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[História] 10 fatos sobre o Brasil que você aprendeu errado na escola

Lost Angel

Mil pontos, LOL!
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Só a feijoada e o Aleijadinho que me ensinaram errado, todo o resto foi certinho nas precárias aulas de história que tive.

O que me lembra a coisa patética que foi o primeiro dia de consciência negra em União dos Palmares, uma grande festa no primeiro ano do feriado e no ano seguinte ninguém ligava mais.
 

Goris

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Será que posso falar mal do Bolsonaro sem levar warn?
Aqui é Vale Tudo, citar Bolsonaro, Lula, Esquerda, Direita e ideologia podem te render warning.

Revisionismo acho que não rola, já que usaram e não receberam warning.

Na dúvida, acuse as pessoas de revisionistas. Não rende warning, desmerece o interlocutor, define claramente que ele tá do lado do mal e te faz parecer preocupado com a verdade histórica.
 

ChaosRaptor

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A maior mentira ja inventada
Cabral descobriu o Brasil na Bahia, quando na verdade por prova geológica, fora o RN.
 


farrokh_bulsara

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2. Os índios não se beneficiaram na relação com os europeus

Você aprendeu que: Os portugueses foram espertos no comércio com os índios: trocavam o valioso pau-brasil por quinquilharias sem nenhuma utilidade. Além disso, os nativos também foram escravizados ou forçados a adotar uma nova religião, o cristianismo. Com o tempo, a cultura local foi absorvida, e um povo que era pacífico e vivia em harmonia com a natureza desapareceu.

Mas na verdade: As novidades trazidas pelos portugueses (de armas a cavalos) causaram uma revolução na vida dos índios. Isolados do desenvolvimento da Ásia, África e Europa por 3 mil anos, eles não tinham saído da Idade da Pedra. Para eles, o pau-brasil é que era inútil. Os nativos foram incorporados às vilas e, no geral, gostaram da experiência de viver com os portugueses.


3. Os bandeirantes dizimaram os índios

Você aprendeu que: Os bandeirantes, que dão nome às principais rodovias de São Paulo, escravizavam e matavam os índios sem dó. Relatórios dos jesuítas acusam os bandeirantes de eliminar, ao todo, 3 milhões de nativos.

Mas na verdade: Os bandeirantes não foram heróis, mas também não foram facínoras. Muitos forjaram parcerias com os índios, que os acompanhavam Brasil adentro. Quem não gostava nada disso eram os jesuítas – mais índios nas viagens significava menos convertidos nas igrejas. Os padres é que teriam sido responsáveis por atribuir a fama de truculência aos bandeirantes.
Poderia explicitar as fontes desse monte de m****, ilustre OP? Só pra gente rir aqui.
 

ChaosRaptor

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Sério?

Não sabia disso...
Tem provas e tudo, so que é um put* puteiro do c***lho, outra que tem grana no meio tbm.
O RN so se fode por conta da ganancia dos politicos daqui, Garibaldi vendeu Noronha por favores políticos no nordeste e brasilia.

Poderia explicitar as fontes desse monte de m****, ilustre OP? Só pra gente rir aqui.
Farrapo, é feio voce puxar bait.
 

NEOMATRIX

Lenda da internet
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Tem provas e tudo, so que é um put* puteiro do c***lho, outra que tem grana no meio tbm.
O RN so se fode por conta da ganancia dos politicos daqui, Garibaldi vendeu Noronha por favores políticos no nordeste e brasilia.


Farrapo, é feio voce puxar bait.

Não acho que seja por causa dos políticos pq isso vem la de trás.

Pelo menos Natal é 1000000x melhor que Salvador


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ChaosRaptor

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Não acho que seja por causa dos políticos pq isso vem la de trás.

Pelo menos Natal é 1000000x melhor que Salvador


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ERA, Faltima esta seguindo o Modus Operandi do PT apos Rosalba e o DEMoniocratas terem quebrado o estado, e esta quebrando o resto aumentando as tarifas ate para fretes.
 

Goris

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Poderia explicitar as fontes desse monte de m****, ilustre OP? Só pra gente rir aqui.
Digníssimo Sr. Bulsara, é necessário uma fonte para pensar?

Estou praticamente metade do tópico falando o quanto pessoas que deveriam ser inteligentes que deixam sua capacidade de raciocinar no modo stand by porque é melhor seguir um intelectual intelijentsh que disse que algo é ou não é?

Sem falar que uso exemplos simples de melhoria de vida que basta procurar no tópico e você acha.
 

farrokh_bulsara

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Digníssimo Sr. Bulsara, é necessário uma fonte para pensar?
Pra falar sobre o histórico das populações indígenas e suas relações com o colonizador... CLARO.

Estou praticamente metade do tópico falando o quanto pessoas que deveriam ser inteligentes que deixam sua capacidade de raciocinar no modo stand by porque é melhor seguir um intelectual intelijentsh que disse que algo é ou não é?
E como é que você, com a sua cabecinha de cidade do interior, nascido no Séc XX, totalmente distante da história e da realidade indígena do país, vai conseguir sequer começar a imaginar qualquer coisa sobre o assunto sem ler nada sobre, sem consultar fontes?

É, eu já imaginava.
 

Goris

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Pra falar sobre o histórico das populações indígenas e suas relações com o colonizador... CLARO.


E como é que você, com a sua cabecinha de cidade do interior, nascido no Séc XX, totalmente distante da história e da realidade indígena do país, vai conseguir sequer começar a imaginar qualquer coisa sobre o assunto sem ler nada sobre, sem consultar fontes?

É, eu já imaginava.
:-)

Bom, começando por não consultar fontes corrompidas já é um começo.

Aí, sigo lembrando de fontes isentas que já lí.

Finalmente, uso minha capacidade de raciocínio e somo 1+1=2.

Por exemplo, já li a definição de idade da pedra. Até reli ela pra garantir que não tem erro, mas eu realmente preciso citar 123 autores que vão me explicar o que é idade da pedra? Não, né?

Dito isso, portugueses trouxeram machados de ferro, espelhos, vários e vários artigos de troca. Também já li sobre isso. Mas, novamente, qualquer pessoa que não tenha matado aulas de história (ou que o professor ensinasse o mínimo ao invés de gastar a aula reclamando de salário) deveria saber.

Imagino que vossa senhoria saiba.

Só pra ficar no exemplo mais baixo possível, sem entrar em discussões mais aprofundadas:

Índios viviam na Idade da Pedra, usavam ferramentas de pedra, difíceis de produzir, com fio que se obtém em horas de serviço e durava pouco tempo.

Portugueses chegavam e traziam machados de metal, 2.000.000 de anos mais avançados que as ferramentas de pedra dos índios. Cara, estamos falando de itens 2.000.000 de anos mais avançados, tenta imaginar um alien trazendo tecnologias 2 milhões de anos a frente da nossa... Eu nem tenho ideia do que se pode inventar em tanto tempo.

Também vou usar a minha lógica e entender que esmeraldas, aquelas pedras encontradas nos aluviões de rios (tbm preciso de fonte pra dizer que, na natureza esmeraldas eram encontradas lá?) não tinham nenhuma utilidade para os índios, exceto enfeites. Já machados de ferro que podem ser usados por anos e anos, permitindo construir ocas, desmatar florestas, construir ferramentas e até matar animais, uau, isso é útil. De novo, eu tenho que conseguir uma fonte de que machados de ferro são úteis? Não, né?

