistas que trabalham em reportagens sobre a situação de calamidade dos hospitais públicos no Rio. As ameaças se estendem aos usuários que prestam depoimentos sobre o mau atendimento. Episódios ocorridos nas portas de vários hospitais municipais nos últimos dias mostram que não estamos diante de fatos isolados, mas de uma política do prefeito para constranger repórteres e cidadãos. A ABI reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão e deixa claro que irá às últimas consequências para defender esses princípios. Não aceitaremos que o prefeito Crivella tente violentar a democracia e impeça o trabalho da imprensa", diz a nota, assinada pelo presidente Paulo Jeronimo.
A Associação Nacional de Jornais lamentou que funcionários da prefeitura do Rio estejam impedindo a atividade jornalística e afirmou que os maiores prejudicados são os cidadãos do Rio, a quem esses funcionários deveriam prestar seus serviços e de quem recebem seus salários.
O presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Marcelo Träsel, afirmou que a "estratégia de constranger entrevistados e repórteres ou impedir o acesso a instituições públicas é não apenas um retrocesso autoritário, mas uma estratégia para minar a democracia e a liberdade de imprensa": "É dever do poder público prestar contas à sociedade e fornecer informações transparentes sobre eventuais falhas no sistema de saúde".
O presidente da Abraji disse ainda que usar servidores públicos ou acionar militantes para impedir o trabalho de repórteres demonstra incapacidade de lidar com críticas e grave ameaça à liberdade de imprensa.
Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil, disse: "Em uma democracia, as autoridades em todos os níveis devem respeitar o direito da população de acessar informações de interesse público, especialmente na área da saúde durante uma pandemia que matou já mais de 120.000 brasileiros . O alegado envolvimento do prefeito Crivella em um esquema para restrição do trabalho da imprensa não é só um absurdo, mas um atentado a direitos fundamentais".


Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-jane...palhar-reportagens-sobre-a-saude-do-rio.ghtml
 


charles_logan22

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Crivella sendo Crivella......bem já vi puxa saco de político bater palmas para inauguração de um poste. Isto não me surpreende
 

♈he Øne

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Lixo de político e age quem nem lixo quem apoia esse lixo.
Foda que os cara não sabe nem o que fazer para foder as entrevistas, aí começar a arranchar briga, discutir com entrevistado e até: "mito" e "bolsonaro" se ouve deles.
 

Dedérius

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- A Globo quis fazer materia justamente no dia em que começa nova fase pra liberar mais coisas na pandemia, ou seja a Globo querendo destilar seu veneno

- Crivela foi muito burro em colocar guardiões (onde entrego meu CV?) em plena epoca de eleições! Deu arma pra globo encher o culhao com isso e dara arma pros rivais. Nao e nunca serei eleitor dele mas so to destacando a burrice

- Guardiao gritar "Bolsonaro", deixa o presida em paz! Ele nao tem nada a ver com isso! Bolsonaro é aquele aluno encapetado que senta la tras e mesmo qdo ele nao faz nada, é mencionado!

Conclusao disso tudo: Começou a corrida eleitoral

PS: Quem dera ganhar 4k de salario pra ser guardiao... :klolwtf
 

Havokdan

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sempre qdo via essa abertura na epoca, na parte que o seiya, hyoga e shiryu ta com armadura de ouro, achava que era a parte final da batalha do santuario acabou que nao tinha nada a ver...

Fui tapeado
Não diria que imaginei isso, mas como demorei para ver os filmes, pensava sempre quando ia chegar na parte que tinha as cenas de abertura...
 

Sgt. Kowalski

Lenda da internet
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Após reportagem mostrar ‘Guardiões do Crivella’, grupo no Whatsapp sofre debandada


Um dos grupos de WhatsApp dos "Guardiões do Crivella" sofreu uma debandada nas últimas horas.
Nesta segunda-feira (31), o RJ2, o Jornal Nacional e o Jornal da Globo mostraram um esquema com funcionários comissionados da Prefeitura do Rio — com salários de até R$ 10 mil — para atrapalhar o trabalho da imprensa.

