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Hauting Ground

Cantalupo

Bam-bam-bam
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Um dos ultimos survival horros antigos, com inimigos mais fortes que a protagonista e necessidade de planejar as viagens.




Abaixo a versão escrita para quem prefere.



Haunting Ground

Estar indefeso na presença de um medo é apodrecer em vida. Uma doença que se embebe nos pulmões e laringe acima, se infiltra atrás dos olhos. Tortura distorcendo o mundo em um lugar em que todas as escolhas são erradas.

HG nasceu da mente de Noburo Sugimura como um protótipo para Resident Evil 4. Este senhor escreveu Resident Evil 2, que é o melhor na minha opinião. Mas, o cenário foi rejeitado e o jogo e acabou se tornando um sucessor espiritual de Clock Tower. O jogo conta a história de Fiona Belli, uma moça que depois de um acidente se vê presa em um castelo e perseguida por pessoas bizarras. Ela tem que escapar usando a ajuda de um cachorro chamado Hewie.

O jogo foi bem recebido por críticos e público. Alguns críticos elogiaram a sensualidade da protagonista e como isso ajuda a contar a história do jogo. Como os tempos mudaram? Haunting Ground não vendeu bem, talvez, porque tenha sido lançado no mesmo ano de residente Evil 4.

Gráficos & Animações

Os cenários são muito bem detalhados, e mudam bastante durante a jornada. Em alguns lugares com a ajuda da câmera e da iluminação o jogo passa uma impressão de surrealismo e de isolamento. (sala da Armadilha, antes da luta com Debilitas) Como todos os cenários são bem detalhados e distintos é bem fácil navegar pelo jogo inteiro sem usar o mapa. Ainda bem porque o mapa é pequeno e difícil de usar.

Fiona, Hue e os seus perseguidores têm ótimas animações e todas usam a técnica de captura de movimentos. (olha que maravilha um cachorro com roupa de bolinha =)

Essa animações complementam a jogabilidade, dá para ver o quanto Fiona e Hue estão cansados pela maneira como eles se movem.

O castelo é baseado em arte renascentista e tem alguns padrões parecidos com os do castelo em RE 4.

O ponto mais impressionante sobre a parte gráfica é que não há pausas para o carregamento entre os ambientes. Dá para correr pelo castelo inteiro sem nunca ver uma tela de load.

Outra coisa que chama a atenção no jogo é a famosa física de peitos. É perceptível nos movimentos de Fiona. Não é nada a lá Mai Shiranui, mas, é bem chamativo. Guarda isso na cabeça, na conclusão vou falar mais sobre.

Música e Desenho de som

O som complementa de várias formas a jogabilidade. A primeira é que a música de fundo vai ficando cada vez mais baixa quando um perseguidor está perto então é possível evitar o confronto. As vozes durante fazem um bom trabalho. Pelo som é possível saber se Hue está pronto para atacar e se um perseguidor o está atacando.

O som faz uma trabalho excepcional quando mostra as morte de Fiona. (Daniella kills) A perseguidora claramente teve um orgasmo ao matar a pobre Fiona.

A dublagem nas cenas de história quase sempre é boa, mas, em alguns momentos é sofrível. Eu acho que é por causa do roteiro. (exemplos)

Em geral as músicas não me impressionaram muito. Não posso dizer que são ruins só não são minha praia. A exceção a essa regra é a música de Daniella. Quando ela me perseguia pelo castelo eu tinha a sensação de um robô psicótico, um homúnculo defeituoso estava atrás de mim. O jeito que ela se mexe, dando travadas entre os movimentos me lembra o stop-motion de o Exterminador do Futuro.

Jogabilidade e Desenho de Jogo ( AKA a parte mais importante de qualquer jogo)

Você controla dois personagens ao mesmo tempo. Existem dois modos: Exploração e Ameaça.

Quando se está explorando Fiona pode correr, caminhar, examinar o cenários, interagir com alavancas (examinando ou chutando), portas trancadas e com Hue. Com a outra alavanca do controle se controla Hue e se pode dar 4 ordens a ele: Mandar procurar itens ou interagir com partes do cenário, chamá-lo, mandá-lo sentar, fazer um elogio e um carinho ou brigar com ele. E dá até para pedir a pata. E por falar nos quebra cabeças vários deles são bem legais, a maioria é daquele em que você tem que prestar atenção a algum elemento do cenário para ter a resposta.