Finalmente, posso dizer, somando 1+1 que as esmeraldas inúteis dos índios eram tão ou m nos valiosas que ferramentas de ferro.

Também posso dizer que trocar uma, duas ou dez esmeraldas por um machado de ferro era uma troca bem justa.

Tem algum erro de lógica aqui? Precisa de fonte pra te dizer que esse cálculo meu tá certo?

É, basicamente, como se vossa digníssima pessoa precisasse do aval de alguém mais inteligente para pensar e chegar à conclusão que eu cheguei.

Espero que essa impressão não esteja errada. Seria terrível pensar que até pra somar 1+1 algumas pessoas tem que ter autorização.
 
Ultima Edição:

Goris

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Dando uma adicionada, tbm não preciso de fontes pra entender que comércio é troca, troca na qual cada um busca o valor ideal de troca para cada um.

Ferramentas de metal poderiam valer pouco na Europa (isso que não procurei fontes, mas baratas não eram, antes da revolução industrial, assim como requeriam toda uma cadeia de produção pra existirem) mas eram valiosíssimas no Brasil.

Esmeraldas poderiam valer pouco no Brasil - e imagino que a cadeia produtiva para as obter, inicialmente, não era tão complexa quanto para fazer um único Machado de ferro) visto que eram só pedrinhas bonitas encontradas nos rios. Mas eram valiosíssimas na Europa.

Você encontra o machado e a esmeralda, ambos valendo pouco para seus respectivos donos, mas muito para seus parceiros comerciais e percebe a troca como algo mutuamente benéfico.

A gente realmente tem que pensar nisso apenas depois que um intelectual de respeito diz que sim?
 

Baralho

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Não se tem uma certeza disso.
A maior mentira ja inventada
Cabral descobriu o Brasil na Bahia, quando na verdade por prova geológica, fora o RN.
Tem também uma teoria sobre a chegada de uma missão lusitana na costa brasileira (ou Pará ou Maranhão) em 1498.
 

farrokh_bulsara

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:-)

Bom, começando por não consultar fontes corrompidas já é um começo.
E quem decide qual fonte é corrompida e qual não é, você?
:klol

Aí, sigo lembrando de fontes isentas que já lí.
Lembrar não é citar.

Finalmente, uso minha capacidade de raciocínio e somo 1+1=2.
Se fosse matemática eu entenderia. Mas não é. Isso vai ser divertido.

Por exemplo, já li a definição de idade da pedra. Até reli ela pra garantir que não tem erro, mas eu realmente preciso citar 123 autores que vão me explicar o que é idade da pedra? Não, né?
Primeiro problema do senso comum: dizer "idade da pedra" (termo do séc. XIX, derivado da noção das "três idades"), como você diz aqui, implica imaginar o modo de vida humano numa escala evolutiva de desenvolvimento (do "menos" para o "mais" evoluído). Aí temos dois erros graves:
1- idealizar e naturalizar o progresso, como se toda sociedade humana quisesse automaticamente "progredir", isto é, ser uma sociedade industrial, capitalista, tecnológica etc.
2- fazer julgamentos morais dos valores da escala: "primitivo é bom, desenvolvido é ruim" ou vice versa.

Dito isso, portugueses trouxeram machados de ferro, espelhos, vários e vários artigos de troca. Também já li sobre isso. Mas, novamente, qualquer pessoa que não tenha matado aulas de história (ou que o professor ensinasse o mínimo ao invés de gastar a aula reclamando de salário) deveria saber.
Aqui está o segundo problema do senso comum: os portugueses não só trouxeram cacarecos para alegrar os indígenas. O que você acha que aconteceu quando os colonizadores quiseram tomar grandes áreas de terra para agricultura e ocupação? Como você explica as inúmeras histórias de resistência ao contato com os brancos? Eles trouxeram uma civilização inteira que desde muito cedo entrou em conflito - das mais variadas formas e escalas - com quem ocupava essa terra. Se você fosse além das aulinhas de história do colégio, saberia que a história da relação entre índios e não índios, no Brasil, é marcada pela violência. E isso acontece ATÉ HOJE: basta ir ao Mato Grosso do Sul, à Amazônia, mesmo aqui em São Paulo, capital.

Imagino que vossa senhoria saiba.
Sei, e muito. Inclusive com os próprios olhos.

Só pra ficar no exemplo mais baixo possível, sem entrar em discussões mais aprofundadas:

Índios viviam na Idade da Pedra, usavam ferramentas de pedra, difíceis de produzir, com fio que se obtém em horas de serviço e durava pouco tempo.

Portugueses chegavam e traziam machados de metal, 2.000.000 de anos mais avançados que as ferramentas de pedra dos índios. Cara, estamos falando de itens 2.000.000 de anos mais avançados, tenta imaginar um alien trazendo tecnologias 2 milhões de anos a frente da nossa... Eu nem tenho ideia do que se pode inventar em tanto tempo.

Também vou usar a minha lógica e entender que esmeraldas, aquelas pedras encontradas nos aluviões de rios (tbm preciso de fonte pra dizer que, na natureza esmeraldas eram encontradas lá?) não tinham nenhuma utilidade para os índios, exceto enfeites. Já machados de ferro que podem ser usados por anos e anos, permitindo construir ocas, desmatar florestas, construir ferramentas e até matar animais, uau, isso é útil. De novo, eu tenho que conseguir uma fonte de que machados de ferro são úteis? Não, né?

Finalmente, posso dizer, somando 1+1 que as esmeraldas inúteis dos índios eram tão ou m nos valiosas que ferramentas de ferro.

Também posso dizer que trocar uma, duas ou dez esmeraldas por um machado de ferro era uma troca bem justa.
Aqui, o rocambole do senso comum está em ação. Isso, nem de longe, representa o cenário de relações entre índios e brancos. E as disputas de terra? E as tentativas de escravização? E os estupros e roubos de mulheres e crianças? As matanças indiscriminadas? As guerras guaraníticas? As inúmeras histórias de violência do passado e do presente?

Cacarecos são meuzovo!

Tem algum erro de lógica aqui? Precisa de fonte pra te dizer que esse cálculo meu tá certo?
Tem, o de assumir que a relação índio-branco se resumiu a isso pra chegar à jenial conclusaum de que os índios "se deram bem" com a chegada dos portugueses.

É, basicamente, como se vossa digníssima pessoa precisasse do aval de alguém mais inteligente para pensar e chegar à conclusão que eu cheguei.
É que eu não tenho orgulho de ser ignorante, como você tem. Vai estudar pra não passar vergonha, zé ruela.
 

Tarvos

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Pois é, olha o textão que publiquei falando da escravidão árabe. Só o Arthur King comentou.

O resto da turma ao invés de ler e entender que errou, some. Daqui 30 dias voltam num tópico parecido repetindo as mesmas ideias.

Tudo para a narrativa, nada contra a narrativa, e nada fora da narrativa.
 

Goris

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E quem decide qual fonte é corrompida e qual não é, você?
:klol
Uma fonte corrompida é uma fonte que não se furta a distorcer a verdade para provar um ponto de vista.

Pessoas no caso, comentei duas. Existem dezenas delas na OS. Se quiser crio um tópico só pra catalogar elas daqui pra frente.

Lembrar não é citar.
Foi exatamente o que eu disse.

Se fosse matemática eu entenderia. Mas não é. Isso vai ser divertido.
Lógica é matemática. Estamos falando disso, não? Encadeamento lógico, coerência, etc.