Os assessores cumpriam escala na porta de hospitais municipais e, tão logo percebiam que equipes de reportagem entravam ao vivo com algum tema que os contrariassem, interrompiam a reportagem -- às vezes aos gritos.

Ao longo da noite de segunda e da madrugada desta terça (1), vários desses comissionados saíram do grupo do WhatsApp onde eram estabelecidas as escalas de trabalho e onde eram postadas comprovações das intervenções.

Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML — que aparece nas conversas dando ordens — ainda alertou os participantes do grupo.

“Gente, não é para sair do grupo, nunca houve nada errado aqui”, disse ML.

A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.

Após veiculação de reportagem sobre os 'Guardiões do Crivella', grupo do Whatsapp sofre debandada de participantes — Foto: Reprodução/ TV Globo

A reportagem mostrou que:

  • por grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;
  • em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;
  • O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
  • um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;
  • quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
  • a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para 'melhor informar a população.

Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. O Jornal Nacional apurou que o prefeito já usou esse número. A equipe de reportagem ligou, mas ninguém atendeu.

“O prefeito, ele acompanha no grupo os relatórios e tem vezes que ele escreve lá: ‘Parabéns! Isso aí!’”, contou à TV Globo um dos participantes dos grupos.

Funcionários da Prefeitura do Rio tentam impedir a imprensa de mostrar queixas de cidadãos


Funcionários da Prefeitura do Rio tentam impedir a imprensa de mostrar queixas de cidadãos

Funcionários mandam selfies para dizer que chegaram aos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo

Em uma entrevista ao vivo para o Bom Dia Rio em 20 de agosto, no Hospital Rocha Faria, dona Vânia cobrava uma transferência para a mãe que tem câncer, mas não conseguiu terminar a conversa com a repórter Nathália Castro porque dois homens começaram as agressões verbais e gritos de "Bolsonaro".

A repórter pediu desculpas para Vânia, encerrou a reportagem e as agressões dos dois homens continuaram, gerando uma confusão.

Dias depois, no Hospital Rocha Faria, o repórter Ben-Hur Corrêa falava da falta de equipamentos de raios-x e da situação do caixa da prefeitura, quando dois homens impediram a reportagem.

Em seguida, um dos homens botou o crachá e foi em direção ao interior do hospital.

Os ataques não acontecem por acaso. Ao contrário: são organizados e pelo poder público.

Os agressores são contratados da prefeitura do Rio. Recebem salários pagos pelo contribuinte para vigiar a porta de hospitais e clínicas, para constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas na saúde da capital fluminense.

Servidores conhecidos como 'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais


Servidores conhecidos como 'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais

Nesta segunda-feira (31), o repórter Paulo Renato Soares fazia uma entrevista na porta do Hospital Salgado Filho, no Méier. Ao primeiro sinal de que a gestão da saúde poderia ser criticada, o entrevistado foi interrompido (veja no vídeo acima).

  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu querido"
  • Entrevistado: "Oi?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, cumpadre"
  • Entrevistado: "Como, perdi um dedo, não posso falar?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu irmão"
  • Entrevistado: "Não tô falando do hospital, não. Estou falando de Rocha Miranda"
  • Funcionário da prefeitura: "Você foi bem atendido, não foi?"
  • Repórter: “Ele [o entrevistado] não pode falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Não"
  • Repórter: "O senhor pode deixar ele falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Está tudo indo bem, meu querido"

O repórter, então, começa a confrontar o funcionário:

  • Repórter: "O senhor é o senhor José Robério Vicente"
  • Funcionário da prefeitura: "O hospital está tudo certinho, meu querido. O prefeito está trabalhando correto e bem"
  • Repórter: "Quem está trabalhando bem?"
  • Funcionário da prefeitura: "Com certeza, o prefeito está trabalhando bem. Na saúde. Que negócio é esse, rapaz?"