Já quando algum inimigo está perto, Fiona não pode interagir com vários objetos. Nada de resolver quebra cabeças enquanto se corre é preciso despistar os inimigos antes de poder voltar a interagir. E Hue ganha 3 novos comandos: Atacar assim ele morde e segura o inimigo dando tempo para Fiona fugir, Soltar o inimigo e parar. Quando se manda ele parar começa ranger e o próximo ataque será um ataque crítico.

Além disso o jogo tem alguns sistemas ocultos bem legais. O Primeiro tem a ver com Hue: Dependendo de como se trata ele, a resposta ao comandos pode se diferente e ele pode até acabar atacando Fiona.

Outra coisa interessante é como funcionam os recursos do jogador. Primeiro a estamina de Fiona e Hue. Quanto mais eles agem, mais lentos e cansados ficam. Fiona tem um medidor de pânico que sobe quando ela apanha dos inimigos. Quando isso acontece fica cada vez mais difícil de controlá-la até que ela entra em pânico de vez e sai correndo desesperada, se o inimigo acertar um golpe nesse momento é game over. O jogo não mostra isso com uma barra e sim com distorções na visão tela.

Outro sistema interessante é como os perseguidores se comportam, eles ficam andando pelo castelo e podem ser enganados e evitados, mas, existem lugares em que eles sempre aparecem e a cada meia hora eles sempre aparecem. E eles são capazes de lembrar dos lugares que se usa para se esconder o que faz com que casa esconderijo só funcione uma vez. Isso faz com que seja preciso conhecer os ambientes e planejar suas viagens por eles.

E é claro em vários momentos do jogo é necessário enfrentar seus inimigos. Fiona pode colaborar chutando, mas, só de chegar perto dos inimigos começa a entrar em pânico e ainda pode levar uns sopapos ou pior: (cena dela morrendo empalada por Daniella). Então é preciso causar a maioria do dano com Hue. Claro os inimigos podem reagir e atacar o cachorro também e se ele morrer é game over. Depois de um tempinho jogando eu percebi que existe uma maneira bem fácil de derrotar a maioria dos inimigos: Basta mandar Hue parar. Quando o inimigo estiver perseguindo Fiona e der as costas ao cachorro é só mandar o dog atacar, vai ser um ataque crítico pelas costas em que o inimigo não pode revidar. E funciona com todos os inimigos do jogo. O modo como o combate funciona acaba deixando os encontro bem triviais. (Pelo menos no modo normal)

História

O pano de fundo da história de Haunting Ground é o conhecimento que foi ancestral da ciência moderna: A Alquimia. Prepare-se para Golens, pedras filosofais, transmutação e o famoso elixir da vida eterna. A partir de agora vão chover REVELAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA. Esteja avisado!

O jogo começa uma animação bem bacanuda e explícita em que um gigante grotesco está cortando carne em um porão imundo. Ele se vira para uma jaula e abre o cadeado, mas, antes que possa encostar na mulher que está dormindo dentro da jaula um trovão o assusta e ele vai embora. A mulher enjaulada é Fiona, a heroína do jogo, e começa a sair do porão, mas, é derrubada por um cachorro que passa por ela. Antes de sair da sala grotesca ele encontra uma coleira de cachorro escrito: Hewie.​

Agora é a hora de vagar pelo castelo vestida apenas com lençóis esvoaçantes. Nessa parte o jogo só deixa você andar, não é possível abrir o menu do jogo ou mesmo examinar objetos. Se você tentar Fiona lembra que prefere estar vestida.

Ao se chegar em um certo quarto como um retrato bem esquisito, uma mulher como roupa de empregada (aquelas de serviçais do século XIX) lhe dá roupas e parece se comunicar com a pintura. Fiona tem um flashback do acidente e cai no chão. Quando ele levanta a mulher (que se chama Daniella) sumiu.

Depois de passar por um corredor Fiona encontra com o Homem grotesco novamente: Debilitas. Nesse primeiro encontro basta correr de volta para o quarto e se esconder embaixo da cama.

Depois de passar por um pátio se chega a mais um momento esquisito do jogo: Quando Fiona se prepara para pegar uma chave na mesa, uma voz do segundo andar da casa diz que quer lhe mostrar uma coisa: Embaixo do lençol Fiona encontra uma escultura sua: Gravida!

Ao entrar na cozinha do castelo e encontrar o mapa, Fiona acaba encontrando Debilitas novamente que a persegue, mas, uma voz o comanda a recuar. Esse é Ricardo, o mesmo que agora a pouco mostrou a escultura de Fiona grávida. Ele conta que os pais dela morreram em um acidente e que ela agora é a herdeira do castelo. Fiona relembra o acidente e desmaia novamente.