Primeiro problema do senso comum: dizer "idade da pedra" (termo do séc. XIX, derivado da noção das "três idades"), como você diz aqui, implica imaginar o modo de vida humano numa escala evolutiva de desenvolvimento (do "menos" para o "mais" evoluído). Aí temos dois erros graves:
1- idealizar e naturalizar o progresso, como se toda sociedade humana quisesse automaticamente "progredir", isto é, ser uma sociedade industrial, capitalista, tecnológica etc.
2- fazer julgamentos morais dos valores da escala: "primitivo é bom, desenvolvido é ruim" ou vice versa.
Por isso, no caso comentado, simplesmente peguei o conceito de idade da pedra, comparei com o nível tecnológico dos índios segundo relatos encontrados até na Wikipédia e [/b] defini através da Lógica[/B] que os índios, sim, viviam na Idade da Pedra.

Uma coisa é o digníssimo colega dizer "A própria definição é contestável", outra coisa é o user dizer "Eles não viviam na idade da pedra", o primeiro caso é pessoal (fulano aceita, sicrano não), o segundo é simplesmente falta de conhecimento ou mentira.

Aqui está o segundo problema do senso comum: os portugueses não só trouxeram cacarecos para alegrar os indígenas. O que você acha que aconteceu quando os colonizadores quiseram tomar grandes áreas de terra para agricultura e ocupação? Como você explica as inúmeras histórias de resistência ao contato com os brancos? Eles trouxeram uma civilização inteira que desde muito cedo entrou em conflito - das mais variadas formas e escalas - com quem ocupava essa terra. Se você fosse além das aulinhas de história do colégio, saberia que a história da relação entre índios e não índios, no Brasil, é marcada pela violência. E isso acontece ATÉ HOJE: basta ir ao Mato Grosso do Sul, à Amazônia, mesmo aqui em São Paulo, capital.
Bom, se você fosse além das aulinhas de Universidade, saberia que as relações entre índios e portugueses foram muito além da violencia. Houve comércio, relações culturais (como eu disse, milênios de evolução em poucas gerações), alianças políticas e militares (índios de um povo se aliaram aos portugueses contra outro).

Ah, sim, casamento, miscigenação, troca de culturas... Teve muito mais que estupros.


Sei, e muito. Inclusive com os próprios olhos.
Você estava no Brasil em 1500????????


Aqui, o rocambole do senso comum está em ação. Isso, nem de longe, representa o cenário de relações entre índios e brancos. E as disputas de terra? E as tentativas de escravização? E os estupros e roubos de mulheres e crianças? As matanças indiscriminadas? As guerras guaraníticas? As inúmeras histórias de violência do passado e do presente?
Resposta logo acima.

Cacarecos são meuzovo!
Caramba, estou te respondendode boa, sem brigas ou ofensas e já tá baixando o nível?


Tem, o de assumir que a relação índio-branco se resumiu a isso pra chegar à jenial conclusaum de que os índios "se deram bem" com a chegada dos portugueses.
Estou falando das relações comerciais. Foi dito uma mentira "Portugueses trocavam contas coloridas por valiosas esmeraldas, ferramentas vagabundas por ouro" e é mentira. Provei que... Era mentira.

Ou seja, você está ficando irritado porque uma mentira conveniente foi desmascarada?

Isso diz um bocado sobre vossa senhoria.


É que eu não tenho orgulho de ser ignorante, como você tem. Vai estudar pra não passar vergonha, zé ruela.
Ué, dia desses Zé Ruela era motivo pra warning, agora tá de boas. Acho que a moderação tem que chegar a um consenso do que pode ou não pode ser usado pra não ter dois pesos e duas medidas.

IMHO, Zé Ruela é Ok, mas...

Sobre sua questão de não ter orgulho de ser Ignorante, você tem. Tanto que se ofende a qualquer verdade que te desagrade e ao que "pensa". Ao invés de "pensar", aprender com o contraditório e crescer, se atém ao que sabe e a atacar qualquer um que pense diferente.

Caro colega, vossa pessoa é a definição de arrogância ignorante a que me referi.

Abraços e torço para crescer e se tornar um cidadão crítico. Precisamos de pessoas assim .
 

farrokh_bulsara

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Uma fonte corrompida é uma fonte que não se furta a distorcer a verdade para provar um ponto de vista.
E quem define qual distorce a verdade e qual não, você?

Lógica é matemática. Estamos falando disso, não? Encadeamento lógico, coerência, etc.
Não.
Estamos falando sobre história e questão indígenas.

Por isso, no caso comentado, simplesmente peguei o conceito de idade da pedra, comparei com o nível tecnológico dos índios segundo relatos encontrados até na Wikipédia e [/b] defini através da Lógica[/B] que os índios, sim, viviam na Idade da Pedra.

Uma coisa é o digníssimo colega dizer "A própria definição é contestável", outra coisa é o user dizer "Eles não viviam na idade da pedra", o primeiro caso é pessoal (fulano aceita, sicrano não), o segundo é simplesmente falta de conhecimento ou mentira.
E eu estou dizendo que esse conceito tem os problemas que citei.

Bom, se você fosse além das aulinhas de Universidade, saberia que as relações entre índios e portugueses foram muito além da violencia. Houve comércio, relações culturais (como eu disse, milênios de evolução em poucas gerações), alianças políticas e militares (índios de um povo se aliaram aos portugueses contra outro).

Ah, sim, casamento, miscigenação, troca de culturas... Teve muito mais que estupros.
Teve, mas isso é insuficiente para apagar a violência e permitir que alguém diga que eles "se deram bem" por conta da troca de cacarecos.

Você estava no Brasil em 1500????????
Violência contra índio existe até hoje, assim como existiu durante toda a história da invasão portuguesa aqui.

Resposta logo acima.
Não respondeu nada.

Caramba, estou te respondendode boa, sem brigas ou ofensas e já tá baixando o nível?
Vai chorar?

Estou falando das relações comerciais. Foi dito uma mentira "Portugueses trocavam contas coloridas por valiosas esmeraldas, ferramentas vagabundas por ouro" e é mentira. Provei que... Era mentira.

Ou seja, você está ficando irritado porque uma mentira conveniente foi desmascarada?

Isso diz um bocado sobre vossa senhoria.
A mentira não é bem essa, deixa de ser evasivo.

Ué, dia desses Zé Ruela era motivo pra warning, agora tá de boas. Acho que a moderação tem que chegar a um consenso do que pode ou não pode ser usado pra não ter dois pesos e duas medidas.

IMHO, Zé Ruela é Ok, mas...
É, acho que vai chorar mesmo.

Sobre sua questão de não ter orgulho de ser Ignorante, você tem. Tanto que se ofende a qualquer verdade que te desagrade e ao que "pensa". Ao invés de "pensar", aprender com o contraditório e crescer, se atém ao que sabe e a atacar qualquer um que pense diferente.

Caro colega, vossa pessoa é a definição de arrogância ignorante a que me referi.

Abraços e torço para crescer e se tornar um cidadão crítico. Precisamos de pessoas assim .
Eu não me ofendo, só chamo essa sua opinião do que ela é: um monte de besteira ignorante sobre a história dos índios no Brasil. Não tem "contraditório" para eu aprender sobre, só tem senso comum, mentira, ignorância em estado fundamental. E é justamente por eu ser um cidadão crítico que digo isso.
 