José Robério, um dos funcionários da prefeitura que invadiu reportagens — Foto: Reprodução/Globo

José Robério Vicente Adeliano foi admitido na prefeitura em novembro de 2018, em “cargo especial”. O salário bruto é de R$ 3.229.

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018, como assistente 3 e salário de R$ 3.422.

Dupla posta foto na 'ronda' pelos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018 — Foto: Reprodução/TV Globo

Os dois fazem parte de um grupo que se apresenta em um aplicativo de mensagens como "Guardiões do Crivella". Para cumprir a tarefa de tentar calar a população e a imprensa, os guardiões têm até escala.

O RJ2 teve acesso às conversas desse e de outros dois grupos. Um identificado como Assessoria Especial GBP — gabinete do prefeito — e o outro, como Plantão.

É por esses grupos que os funcionários da prefeitura ficam sabendo pra onde vão — em duplas ou sozinhos — para cumprir o dia de trabalho e impedir que se mostrem as dificuldades na saúde.

Quando chegam nas unidades, ainda de madrugada, precisam registrar a presença. Na rotina, todos os dias têm que mandar selfies do lugar onde estão: "Hospital Souza Aguiar, cheguei cedo"; "Bom dia companheiros, mais um dia no Albert Schweitzer"; "Equipe Pedro 2º"; "Hospital Evandro Freire - Beto e Dani" foram algumas mensagens postadas.

Em uma foto aparecem Robério e Ricardo Barbosa, que a TV Globo encontrou no Salgado Filho, mostrando que estavam a postos.

Depois de bater essa espécie de ponto, os funcionários públicos monitoram e relatam tudo o que acontece na porta das unidades de saúde. Principalmente a chegada dos jornalistas.

Foi assim, na quinta-feira (27), quando a equipe da Globo esteve no Rocha Faria. Eles ficam sempre com o celular na mão, fazem vídeos dos jornalistas, estão sempre perto da reportagem e esperam o momento de agir.

Os escalados naquele dia eram:

  • Marcelo Dias Ferreira, desde setembro de 2018 na prefeitura com cargo especial e salário bruto de R$ 2.788.
  • Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, contratado em dezembro de 2019 com salário bruto de R$ 4.195, em cargo especial.

Marcelo Dias Ferreira tem cargo especial e salário bruto de R$ 2.788 — Foto: Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos tem cargo especial na prefeitura e recebe mais de R$ 4 mil — Foto: Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, ao lado de Crivella em foto — Foto: Reprodução/TV Globo

Dentinho tem várias fotos com Crivella nas redes sociais desde a campanha para a prefeitura. É ele também que impede a entrevista com dona Vânia (citada no inicio da reportagem ao cobrar uma transferência para a mãe com câncer).

'ML' dá bronca porque equipe não conseguiu atrapalhar reportagem da Globo: 'muito triste' — Foto: Reprodução

Na quinta-feira (27), no entanto, os vigias estavam atrasados. Não viram o repórter Ben-Hur entrar ao vivo, ainda muito cedo, o que provocou irritação e cobrança nos grupos.

Alguém identificado apenas como ML manda a foto da reportagem e escreve: “A Globo está no Rocha. Cadê a equipe do Rocha? Mateus, liga pra equipe do Rocha”.

Mateus responde: “Sim, senhor”.

ML, de novo, questiona: “Quem está no Rocha?? Gente, muito triste, não derrubamos a matéria (...) Não pode haver falta, nem atraso. Falhamos no Rocha Faria. Inaceitável”.

Depois da bronca, além dos dois escalados, chegou um reforço: outra dupla de agressores.

Eles atrapalharam a continuação da reportagem – e comemoraram:

“Eu acho que não é ao vivo. Acho que estão fazendo matéria pra mais tarde, mas tentaram entrar várias vezes e nós interrompemos por essas vezes todas aí”, diz um deles, em um áudio enviado no grupo.