Há e eu já ia me esquecendo: Em algumas salas do jogo há buracos em paredes em que é possível entrar e usar uma máquina de alquimia para criar itens. Nesse lugares também se encontra notas de um cara chamado Lorenzo incentivando Fiona a continuar e dando dicas.

Ela acorda novamente na suíte do castelo e escuta um granido. Preso em uma arvore no jardim está o melhor personagem do jogo: Hewie.

Ao voltar para a suíte do castelo Debilitas está todo pimpão na cama e Fiona errrr cai novamente. Mas, Hewie aparece para salvar o dia! (hg4)

A partir de agora é possível combater Debilitas com a ajuda de Hewie.

Depois de resolver mais alguns quebra cabeças e passar por armadilhas, Fiona e Hewie tem um confronto final com Debilitas. Aqui é um dos momentos que influenciam o final do jogo. Derrotar o gigante apenas com itens e ataques do cachorro leva a um final, mas, para ter o melhor final é necessário jogar um lustre na cabeça dele.

Logo após o confronto Daniella aparece e diz que o jantar está servido. O manual do jogo diz que Fiona é inteligente, mas, eu meio que duvido disso já que ela decide comer e é claro é envenenada. A próxima cena do jogo é muito desconcertante em que Daniela tem um colapso mental, quebra a janela com a cabeça e diz que se tiver o Azoth de Fiona vai ser uma mulher completa.

A partir daqui a maid do inferno passa a perseguir e o cenário muda para uma espécie de mansão subaquática.

Daniella é um pouco mais esperta, mas, é mais frágil então toda vez que ela enche o saco é mais fácil de livrar dela no combate.

Depois de correr e resolver charadas na mansão é hora do confronto final com Daniella e a solução é só uma: Estilhaçar a abóboda de vidro da sala e dar fim nela.

Pouco tempo depois é necessário lidar com Ricardo. O modus operandi é o mesmo correr dele e resolver puzzles. Mas, o cretino tem um péssimo hábito de atacar o cachorro quando não encontra Fiona.

Nesta parte do jogo a história volta a progredir: Ricardo revela que Ugo e Ayla Belli (os pais de Fiona) foram tirados da estrada por ele. E mais: que Ricardo e o pai de Fiona são clones de uma alquimista que se mantem vivo desde a idade média através de clonagem. (mas e a memória? Sei lá: Magica! Ou melhor alquimia) O alquimista original se chamava Aurelius Belli. Ele trouxe Fiona ao castelo porque ela herdou o Azhoth de seu pai. O tal Azoth seria um componente para o elixir da vida eterna. (Que é uma das coisas que os alquimistas almejavam, junto com a pedra filosofal e a transmutação)

Depois de conseguir sair do castelo e chegar a uma floresta, Fiona é novamente nocauteada. Acorda sozinha em uma cela, mas, é salva por Hewie mais uma vez. Aqui na torre de agua é preciso escapar de Ricardo que não usa mais uma arma, mas, ficou invisível. Bem pelo menos Hewie ainda consegue detectá-lo. Depois de mais alguns quebra-cabeças, inclusive o que eu acho o melhor do jogo, Fiona e Hewie lutam contra Ricardo no topo da torre e jogam ele de lá.

Depois de atravessar uma ponte a dupla chega a um novo casarão (que o jogo chama de casa da verdade) onde finalmente encontram Lorenzo. Mesmo esquema correr e resolver charadas. A última delas consiste em jogar o velho em um triturador. BRUTAL.

Mas, o jogo não acaba aqui. Por algum motivo que eu não entendi bem o Lorenzo volta revigorado e cheio de golpes apelativos. Eu nunca nem tentei derrotar ele. Depois de passar por mais enrolação com quebra cabeças (inclusive esse com cores) Fiona e Hewie tem mais uma luta com Lorenzo e jogam ele em um poço de lava.

No melhor estilo Capcom, o desgranhento simplesmente sobrevive a cair na lava. (Sobreviver a cair na lava deve ser comum no Japão) e faz perseguição final. Essa parte é bem legal, tem que se ficar esperto com os tremores se não se abaixar na hora certa Fiona é jogada no chão (bem ela tem experiência com isso).

Depois de escapar Fiona e Hewie saem do castelo. No melhor final ainda há um encontro com Debilitas segurando um par de tesouras, mas, ele apenas cumprimenta Fiona e volta a cuidar do jardim.