Goris

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Eu não me ofendo, só chamo essa sua opinião do que ela é: um monte de besteira ignorante sobre a história dos índios no Brasil.
Que bom que não se ofende, caro colega.
Tive medo de perder sua imensa contribuição ao tópico em que se tenta desmistificar mentiras, endorsando essas mesmas mentiras.

Não tem "contraditório" para eu aprender sobre, só tem senso comum, mentira, ignorância em estado fundamental. E é justamente por eu ser um cidadão crítico que digo isso.
Sabe, pior que lendo suas digníssimas respostas me pego pensando em senso comum falta de pensamento crítico.

Dito isso, só me resta lamentar. Está destruindo um ótimo tópico sobre história.

Vou me reservar ao direito de só responder suas questões caso elas permitam outras pessoas desfrutarem de um tópico sem brigas e mentiras.

Abraços e desejos de tudo de bom e que cresça e se torne um cidadão crítico e útil a sociedade.
 

farrokh_bulsara

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Que bom que não se ofende, caro colega.
Tive medo de perder sua imensa contribuição ao tópico em que se tenta desmistificar mentiras, endorsando essas mesmas mentiras.


Sabe, pior que lendo suas digníssimas respostas me pego pensando em senso comum falta de pensamento crítico.

Dito isso, só me resta lamentar. Está destruindo um ótimo tópico sobre história.

Vou me reservar ao direito de só responder suas questões caso elas permitam outras pessoas desfrutarem de um tópico sem brigas e mentiras.

Abraços e desejos de tudo de bom e que cresça e se torne um cidadão crítico e útil a sociedade.
Arregou!
:klol
 

Yusuke Urameshi

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Que bom que não se ofende, caro colega.
Tive medo de perder sua imensa contribuição ao tópico em que se tenta desmistificar mentiras, endorsando essas mesmas mentiras.


Sabe, pior que lendo suas digníssimas respostas me pego pensando em senso comum falta de pensamento crítico.

Dito isso, só me resta lamentar. Está destruindo um ótimo tópico sobre história.

Vou me reservar ao direito de só responder suas questões caso elas permitam outras pessoas desfrutarem de um tópico sem brigas e mentiras.

Abraços e desejos de tudo de bom e que cresça e se torne um cidadão crítico e útil a sociedade.

Nem esquenta, Goris.

Ele já entrou aqui com essa intenção. Na falta de argumentos, desvirtua-se o tópico.
 

Goris

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Nem esquenta, Goris.

Ele já entrou aqui com essa intenção. Na falta de argumentos, desvirtua-se o tópico.
Mas sabe o mais triste?

Já percebi em outros tópicos no mesmo estilo, eles seguem a estratégia do gafanhoto de Vida de Inseto "Eles vem, comem e vai embora": Chegam, atacam quem argumenta fingindo argumentar (veja que ele não surge com fontes para criticar, ele vem e diz que é mentira e pede fontes) e pra cada resposta, várias atitudes de João sem braço, acabam que destroem o ritmo do tópico e afastam o usuário mediano, que quer aprender mas não suporta briga e políticagem.

No fim, o gafanhoto come tudo, se transforma em pombo, derruba as peças, caga no tabuleiro e sai contando Vitória.

A última postagem de nosso colega "Arregou" mostra bem o interesse dele na discussão. Zero.
 

Goris

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Enquanto a galera que não se cansa de errar, erra de novo, vai aí mais uma fonte fresquinha.

Mitos da escravidão em Minas são derrubados por pesquisador
Estudioso derruba imagem de que os negros eram sempre os humilhados e revela: em Minas, mais de 30% deles tinham posses, eram proprietários de terras e até de outros escravos
GW Gustavo Werneck
postado em 12/05/2012 06:00 / atualizado em 12/05/2012 07:59

20120512001942711249o.jpg

Nas novelas de tv, ambientadas nos tempos da escravidão, os negros têm destino certo: quando não ficam amarrados no tronco apanhando feito cachorro, estão presos aos grilhões nas senzalas ou preparando quitutes na cozinha da fazenda. Já na literatura do século 19, comem o pão que o diabo amassou – se é que havia pão! – no porão das embarcações, encarando “tanto horror perante os céus” – como escreveu o baiano Castro Alves (1847-1871) no poema Navio Negreiro. Ganhou força, então, no imaginário popular, a imagem de homens e mulheres humilhados, vítimas de olhos baixos e impotentes para levantar a voz contra o seu senhor. Mas novos estudos mostram que a trajetória dos escravos africanos no Brasil tem muitos mitos e que eles foram, sim, agentes da história e nem sempre submissos.

Estudioso de tema tão polêmico há mais de 20 anos e autor de vários livros, o professor de história da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Eduardo França Paiva conta que os escravos desenvolveram autonomia e até ajuizaram ações contra os seus proprietários, quando se sentiam lesados. Muitas vezes levaram a melhor no tribunal, ao defender, por exemplo, que já haviam pago todas as parcelas de compra de sua liberdade, algo que o senhor contestava. “O equívoco maior é pensar que os cativos foram vítimas o tempo todo. O 13 de maio de 1888, lembrado amanhã, data em que a Princesa Isabel (1847-1871) assinou a Lei Áurea e extinguiu a escravidão no Brasil, serve para discutir o assunto e corrigir uma série de distorções, muitas delas construídas pelos abolicionistas”, diz o professor, que segue na próxima semana para Sevilha, Espanha, onde fará o segundo pós-doutorado, desta vez sobre as Américas portuguesa e espanhola.

Nas suas pesquisas, o professor Eduardo, que atua nas áreas da história da escravidão e das mestiçagens, vem fazendo descobertas surpreendentes. Uma das mais importantes se refere aos senhores de escravos que, ao contrário do que se aprende na escola e nos livros didáticos, nem sempre eram brancos. Em Minas, do início do século 18 a meados do 19, mais de 30% desses proprietários eram ex-escravos ou descendentes de escravos. Em 1776, conforme as estimativas, havia na capitania de Minas, então a mais rica e populosa da colônia, com um comércio conectado com o mundo e efervescência social e cultural, cerca de 300 mil habitantes, sendo 130 mil forros (ex-escravos), 110 mil escravos e 60 mil brancos.

Havia em Minas mais ex-escravos do que escravos, a maior parte mulheres”, afirma o professor, explicando que somente a partir da segunda metade do século 19, a escravidão passou a ser condenada. “Até então, era legal e legítima, e os cativos prezavam dois valores fundamentais: queriam ser livres e proprietários de escravos. Os castigos físicos eram comuns nesses tempos de patriarcado, em que os pais batiam muito nos filhos”, diz o autor de vários livros, entre eles Escravidão e universo cultural na colônia, editado pela UFMG, e Escravos e libertos nas Minas Gerais do século 18, da coleção Olhares/UFMG/Annablume.