ML – que aparece no grupo – está sempre dando ordens. “Marquem durinho aí, hein. Não dá mole pra eles, não", diz em uma das mensagens.

ML é Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o Marcos Luciano. Outro que divulga várias fotos com o prefeito.

Em 2018, Marcos Luciano ganhou uma moção de aplausos e louvor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a pedido da deputada Tia Ju, do Republicanos, o mesmo partido de Crivella.

O currículo de Marcos, apresentado na época, revela a proximidade dele com o prefeito. Trabalhou como missionário com Crivella na África e no Nordeste do Brasil, foi um dos coordenadores das campanhas eleitorais do bispo ao Senado e à prefeitura.

Desde 2017, Marcos Luciano é assessor especial do gabinete do prefeito. Em julho, o salário foi de R$ 10,5 mil.

“O sistema todo é chefiado pelo doutor Marco Luciano. Doutor Marco Luciano é um amigo do Crivella. É o chefão geral, tá? Não sei se ele é parente, se é da Igreja Universal, não sei, não, mas sei que ele é muito chegado. É uma pessoa de extrema confiança do prefeito Crivella.”

A fala é de um dos contratados da prefeitura que fez parte do esquema para vigiar a porta dos hospitais. Ele diz que era intimidado pelos chefes.

"Todo tempo, ameaça é de demissão. Quando eles fazem reuniões com a equipe, ninguém pode entrar de celular e passam detectores de metal em cada funcionário e as reuniões são geralmente na prefeitura, e é muita ameaça.”


'Missão' antiga, intensificada na pandemia


O homem conta ainda que a tática foi adotada no fim do ano passado e aumentou durante a pandemia.

“Nós temos essa missão lá já há mais de 8 meses. Antes, já estava funcionando, mas quando entrou a Covid em março, ficou todos os dias. Existe plantão nas unidades para poder cercear a imprensa”, conta.

Em nota, a Prefeitura do Rio diz que "reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública, como, por exemplo, quando uma parte da imprensa veiculou que um hospital (no caso, o Albert Schweitzer) estava fechado, mas a unidade estava aberta para atendimento a quem precisava. A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde".
 

tbahia2000

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Após reportagem mostrar ‘Guardiões do Crivella’, grupo no Whatsapp sofre debandada


Um dos grupos de WhatsApp dos "Guardiões do Crivella" sofreu uma debandada nas últimas horas.
Nesta segunda-feira (31), o RJ2, o Jornal Nacional e o Jornal da Globo mostraram um esquema com funcionários comissionados da Prefeitura do Rio — com salários de até R$ 10 mil — para atrapalhar o trabalho da imprensa.

Os assessores cumpriam escala na porta de hospitais municipais e, tão logo percebiam que equipes de reportagem entravam ao vivo com algum tema que os contrariassem, interrompiam a reportagem -- às vezes aos gritos.

Ao longo da noite de segunda e da madrugada desta terça (1), vários desses comissionados saíram do grupo do WhatsApp onde eram estabelecidas as escalas de trabalho e onde eram postadas comprovações das intervenções.

Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML — que aparece nas conversas dando ordens — ainda alertou os participantes do grupo.

“Gente, não é para sair do grupo, nunca houve nada errado aqui”, disse ML.

A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.

Após veiculação de reportagem sobre os 'Guardiões do Crivella', grupo do Whatsapp sofre debandada de participantes — Foto: Reprodução/ TV Globo

A reportagem mostrou que:

  • por grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;
  • em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;
  • O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
  • um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;
  • quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
  • a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para 'melhor informar a população.
Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. O Jornal Nacional apurou que o prefeito já usou esse número. A equipe de reportagem ligou, mas ninguém atendeu.

“O prefeito, ele acompanha no grupo os relatórios e tem vezes que ele escreve lá: ‘Parabéns! Isso aí!’”, contou à TV Globo um dos participantes dos grupos.

