Joey Tribbiani
Ei mãe, 500 pontos!
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O futebol das décadas anteriores conferiu a alguns países o privilégio de gozarem de uma farta geração de jogadores. A Argentina foi um desses países. Para alguns, a geração do fim da década de 90 foi a maior geração do país em termos de talento, comparável à geração da década de 40, período no qual a seleção albiceleste fora a mais dotada tecnicamente do seu continente, “sabotada” internacionalmente pela Segunda Guerra Mundial.
Hernán Jorge Crespo, apelidado de Valdanito na base do River Plate (por semelhanças físicas com Jorge Valdano), foi um dos grandes centroavantes de classe mundial nos fins dos anos 90 a meados da década passada. Onde passou, conseguiu se firmar como um goleador eficiente. Não obstante as divergências de estilos, de atmosferas e de escolas futebolísticas, “Valdanito” sempre conseguiu impor seu instinto goleador acima de qualquer circunstância de jogo, seja na Itália, seja na Inglaterra, seja na Argentina.
Crespo foi um centroavante de boa altura (1.85), de boa movimentação e velocidade, com tenacidade e fatal visão de gol. Era um camisa 9 técnico, de bom controle e elegância. Um prolífico e oportunista goleador, ele foi capaz de finalizar com propriedade e segurança com ambos os pés e cabeça, e era conhecido por sua habilidade de marcar gols acrobáticos.
Diferentemente dos seus concorrentes da seleção, Batistuta e Palermo, Crespo também era eficiente devido ao seu ritmo de trabalho, inteligência tática e movimento na zona de ataque, razão por que costumava fornecer volume de jogo e criar espaços para sua equipe.
Devido à sua capacidade de golear e ampla gama de habilidades, ele é considerado um dos melhores atacantes de sua geração, e como um dos melhores jogadores estrangeiros da Serie A italiana.
Na seleção, teve o azar de jogar no período de atuação do maior centroavante da história do seu país, Batistuta. Em que pese os números e o desempenho de Hernán no Calcio, superiores aos do derradeiro Batistuta, no início do século XXI, o prestígio do Batigol sempre falou mais alto na mente de Loco Bielsa, que preferiu a lenda a seu sucessor para a titularidade da Copa de 2002, para o declarado aborrecimento de Crespo e da imprensa de seu país. Mesmo Crespo tendo sido artilheiro daquela campanha perfeita nas eliminatórias para o mundial no Japão e na Coreia, não foi o suficiente para Bielsa bancar a sacada de Batistuta.
Assim como Batigol, Crespo enfrentou vários ferimentos nos joelhos ao longo de sua carreira, o que limitou seu tempo de jogo. Entretanto, quando estava em campo, ele sempre exibiu sua capacidade de finalização e colocação na grande área extraordinárias.
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