Fortuna

Entre as personagens mais importantes encontradas nas pesquisas está Bárbara Aleluia –negra filha de africanos, nascida no Brasil –, uma pernambucana que viveu em Sabará. “Ela foi uma das mulheres mais ricas da época, acumulou fortuna com o comércio e outras atividades”, revela. Pinturas ainda desconhecidas da maioria dos brasileiros mostram negras cobertas de joias e usando trajes típicos, a exemplo das mulheres africanas, ou andando pelas ruas com seu séquito. Num livro, Eduardo mostra o retrato de uma baiana, uma negra enriquecida, que posa em estúdio com seus colares de ouro.
Em Minas, com uma sociedade mais urbana, a situação era bem diferente da encontrada ao Norte da América Portuguesa. “Aqui havia muitos senhores de poucos escravos, em média cinco para cada um, bem diferente de Pernambuco e Bahia, com 30 por um. Outro diferencial mineiro é que nem todos os proprietários eram ricos”, diz o professor, explicando que, por volta de 1730, a mineração de ouro já estava em decadência, embora a economia se mantivesse forte e dinâmica, com um comércio influente e produção agrícola em ascensão. Esse quadro favorecia a compra da liberdade.

Para conseguir o seu objetivo, o cativo tinha que ser, antes de mais nada, um bom negociador, o que significava um acordo com o seu dono sobre a forma de pagamento. Quem não ganhava a alforria em testamento ou na pia batismal, podia pagá-la parceladamente, num período de quatro a cinco anos, em prestações semestrais, num sistema denominado coartação –nesse tempo, o chamado coartado ficava longe do domínio cotidiano de seu proprietário. Outra forma de ficar livre era pagando à vista. “O dinheiro para saldar o débito era obtido de diversas formas. As mulheres dominavam o pequeno comércio, vendendo, nas ruas, doces, sucos, carnes e outros produtos. Eram muito comuns, nessa época, as ‘negras de tabuleiro’, que, como mostram também gravuras antigas, saíam pelas vilas e arraiais vendendo comidas. A prostituição era outro caminho para alcançar a liberdade”, conta. O artista italiano Carlos Julião (1740-1811) pintou aquarelas retratando a vida dos recém-chegados da África – e chamados de boçais por não saberem falar a língua portuguesa – e dos enriquecidos.

Um dos objetivos do professor é tirar dos escravos e forros o perfil exclusivo de vítimas e dar-lhes a dignidade de quem construiu sua liberdade e ajudou na edificação do país. “No Brasil, o cenário de escravos amarrados ao tronco, sendo chicoteados, é fortemente panfletário, embora o castigo físico tenha existido em toda a colônia. Enquanto os escravos foram efetivamente agentes da história, a historiografia brasileira contemporânea continua repetindo discursos abolicionistas, o que significa exagerar no grau de violência praticado pelos senhores”, diz o professor, convicto da necessidade de maior aprofundamento das pesquisas.

Primeiras leis

Para quem pensa que todo negro na colônia era escravo, o professor esclarece que nem todo escravo era negro”. Mulatos, pardos e cabras (descendentes de negros e índios também eram escravos. E por que essa diferença? Eduardo conta que, no século 18, os “negros de corte”, a exemplo de alguns nobres do reino do Congo, iam estudar em Lisboa, Portugal, ou Salvador, na Bahia. Igualmente livres eram também alguns africanos que trabalhavam nos chamados navios negreiros que cruzavam o Oceano Atlântico. Em 1830, surgem as primeiras leis que proibiam o tráfico de negros determinando que todo africano que pusesse os pés no território brasileiro deveria ser considerado livre.


“O equívoco maior é pensar que os cativos foram vítimas o tempo todo. O 13 de maio serve para discutir o assunto e corrigir uma série de distorções, muitas delas construídas pelos abolicionistas” Eduardo França Paiva, professor de história da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)


Linha do tempo
Século 16 – Começa a escravidão no Brasil e os índios são os primeiros a trabalhar nesse sistema. Os negros africanos chegam à colônia na segunda metade do século
Século 18 – O sistema começa em Minas, sendo escravos os negros, mulatos, pardos e cabras (filhos de negros com índios)
1830 – Entram em vigor as primeiras leis proibindo o tráfico atlântico de escravos. Todo africano que chegasse ao território brasileiro deveria ser considerado livre
1850 – Em 4 de setembro, é aprovada a Lei Eusébio de Queirós, que põe fim ao tráfico negreiro
1871 – Em 28 de setembro, é promulgada a Lei do Ventre Livre, que considerava livres todos os filhos de escravas nascidos a partir daquela data
1885 – Em 28 de setembro, é promulgada a Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe, que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos
1882 e 1885 – Em Minas, são criadas a Sociedade Abolicionista de Ouro Preto e a Beneficente Associação Marianense Redentora dos Cativos, que promoviam a emancipação dos escravos _
1888 – Em 13 de maio, a Princesa Isabel sanciona a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil

Fonte

Bom, basicamente o que eu disse antes, negros tinham escravos, nem todo negro era escravo, havia enorme mestiçagem (e muitos que hoje são brancos, na verdade são descendentes de negros - e vice-versa), aprendemos errado na escola, bla bla bla.

Deixa eu voltar pro Política e Religião. Mas valeu a todos que participaram.
 

blackjew

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Esses índios só queriam saber de comer amendoim e depois plantar a mandioca. Que bom que os portugueses vieram ensinar planejamento familiar e ajudar com o desenvolvimento de anticorpos da população. Já imaginou? O BR agora podia estar lotado de índio comedor de amendoim ganhando bolsa família e lotando o SUS porque não guenta nem uma virose.
 

Goris

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Bomba Atômica de Hiroshima – o que não contaram para você

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É um erro imaginar que a entrada do Japão na Segunda Guerra Mundial se dá com o ataque a Pearl Harbour, no Havaí em 7 de dezembro de 1941. O Japão era um país governado por um imperador com status de Deus, ao qual todos os cidadãos juravam fidelidade e colocavam suas vidas à disposição. O desprezo pela vida em nome do imperador e da honra japonesa era incutido nas pessoas desde a mais tenra idade, tanto nas escolas, quanto nos lares. Sendo liderados por Deus, os japoneses cresciam com a certeza de serem a raça superior no planeta e que todas as outras raças eram consideradas de segunda classe ou mesmo com animais não-humanos. Pode-se dizer que o regime japonês era uma mistura de teocracia com culto à personalidade e fascismo militar.

A Segunda Guerra Mundial no Pacífico se inicia antes da Europa, em 7 de julho de 1937 quando a China é invadida por tropas japonesas. A maioria dos historiadores dissocia (sabe-se lá porque) a Guerra Sino Japonesa do bojo da Segunda Guerra Mundial. Ela durou até o dia 9 de setembro de 1945, portanto foi encerrada longos 20 dias após a rendição japonesa. Antes disso, desde 1931, o Japão já ocupava a Manchuria. No final do ano de 1937 as tropas japonesas venceram suas duas mais importantes batalhas e ocuparam Xangai e a capital chinesa, Nanking. As forças japonesas envolvidas nestes 8 anos de guerra chegaram aos 4.100.000 homens, somando-se a eles cerca de 900.000 chineses colaboradores.

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Mulheres chinesas estupradas e mortas empilhadas junto com seus pequenos filhos mortos pelos soldados japoneses numa escadaria em Chunking

Ao ocupar Nanking, as tropas japonesas lançaram um programa para executar soldados chineses em roupas civis. O número de estupros de mulheres foi imenso, tudo foi saqueado, e as execuções sumárias chegaram a 200.000 pessoas em seis semanas desta operação.

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Dia normal para os chineses moradores de Nanking (Pequim) sob ocupação japonesa

A Guerra Sino Japonesa é responsável por um número gigantesco de mortes. Os japoneses perderam 480.000 soldados e outros 1.900.000 foram feridos. Já do lado chinês, 1.440.000 soldados foram mortos e outros 1.800.000 foram feridos, entre as tropas chinesas nacionalistas e 250.000 soldados chineses comunistas morreram, enquanto outros 290.467 foram feridos. O Japão não perdeu nenhum civil nesta guerra, enquanto matou 22 milhões de civis chineses.