Funcionários da Prefeitura do Rio tentam impedir a imprensa de mostrar queixas de cidadãos


Funcionários da Prefeitura do Rio tentam impedir a imprensa de mostrar queixas de cidadãos

Funcionários mandam selfies para dizer que chegaram aos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo

Em uma entrevista ao vivo para o Bom Dia Rio em 20 de agosto, no Hospital Rocha Faria, dona Vânia cobrava uma transferência para a mãe que tem câncer, mas não conseguiu terminar a conversa com a repórter Nathália Castro porque dois homens começaram as agressões verbais e gritos de "Bolsonaro".

A repórter pediu desculpas para Vânia, encerrou a reportagem e as agressões dos dois homens continuaram, gerando uma confusão.

Dias depois, no Hospital Rocha Faria, o repórter Ben-Hur Corrêa falava da falta de equipamentos de raios-x e da situação do caixa da prefeitura, quando dois homens impediram a reportagem.

Em seguida, um dos homens botou o crachá e foi em direção ao interior do hospital.

Os ataques não acontecem por acaso. Ao contrário: são organizados e pelo poder público.

Os agressores são contratados da prefeitura do Rio. Recebem salários pagos pelo contribuinte para vigiar a porta de hospitais e clínicas, para constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas na saúde da capital fluminense.

Servidores conhecidos como 'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais


Servidores conhecidos como 'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais

Nesta segunda-feira (31), o repórter Paulo Renato Soares fazia uma entrevista na porta do Hospital Salgado Filho, no Méier. Ao primeiro sinal de que a gestão da saúde poderia ser criticada, o entrevistado foi interrompido (veja no vídeo acima).

  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu querido"
  • Entrevistado: "Oi?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, cumpadre"
  • Entrevistado: "Como, perdi um dedo, não posso falar?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu irmão"
  • Entrevistado: "Não tô falando do hospital, não. Estou falando de Rocha Miranda"
  • Funcionário da prefeitura: "Você foi bem atendido, não foi?"
  • Repórter: “Ele [o entrevistado] não pode falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Não"
  • Repórter: "O senhor pode deixar ele falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Está tudo indo bem, meu querido"
O repórter, então, começa a confrontar o funcionário:

  • Repórter: "O senhor é o senhor José Robério Vicente"
  • Funcionário da prefeitura: "O hospital está tudo certinho, meu querido. O prefeito está trabalhando correto e bem"
  • Repórter: "Quem está trabalhando bem?"
  • Funcionário da prefeitura: "Com certeza, o prefeito está trabalhando bem. Na saúde. Que negócio é esse, rapaz?"
José Robério, um dos funcionários da prefeitura que invadiu reportagens — Foto: Reprodução/Globo

José Robério Vicente Adeliano foi admitido na prefeitura em novembro de 2018, em “cargo especial”. O salário bruto é de R$ 3.229.

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018, como assistente 3 e salário de R$ 3.422.

Dupla posta foto na 'ronda' pelos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018 — Foto: Reprodução/TV Globo

Os dois fazem parte de um grupo que se apresenta em um aplicativo de mensagens como "Guardiões do Crivella". Para cumprir a tarefa de tentar calar a população e a imprensa, os guardiões têm até escala.

O RJ2 teve acesso às conversas desse e de outros dois grupos. Um identificado como Assessoria Especial GBP — gabinete do prefeito — e o outro, como Plantão.

É por esses grupos que os funcionários da prefeitura ficam sabendo pra onde vão — em duplas ou sozinhos — para cumprir o dia de trabalho e impedir que se mostrem as dificuldades na saúde.

Quando chegam nas unidades, ainda de madrugada, precisam registrar a presença. Na rotina, todos os dias têm que mandar selfies do lugar onde estão: "Hospital Souza Aguiar, cheguei cedo"; "Bom dia companheiros, mais um dia no Albert Schweitzer"; "Equipe Pedro 2º"; "Hospital Evandro Freire - Beto e Dani" foram algumas mensagens postadas.