Conclusão/ Pensamentos sobre.



Haunting Ground é um jogo com ótimos momentos de terror e vários personagens carismáticos. Mesmo sendo um jogo da Capcom, que geralmente aposta mais em horror explosivo, ele tem várias peças de terror psicológico e é sutil em como apresenta os temas.

Dá para entender a história praticamente toda apenas vendo as cenas e ignorando cartas e documentos que aparecem durante o jogo. Acabei lembrando de uma característica de survival horror que nunca pensei a de contar a história, ou partes dela por cartas e diários, é um gênero episcopal.

Eu não lembro de ter jogado algo em que a alquimia fosse um elemento tão presente na história. Acaba funcionando bem já que basta exagerar nas capacidades da proto-ciência.

O primeiro inimigo Debilitas é um antagonista simpático. Foi ele quem libertou Fiona da jaula e, as vezes, parece ter a mente a disposição de uma criança. E trata Fiona como uma de suas bonecas. Ele não é necessariamente cruel apenas mortalmente desajeitado.

Daniella é assustadora com seus movimentos robóticos e a sua frase de que quer se tornar completa. É de longe a inimiga que perturba mais, dando aquela sensação de insetos subindo pela nuca. E ela ter um orgasmo quando mata Fiona é a cereja de insanidade no bolo de loucura.

Ricardo e Lorenzo não são muito empolgantes, mas, a cena final de Lorenzo é ótima.

Fiona e Hewie são uma ótima dupla de protagonistas. A interação entre ele me convenceu de que é genuína e eu me peguei várias vezes chingando quando algum inimigo batia no cachorro.

Fiona em si é uma personagem ótimo. Primeiro eu achava que ela ia ser só uma protagonista sensual genérica. Nas entrevistas sobre o jogo, os produtores deixam claro que é intencional ela ser sensual. Mas, sempre que o jogo mostra algum personagem observando ela é sempre de uma maneira vil, nojenta ou no caso de Daniella: Completamente psicótica. “O jogo tenta criar uma dissonância-cognitiva, criando culpa no jogador por achar Fiona sensual” (pensamento que esta na Wiki e eu concordo completamente).

Os sistemas de jogo são muito bons, a inteligência de Hewie e dos inimigos é ótima e as charadas e quebra cabeças são desafiadores sem serem obtusos.

Eu vou deixar uma nota para HG, porque dar notas as coisas é divertido:

7.5 Eu recomendo! Para todos os que gostam de Survival Horror`s antigos em que o personagem é mais fraco que os monstros que tem de enfrentar.

Muito obrigado por vir até aqui, assistir meu programa e escutar meus pensamentos. Boa noite e até a próxima.
 

Biel Darkness

Bam-bam-bam
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Esse jogo é muito bom. É um dos meus games favoritos do gênero. Junto de clock tower 3, rule of rose, fatal frame entre outros de survival horror do ps2
 

sux

soteropolitano
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uma franquia que não vingou, mas que tempo bom esse que as desenvolvedoras eram mais ousadas com IPs novas
 

antonioli

O Exterminador de confusões
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Muito bom. Nunca zerei, é bastante difícil. Junto com Clock Tower 3 eram dos mais interessantes do gênero para mim.
 

The Unknown Guy

Bam-bam-bam
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esse game é bem melhor do que tinha direito de ser. Marcante mesmo se jogado hoje.
Cadeirante querendo a novinha :klol
 
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proximus-one

Ei mãe, 500 pontos!
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Uma coisa que reparei durante a época do Playstation 2 é que os Survival-Horrors do console eram belíssimos. Nem pareciam jogos de Play 2.

O próprio fuderoso Silent Hill 2 inaugurou essa era. Parece que a Konami queria a todo custo se redimir e provar que poderia fazer um Survival Horror bonitão depois do feiosão Silent Hill do PSOne. Mas claro, tinha a questão do hardware.

Silent Hill 3, Kuon, Clock Tower 3, Rule of Rose são outros bons exemplos de Survival Horros do console com gráficos e artes belíssimos.

Já Silent Hill 4, apesar de ser um ótimo jogo, não tinha o mesmo esmero visual dos outros. Talvez tenha sido feito por outra equipe dentro da Konami ou a própria não deve ter investido muito na parte técnica.
 


thiago_solid

Bam-bam-bam
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Não cheguei a jogar esse, parece bom, uma hora quem sabe dou uma conferida... e seu review ficou muito bom, o vídeo no youtube tbm, muito bom!!

vlw!
 
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