Por favor, leia novamente: vinte e dois milhões de civis chineses mortos pelas tropas japonesas!

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Sorridente oficial japonês em meio às vítimas que acabou de matar. Na mão direita, sua espada. Na esquerda a cabeça de uma das vítimas.

Acostumado aos Seis Milhões de Judeus mortos no Holocausto, o leitor deve estar impressionado com este número e precisa se perguntar: por que nunca falam disto? Por que na China não se relembra isto? A explicação é simples. O comandante em chefe chinês era o nacionalista Chiang Kai-shek, que ao término da Segunda Guerra Mundial, começou a ser combatido pelo comandante chinês comunista, Mao Zedong. Quando Mao venceu e estabeleceu o comunismo na China e Chiang fugiu para (a hoje) Taiwan, o novo regime, em sua reforma cultural e expurgos considerou estas 22 milhões de pessoas mortas como um efeito desejável atribuindo a todas elas a pecha de serem nacionalistas, portanto anti-revolucionárias.

Outro ponto importante para se deixar o campo de batalha sino-japonês fora dos livros é o fato de que os Nacionalistas Chineses eram apoiados pela Alemanha Nazista e as fotos de suas tropas são especificamente inconvenientes, por mostra uma resistência contra o Japão utilizando armas e uniformes alemães. Na foto em Nanjing temos uma grande massa popular e de soldados chineses nacionalistas, assistindo a execução de um oficial japonês invasor de alta patente. O chinês com uniforme e capacete nazista, disparando uma pistola Mauser alemã, observado à esquerda por dois oficiais que parecem mais saídos de Berlim que Pequim é complicada e incomoda a qualquer um.

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Imagem incômoda de soldado nacionalista chinês matando com um disparo de pistola Mauser um oficial japonês. O uso de equipamento alemão pelos nacionalistas chineses faz com que não se publique sobre este teatro de guerra.

CONQUISTAS E ATROCIDADES CONTRA SUB-HUMANOS

Aos poucos os japoneses começaram a atacar todos os países asiáticos. Coreia, Indochina Francesa (Vietnã), Birmânia, Filipinas, Nova Guiné, Singapura e um grande número de ilhas. A cada conquista, novas atrocidades. Vamos enumerar apenas algumas e veja você mesmo se algo se parece com o ISIS, que também luta em nome de Deus.

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Treinamento de tiro ao alvo de soldados japoneses. Ao invés de papel, prisioneiros siks em Singapura.

Fevereiro de 1942, no aeroporto da ilha de Ambon, 300 prisioneiros de guerra australianos e holandeses, escolhidos aleatoriamente no campo de prisioneiros próximo foram decapitados. 90 soldados e oficiais japoneses foram julgados por este massacre depois da guerra. Apenas quatro foram condenados a morte.


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Em 14 de fevereiro de 1942 um dia antes das tropas britânicas se renderem em Singapura, o hospital militar foi alcançado pelos soldados japoneses. Os 200 soldados ingleses feridos que estavam no hospital, foram levados ao pátio e mortos com baionetas. Cinco se esconderam num esgoto e sobreviveram para contar. Quando soube do incidente, o comandante japonês, o General Yamashita, prendeu e executou seus homens que participaram do massacre.

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Atividade corriqueira dos Kempeitai, a SS japonesa. Percorrer as vilas do interior assassinando civis com crueldade.

As tropas japonesas equivalentes à SS eram os Kempeitai. Entre fevereiro e março 1942, foram os autores da Operação Sook Ching (Purificar Através da Limpeza Étnica) em Singapura. Percorram aldeias no interior do país, assassinando 100.000 civis.

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Gloriosos, orgulhosos e limpinhos Kempeitai, o equivalente nipônico da SS nazista

Na ilha de Palau em 14 de dezembro de 1944, a guarnição japonesa imaginou que os americanos haviam desembarcado na ilha (o que não ocorreu) e mandaram seus 150 prisioneiros americanos entrarem em trincheiras. Em seguida jogaram gasolina sobre eles e os queimaram. Os que tentaram fugir das chamas foram mortos à baioneta, a tiros ou a porretadas. Cerca de 10 soldados americanos, ainda assim conseguiram fugir, se jogar no mar e nadar até outra ilha.

Em 18 de março de 1943, um destróier japonês foi enviado para transportar um grupo de 60 missionários alemães e chineses aliados de Kairuru para Rabaul. No meio da viagem o comando da marinha ordenou por rádio que todos fossem executados acusando-os de espionagem. O capitão do navio de guerra, levou os prisioneiros, um a um para a parte de trás do navio, onde foram executados com um tiro na cabeça e lançados ao mar. Duas crianças que estavam com o grupo foram jogadas vivas ao mar. A execução durou mais de 3 horas.

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Em um acampamento militar japonês na China, coveiros vestindo roupas com suásticas orientais não nazistas, conduzem carroça com corpos de mulheres chinesas estupradas por soldados e depois morta

Em 18 de março de 1944, um navio de guerra japonês afundou o navio mercante inglês Behar no Oceano Índico. 108 tripulantes e passageiros sobreviveram. A noite, o capitão japonês dividiu o grupo. Colocou 36 deles, incluindo o capitão inglês e seus oficias em outro barco e os libertou. Os outros 72, praticamente todos civis, foram considerados ‘prisioneiros inúteis’, decapitados e tiveram seus corpos jogados ao mar. Posteriormente o capitão japonês foi enforcado por crimes de guerra.

Em 26 de março de 194 um submarino japonês afundou um navio mercante holandês na região de Sri Lanka. 103 tripulantes sobreviveram e foram massacrados com espadas e marretas. Os que não tinham morrido foram deixados sobre o casco do submarino que mergulhou com a intenção de afoga-los. Ainda assim, cinco sobreviveram.

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Civis numa vala sendo mortos à baioneta por soldados japoneses enquanto outros soldados se reúnem para não perder a diversão.

Entre fevereiro e março de 1945, quando os americanos retomavam as Filipinas e chegaram a capital Manila, o general Yamashita ordenou a retirada das tropas, mais dois almirantes no comando local recusaram as ordens e mandaram as tropas resistirem até a morte. Os americanos apenas lançaram alguns ataques de artilharia contra posições japonesas, inicialmente e as tropas de ocupação começaram a pilhar, estuprar e matar os civis filipinos, decapitando-os, matando-os com baionetas, metralhando grupos inteiros e ateando fogo em prédios cheios de gente. No final da batalha, todos os japoneses estavam mortos e com eles 100.000 civis filipinos. Manila foi a segunda cidade mais destruída na guerra, perdendo apenas para Varsóvia.

Se você chegou até aqui, é provável que esteja mudando sua perspectiva sobre as pobres vítimas japonesas do satan americano. Mas tem mais. Na Birmânia principalmente, mas também em outros países da região asiática as tropas japonesas treinavam tiro ao alvo contra prisioneiros civis amarrados em tocos de madeira e documentavam isso. As fotos estão aqui na matéria. Mas apenas isto não bastava à raça superior nipônica. Treinamentos com baionetas também eram realizados contra civis das áreas ocupadas e uma das fotos OFICIAIS mais perversas da guerra é a que abre esta matéria, com um bebê filipino atravessado na baioneta de um soldado japonês.