Em uma foto aparecem Robério e Ricardo Barbosa, que a TV Globo encontrou no Salgado Filho, mostrando que estavam a postos.

Depois de bater essa espécie de ponto, os funcionários públicos monitoram e relatam tudo o que acontece na porta das unidades de saúde. Principalmente a chegada dos jornalistas.

Foi assim, na quinta-feira (27), quando a equipe da Globo esteve no Rocha Faria. Eles ficam sempre com o celular na mão, fazem vídeos dos jornalistas, estão sempre perto da reportagem e esperam o momento de agir.

Os escalados naquele dia eram:

  • Marcelo Dias Ferreira, desde setembro de 2018 na prefeitura com cargo especial e salário bruto de R$ 2.788.
  • Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, contratado em dezembro de 2019 com salário bruto de R$ 4.195, em cargo especial.
Marcelo Dias Ferreira tem cargo especial e salário bruto de R$ 2.788 — Foto: Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos tem cargo especial na prefeitura e recebe mais de R$ 4 mil — Foto: Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, ao lado de Crivella em foto — Foto: Reprodução/TV Globo

Dentinho tem várias fotos com Crivella nas redes sociais desde a campanha para a prefeitura. É ele também que impede a entrevista com dona Vânia (citada no inicio da reportagem ao cobrar uma transferência para a mãe com câncer).

'ML' dá bronca porque equipe não conseguiu atrapalhar reportagem da Globo: 'muito triste' — Foto: Reprodução

Na quinta-feira (27), no entanto, os vigias estavam atrasados. Não viram o repórter Ben-Hur entrar ao vivo, ainda muito cedo, o que provocou irritação e cobrança nos grupos.

Alguém identificado apenas como ML manda a foto da reportagem e escreve: “A Globo está no Rocha. Cadê a equipe do Rocha? Mateus, liga pra equipe do Rocha”.

Mateus responde: “Sim, senhor”.



Depois da bronca, além dos dois escalados, chegou um reforço: outra dupla de agressores.

Eles atrapalharam a continuação da reportagem – e comemoraram:



ML – que aparece no grupo – está sempre dando ordens. “Marquem durinho aí, hein. Não dá mole pra eles, não", diz em uma das mensagens.

ML é Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o Marcos Luciano. Outro que divulga várias fotos com o prefeito.

Em 2018, Marcos Luciano ganhou uma moção de aplausos e louvor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a pedido da deputada Tia Ju, do Republicanos, o mesmo partido de Crivella.

O currículo de Marcos, apresentado na época, revela a proximidade dele com o prefeito. Trabalhou como missionário com Crivella na África e no Nordeste do Brasil, foi um dos coordenadores das campanhas eleitorais do bispo ao Senado e à prefeitura.

Desde 2017, Marcos Luciano é assessor especial do gabinete do prefeito. Em julho, o salário foi de R$ 10,5 mil.



A fala é de um dos contratados da prefeitura que fez parte do esquema para vigiar a porta dos hospitais. Ele diz que era intimidado pelos chefes.

"Todo tempo, ameaça é de demissão. Quando eles fazem reuniões com a equipe, ninguém pode entrar de celular e passam detectores de metal em cada funcionário e as reuniões são geralmente na prefeitura, e é muita ameaça.”


'Missão' antiga, intensificada na pandemia


O homem conta ainda que a tática foi adotada no fim do ano passado e aumentou durante a pandemia.



Em nota, a Prefeitura do Rio diz que "reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública, como, por exemplo, quando uma parte da imprensa veiculou que um hospital (no caso, o Albert Schweitzer) estava fechado, mas a unidade estava aberta para atendimento a quem precisava. A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde".

Vão identificar o traíra e criar um novo grupo sem ele
 

Kimer

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O ser humano não para de me surpreender. Que nojo.
 

antonioli

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Isso aí me lembra quando uma pessoa que trabalhava no Estado na época do Garotinho me contou que os aspones eram obrigados a ir aos eventos com a família para dar volume e nas fotos e filmagens mostrar um monte de gente apoiando e tudo mais. E ai da pessoa que não fosse.

Infelizmente é isso aí. Você coloca as pessoas nesses cargos os quais nem trabalham, divide salário com o político, com o partido, faz uso fora das suas supostas atribuições e por aí vai. Nada acontece feijoada.
 

Hellskah

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Vi a reportagem ontem e já vi que 9 foram detidos hoje.
Olha, eu já estou meio "couro cansado" da rotina desse nosso Brasil.....mas essa reportagem me deixou indignado.

A Globo pode ser o que for e fazer o que faz muitas vezes tendenciosa, mas NINGUÉM tem o direito de coagir ou inibir, muito menos humilhar um profissional de jornalismo que está ali fazendo seu papel, tão quanto seu entrevistado.

Bando de canalhas recebendo uma grana para ficarem de bobeira a tarde toda no ZAP.

A Globo podia ter recuado e voltado em outro dia, porém com a cobertura de um carro de polícia a paisana.

OBS : Já que é visto que é tudo conchavo, que o prefeito está DIRETAMENTE envolvido, já foi exposto e viram que é descarado, pq o Crivela não caiu já hoje pela manhã ????? Estão esperando o quê ?

OBS 2 : aquela coroa loira rapaz, que pinta de sapeca.....que tesão me deu na hora do almoço.
 

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Com essa o Crivella conseguiu sepultar qualquer chance de ser reeleito. Uma coisa é alguém do fórum gritar “Globo Lixo” por conta própria. Outra coisa é usar dinheiro público pra bancar 300 pessoas só pra intimidar a imprensa!
 

Chris Redfield jr

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Isso aí me lembra quando uma pessoa que trabalhava no Estado na época do Garotinho me contou que os aspones eram obrigados a ir aos eventos com a família para dar volume e nas fotos e filmagens mostrar um monte de gente apoiando e tudo mais. E ai da pessoa que não fosse.

Infelizmente é isso aí. Você coloca as pessoas nesses cargos os quais nem trabalham, divide salário com o político, com o partido, faz uso fora das suas supostas atribuições e por aí vai. Nada acontece feijoada.
Eu já passei por isso, uns vinte anos atrás quando arrumei um "trabalho" comissionado em uma prefeitura.
MeuAmigo, até panfletagem nego era obrigado a fazer, de porta em porta, durante horario de expediente. A secretaria ficava vazia.
 

Superd7br

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Vi a reportagem ontem e já vi que 9 foram detidos hoje.
Olha, eu já estou meio "couro cansado" da rotina desse nosso Brasil.....mas essa reportagem me deixou indignado.

A Globo pode ser o que for e fazer o que faz muitas vezes tendenciosa, mas NINGUÉM tem o direito de coagir ou inibir, muito menos humilhar um profissional de jornalismo que está ali fazendo seu papel, tão quanto seu entrevistado.

Bando de canalhas recebendo uma grana para ficarem de bobeira a tarde toda no ZAP.

A Globo podia ter recuado e voltado em outro dia, porém com a cobertura de um carro de polícia a paisana.

OBS : Já que é visto que é tudo conchavo, que o prefeito está DIRETAMENTE envolvido, já foi exposto e viram que é descarado, pq o Crivela não caiu já hoje pela manhã ????? Estão esperando o quê ?

OBS 2 : aquela coroa loira rapaz, que pinta de sapeca.....que tesão me deu na hora do almoço.
Já entraram com pedido de impeachment do Crivella, mas a tropa de choque dele na Câmara de Vereadores deve barrar...:kzangado:kzangado:kzangado
 

constatine

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Um negócio desse não dá impeachment? Tipo, foi pego em flagrante e ainda usando o nome do Presidente da Republica como bode expiatório para mascarar todo o esquema.
Se o Presidente quiser tem como processar ou iniciar uma investigação (pergunta para quem manja de fato)?
 
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