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Civis chineses sendo enterrados vivos

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Chinesa idosa, após ser estuprada e morta por japoneses tem o corpo profanado.

EXPERIÊNCIAS MÉDICAS

Da mesma forma que os nazistas fizeram experimentos médicos bárbaros e terríveis contra judeus em campos de concentração o Japão estava interessado em desenvolver armas biológicas e criou a Unidade 731 na China. Suas tarefas básicas era infectar prisioneiros chineses com as mais diversas doenças para estudar sua transição, velocidade de propagação e efeitos, a também o que o corpo humano suportava de altas e baixas temperaturas. Fazia parte do estudo a dissecação das vítimas que era feita não em cadáveres mais nas vítimas vivas. Cólera, febre tifoide, disenteria e antrax foram lançadas como testes sobre cidades chinesas e as epidemias duraram até 1948. Mais de 200.000 pessoas foram mortas.

ANTES DA BOMBA

Em abril de 1944 inicia-se o ataque às Ilhas Japonesas com a invasão de Iwo Jima. Esta batalha, demonstraria em definitivo o conceito japonês não só de lutar até a morte, mas de lançar-se a morte sem objetivo militar para morrer e não ser capturado, além do simples suicídio ritual de soldados que não entraram em combate e não foram mortos pelo inimigo.

Em 38 dias de batalha por uma pequena ilha de cinzas vulcânicas, praticamente plana com uma montanha em uma de suas extremidades, os americanos desembarcaram 70.000 soldados dos quais 26.638 foram baixas, incluindo 7 mil mortos (10%) da força de ataque. Por seu lado, a defesa contava com 21.000 soldados japoneses, dos quais apenas 1%, 216 homens, foram capturados. 3.000 ficaram escondidos em cavernas e bunkers e foram aparecendo ao longo do tempo muito depois da batalha terminar e todos os outros morreram. A relação entre ataque e defesa foi de 3,3 soldados atacando para cada defensor.

Depois disso foi a vez da Ilha de Okinawa, a maior ilha mais ao sul do Japão, com terreno diversificado, florestas, montanhas população local etc. Apesar desta batalha ser mais importante para entender a lógica que levou ao emprego das armas nucleares, Ivo Jima é que é retratada pelo cinema.

Se os americanos acharam que os 38 dias de Ivo foram muito, Okinawa levou 82 dias, terminando no meio de junho de 1944 menos de dois meses antes da Bomba. Os americanos, desta vez lançaram 250.000 soldados contra ilha, dos quais 5% morreram (12.520) e outros 82.000 ficaram feridos).

A defesa japonesa foi também um teste para o Império em como defender as ilhas principais, o passo lógico seguinte na guerra. Havia 77.000 soldados regulares na ilha e 40.000 civis foram alistados e armados para a defesa. 24 mil deles compuseram uma milícia chamada Boeitai, 15.000 trabalhadores lutaram sem uniformes, 1.500 alunos de escolas, menores de idade, compuseram uma unidade de combates chamadas de “Ferro e Sangue”. Sete ataques com aviões kamikaze foram lançados contra as tropas de invasão envolvendo 1.500 aeronaves. Sem contar com estes pilotos mortos, os homens em armas no solo chegaram a 117.000, dos quais somente 6% (7.000) foram capturados. Os outros 110.000 foram mortos ou se mataram em ataques sem efeito militar ou em rituais de suicídio. Adicionalmente, 150.000 civis morreram.

Okinawa é definidor para compreender as bombas atômicas. Os americanos lançaram 2,3 soldados no ataque para cada soldado na defesa. Porcentagem praticamente 50% menor que na batalha anterior.

Os japoneses tinham 3 milhões de soldados para defender suas ilhas principais, mais o esquema de milícias de adultos e adolescentes, mais mulheres treinadas para atacar os invasores satânicos com lanças de bambu. Mantida a proporção de Okinawa, o que é uma estimativa baixa, haveria mais de 5 milhões de soldados e civis armados à espera das tropas norte-americanas. Para garantir a força de 2,3 para um, os americanos deveriam obrigatoriamente desembarcar 11,5 milhões de soldados no Japão, força que não existia, que se existisse não poderia ser nem transportada nem abastecida. Portanto, pela experiência de Okinawa, mesmo com a certeza confortável de vencer um inimigo que preferia desperdiçar suas tropas a obter ganhos reais, um ataque em tal escala era simplesmente impossível.

Ainda assim as baixas ao nível de Okinawa previstas para 37% atingiriam o número assustador de 4.255.000 americanos, dos quais, 1.100.000 seriam mortos. Totalmente inviabilizador. Pelo lado japonês as baixas esperadas seriam de 4.700.000 soldados mortos outros 7.000.000 de civis mortos.

Estes números não são exatos, mas simplesmente uma extrapolação estratégica em relação a última batalha com uma perspectiva OTIMISTA. Numa abordagem pessimista os números seriam consideravelmente maiores. Conta semelhante foi realizada tanto pelo comando americano quando pelo japonês, que sentiu-se MUITO CONFORTÁVEL com a perspectiva, que demonstrava claramente que os americanos não teriam nem homens nem equipamentos para conquistar o Japão e que este impacto de 12 milhões de vítimas japonesas nunca se realizaria, mas se fosse necessário poderia ser absorvido e ainda estava muito longe dos mais de 22 milhões de civis chineses que os nipônicos mataram.

A SUBMISSÃO PELO ATAQUE AÉREO

Tanto alemães quanto aliados tinham como estratégia de guerra a destruição das principais cidades uns dos outros imaginando que isso iria gerar um desejo nas populações civis de depor suas lideranças e terminar a guerra, rendendo-se ao inimigo. Era o pensamento vigente naquela época. Os alemães jamais construíram bombardeios capazes de realizar tal missão e apelaram para mísseis. Primeiro com as bombas voadores V1, depois com as V2. Já os britânicos e americanos desenvolveram vários modelos capazes de arrasar cidades. Esta estratégia jamais deu certo pois o atacado sempre usa o ataque contra si, como arma de propaganda para demonstrar a barbárie e o desprezo pela vida por parte do inimigo, e a população atingida fica apenas com mais vontade de resistir e levar seu país à vitória.

Com o Japão não foi diferente. A captura de Ivo Jima, permitiu que os americanos enviassem caças para escoltar seus bombardeiros contra o Japão. Cidade após cidade foi bombardeada com milhares de toneladas de bombas. Os americanos utilizavam napalm e incendiárias de fósforo branco nestes ataques. As construções japonesas baseadas em madeira e papel eram um alvo perfeito para isso.

Tóquio, a capital japonesa e onde vivia o Imperador Deus, foi bombardeada de 17 de novembro de 1944 ao dia da rendição japonesa, 15 de agosto de 1945. O total estimado de mortos nesta campanha foi de 200.000 e não há dados disponíveis sobre o total de feridos. Um milhão de pessoas perderam suas casas. Na noite do dia 9 para 10 de março de 1945, 334 aviões de bombardeio B-29 dos quais apenas 279 conseguiram atacar a cidade, lançaram 1.655 toneladas de bombas, incluindo ‘cluster bombs’ de 230 kg que liberavam 38 bombas menores incendiárias de napalm. Foram mortas 100.000 pessoas neste único ataque, considerado o mais devastador da história. Outras 125.000 ficaram feridas. Neste momento Tóquio possuía cerca de 6 milhões de habitantes, portanto as baixas foram de 3,7%. Mesmo com a capital devastada e alguns militares de alta patente questionando a falta de necessidade destas mortes indicando a rendição, o grupo militar e político que pretendia a luta a até a morte e contava com aquelas projeções da ‘invasão impossível’ que você leu acima prevaleceu.

Kyoto, por ser uma cidade histórica, foi poupada. Posteriormente incluída como quarta cidade para o ataque nuclear, foi descartada também.

O ATAQUE NUCLEAR

Igualmente, os americanos tinham a certeza de que não poderiam invadir as ilhas. O que se vende para as pessoas como ‘desculpa’ para o ataque nuclear, é uma simplificação do conceito de que “lançaram a bomba para salvar vidas americanas”. Neste estudo, onde apresentamos uma complicação deste conceito, você já entendeu que as coisas eram diferentes do que as pessoas imaginam que são.

O programa nuclear norte-americano levado da teoria à prática por vários cientistas judeus, baseados na ‘física degenerada’ de outro judeu, Albert Einstein, cujos estudos e trabalhos foram queimados na Alemanha Nazista (ainda bem), visava atacar a Alemanha e não o Japão. Mas a guerra na Europa acabou antes da primeira bomba estar operacional e ser testada.

Quando o presidente Truman recebeu a informação, ainda durante a Conferência de Potsdam na Europa de que a bomba de teste, chamada Trinity (Trindade), foi muito mais bem sucedida que qualquer um pudesse imaginar, ele ordenou a entrega de um ultimato ao Japão exigindo a rendição. Tal documento foi considerado pelos japoneses como uma atitude arrogante do ‘inimigo impossível’ e a guerra continuou. Truman mandou atacar.

No início de agosto de 1945 havia apenas duas cidades classificadas como médias e grandes no Japão que ainda não tinham sido destruídas por bombardeios convencionais: Hiroshima e Nagazaki. A imagem que é passada quando se fala apenas sobre Hiroshima é que teria sido uma escolha aleatória para levar o fogo do inferno aos civis japoneses. Mas só havia duas escolhas. A terceira cidade, definida com alvo era Kokura a de menor população entre as três, com 150.000 habitantes onde havia 2.800 prisioneiros de guerra americanos, ingleses e holandeses. 1.500 deles chegaram de navio na manhã do dia 9 de agosto, portanto o comando americano nem sabia disto. Kokura possuía um dos arsenais onde eram fabricados os fuzis e baionetas no exército. A praticamente impossível se definir que qualquer cidade pequena, média ou grande japonesa deixava de possuir algum alvo militar legítimo.

Ao contrário da propaganda soviética pós-guerra introjetada no inconsciente coletivo do mundo até hoje, Hiroshima não era uma cidade civil. No Japão ela era conhecida como Cidade Exército. É exatamente ao contrário do que a propaganda afirma. Hiroshima era a base do Segundo Exército Geral e do Exército Regional de Chugoku. O quartel general dos fuzileiros navais japoneses também se localizava lá. No momento do ataque nuclear em 6 de agosto de 1945 havia cerca de 350.000 habitantes e militares na cidade. 80.000 foram mortos imediatamente e até o final de 1945 outros 166.000 morreram em decorrência de ferimentos e radiação. Ainda assim, 104.000 sobreviveram, 29% da população. 77% dos prédios e casas da cidade foram destruídos. A cidade era praticamente plana.

Após este ataque novo ultimato para rendição foi enviado ao Japão, mas suas lideranças políticas e militares consideraram o ataque apenas como um novo formato com perdas aceitáveis, se bem que ainda não contabilizadas e entendidas corretamente. Naquele momento nem quem atacou nem quem foi alvo tinha qualquer ideia dos efeitos da radiação que afetaria os sobreviventes e mataria o dobro de pessoas em relação as que morreram pela explosão. Dentro da previsão da “invasão impossível”, o alto comando nipônico decidiu ignorar os americanos e manter a guerra.

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Aspecto de Nagazaki após o ataque nuclear

Truman ordena então a utilização da segunda bomba atômica. No dia 8 de agosto a União Soviética declara guerra ao Japão. O alvo seria Kokura, mas estava encoberto e as ordens obrigavam pontaria visual e não por radar. Os Bs-29 do segundo ataque se dirigiram então para o alvo restante, Nagasaki, distante 100 km. Militarmente era uma cidade muito mais importante. Nagazaki possuía importantes estaleiros, a siderúrgica e fábricas de explosivos, armas e aviões de combate da Mitsubishi. Em 9 de agosto, dia do ataque nuclear havia 263.000 pessoas na cidade: 240.000 japoneses civis, 9.000 soldados, 10.000 residentes coreanos, 2.500 prisioneiros escravos coreanos, 600 chineses prisioneiros escravos e 400 prisioneiros de guerra aliados. O total de mortos atribuídos a explosão, ferimentos e radiação até o final do ano é de 80.000, ou seja 33%. A cidade não era plana, possuindo colinas e elevações.

Um terceiro ultimato foi enviado por Truman para Tóquio. E o alto comando japonês se dividiu. Os civis queriam a rendição e os militares queriam a luta até a morte de todas. Não houve consenso e o primeiro ministro japonês decidiu ser ousado e foi levar a questão pela primeira vez ao Imperador Deus Hiroito. Sabendo possuir a palavra final sobre todas as questões no Japão, e ainda com milhões de soldados ativos e não derrotados no continente, o Imperador decidiu dar um basta na carnificina e ordenou a rendição, não imediatamente, pois Tóquio continuava sendo bombardeada diariamente desde o dia 10 de agosto e havia um temor de que a próxima bomba atômica atingisse a já depauperada capital. Não sabiam os japoneses que sua capital não foi atacada desta forma por que não existiam outras bombas atômicas. As três construídas já haviam explodido.

No dia 15 o Japão se rendeu, com uma condição perversa, a de que o Imperador não fosse preso e julgado pelos crimes de guerra que suas tropas cometeram. Quem pregava um império de mil anos na Europa matou-se com um tiro na cabeça e quem pregava no Japão, ao seu povo o suicídio em seu nome não se matou, não foi julgado e foi mantido no poder, sucedido por seus descendentes até hoje.

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A foto mais terrível da Segunda Guerra Mundial. Com um golpe de espada um oficial japonês corta o pescoço de uma jovem mãe chinesa nua e ensanguentada após cortar a cabeça do bebê dela inutilmente protegido em seus braços.

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Em tempo, não sou americanófilo.

Mas tampouco gosto de repetis chavões sem pensar seriamente nos fatos.

E o Japão não foi, de forma alguma, uma vítima inocente dos cruéis invasores americanos. O Japão invadiu países inocentes, massacrou de formas abomináveis civis, e não se renderia até que um massacre ainda maior de ambos os lados ocorressem. Os EUA não eram bonzinhos? Com certeza eram bem menos piores que os alemães e japoneses nesse caso. E enquanto a morte de 22 milhões (sim, leia de novo pela quarta vez, 22 milhões) de civis sem motivo algum alem de crueldade não recebe nenhuma atenção da mídia, todos os anos as pessoas vem se lembrar da tragédia que abateu esse mesmo país que realizou os massacres e que começou a guerra.

Fica o ponto de vista diferente.

Espero que gostem.
 
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